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01/04/2009

Coimbra - Choupal: movimento tenta travar construção de viaduto

Cordão humano em defesa da Mata Nacional do Choupal

O movimento cívico Plataforma do Choupal revelou esta quarta-feira que entregou, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, uma acção popular visando travar a construção de um viaduto nesta mata nacional, prevista no novo traçado do IC2.

A acção popular, entregue terça-feira no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, tem por objectivo impugnar a Declaração de Impacto Ambiental (DIA), que «sustenta a subconcessão do projecto das Auto-Estradas do Centro», em que se inclui o IC2, trecho 1, com o referido viaduto, que é contestado pela Plataforma.

«No nosso entendimento, há razões para impugnar a DIA. O Estado português deve ponderar se este trecho deve ou não ser construído», disse Luís Sousa, do movimento cívico, sublinhando que a comissão de avaliação emitiu um parecer desfavorável relativamente ao trecho 1 (Almegue/Trouxemil).

De acordo com uma nota divulgada pelo movimento, a acção popular demandando o Ministério do Ambiente, com o objectivo de impugnar a DIA, foi interposta por sete cidadãos pertencentes à Plataforma.

«A DIA é impugnada porque há determinados vícios administrativos», afirmou o activista, remetendo mais explicações sobre a argumentação jurídica para uma conferência de imprensa a realizar em breve, em que estará presente o advogado que elaborou e patrocinou a acção.

A Plataforma do Choupal é recebida esta quarta-feira à tarde, em audiência, pelo presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação.

O movimento cívico foi constituído para impedir que a Mata Nacional do Choupal, em Coimbra, seja «irremediavelmente afectada pela construção de um viaduto rodoviário com 40 metros de largura e que a atravessa numa extensão de 150 metros».

O consórcio liderado pela Mota-Engil está em primeiro lugar no concurso para a concessão rodoviária Auto-Estradas do Centro, segundo anunciou a 20 de Março a construtora Opway, que integra o agrupamento.

Na proposta apresentada pelo consórcio Aenor - Centro, liderado pela Mota-Engil, «o esforço financeiro do concedente [Estradas de Portugal] é menor em mais de 600 milhões de euros» face à proposta do outro agrupamento finalista, liderado pela Edifer.

TVI24 - 01.04.09

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