À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

10/01/2009

Guerra em Gaza Hipocrisia sangrenta

José Goulão - Le Monde Diplomatique

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Altos responsáveis de países que se consideram faróis da «civilização» multiplicam apelos à «contenção» e ao «cessar-fogo» em Gaza, como quem procura assim cumprir uma obrigação perante o «agravamento da crise» no Médio Oriente. A hipocrisia de presidentes, ministros, diplomatas ou porta-vozes é tão óbvia como de costume, mas ainda consegue ser chocante tendo em consideração a tragédia que vitima mais de um milhão de meio de pessoas amontoadas num pequeno território inóspito aferrolhado entre Israel, o Egipto e o Mediterrâneo.

Tais apelos baseiam-se na objectividade de um pretenso distanciamento entre as «partes em conflito», assim se exigindo uma rigorosa simetria de comportamentos como numa guerra convencional entre exércitos clássicos. Simetria, pois, entre civis indefesos e as forças armadas que ocupam o quarto lugar no ranking das mais poderosas do mundo; entre ocupados e ocupantes; entre morteiros mais ou menos artesanais e o poder de fogo dos F-16 e dos tanques de última geração; entre comunidades famintas sujeitas há anos a um feroz bloqueio de bens essenciais e uma nação estruturada apoiada sem limites pelo mais poderoso país do planeta; entre as vítimas e respectivos descendentes de uma limpeza étnica e os ses autores.

O Hamas quebrou a trégua e tem de pagar, devendo desde já sujeitar-se ao regresso ao cessar-fogo faça o inimigo o que fizer, sentenciam os diplomatas civilizados. Trégua que verdadeiramente nunca existiu, uma vez que foi desde logo desrespeitada pelo Estado de Israel ao violar um dos seus pressupostos essenciais: o fim do bloqueio humanitário a Gaza. Durante os últimos seis meses o cerco não apenas se manteve como se apertou.

Como movimento terrorista, o Hamas tem que pagar, dirão ainda e sempre os civilizados senhores do poder de distinguir os que são e os que não são terroristas, do mesmo modo que lançam guerras contra possuidores de armas de extermínio que nunca existiram.

O Hamas, porém, praticamente não era nada quando se iniciou a primeira Intifada palestiniana, em fins de 1988. Hoje, o papel dos serviços secretos de Israel na criação efectiva de um movimento islâmico, o Hamas, para dividir a resistência nacional palestiniana dirigida pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) já nem é sequer um segredo de Polichinelo. Os interessados em aprofundar o assunto poderão começar por pesquisar através da obra de Robert Dreyfuss e começar a desenrolar o novelo. Descobrirão elementos muito interessantes e com flagrante actualidade. A verdade é que de grupinho divisionista e terrorista o Hamas se transformou num movimento que, tirando dividendos dos fracassos sucessivos do chamado processo de paz, boicotado por Israel e Estados Unidos e assumido pela Fatah como única opção estratégica, conseguiu ganhar as eleições parlamentares palestinianas em 2006. O Hamas cresceu com as estratégias militaristas em redor, como os talibãs no Afeganistão (agora controlando zonas a menos de 50 quilómetros de Cabul) ou o Hezbollah no Líbano, fruto das invasões israelitas da década de oitenta.

Reconhecer que o Hamas é agora uma realidade evidente no problema israelo-palestiniana não significa fraqueza, simpatia ou conivência com o terrorismo. É, prosaicamente, uma simples questão de senso comum.

As eleições de 2006, proclamaram os observadores internacionais, muitos deles oriundos das terras «civilizadas», foram livres e justas. Logo, ao Hamas coube formar governo – diz-se que é assim que funciona a democracia.

Engano puro. A chamada «comunidade internacional» decidiu não reconhecer o governo escolhido pela maioria dos palestinianos; nem sequer aceitou uma aliança entre o Hamas e a Fatah, que praticamente fazia o pleno da vontade dos eleitores. Pelo contrário, também não são segredo as diligências da administração de George W. Bush e do governo israelita de Ehud Olmert para lançar a guerra civil entre as duas principais organizações palestinianas – chegando, para isso, a fornecer armas à Fatah – fazendo simultaneamente por ignorar o acordo entretanto estabelecido pelos dois movimentos sob mediação do Egipto e da Arábia Saudita.

Este processo conduziu à divisão palestiniana: a Fatah na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, dependente do que Israel lhe permite ou não fazer; e o Hamas controlando Gaza, território dos seus principais feudos. Daí ao bloqueio a Gaza e, agora, à invasão, foi um pequeno salto.

O massacre está em curso, assistindo-se na comunicação social a tão curiosos como ridículos esforços para distinguir entre vítimas civis e militares. Em Gaza, para que conste, não há militares, a não ser os invasores. Existem restos da polícia autonómica, militantes do Hamas armados e organizados como milícias. O resto é milhão e meio de desempregados, famintos e humilhados. Tal é o inimigo de Israel que lançou alguns morteiros, por exemplo contra a cidade de Asqelon, que em 1948 se chamava Al-Majdal e era uma aldeia árabe cuja população, vítima da limpeza étnica em que assentou a criação do Estado de Israel, se refugiou em Gaza.

Os dirigentes de Israel asseguram que os «civis» serão poupados durante a invasão. Tal como aconteceu em 1982 em Beirute, onde os militares comandados por Ariel Sharon, fundador do partido de Ehud Olmert e Tzipi Livni, destruíram o sector ocidental da cidade, acabando por patrocinar os massacres de Sabra e Chatila. Ou em 1996, quando Shimon Peres, actual presidente israelita, foi responsável pelo massacre de Canan, também no Líbano, e mesmo assim perdeu as eleições parlamentares.

Gaza, ainda assim, será diferente de Sabra e Chatila. Agora, os soldados israelitas sujam mesmo as mãos com o sangue das populações indefesas – salpicando inevitavelmente os hipócritas que os defendem."

Economies souterraines et « mafias » : le discours sécuritaire à l’épreuve des faits

Michel Kokoreff - Sociologue, chercheur au Césames (CNRS-Paris V)

Economies souterraines et « mafias » : le discours sécuritaire à l’épreuve des faits

“L’insécurité”, dernier langage du social ?

Un Edito du groupe CLARIS

La médiatisation des «violences raciales» - Instrument communautaire et sécuritaire de la décomposition sociale

Manuel BOUCHER

Massacres de Gaza - Le temps des justes

Gideon Levy

"Cette guerre, peut-être plus que les précédentes, expose le véritable esprit de fond de la société israélienne. Les Israéliens se nourrissent du racisme et de la haine, comme le montrent leur pulsion pour la vengeance et leur soif de sang. Ainsi que le décrivent les correspondants militaires à la télévision, « L’inclination du commandant » dans les Forces de Défense d’Israël est à présent « de tuer autant de personnes que possible ». Et même si référence est faite aux combattants du Hamas, cette inclination fait toujours froid dans le dos.

L’agression et la brutalité débridées sont justifiées comme un « exercice d’avertissement » : le prix effrayant du sang – environ 100 Palestiniens pour chaque Israélien tué – ne soulève aucune question, comme si nous avions décidé que leur sang valait cent fois moins que le nôtre, signe de reconnaissance de notre racisme inhérent.

La droite, les nationalistes, les chauvins et les militaristes sont les seuls à pouvoir légitimement donner le ton. Ne nous bassinez pas avec l’humanité et la compassion ! Ce n’est qu’en périphérie qu’une voix de protestation – illégitime, ostracisée et ignorée par la couverture médiatique – peut se faire entendre de la part d’un petit groupe courageux de Juifs et d’Arabes.

A côté de tout cela, une autre voix se fait entendre, celle des « justes » et des hypocrites. Mon collègue, Ari Shavit, semble être leur porte-parole éloquent. Cette semaine, Shavit a écrit dans ce journal ("Israel must double, triple, quadruple its medical aid to Gaza" [Israël doit doubler, tripler, quadrupler son aide médicale à Gaza], Haaretz du 7 janvier): « L’offensive israélienne sur Gaza est justifiée… Seule une initiative humanitaire immédiate et généreuse prouvera que durant cette guerre brutale qui nous a été imposée, nous nous souvenons qu’il y a des êtres humains dans l’autre camp. »

Pour Shavit, qui a défendu la justesse ce cette guerre et a insisté qu’elle ne devait pas être perdue, son prix est immatériel, comme l’est le fait qu’il n’y a aucune victoire dans de telles guerres injustes. Et il ose, dans la même tirade, prêcher « l’humanité » !

Shavit nous souhaite-t-il de tuer et tuer et après coup installer des hôpitaux de campagne et envoyer des médicaments pour soigner les blessés ? Il sait qu’une guerre contre une population sans défense, peut-être la plus impuissante du monde, qui n’a nulle part où s’enfuir, ne peut être que cruelle et méprisable. Mais ces personnes veulent toujours s’en sortir la tête haute. Nous larguerons des bombes sur des immeubles résidentiels et ensuite nous soignerons les blessés à Ichilov [l’hôpital de Tel Aviv] ; nous pilonnerons des refuges précaires dans les écoles de l’ONU et ensuite nous pourvoirons à la rééducation des estropiés à Beit Lewinstein. Nous tirerons et ensuite nous pleurerons, nous tuerons et ensuite nous nous lamenterons, nous abattrons des femmes et des enfants, tels des machines automatiques à tuer, et nous préserverons également notre dignité.

Le problème est que cela ne fonctionne tout simplement pas de cette façon. C’est une hypocrisie et une autosatisfaction scandaleuses. Ceux qui lancent ces appels enflammés à toujours plus de violence sans prendre en considération les conséquences sont au moins plus honnêtes sur le sujet.

On ne peut pas avoir le beurre et l’argent du beurre. La seule « pureté » de cette guerre est « l’épuration des terroristes », c’est-à-dire, semer véritablement des tragédies horribles. Ce qui se déroule à Gaza n’est pas un désastre naturel, un tremblement de terre ou une inondation, pour lequel il serait de notre devoir et de notre droit de tendre une main secourable à ceux qui sont affectés, d’envoyer des équipes de sauvetage, comme nous adorons le faire. Manque de bol, tous les désastres qui se produisent à Gaza sont créés par l’homme – par nous-mêmes ! Les mains tachées de sang ne peuvent secourir. De la brutalité ne surgit pas la compassion.

Pourtant il y en aura qui voudront toujours le beurre et l’argent du beurre. Tuer et détruire sans distinction et également en sortir la tête haute, avec une conscience propre. Continuer avec les crimes de guerre sans le moindre sens de la lourde culpabilité qui devrait les accompagner. Il faut avoir du culot ! Quiconque justifie cette guerre justifie également tous ses crimes. Quiconque prêche pour cette guerre et croit en la justesse des massacres qu’elle inflige n’a aucun droit de parler de moralité et d’humanité. Il n’y a rien de tel que tuer et nourrir simultanément. Cette attitude est une représentation fidèle du sentiment israélien basique et dual qui nous accompagne depuis toujours : Commettre le mal, mais se sentir purs à nos propres yeux. Tuer, démolir, affamer, emprisonner et humilier – et être dans notre droit, pour ne pas dire des « justes ». Les va-t-en-guerre « justes » ne pourront pas se permettre ce luxe.

Quiconque justifie cette guerre justifie également tous ses crimes. Quiconque la considère comme une guerre défensive doit porter la responsabilité morale de ses conséquences. Quiconque encourage aujourd’hui les politiciens et l’armée à la poursuivre devra aussi porter la marque de Caïn qui sera gravée sur son front après la guerre. Tous ceux qui soutiennent cette guerre soutiennent aussi l’horreur."


in Haaretz

Internationalistes et patriotes mais pas sionistes

Le parti israélien Hadash (Front démocratique pour la paix et l’unité)est le successeur direct du Maki, parti communiste israélien qui existait en 1948 et qui s’est toujours défini comme «mixte» (juifs et arabes israéliens). Il s’est d’emblée situé en opposition à l’agression israélienne contre Gaza et il est le seul à l’exception des partis arabes. Voici une interview du député du Hadash Dov Hanin réalisée par le journal en ligne Mediapart . Dov Hanin a récemment mené une campagne très suivie pour la mairie de Tel-Aviv et réussi à inquiéter le maire sioniste de gauche en place depuis des années.

Qu’est-ce que ça veut dire être à gauche en Israël aujourd’hui ?

Les questions sociales et économiques sont fondamentales au bon fonctionnement d’un pays... Tout est lié, tout doit être lié. Et ici la question sécuritaire est tout aussi importante. A Hadash, nous pensons que les deux questions vont de pair et doivent être traitées ensemble depuis une perspective socialiste. Hadash a la particularité d’analyser la situation d’Israël depuis un combat conjoint aux Arabes et aux Juifs, dans un pays où la séparation est une donnée essentielle. Nous sommes internationalistes, mais nous ne voyons pas cela en opposition à une certaine forme de patriotisme... qui n’est pas l’idéologie sioniste, puisque le sionisme c’est « une terre sans peuple pour un peuple sans terre », ce qui revient à nier l’existence d’un peuple palestinien. Nous sommes patriotes en ce que nous nous préoccupons de l’avenir des habitants de ce pays, l’avenir économique, écologique, social et politique. Et à mon avis nous sommes les seuls qui nous en soucions vraiment !

Votre parti a pris position contre les bombardements de l’armée israélienne à Gaza...

Oui. Dès leur début. Nous sommes le seul parti à l’avoir fait, hormis les partis exclusivement arabes. En des temps aussi obscurs, il faut du courage politique pour se démarquer du consensus qui dit que la seule solution à la situation intenable dans le sud du pays est la guerre. Le problème est que ce consensus est alimenté par les médias... Moi, les radios et les télévisions me demandent de parler, parce que je suis une exception : le seul parlementaire juif qui se prononce contre la guerre. Mais les médias ne rendent pas compte de l’ampleur du mouvement contre la guerre. Ils n’ont montré de la manifestation de samedi à Tel-Aviv que quelques Arabes-Israéliens brandissant le drapeau palestinien alors que notre manifestation n’avait rien à envier à celles qui ont eu lieu de par le monde. Les gens ici ont du mal à voir qu’il y a un nombre croissant de contestataires israéliens qui rejoignent les protestations qui viennent du dehors d’Israël.

Lors de la manifestation contre la guerre à Sakhnine, samedi dernier, il y avait une grande concentration d’hommes et de femmes religieux. Que pensez-vous de l’islamisation de la société arabe-israélienne ?

Nous sommes inquiets de la montée des extrêmes religieux, que ce soit dans le monde juif ou musulman. Nous considérons les extrêmes, et les extrémismes religieux comme faisant partie du problème et non de la solution. D’ailleurs, la problématique s’étend à la « guerre contre le terrorisme » de par le monde ; c’est la dialectique utilisée par les Etats-Unis pour justifier leurs guerres, c’est ce qu’utilisent les fondamentalistes musulmans dans leurs attaques contre l’Occident. Notre but est de réinventer la politique israélienne, qu’il y ait une alternative puissante avec des buts clairs. Une alternative tolérante et multiple, à la fois écologiste et sociale, verte et rouge, juive et arabe.

Publié le 6 janvier dans Mediapart

09/01/2009

Militaires et engagements extérieurs : à la conquête des cœurs et des esprits?

Culture & Conflits - automne 2007 - Sous la direction de Christian Olsson

"Ce numéro se propose de modifier le regard porté sur les « nouvelles » missions militaires en opération extérieure (Opex) en l’enrichissant de problématiques historiques, politiques et sociologiques. En effet, bien que situées au cœur de l’actualité, ces missions conservent une part d’ombre dans les stratégies, tactiques et technologies employées, mais également dans les processus de socialisation professionnelle qu’elles supposent. Quel sens revêt la référence aux « cœurs et aux esprits des populations » si fréquente dans cette littérature ? Quelles relations entretiennent les pratiques militaires en Opex avec la guerre ? Y-a-t-il une métamorphose du guerrier ? A partir de l’engagement sur des théâtres d’opération contemporains tels que l’Afghanistan ou l’Irak des forces armées américaines, françaises, italiennes, allemandes, c’est-à-dire de situations où ce qui relève traditionnellement de la sécurité extérieure n’est plus séparable de la sécurité intérieure, notre numéro répond à ces questions à la lumière d’une problématique centrale, celle de « l’hybridation » entre logiques militaires et policières."


08/01/2009

Genèse d’un problème social. Entre moralisation et médicalisation : la lutte antialcoolique en France (1850-1915)

Bertrand Dargelos - Lien social et Politiques, n° 55, 2006, p. 67-75.

Pruebas (PDF, 163 KB)

in http://id.erudit.org/iderudit/013225ar

La Croix-Bleue et sa lutte antialcoolique en Suisse romande, 1877-1910.

Le fonctionnement d’une société de tempérance entre idéaux religieux et aspirations patriotiques.

Sophie Rossier - Mémoire de licence présenté à la Faculté des Lettres de l’Université de Fribourg (CH)

www.croix-bleue.ch/template/fs/documents/memoire_Rossier.pdf

Historical amnesia and Gaza - Interview with Phyllis Bennis



Israel and international law

The meaning of violence or the meaningless violence – adolescents’ view on the media

Kathie Njaine - Researcher of the Latin-American Center for Studies on Violence and Health Jorge Careli; National School of Public Health; Oswaldo Cruz Foundation (CLAVES/ENSP/FIOCRUZ)

07/01/2009

La chaussure, nouvelle arme d'indignation massive

Sylvain Lapoix - Marianne2

De la Bosnie à l'Ukraine en passant par Falloujah, la chaussure jetée à la figure de George W. Bush a fait des émules, élevant cet objet au rang de symbole international de l'indignation.
Pour laver un affront à la Cour, il fallait jeter son gant et accepter le duel. Aujourd'hui, il faut se déchausser pour s'indigner. Depuis que le journaliste irakien Mountazer al-Zaïdi a jeté au visage du président Bush sa paire de chaussures, le 16 décembre 2008, ce geste semble s'imposer comme un nouveau mode de revendication. Le lendemain de cet acte fondateur, plusieurs centaines d'étudiants réunis à Falloujah ont accueilli avec les mêmes projectiles 6 marines venus rencontrer le doyen de l'université, déclarant soutenir le reporter menacé d'une peine de prison d'au moins deux ans pour son offense.

Un symbole fort, médiatique et facile à reproduire
Interdites dans les mosquées, les chaussures sont pour les musulmans associées à la saleté, comme les chiens (Mountazer al-Zaïdi avait d'ailleurs joint la parole au geste et traité Bush de « chien »). Un geste symbolique popularisé par les images choc qui se sont répandues sur Internet et dans les médias rappelant, comme le note un spécialiste des cultures arabes interrogés par le quotidien La tribune de Genève, les statues et les affiches de Saddam Hussein qui furent elles aussi les cibles de nombreux jets de chaussures lors de la chute de la dictature irakienne.

Le projectile d'indignation massive a très logiquement été repris par d'autres militants des pays arabes, notamment en Palestine où un jet de chaussures a été organisé le 19 décembre contre le mur d'annexion construit par Israël dans les territoires occupés.

De l'Ukraine à la Bosnie

Mais c'est pour l'instant en Europe que ce procédé a eu le plus de succès. Le 20 décembre, un jeune journaliste répétait le geste contre le leader du conseil Otan-Ukraine venu donner une conférence dans une université. Une façon, a-t-il expliqué, de « lutter contre l'expansion de l'Otan en Ukraine. » Le 3 janvier, c'est sur les grilles du 10 Downing Street, à Londres, résidence du Premier ministre anglais, que s'est abattue une pluie de plusieurs centaines de chaussures jetées par des manifestants, révoltés par la passivité britannique face aux raids israéliens sur Gaza.

Le même jour, à Sarajevo, des manifestants bosniaques ont jeté leurs savates « en signe de mise en garde » contre des effigies de dirigeants croates, musulmans, serbes de Bosnie et slovaques. A l'instar de la pierre jetée pendant les Intifadas palestiniennes, la chaussure est en passe d'entrer au Panthéon des « armes des pauvres » non mortelles sauf médiatiquement.

Car face aux caméras, même le président des Etats-Unis est dépourvu quand l'indigné se déchausse. A moins que les services de sécurité ne mettent en place de nouvelles consignes « sans chaussure » à l'entrée des conférences, les décideurs se trouvent désormais à la portée du premier coup de pompe venu.
Mardi 06 Janvier 2009 - 09:03

Madoff, Subprimes... les boomerang sur le retour - Les doigts dans la crise

Napakatbra

"Bernard Madoff s'offre une pyramide à 50 milliards de dollars. "Haro sur les escrocs !" clament les érudits de tous les continents. Fannie, Freddie, spécialistes des Subprimes et autres "responsables" de la crise financière tapent dans les milliers de milliards, mais c'est la faute à pas-de-chance... Vraiment ?

Pyramide instable


Bernard Madoff a arnaqué la planète finance de 50 milliards de dollars. Le plus simplement du monde. Il promettait à de riches investisseurs des retours sur investissements hors normes : 11% par an, quelle que soit la météo. Et ça marchait. Et puisque ça marchait, de plus en plus d'investisseurs voulaient en être et le petit génie voyait affluer les milliards par palettes entières. Le hic, c'est que l'argent entrant n'était jamais investi, il servait simplement à rémunérer les intérêts des plus anciens et le reste finissait dans les poches de Madoff. Cette méthode s'appelle la "Pyramide de Ponzi", du nom de l'inventeur de ce schéma. Elle fonctionne tant que les investisseurs se bousculent au bas des escaliers, poussant les précédents vers le haut. Mais lorsqu'il n'y a plus personne en bas de la pyramide, ou que quelques mauvais coucheurs demandent à retirer leur mise de départ, alors ça coince. L'ouvrage s'écrase, et ses ingénieurs restent prisonniers des décombres.

D'un Ponzi à l'autre

50 milliards de dollars. Un tremblement de terre dont l'onde de choc résonnera longtemps. Un milliard d'euros pour les banques françaises, au minimum, 3 milliards pour l'Espagne, autant pour la Suisse et la Grande-Bretagne, etc. Le monde entier se réveille éberlué. Ou presque. Girish Reddy, directeur financier de Prisma Partners, fonds américain d'investissement spéculatif, a déclaré au New-York Times : "les résultats étaient trop beaux pour être vrais et depuis longtemps". Paul Jorion nous apprend aussi que Franco Modigliani, Prix Nobel d'économie, écrivait en 1992 : "une banque dans une position délicate ne doit pas automatiquement déposer son bilan tant qu'elle est à même de verser à ses épargnants des intérêts, faisant pour cela appel à ses réserves, ou liquidant certains de ses actifs, mais surtout, en utilisant la technique dite 'de Ponzi' : en attirant de nouveaux clients". Revendre du capital pour financer des intérêts. Merci du conseil...


Et les Subprimes dans tout ça ?

L'aspect frauduleux du système mis en place par Bernard Madoff cache pourtant un principe fondamental de l'économie mondiale actuelle. Les Subprimes en sont un exemple flagrant. En résumé, les Subprimes sont des prêts hypothécaires dont les taux d'intérêt sont au plus bas pendant deux années. Passées cette période de soldes, les intérêts grimpent en flèche, et ce, pendant une trentaine d'années. A la fin de la période à prix bradés, très peu revendaient leur maison. Ils profitaient plutôt de la hausse de l'immobilier pour renégocier un prêt plus avantageux leur permettant de rembourser les intérêts du premier. Ce qu'on appelle... la "finance Ponzi", un empilement de produits financiers qui fait finalement oublier l'investissement initial. Si le nombre d'"entrants" baisse, alors l'immobilier dégringole, et le système tout entier se bloque, totalement.

Mais si le cas de Bernard Madoff est clairement frauduleux, celui des Subprimes ne l'est pas... au même niveau. Il est maintenant avéré, depuis leur audition devant le Congrès US, que les dirigeants de Freddie Mac et Fannie Mae connaissaient (tous) les risques du système et qu'ils ont entrainé la planète finance dans leur sillage, consciemment. Ils ont aussi, pour l'anecdote, vendu des contrats incompréhensibles à leurs clients, en toute connaissance de cause. Le résultat final était connu d'avance mais ils ont foncé, tête baissée. La seule inconnue de l'équation était la date de l'explosion. Avidité et cupidité sont (toujours) bien récompensées !

Des Subprimes en forme de pyramide ?

Alors, non, les Subprimes ne sont pas une pyramide de Ponzi, mais les schémas se ressemblent terriblement. Dans les deux cas, les acteurs étaient conscients que la seule issue était l'implosion. Et si, dans le cas des Subprimes, le capital était bel et bien investi, il n'en constituait plus le centre du jeu, loin de là. Il n'était qu'un point d'entrée indispensable, finançant un empilement de crédits et de produits dérivés totalement démesuré, dont on savait qu'il s'écroulerait un jour. Arriva donc le moment où les investissements se firent plus rares, où les acteurs commencèrent à vouloir retirer leurs billes, et le château de carte s'écroula. Dans les deux cas.

Le dicton du jour (en vogue dans les cercles financiers) : "99% des banquiers donnent une mauvaise réputation à tous les autres".

16 décembre 2008, 10:40, Les mots ont un sens

La invasión de Gaza: “Operación plomo fundido” parte de una agenda militar y de inteligencia israelí más amplia

Michel Chossudovsky

"Los bombardeos aéreos y la actual invasión de Gaza por fuerzas terrestres de Israel deben ser analizados en un contexto histórico. La operación “Plomo fundido” es una empresa cuidadosamente planificada, que forma parte de una agenda militar y de inteligencia más amplia formulada por primera vez en 2001:

    “Fuentes en el establishment de la defensa dijeron que el Ministro de Defensa Ehud Barak instruyó a las Fuerzas de Defensa de Israel [ejército israelí] que se prepararan para la operación hace más de seis meses, cuando Israel comenzaba a negociar un acuerdo de cese al fuego con Hamas.” (Barak Ravid, Operation "Cast Lead": Israeli Air Force strike followed months of planning, Haaretz, 27 de diciembre de 2008)

Israel rompió la tregua el día de las elecciones presidenciales de EE.UU., 4 de noviembre:

    “Israel utilizó esa distracción para romper el cese al fuego con Hamas bombardeando la Franja de Gaza. Israel afirmó que esa violación del cese al fuego tuvo lugar para impedir que Hamas excavara túneles hacia territorio israelí.”

    “Justo al día siguiente, Israel lanzó un aterrorizador sitio de Gaza, cortando los suministros de alimentos, carburante, medicinas y otras necesidades en el intento de “someter” a los palestinos mientras, al propio tiempo, emprendía incursiones armadas.

    “Como respuesta, Hamas y otros en Gaza volvieron a recurrir al disparo de toscos cohetes caseros, generalmente erráticos, hacia Israel. Durante los últimos siete años, esos cohetes han sido responsables por las muertes de 17 israelíes. Durante el mismo período, los ataques de guerra relámpago israelíes han matado a miles de palestinos, provocando protestas en todo el mundo, pero que cayeron en oídos sordos en la ONU.” (Shamus Cooke, The Massacre in Palestine and the Threat of a Wider War, Global Research, diciembre de 2008)

Desastre humanitario planificado

El 8 de diciembre, el Secretario Adjunto de Estado de EE.UU., John Negroponte, estuvo en Tel Aviv para discutir con sus contactos israelíes, incluido Meir Dagan, director del Mossad [servicio de espionaje israelí, N. del T.].

La “Operación plomo fundido” comenzó dos días después de Navidad. Fue combinada con una campaña internacional de Relaciones Públicas cuidadosamente preparada bajo los auspicios del Ministerio de Exteriores de Israel.

Los objetivos militares de Hamas no son la finalidad principal. La “Operación plomo fundido” tiene el propósito, totalmente deliberado, de provocar víctimas civiles.

Lo que encaramos es un “desastre humanitario planificado” en Gaza.

El objetivo a plazo más largo de este plan, tal como ha sido formulado por los responsables políticos israelíes es la expulsión de los palestinos de las tierras palestinas:

    “Aterrorizar a la población civil, asegurando la máxima destrucción de propiedades y recursos culturales… La vida diaria de los palestinos debe llegar a ser insoportable: Hay que encerrarlos en ciudades y pueblos, impedir que ejerzan una vida económica normal, separarlos de sitios de trabajo, escuelas y hospitales. Esto alentará la emigración y debilitará la resistencia a futuras expulsiones.”

    Ur Shlonsky, citado por Ghali Hassan, Gaza: The World’s Largest Prison, Global Research, 2005)

“Operación venganza justificada”

Se ha llegado a un punto decisivo. La “Operación plomo fundido” forma parte de la operación más amplia militar y de inteligencia iniciada al comienzo del gobierno de Ariel Sharon en 2001. Bajo la “Operación venganza justificada” de Sharon los aviones de guerra F-16 fueron utilizados inicialmente para bombardear ciudades palestinas.

La “Operación venganza justificada” fue presentada en julio de 2001 al gobierno israelí de Ariel Sharon por el jefe de estado mayor del ejército israelí Shaul Mofaz, con el título “La destrucción de la Autoridad Palestina y el desarme de todas las fuerzas armadas.”

    “Un plan de contingencia, con el nombre de código “Operación venganza justificada”, fue elaborado en junio pasado [2001] para volver a ocupar toda Cisjordania y posiblemente la Franja de Gaza a un coste probable de “cientos” de bajas israelíes.” (Washington Times, 19 de marzo de 2002).

Según Jane's 'Foreign Report' (12 de julio de 2001) el ejército israelí bajo Sharon había actualizado sus planes para un “ataque generalizado para aplastar la autoridad palestina, expulsar al líder Yasir Arafat y matar o detener a su ejército.”

“Justificación del derramamiento de sangre”

La “justificación del derramamiento de sangre” era un componente esencial de la agenda militar y de inteligencia. La matanza de civiles palestinos se justificaba por “motivos humanitarios.” Las operaciones militares israelíes fueron cronometradas cuidadosamente para que coincidieran con ataques suicidas:

    El ataque será lanzado, a discreción del gobierno, después de un gran ataque suicida en Israel, causando muchas muertes y heridas, citando el derramamiento de sangre como justificación.

    (Tanya Reinhart, “Evil Unleashed, Israel's move to destroy the Palestinian Authority is a calculated plan, long in the making,” [Mal desencadenado: la acción de Israel para destruir la Autoridad Palestina es un plan calculado, preparado hace tiempo] Global Research, diciembre de 2001, énfasis agregado)

El Plan Dagan

También se refirieron a la “Operación venganza justificada” como “Plan Dagan”, nombrado por el general en retiro Meir Dagan, quien dirige actualmente el Mossad, la agencia de inteligencia de Israel.

El general de la reserva Meir Dagan fue asesor nacional de seguridad de Sharon durante la campaña electoral de 2000. El plan fue aparentemente preparado antes de la elección de Sharon como primer ministro en febrero de 2001. “Según Alex Fishman en Yediot Aharonot, el Plan Dagan, consistía en la destrucción de la Autoridad Palestina y que se ‘sacara el juego’ a Yasir Arafat.” (Ellis Shulman, "Operation Justified Vengeance": a Secret Plan to Destroy the Palestinian Authority, marzo de 2001):

    “Como informara Foreign Report [Jane] y revelara localmente Ma’ariv, el plan de invasión de Israel – supuestamente apodado Venganza Justificada – sería lanzado de inmediato después del próximo atentado suicida con muchas víctimas, duraría cerca de un mes y se espera que resulte en la muerte de cientos de israelíes y miles de palestinos. (Ibíd., énfasis agregado)

El “Plan Dagan” preveía la así llamada “cantonización” de los territorios palestinos que separaría totalmente Cisjordania de Gaza, con “gobiernos” separados en cada uno de los territorios. Según este guión, previsto ya en 2001, Israel:

    “negociaría separadamente con fuerzas palestinas dominantes en cada territorio – fuerzas palestinas responsables por la seguridad, la inteligencia, e incluso por el Tanzim {Fatah].” El plan se parece por lo tanto de cerca a la idea de “cantonización” de territorios palestinos, propugnado por varios ministros.” Sylvain Cypel, The infamous 'Dagan Plan' Sharon's plan for getting rid of Arafat, Le Monde, 17 de diciembre de 2001)

El Plan Dagan estableció continuidad en la agenda militar y de inteligencia. Después de las elecciones de 2000, Meir Dagan obtuvo un papel crucial. “Se convirtió en el ‘intermediario’ de Sharon en temas de seguridad con los enviados especiales del presidente Bush, Zinni y Mitchell.” Subsiguientemente fue nombrado Director del Mossad por el primer ministro Ariel Sharon en agosto de 2002. En el período post-Sharon, siguió siendo jefe del Mossad. Fue reconfirmado en su posición como Director de Inteligencia Israelí por el primer ministro Ehud Olmert en junio de 2008.

Meir Dagan, en coordinación con sus homólogos estadounidenses, ha estado a cargo de varias operaciones de inteligencia militar. Vale la pena señalar que como joven coronel Meir Dagan había trabajado estrechamente con el ministro de defensa Ariel Sharon en los ataques contra asentamientos palestinos en Beirut en 1982. Las incursiones de 2008 y 2009 en Gaza, tienen en muchos aspectos un extraño parecido con la operación militar de 1982.

Es importante considerar una serie de eventos cruciales que condujeron a las matanzas en Gaza bajo la “Operación plomo fundido:”

1. El asesinato en noviembre de 2004 de Yasir Arafat. Este asesinato había sido planificado desde 1996 bajo la “Operación campos de espinas.” Según un documento de octubre de 2000 “preparado por los servicios de seguridad, a pedido del primer ministro de entonces, Ehud Barak, señaló que ‘Arafat, la persona, es una severa amenaza para la seguridad del Estado [de Israel] y el daño que resultará de su desaparición será menor que el daño causado por su existencia.’” (Tanya Reinhart, Evil Unleashed, Israel's move to destroy the Palestinian Authority is a calculated plan, long in the making, Global Research, diciembre de 2001. Detalles del documento fueron publicados en Ma'ariv, 6 de julio de 2001.).

El asesinato de Arafat fue ordenado en 2003 por el gabinete israelí. Fue aprobado por EE.UU. que vetó una Resolución de Seguridad de Naciones Unidas condenando la decisión del gabinete israelí en 2003. Como reacción a crecientes ataques palestinos, en agosto de 203, el ministro israelí de defensa, Shaul Mofaz, declaró la “guerra en todos los frentes” contra los militantes que juró estaban “marcados para la muerte.”

    “A mediados de septiembre, el gobierno de Israel aprobó una ley para librarse de Arafat. El gabinete de Israel para asuntos de seguridad política la declaró “una decisión para remover a Arafat como obstáculo para la paz.” Mofaz amenazó: “escogeremos el camino adecuado y el momento adecuado para matar a Arafat.” El ministro palestino Saeb Erekat dijo a CNN que pensaba que Arafat era el próximo objetivo. CNN preguntó al portavoz de Sharon, Ra'anan Gissan, si el voto significaba la expulsión de Arafat. Gissan aclaró: “No significa eso. El gabinete ha resuelto hoy la remoción de ese obstáculo. El momento, el método, la manera como eso tendrá lugar serán decididos separadamente, y los servicios de seguridad monitorearán la situación y harán la recomendación sobre la acción adecuada.” (Vea Trish Shuh, Road Map for a Decease Plan, www.mehrnews.com 9 de noviembre de 2005)

El asesinato de Arafat formaba parte del Plan Dagan de 2001. Es muy probable que haya sido realizado por los servicios de inteligencia israelíes. Tenía el propósito de destruir la Autoridad Palestina, fomentar divisiones dentro de Fatah así como entre Fatah y Hamas. Madmud Abbas fue instalado como líder de Fatah, con la aprobación de Israel.

2. La remoción, por orden del primer ministro Ariel Sharon en 2005, de todos los asentamientos judíos en Gaza. Una población judía de más de 7.000 fue cambiada de sitio.

    “Es mi intención [Sharon] realizar una evacuación – perdón, una reubicación – de asentamientos que nos causan problemas y de sitios que en todo caso conservaremos en un acuerdo final, como los asentamientos de Gaza… Estoy trabajando sobre la base de la presuposición de que en el futuro no habrá judíos en Gaza,” dijo Sharon (CBC, marzo de 2004)

El tema de los asentamientos en Gaza fue presentado como parte del “mapa de ruta para la paz” de Washington. Celebrado por los palestinos como una “victoria”, esa medida no iba dirigida contra los colonos judíos. Todo lo contrario: Formaba parte de la operación clandestina general, que consistía en convertir Gaza en un campo de concentración. Mientras los colonos judíos vivieran dentro de Gaza, no se podía lograr el objetivo de mantener un gran territorio como prisión bloqueada. La implementación de la “Operación plomo fundido” exigía que “no haya judíos en Gaza.”

3. La construcción del infame Muro del Apartheid fue decidida a comienzos del gobierno de Sharon.

4. La próxima fase fue la victoria electoral de Hamas en enero de 2006. Sin Arafat, los arquitectos de la inteligencia militar israelíes sabían que Fatah bajo Mahmud Abbas perdería las elecciones. Formaba parte del guión, que había sido previsto y analizado mucho antes.

Con Hamas a cargo de la Autoridad Palestina, con el pretexto de que Hamas es una organización terrorista, Israel realizaría el proceso de “cantonización” tal como fue formulado en el Plan Dagan. Fatah bajo Mahmud Abbas seguiría formalmente a cargo de Cisjordania. El gobierno de Hamas, debidamente elegido, sería limitado a la Franja de Gaza.

Ataque por tierra

El 3 de enero, tanques e infantería israelíes penetraron en Gaza en una ofensiva terrestre total:

    “La operación por tierra fue precedida por varias horas de fuerte fuego de artillería nocturno, incendiando objetivos con llamas que estallaron en el cielo de noche. El fuego de ametralladoras resonaba mientras brillantes balas trazadoras rompían la oscuridad y el estallido de cientos de obuses elevaba provocaba llamaradas. (AP, 3 de enero de 2009)

Fuentes israelíes han señalado que será una operación militar prolongada. “No será fácil y no será breve,” y dijo el ministro de defensa Ehud Barak en una alocución por televisión.

Israel no trata de obligar a Hamas “a cooperar.” Lo que encaramos es la implementación del “Plan Dagan” como fuera inicialmente formulado en 2001, que requería:

    una invasión de territorio controlado por palestinos por unos 30.000 soldados israelíes, con la misión claramente definida de destruir la estructura de la dirigencia palestina y de recolectar armas actualmente en poder de las diversas fuerzas palestinas, y de expulsar o matar a su dirigencia militar. Ellis Shulman, op. Cit., énfasis agregado)

La cuestión más amplia es si Israel, en consulta con Washington, quiere provocar una guerra más amplia.

Una expulsión podría ocurrir en alguna etapa posterior de la invasión por tierra, si los israelíes abrieran las fronteras de Gaza para permitir un éxodo de la población. Ariel Sharon se refirió a la expulsión como “una solución al estilo de 1948”. Para Sharon “sólo es necesario encontrar otro Estado para los palestinos. ‘Jordania es Palestina’ – fue la frase acuñada por Sharon.” (Tanya Reinhart, op. Cit.) "

© Copyright Michel Chossudovsky, Global Research, 2009

O mercado privado de vacinas no Brasil: a mercantilização no espaço da prevenção

José Gomes Temporão - text in portuguese

in
Cad. Saúde Pública [online]. 2003, v. 19, n. 5, pp. 1323-1339. ISSN 0102-311X.

Qu’est-ce que la nouvelle sociologie des idées ? Un entretien avec Charles Camic et Neil Gross.

Mathieu Hauchecorne (Université de Lille 2) - Etienne Ollion (EHESS)

"Charles Camic et Neil Gross sont deux des principaux représentants de la « nouvelle sociologie des idées », un programme de recherche élaboré durant la dernière décennie. S’inspirant de différentes approches théoriques, ses représentants entendent offrir une synthèse critique des travaux antérieurs relevant de ce champ d’étude, tout en promouvant d’autres approches des « producteurs d’idées ». Le programme théorique de Camic et Gross est le produit de nombreuses enquêtes empiriques [1]. Charles Camic, qui a dirigé la thèse de Neil Gross à l’université de Wisconsin-Madison et qui est maintenant professeur à l’Université de Northwestern (Chicago, Illinois), a écrit sur des sujets aussi variés que les Lumières écossaises, les années de formation intellectuelle du sociologue Talcott Parsons, ou le concept d’habitude au sein de la sociologie étasunienne pendant les années 1930. Neil Gross a publié récemment un livre sur le philosophe pragmatiste Richars Rorty. Il enseigne à l’Université de British Columbia.

Les sciences humaines ne constituent pas un objet d’étude si commun pour les chercheurs en sciences sociales. D’autres disciplines (histoire intellectuelle, science politique ou même philosophie) tendent à contester la vision qu’en donnent les sociologues. De plus, la technicité de discipline comme la philosophie ou l’économie peut parfois constituer une barrière pour les sociologues désireux de les étudier. Pourriez-vous brièvement décrire votre trajectoire personnelle, votre formation et intérêts passés, ainsi que les raisons qui vous ont conduit à vous tourner vers la sociologie des idées ?

Charles Camic

Bien que cela ne fasse qu’une dizaine d’années que je me sois « tourné » vers l’expression « sociologie des idées » pour décrire mon travail, mes recherches s’inscrivent dans ce champ d’étude depuis ma thèse.

Quand j’étais doctorant en sociologie à l’Université de Chicago au milieu des années 1970, je me suis initialement intéressé à la théorie sociale et à la sociologie de l’éducation. En matière théorique, j’étais en particulier attiré par les auteurs européens classiques des XVIIIe et XIXe siècles. En matière de sociologie de l’éducation, je m’intéressais tout particulièrement à des travaux d’ordre microsociologique, à l’étude des processus sociaux par lesquels s’opère l’apprentissage.

Ces deux centres d’intérêt en tête, j’ai commencé à m’intéresser aux relations entre éducation et changement intellectuel et, plus spécifiquement, à la manière dont les processus éducatifs façonnent le développement historique des théories sociales. Naïvement, je pensais qu’il s’agissait de problèmes que les sociologues auraient déjà étudié et que je trouverais les résultats de ces recherches en consultant des travaux de « sociologie de la connaissance ». À cette époque, je n’avais guère d’idée de ce que pouvait être la sociologie de la connaissance. Mais il me semblait qu’un domaine d’étude ainsi nommé offrirait probablement un aperçu de la manière dont la formation reçue à l’école façonne la pensée des individus – et, par extension, la théorie sociale, les idées des penseurs sociaux.

Cependant, quand j’ai commencé à lire la maigre littérature dans ce domaine, mon espoir a vite été déçu. Dans un article écrit de nombreuses années après, j’ai décrit la période post-1965 comme une ère où la sociologie de la connaissance constituait une « spécialité en repli [2] ». Ainsi, quand je m’y suis confronté dans les années 1970, elle était à son point bas, aussi bien d’un point de vue théorique qu’en termes de recherches. Malgré cela, comme j’avançais dans mon troisième cycle et que je prenais conscience de la nécessité d’endosser une identité professionnelle quand j’arriverais sur le marché académique, j’ai commencé à me décrire (inter alia) comme un « sociologue de la connaissance », puisqu’il n’existait pas d’autre manière de caractériser ma recherche.

Je m’intéressais en effet à la façon dont les processus éducatifs affectent l’élaboration des théories sociales, et j’avais à ce stade décidé d’étudier comment les idées des penseurs des Lumières écossaise avaient été façonnées par leur socialisation scolaire ainsi que d’autres expériences d’apprentissage contemporaines. Rétrospectivement, cela parait un sujet étrange pour une thèse de sociologie. Mais l’Université de Chicago s’accommodait à l’époque de certaines curiosités – tout comme le marché académique de la fin des années 1970 comme allait l’illustrer mon cas. Et de fait, en dépit de ce sujet incongru, j’ai obtenu une position à l’Université de Wisconsin-Madison, qui à l’époque et aujourd’hui encore, parvenait à concilier sa réputation de département de sociologie le plus « orthodoxe » des États-Unis avec une tolérance remarquable pour des travaux (comme le mien) qui s’écartaient de cette ligne.

En poste à Wisconsin pendant les vingt-cinq années qui ont suivi, j’ai poursuivi dans la même voie en étudiant le développement historique d’autres ensembles d’idées (désormais étatsuniennes plutôt qu’écossaises) en rattachant la plupart de ces enquêtes à la sociologie de la connaissance. À ce moment-là, il était toutefois plus que temps de dépoussiérer cette rubrique désuète. Des travaux relevant d’autres spécialités mettaient en effet également en lumière les processus sociaux par lesquels les idées se développent, et prenaient ces processus comme terrain d’enquête principal. Ces travaux incluaient notamment les écrits de (Andrew) Abbott, (Pierre) Bourdieu, et (Randall) Collins – l’ABC de cette nouvelle littérature, comme j’aime à les décrire – ainsi que certaines contributions issues de la sociologie des sciences, des cultural studies, de l’histoire intellectuelle ou d’ailleurs. C’est dans ce contexte que Neil Gross et moi avons commencé à regrouper ces travaux sous le label de « sociologie des idées » et à essayer d’élaborer un programme de recherche cohérent pour cette spécialité.

C’est vrai que certains spécialistes d’histoire intellectuelle plus orthodoxes, de philosophie, de théorie politique et, oui, de théorie sociologique se sont parfois montrés critiques à l’égard de ce programme – les premiers parce qu’ils préfèrent des explications extérieures à la sociologie, les autres parce qu’ils tendent à regarder les idées comme des totems dont l’origine échapperait à des explications sociologiques trop terre-à-terre. Ces réponses rappellent les réactions négatives des scientifiques et de leurs historiens quant aux travaux de sociologie des sciences et laissent entrevoir le même type de résistance professionnelle, sur lesquelles nous pourrons peut-être revenir dans le cadre de cet entretien.

Il n’empêche que les critiques ont raison de souligner que les « sociologues des idées » doivent rendre compte en détail de la substance même des idées qu’ils cherchent à analyser. De même que les sociologues des sciences ne peuvent se passer d’une connaissance précise de la branche de la biologie, de la chimie, ou de la physique dont ils font la sociologie, les sociologues des idées ne peuvent réussir sans se plonger dans les idées de leurs enquêtés et sans saisir le contexte intellectuel et historique qui leur est propre. Les écrits de Quentin Skinner, le grand historien intellectuel contextualiste, m’ont fortement influencé ; et comme j’ai étudié, au fil des années, différents groupes d’économistes, de psychologues et d’autres intellectuels, j’ai cherché à m’astreindre à ce type de contextualisation minutieuse. J’ai encouragé mes étudiants à faire de même.

Neil Gross :

Tout sociologue des idées digne de ce nom se doit d’être suspicieux vis-à-vis des récits autobiographiques des intellectuels. Ceux-ci peuvent comporter des détails importants de leurs vies ou faire apparaître une certaine définition de soi [self concept] [3], mais ils s’apparentent rarement au type d’explication causale requis par les sociologues des idées. On serait tenté de penser que les compte-rendus autobiographiques des sociologues échappent à cette règle. Un coup d’œil aux entreprises de ce type – par exemple L’esquisse pour une auto-analyse de Pierre Bourdieu, ou les essais contenus dans le volume Our Studies, Ourselves : Sociologists’ Lives and Work, édité par Barry Glassner et Rosanna Hertz, ou encore ceux publiés dans The Disobedient Generation : Social Theorists in the 60s, édité par Alan Sica et Stephen Turner – m’amènent à conclure que les récits livrés par les sociologues, quoique bien sûr plus susceptibles de mobiliser des thématiques sociologiques que ceux d’autres intellectuels, n’échappent pas à la tendance générale à privilégier les reconstruction rationnelles et la célébration de soi intellectuelle voire morale, plutôt que la description distanciée et dépassionnée, nécessaire pour obtenir une véritable réflexivité. C’est donc une forme de défi que d’interroger un sociologue des idées sur sa trajectoire intellectuelle, car c’est lui demander de produire un récit qu’il a toutes les chances de récuser.

Cette mise en garde faite, je peux étayer en quelques mots les facteurs biographiques qui selon moi m’ont orienté vers mon travail actuel. J’ai grandi dans les années 1970 et 1980 dans une famille d’intellectuels installée juste à côté de Berkeley en Californie. Mes parents n’étaient pas des universitaires. Ma mère restait à la maison à s’occuper de moi tandis que mon père, juriste de formation, travaillait comme éditeur pour une société de formation continue en droit administrée par l’Université de Californie. Mais tous deux étaient des lecteurs avides et, particulièrement pour ce qui est de mon père, avides de tout, depuis l’histoire jusqu’à la philosophie en passant par la critique littéraire et la théorie psychanalytique. À ce moment-là, je ne m’intéressais pas tellement à ce qu’il lisait. Cela me paraissait extrêmement ennuyeux. Mais il n’était pas rare qu’il essaie de me parler de grandes idées – souvent pour essayer de me montrer qu’elles étaient plus intéressantes que je ne sais quels épisodes de CHiPs ou Benson dont on ne pouvait me décrocher à l’époque. Il m’a fallu longtemps avant de me rendre compte que les idées pouvaient être vraiment intéressantes. Il n’empêche qu’en étant élevé dans un cadre où les idées étaient prises si au sérieux m’a probablement incliné à trouver un moyen de les intégrer à ma recherche sociologique quand je me suis finalement décidé à faire carrière dans la discipline. Le caractère intellectuel de ma famille et le choix de mes parents, en matière financière, de s’installer dans un quartier doté de bonnes écoles et de financer mes activités extra-scolaires telles que les concours de debating au lycée constituent également des déterminants importants de ma réussite ultérieure à l’université de Berkeley qui ont rendu possible mon acceptation comme doctorant dans un département de première classe.

Dans le département de sociologie de l’Université de Wisconsin-Madison au milieu des années 1990, quatre options s’offraient aux personnes qui comme moi s’intéressaient aux grandes idées. Nous pouvions refouler notre intérêt pour la théorie et la philosophie et devenir des sociologues orthodoxes se consacrant à la stratification sociale et à la démographie ; nous tourner vers la théorie marxiste et travailler avec Erik Olin Wright ; rédiger des mémoire de master et des thèses marginaux qui nous relègueraient aux franges de la discipline ; ou trouver un moyen de reconvertir nos orientations et intérêts dans une perspective plus ou moins en phase avec les credo dominants de la discipline. J’ai choisi la dernière de ces options, en prenant pour modèle Charles Camic, qui dans son travail sur Parsons (je n’avais pas encore lu Experience and Enlightenment) semblait avoir trouvé une façon de faire de une histoire des idées reconnue des sociologues. C’est vers ce moment-là que lui et moi avons commencé à discuter de la perspective d’une « nouvelle sociologie des idées ». Alors que nous écrivions ensemble le chapitre à ce sujet, je partais à la recherche d’un éventuel projet de thèse. Il est tout à fait vrai que les études sociologiques de la vie intellectuelle perdent toute crédibilité si leurs auteurs ne se sont pas plongés dans le bain des approches intellectuelles qu’ils analysent. La philosophie n’était pas ma discipline principale à l’université, mais, en partie en raison de l’influence de mon père, j’avais suivi nombre de cours de philosophie et je continuais à faire de même à Wisconsin. Il semblait donc judicieux d’envisager un projet en sociologie de la philosophie (quoique je me sois au départ amusé à faire quelque chose sur le destin de la théorie socio-psychanalytique).

À cette époque, en sciences humaines – et dans une moindre mesure en sciences sociales – aux États-Unis, on s’enthousiasmait pour la tradition classique du pragmatisme étasunien et la manière dont il pourrait nourrir ou renouveler certains débats, en particulier en philosophie des sciences. Surfant sur cette vague, j’ai beaucoup lu sur le pragmatisme, suivi quelques cours à ce sujet (notamment un, enseigné par Hans Joas, qui est venu passer plusieurs semestres à Madison), et j’ai consacré mon mémoire de master aux conférences d’Émile Durkheim de 1913-1914 sur le pragmatisme et la sociologie. Si bien que quand je me suis finalement décidé à écrire une thèse consacrée à l’ascension d’un mouvement philosophique contemporain, la renaissance du pragmatisme apparaissait comme un objet d’étude naturel. Rétrospectivement, ce n’était pas une très bonne thèse, mais le chapitre consacré à Rorty a constitué le ferment d’où est sorti mon livre. Depuis sa sortie au printemps dernier, il a fait l’objet d’un accueil houleux dans la presse généraliste, où il a été recensé par des humanistes qui ne peuvent supporter l’idée d’une biographie sociologique. Mais au moins ,je m’enorgueillis du fait qu’aucun d’eux n’a sérieusement mis en cause mon traitement du matériau philosophique. Je pense qu’il s’agit là de mon côté « famille d’intellectuels de Berkeley ».

Vous avez utilisé l’expression « nouvelle sociologie des idées » pour décrire le champ de recherche auquel vous entendez contribuer. En la définissant comme l’étude des « femmes et hommes spécialisés dans la production d’idée à finalité cognitive, évaluative ou expressive », et plus précisément des « processus sociaux par lesquels leurs idées – c’est-à-dire leurs affirmations, revendications, arguments, concepts, croyances, hypothèses, etc. – émergent, se développent et changent » [4], vous vous appuyez sur des théories passées comme la sociologie de la connaissance ou la sociologie des sciences. Selon vous, quels sont les traits principaux qui rendent cette « nouvelle sociologie des idées si nouvelle » ?

Charles Camic :

« Nouveau » est, bien sûr, un terme relatif, pas absolu. En effet, si nous considérons le programme de recherche que nous avons associé à la « nouvelle sociologie des idées », et si nous reconsidérons de ce point de vue d’autres types de travaux relevant de la sociologie ou non, il est certain qu’une partie d’entre eux répondent à ce programme de recherche. Et il est également vrai que nous trouvons les concentrations les plus larges de ce travail au sein de la sociologie de la connaissance et de la sociologie des sciences, quoique l’histoire intellectuelle a de toute évidence apporté une contribution conséquente elle aussi.

Néanmoins, il serait exagéré d’affirmer que la sociologie de la connaissance et la sociologie des sciences s’occupent principalement des processus sociaux par lesquels les idées produites par des hommes et femmes particuliers émergent, se développent, et changent. Au mieux, le développement des idées a été un thème d’étude parmi d’autres des sociologues des sciences ou de la connaissance. En tant que tel, ce questionnement a cherché à se faire une place, souvent sans grand résultat. En effet, nombre de programmes de recherche influents en sociologie de la connaissance et en sociologie des sciences sont restés largement silencieux quant aux processus sociaux par lesquels les idées se développent, quand ils n’ont pas été jusqu’à affirmer que le développement des idées ne constituait pas un objet d’analyse sociologique légitime.

Donc ce qui est en première approche « nouveau » dans la « nouvelle sociologie des idées » est tout simplement le fait qu’elle isole les idées comme objets d’investigation sociologique, si bien qu’elles ne sont plus menacées d’élision ou d’éradication comme objet d’étude, mais acquièrent une place propre sur la liste des objets digne d’attention pour les sociologues. Combien de sociologues vont de fait s’emparer de ce sujet et mener des recherches sur les processus sociaux par lesquels les idées émergent, se développent, et changent demeure, bien évidemment, une question ouverte. Mais tout comme les études consacrées aux institutions économiques, politiques, médicales, familiales, et juridiques ont avancé plus rapidement une fois que l’intérêt global des sociologues pour les institutions a donné naissance à la sociologie économique, à la sociologie politique, à la sociologie médicale, à la sociologie de la famille, et à la sociologie du droit, la recherche consacrée au développement des idées semble susceptible de progresser une fois qu’un espace intellectuel au sein duquel effectuer ce travail est délimité. On peut appliquer aux sous-champs académiques le même principe que celui qui s’applique aux terrains de baseball : « si vous le construisez, ils viendront ». C’est en tous cas l’espoir que nous avons.

Les choses ne s’arrêtent pas là, je l’admets. Quand on la compare aux travaux antérieurs consacrés au développement des idées, la « nouvelle sociologie des idées » se caractérise par plusieurs autres traits distinctifs. Je voudrais en souligner deux plus particulièrement. Tout d’abord, comme je l’ai mentionné dans ma réponse à la première question, elle appréhende les idées qu’elle entend analyser en commençant par les resituer dans leur contexte historique propre. En second lieu, en cherchant à identifier les processus sociaux par lesquels les idées émergent et changent, elle considère, au-delà des facteurs macro-sociaux – c’est-à-dire des conditions économiques, politiques et religieuses globales des sociétés au sein desquelles les producteurs et productrices d’idées étudié-e-s vivent – tout une série de facteurs institutionnels, en se concentrant tout particulièrement sur les configurations locales définies par ces facteurs.

Sur ces deux plans, la « nouvelle sociologie des idées », telle que je l’ai mise en œuvre dans mes travaux, s’inspire de certaines évolutions qu’ont connues la sociologie des sciences et l’histoire intellectuelle ces dernières décennies, et se démarque des approches dominantes de la sociologie de la connaissance traditionnelle. Mais ma préférence propre pour la contextualisation historique des idées et pour les explications se situant à un niveau micro traduit simplement une préférence, pas un tentative masquée de restreindre la sociologie des idées à une seule approche visant à empêcher les travaux de ce champ d’explorer des voies très différentes. Ici comme ailleurs en sociologie, un espace théorique et de recherche pluraliste, dont les membres poursuivent librement diverses approches constitue l’idéal à atteindre. Dans ce cas, le seul point d’accord nécessaire serait un engagement partagé en faveur d’une focale sociologique centrée sur les idées et les processus par lesquelles elles se développent.

Neil Gross :

Pour moi, un des éléments qui distingue la « nouvelle sociologie des idées » de son ancêtre, la « sociologie de la connaissance » – par delà les caractéristiques que nous avons identifié dans notre chapitre [5] - est un type particulier de parti-pris explicatif (qui est bien sûr différent d’un parti-pris pour l’explication en général). L’idée ici est que, quoique la sociologie des idées requière des méthodes propres, elle doit adopter une perspective qui s’accorde globalement – en termes de logique explicative, de logique conceptuelle, et d’administration de la preuve – avec les recherches menées dans d’autres sous-champs de la discipline. Même si des processus sociaux différents sont évidemment à l’œuvre au sein des différents espaces sociaux, ce serait faire preuve d’une étonnante naïveté que de penser que les processus qui affectent les intellectuels et leurs idées seraient si différents de ceux affectant les autres acteurs sociaux qu’ils requerraient que la sociologie des idées se débarrasse des conventions disciplinaires et des stratégies explicatives établies. En raison de ce parti-pris explicatif, tout sociologue de profession est en mesure de reconnaître le caractère sociologique de « la sociologie des idées » dans ses formes les plus développées. Cette volonté-même explique, tout autant que les autres considérations, le scepticisme que les nouveaux sociologues des idées ont à l’égard d’approches plus anciennes et plus flottantes en sociologie de la connaissance. Si on ne peut se contenter (et c’est manifestement le cas) aujourd’hui pour expliquer le succès d’un mouvement social de souligner ses affinités avec la culture de son temps, alors on ne peut non plus se contenter de cela pour expliquer le succès d’un mouvement intellectuel. Les travaux de « sociologie des idées » tendent par conséquent à faire corps avec d’autres formes de recherche sociologique, et des sociologues éminents comme Abbott, Bourdieu ou Collins travaillent sur un large champ d’objets qu’ils traitent selon la même sensibilité.

Maintenant, dans le chapitre que Charles Camic et moi avons co-écrit, nous disions en effet qu’un des traits constitutifs de la « nouvelle sociologie des idées » est d’attirer l’attention sur les conditions institutionnelles locales et les configurations – quand bien même celles-ci seraient le produit de développements et de dynamiques plus macrosociologiques – qui donnent naissance aux idées particulières. Tel que je la comprends, la justification par Camic d’une attention portée au local – qu’il décrit ici comme une simple préférence – se réclame du contextualisme skinnérien et de la sociologie des sciences, cette dernière étant influencée par l’ethnométhodologie et sa tendance à concevoir l’ordre social et la facticité comme des productions locales. Je me suis également fortement concentré sur le local dans mon travail, mais pour moi cela a avant tout procédé du parti-pris explicatif que je mentionnais (qui importe bien sûr tout autant à Camic qu’à moi). En sociologie, on attend généralement aujourd’hui que les explications causales des phénomènes sociaux soient en mesure de spécifier des mécanismes plausibles faisant que A rend B plus probable. Indépendamment du niveau d’analyse où A intervient, si B est une idée ou un ensemble d’idées, alors ces mécanismes – qu’ils touchent à des processus de production idéelle ou de diffusion – doivent s’incarner en grande partie dans les actions et interactions des intellectuels au quotidien dans les lieux où s’opère le travail intellectuel. C’est le souci de comprendre ce qui se produit au sein de ces dispositifs – ne serait-ce que comme prélude à l’identification de mécanismes explicatifs renvoyant à des logiques plus meso ou macrosociologiques – qui m’a conduit à m’intéresser au local. Ayant toujours été moins pluraliste que Charles Camic, je dois faire état ici d’un petit point de désaccord et dire que je considère cela comme plus qu’une simple préférence. L’identification de mécanismes effectifs est une pré-condition d’une science sociale véritable.

Pour ce qui est de ce souci du local, dans Experience and Enlightenment, Charles Camic se concentre sur un mouvement très spécifique, les Lumières écossaises. Vous démontrez qu’on peut parvenir à une meilleure compréhension des origines des idées de ces auteurs (David Hume et Adam Smith notamment) en tenant compte des trajectoires de vie des auteurs et de leur expérience personnelle. Vous démontrez que les « dispositifs micro-sociaux de socialisation » (famille, école primaire, formation universitaire et premières expériences professionnelles) importent quand on entend expliquer la formation des idées. Cette insistance sur l’histoire personnelle de ces penseurs semble mettre en avant la nécessité de décrire la formation de nouveaux habitus intellectuels afin de comprendre les changements théoriques. Neil Gross, vous insistez sur ces facteurs dans votre travail sur Rorty (liens de ses parents avec les « New York intellectuals » [6], ou le contraste entre la formation classique qu’il reçoit en philosophie à Yale et la domination de la philosophie analytique à Princeton où il est nommé. Selon vous, à quel titre ces éléments importent-ils ? Quels sont les autres facteurs microsociologiques qu’il faudrait prendre en compte ? Comment interagissent-ils avec les facteurs plus « macro » à l’œuvre dans la « vieille » sociologie des idées ?

Charles Camic :

Cette question m’offre la possibilité de clarifier un point important sur lequel j’ai le sentiment de ne pas avoir suffisamment insisté. Le mot « idée » renvoie à un ensemble de réalités immense et hétérogène et non pas une entité homogène. Par exemple, dans mon travail initial sur les Lumières écossaises, les idées considérées constituaient deux dimensions cognitivo-évaluatives fondamentales que Hume, Smith, Millar, Ferguson, et Robertson partageaient et mettaient en œuvre en traitant de tout un ensemble de sujets. Dans mon travail ultérieur sur Talcott Parsons, les idées considérées étaient moins larges et plus ésotériques ; elles portaient sur la vision que Parsons avait de la méthodologie pertinente en sociologie et sur son concept d’action humaine. Dans mes recherches postérieures sur la sociologie durant la crise des années 1930, je me suis focalisé sur des idées introduites par une large cohorte de sociologues en réponse à une crise nationale.

Il s’agit bien évidemment de types d’idées très différents, et si le problème est – comme ça a été le cas pour moi – de savoir comment les idées se développent, il n’y a aucune raison d’attendre que le même type d’explication s’applique dans chacun des cas. En fonction de la nature des idées étudiées – valeurs profondément ancrées, concepts techniques d’universitaires, programmes de réforme sociale (parmi des centaines d’autres possibilités) – et l’extension de ces idées – revendiquées par un penseur, cinq, une cohorte entière (etc.) –, des explications d’ordre micro, meso, et macrosociologique –, et de multiples combinaisons de celles-ci se révèleront probablement plus ou moins pertinentes ou utiles.

Vous avez sans doute raison de dire que mon propre travail a eu tendance à éluder les facteurs d’ordre macrosociologiques, et j’ai souvent mis en avant cette différence par rapport à la sociologie des idées traditionnelle. Toutefois, je n’ai sans doute pas expliqué assez clairement que cette différence tenait principalement à la nature et à l’extension du type d’idées particulières que j’ai moi-même généralement préféré étudier. Dans le but d’expliquer ces orientations de type habitus de mes cinq écossais, il s’est avéré fécond d’étudier leurs expériences socialisatrices à un niveau micro. En revanche, pour étudier le développement des méthodes et concepts techniques de Parsons, c’est sa position institutionnelle à Harvard, à une époque où le champ de la sociologie académique occupait une position dominée vis-à-vis de l’économie et de la philosophie, qui m’a paru importante.

Comme je travaillais sur ces projets, j’ai été conduit à me montrer critique à l’égard d’approches d’ordre macrosociologique des Lumière écossaises et de la pensée de Parsons car elles n’offraient guère de prise pour expliquer ces idées. Mais cette critique ne revenait pas à nier que pour certaines formes d’idées des approches macrosociologiques – qu’elles soient ou non combinées avec des approches d’ordre micro ou meso – seraient nécessaires. En effet, pour analyser les idées formulées au sujet de la crise par les sociologues étasuniens de l’époque de la Grande Dépression, j’ai moi-même fait intervenir un ensemble de forces et d’événements d’ordre macrosociologiques (articulés avec des facteurs d’ordre socio-organisationnels).

Je n’ai jamais voulu dissocier la « nouvelle sociologie des idées » d’explications d’ordre macrosociologiques. En effet, en y réfléchissant, mon opinion sur le sujet est que les sociologues des idées devraient ajuster leurs outils explicatifs à la tâche qu’ils ont en face d’eux – cette tâche étant définie par les idées particulières qu’ils ou elles examinent. C’est pourquoi j’évite les trois questions spécifiques par lesquelles se termine votre question globale. Je n’ai pas de réponse transversale à apporter. La réponse à donner devrait dépendre, selon moi, des idées dont on essaie d’expliquer le développement.

Neil Gross :

Comme je l’ai mentionné précédemment, il est vrai que mon livre sur Richard Rorty évoque en détails le contexte familial, et l’éducation reçue par le philosophe dans ses premières années. Il montre combien ces facteurs ont façonné son identité, ses intérêts ; comment ils ont ouvert certains possibles et en ont fermé d’autres. Les analyses microsociologiques auxquelles Charles Camic et moi recourons dans nos travaux respectifs diffèrent fortement, mais il nous a semblé utile à tous deux d’analyser les expériences passées de ceux que nous étudions pour comprendre leurs idées. Charles Camic a raison quand il dit qu’il n’y a pas de réponse universelle à la question des relations entre les niveaux micro et macrosociologiques quand on s’intéresse aux idées, tant il est vrai qu’il y a une multitude d’idées qu’on peut vouloir expliquer, et qu’il y a autant de contextes dans lesquels ces idées se développent. Ceci dit, j’essaie à quelques reprises dans mon livre d’établir un lien entre ces niveaux micro, meso et macrosociologiques. La manière dont je le fais offre des pistes pour étudier dans d’autres contextes la relation entre ces différents niveaux d’analyses.

J’analyse cela particulièrement dans le chapitre où la théorie du self-concept est appliquée au cas de Richard Rorty. Mon argument est le suivant : les universitaires contemporains acquièrent principalement leur self-concept (ie. l’idée du type d’intellectuel qu’ils sont) en traversant différentes configurations institutionnelles au cours de leur vie – une telle perspective est assez proche, l’attention aux institutions en plus, de la notion de looking glass self développée par Cooley [7]. Les tentatives de mise en cohérence du self-concept interagissent ensuite avec différentes questions stratégiques – le besoin de publier, de se faire une réputation au sein de la profession, d’avoir un bon travail – afin d’exercer une influence sur le contenu des travaux des intellectuels. Randall Collins montre bien dans The Sociology of Philosophies comment des transformations aux niveaux meso et macrosociologiques peuvent influer sur ces aspects stratégiques. « Les intellectuels, écrit-il, peuvent être stimulés par l’ouverture de la structure des opportunités dans le monde qui les entoure » (p.622) – ou à l’inverse démotivés –, ce qui veut dire que les niveaux macros et mesosociologiques façonnent la structure des opportunités que rencontrent les intellectuels tout au long de leur carrière. Et cela va au-delà des opportunités d’emploi ou de l’obtention de bourses de recherches : il faut aussi prendre en compte l’influence qu’exercent ces facteurs sur la structure de champs intellectuels relativement autonomes au sein duquel les intellectuels doivent manœuvrer pour accroitre leur position et leur visibilité. Cela me parait vrai, et dans mon livre je propose une approche préliminaire et parallèle de l’influence que peuvent avoir les éléments situés à ces deux niveaux sur la formation du self-concept. Le raisonnement est le suivant : les contextes institutionnels locaux tels que la famille, l’église, l’université, le département de philosophie…, tendent à valoriser certaines identités ou types de personnalités, qu’elles considèrent comme sacrées et vénérables, et d’autres qu’elles estiment moins. Ces identités, qui peuvent (mais peuvent aussi ne pas) être transmises à ceux qui passent au sein de ces institutions, contribuent à établir les frontières culturelles de celles-ci. Mon argument est que ces frontières sont établies par les institutions locales à travers des « processus complexes de structuration, incluant notamment les processus par lesquels des groupes cherchent à se créer des niches dans le paysage social » (p.279). Les niveaux méso et macrosociologiques agissent à l’évidence ici, mais varient dans des proportions telles selon les institutions, les identités et les périodes historiques que toute tentative de généralisation est inutile.

L’exemple de Rorty est éclairant. Richard Rorty a grandi dans une famille où l’anticommunisme de gauche était une identité sacrée. Cela peut être expliqué par les facteurs macro-sociaux qui ont permis au mouvement communiste de s’implanter sur le territoire étasunien dans les années 1920 et 1930, aux dynamiques qui ont créé des divisions et des séparations à l’intérieur du mouvement, à l’émergence d’une scène intellectuelle autonome à New York du fait de l’immigration, à la prospérité des années 1920, aux pratiques d’exclusion ethnique dans le monde académique… De la même manière, quand Rorty faisait sa thèse à Yale dans les années 1950, il était étudiant dans un département où l’identité sacrée était celle du « philosophe pluraliste ». C’était là une conséquence de la politique du département de philosophie, qui essayait de se créer une niche organisationnelle dans le contexte de transformations rapides du champ intellectuel suite à la seconde vague de professionnalisation du monde universitaire étasunien, et aux changements culturels, politiques et matériels qui avaient rendu cette vague possible. La manière d’intégrer les niveaux méso et macrosociologiques aux analyses de self-concept consiste donc à étudier la manière dont ces facteurs participent de la production d’institutions locales pour sacraliser certains types de personnalités. Le livre offre donc une théorie générale des conditions institutionnelles qui favorisent un tel transfert d’identité. Une autre manière de prendre en considération les facteurs intervenant à ce niveau pourrait être d’étudier quelques uns des facteurs qui favorisent ces transferts. Par exemple, je me fonde sur le résultat largement démontré selon lequel le changement social est en grande partie la conséquence du renouvellement générationnel, les jeunes étant plus prompts à absorber les nouvelles idées et valeurs de leur environnement, pour défendre l’idée que les identités sacrées des configurations institutionnelles locales seront plus sûrement transférées à ceux qui passent à travers elles si ces membres sont jeunes, où pour le dire autrement que ces configurations ont plus de chance de façonner le self-concept d’individus plus jeunes. Si c’est le cas, une approche en termes de self-concept est d’autant plus précieuse qu’elle rend compte des normes en vigueur à un moment donné et comment elles s’articulent avec les logiques propres au système universitaire et à d’autres institutions assurer la disponibilité de jeunes penseurs ouverts à de nouvelles influences.

Revenons un temps sur cette notion de self-concept. Dans un article co-signé avec Scott Frickel [8], vous [Neil Gross] avez insisté sur l’importance de la restitution des motifs [the vocabulary of motives] utilisés par les auteurs pour comprendre ce qu’ils produisent. Dans votre livre, vous faites donc un pas de plus, et vous affirmez qu’on ne peut comprendre la production intellectuelle de Richard Rorty sans étudier l’idée que le célèbre philosophe avait de lui-même. Ainsi, le tournant pragmatiste de Rorty des années 1970 pourrait s’expliquer par son désir de rester fidèle à l’idée de « patriote américain de gauche » qu’il avait de lui-même, que les philosophies proprement « américaines » de William James, ou de John Dewey illustreraient. D’un point de vue méthodologique, comment reconstruit-on ces self-concept dont vous parliez à l’instant ? Comment s’assure-t-on que les récits de soi qu’offrent ces auteurs ne sont pas de simples reconstructions a posteriori, qui auraient tendance à homogénéiser des vies moins cohérentes, ou au contraire à insister sur les ruptures.

Neil Gross : Je vois d’où vient cette question, mais elle repose en fait sur un malentendu. Je me réjouis de pouvoir en profiter pour clarifier ce problème. Dans cet article que j’ai écrit avec Frickel, nous affirmons que les motifs mis en avant par les intellectuels ont beaucoup de sens pour eux et que ces registres discursifs autorisent souvent – voire encouragent – ceux qui ne se satisfont pas des approches en vigueur à créer ou prendre part à des nouveaux mouvements visant à renverser le statu quo intellectuel. S’il en est bien ainsi, chaque mouvement intellectuel ou scientifique devrait s’accompagner de griefs intellectuels significatifs, quels que soient les autres facteurs qui favorisent leur émergence. Expliquer la naissance d’un tel mouvement requiert donc, entre autres choses, de rendre compte de l’émergence de ces griefs (dont la nature peut être examinée à partir d’une étude des discours de leurs chefs de file). Cela ne veut par contre pas dire qu’il faut prendre pour argent comptant les récits de soi que produisent les intellectuels.

En ce qui concerne le self-concept, ce que j’affirme dans le livre sur Rorty, ce n’est sûrement pas que la tâche du sociologue des idées consiste à laisser les intellectuels raconter leur propre histoire. Comme je l’ai dit précédemment, les récits que fournissent les intellectuels sur leur propre vie sont souvent très problématiques du point de vue du réalisme sociologique. Cela ne signifie pas pour autant que les récits de soi ne sont d’aucune utilité pour expliquer leurs actions. Au-delà des reproches faits aux autres programmes de recherche, une attention aux registres discursifs développés pour déployer ces griefs est également pertinente parce que ces récits de soi tendent à se construire autour de définitions du type d’intellectuel que les acteurs étudiés pensent être. Mon argument est alors le suivant : le self-concept est une des contraintes socio-psychologiques qui déterminent la production de ces penseurs.

En ce qui concerne la méthodologie utilisée pour reconstruire le self-concept, je propose dans le livre d’étudier les différentes occurrences du récit de soi qu’on peut trouver (interviews, biographies, correspondance, journaux, discours, etc.) et de tenter de retrouver parmi ce matériau les catégories les plus saillantes qu’utilise un auteur pour se définir en différentes circonstances. Cette reconstruction sera d’autant plus objective si la plupart des observateurs de ce récit de soi – y compris, quand c’est possible, l’intellectuel lui-même – acceptent l’idée que les traits repérés par l’analyste sont bien les catégories les plus saillantes.

On critique souvent les sociologues qui étudient les disciplines scientifiques ou les humanités pour le caractère réductionniste de leur approche. Quelles ont été les réactions des spécialistes des domaines que vous avez étudiés à vos travaux ? Avez-vous remarqué une transformation ces vingt dernières années ?

Neil Gross :

Ma carrière de sociologue est trop brève pour que je puisse noter des variations à mon travail à travers le temps. Comme je l’ai dit précédemment, mon livre sur Rorty a connu une réception houleuse dans la presse généraliste. Les chroniqueurs s’attendaient visiblement à une biographie traditionnelle, faite de descriptions vivantes, de détails pittoresques et de louanges. Ils ont trouvé un livre bien différent. Si la plupart des chroniqueurs étaient des chercheurs travaillant dans le domaine des humanités, ce sont tout particulièrement ceux se rattachant à l’histoire intellectuelle, aux cultural studies ou aux lettres – la plupart n’ayant pas de relation particulière à Rorty –qui ont semblé les plus perturbés par l’idée qu’on puisse faire une sociologie de sa vie et de sa carrière. Les quelques philosophes qui ont commenté le livre ont été beaucoup plus positifs, peut-être parce que les philosophes – en particulier les analyticiens – tendent à être plus respectueux des divergences disciplinaires et des différences d’objectifs scientifiques.

Charles Camic :

Il me semble que les réactions à mon travail ont varié moins pour la raison que vous mentionnez que du fait d’une variable liée. Moins qu’une réaction négative des « spécialistes du champ » étudié par le sociologue des idées, comme le suggère la question, il me semble que la variable opératoire ici est bien le protectionnisme intellectuel, mais dans un sens un peu différent. Je m’explique : comme je l’ai dit ci-dessus, ma première incursion dans le domaine de la « sociologie des idées » était mon livre sur les Lumières écossaises. Publié plus de 150 ans après la mort du dernier penseur dont il était question, je n’avais bien entendu pas à craindre la critique de mes acteurs. Ceci étant, le livre a connu une réception particulièrement fraiche d’autres acteurs. Il fut en effet publié au moment où le phénomène des Lumières écossaises avait attiré l’attention de nombre d’historiens intellectuels britanniques. Comme vous pouvez l’imaginer, leurs travaux offraient une approche bien différente du développement des Lumières dans ce pays. Naïvement, je pensais que mon livre offrirait la possibilité d’un échange fructueux. Au contraire, je me suis trouvé confronté à une série de recensions négatives, qui critiquaient d’emblée tout ce qu’un sociologue pourrait avoir à dire sur leur sujet (les seules fois où le livre a été mieux accepté, c’est quand les auteurs de recensions n’étaient pas des historiens des intellectuels).

Les réactions à mon travail sur Parsons ont été moins uniformes. Cette fois, mon sujet était un collègue, et pas n’importe lequel : nombre de sociologues avaient déjà une opinion bien établie à son sujet. Les collègues qui critiquaient Parsons ont tendanciellement réservé un bon accueil à ma tentative de sociologiser ses idées. Toutefois, on était alors dans la seconde moitié des années 1980, et à cette époque un groupe en vue de chercheurs tentait de faire revenir Parsons en grâce en ressuscitant ses travaux, et en étendant le spectre de ses théories [9]. Au sein de ce groupe, les réactions ont été particulièrement hostiles. Ce qui semblait les offenser particulièrement, c’étaient mes efforts pour contextualiser les recherches de Talcott Parsons dans les débats professionnels depuis les années 1930, et de considérer ses idées comme la conséquence d’une position institutionnelle occupée par Parsons à Harvard, où la sociologie était dévalorisée par rapport à l’économie. Pour les tenants du renouveau parsonien, ma lecture tendait à rabaisser la pensée du grand homme au moment même où ils tentaient de le faire renaître et – c’est là un exemple net des réactions que vous mentionnez dans votre question – j’ai été accusé de réductionnisme. Ce fut une vraie déception pour moi de voir des sociologues résister à l’objectivation sociologique.

Heureusement, l’histoire de la réception ne s’arrête pas là. Dans les années 1980, la plupart des sociologues n’étaient ni d’ardents opposants, ni de fervents défenseurs de Parsons. Quand ces collègues ont lu mon travail – ce qui, il faut le reconnaître, fut rare – ils n’avaient pas d’intérêts particuliers en jeu, et pour la plupart ils ont réagit favorablement à mes travaux. Cela tient probablement à des circonstances autres qu’un simple intérêt pour la « sociologie des idées » : nombre des articles que j’ai écrit sur Parsons ont atterri dans l’American Sociological Review ou dans l’American Journal of Sociology. Ils ont donc fait leur entrée dans le monde de la sociologie entourés d’une certaine aura, ce qui a sûrement facilité leur réception favorable. Par ailleurs, j’ai bénéficié de la générosité de vétérans de la discipline qui avaient connu Parsons personnellement et qui étaient à ce moment plus intéressés par une analyse du développement historique de ses idées que par une défense de son point de vue. Je pense ici à des gens comme Robert Merton, Bernard Barber, et John Riley. Respectueux de Parsons comme homme et comme penseur, ils ont cependant accueilli chaleureusement mon travail et ainsi offert un contre-exemple à l’idée que les spécialistes d’un champ s’opposent à la « sociologie des idées ».

Il me faut aussi mentionner la réaction de deux autres groupes qui ont remarqué mon travail sur Parsons : les historiens des intellectuels aux États-Unis, et les économistes. Mon projet de recherche sur Parsons est basé sur une importante recherche dans des archives jamais dépouillées, qui m’a amené à m’intéresser aux relations entre la sociologie et l’économie dans les années 1930. Les historiens des intellectuels qui étudient cette période mais n’avaient pas visité ces mêmes archives ont trouvé la recherche utile. Ce fut aussi le cas de quelques économistes (et historiens de l’économie) qui ont eu l’impression que mon travail éclairait un chapitre quelque peu négligé de l’histoire de leur champ. Parce que la relation entre la sociologie et l’économie au cours des années 1930 était un sujet peu étudié, je ne gênais pas les historiens ni les économistes en m’intéressant à ce point particulier. Ils n’ont pas montré de résistance particulière.

De manière générale, ce fut le cas récemment encore. Ayant essayé par la suite de faire que la « sociologie des idées » s’intéresse à une série d’autres épisodes de l’histoire de la sociologie, de l’économie, de la psychologie et de l’anthropologie, j’ai rencontré des réactions plus positives que négatives de la part des chercheurs de ces domaines, et des historiens spécialisés. Il y a cependant une raison pour cela : en m’intéressant à ces périodes particulières sur la base d’un travail d’archive, je me suis focalisé sur des sujet pour lesquels les (rares) sociologues, économistes, psychologues, anthropologues et historiens qui s’y intéressent n’avaient pas d’idée préconçue qu’ils chercheraient à défendre d’une manière ou d’une autre. Une telle situation m’a immunisé des critiques.

C’est très bien ainsi, et j’ai eu de la chance. Mais il me semble que quand un sociologue des idées étudie un domaine dans lequel les historiens des intellectuels ou les spécialistes du champ ont un intérêt professionnel, il a plus de chance de rencontrer des résistances. J’espère que ce ne sera pas toujours le cas.

Lectures complémentaires :

Charles Camic, Experience and Enlightenment : Socialization for Cultural Change in Eighteenth-Century Scotland, Chicago, University of Chicago Press, 1983

Charles Camic, “The Making of a Method : A Historical reinterpretation of the Early Parsons”, American Sociological Review, vol. 52, 4, 1987, pp. 421-439.

Charles Camic and Neil Gross, « The New Sociology of Ideas », in J. R. Blau, The Blackwell Companion to Sociology, Malden-Oxford, Blackwell, 2004.

Scott Frickel & Neil Gross, « A General Theory of Scientific/Intellectual Movements”, American Sociological Review, vol. 70, n° 2, April 2005, pp. 204-232.

Neil Gross, Richard Rorty. The Making of an American Philosopher, Chicago, University of Chicago Press, 2008.

[1] Voir la bibliographie ci-dessous

[2] Charles Camic, « Knowledge, the Sociology of. », in Neil Smelser and Paul Baltes (eds.), International Encyclopedia of the Social and Behavioral Sciences, vol. 12, pp. 8143-48. Elsevier, 2001.

[3] Neil Gross introduit la notion self-concept dans son ouvrage sur Rorty pour désigner l’idée que les intellectuels se font de même ou la manière dont ils se définissent. Pour des raisons d’écriture, il est traduit ici par « définition de soi ». Dans le reste du texte, nous avons conservé l’anglais self-concept.

[4] Charles Camic and Neil Gross, « The New Sociology of Ideas », in J. R. Blau, The Blackwell Companion to Sociology, Malden-Oxford, Blackwell, 2004.

[5] ibid

[6] Les « New-York Intellectuals » étaient des intellectuels et des écrivains basés à New-York durant l’entre-deux-guerres et l’après-guerre, issus pour beaucoup d’entre eux du New-York City College. La principale revue de ce cercle, la Partisan Review, a joué un rôle majeur dans la constitution d’une gauche anti-stalinienne (et souvent trotskyste). Sidney Hook, Irving Howe, Nathan Glazer, James Burnham, Saul Bellow, Daniel Bell ou Irving Kristol constituent, avec d’autres, quelques-unes des figures les plus centrales de ce groupe

[7] Charles Cooley (1864-1929)’s theory of the looking-glass self states that one’s personnal identity is shaped through his interactions with others and how they regard him.

[8] Scott Frickel & Neil Gross, « A General Theory of Scientific/Intellectual Movements », American Sociological Review, vol.70, n° 2, April 2005, pp. 204-232.

[9] Au cours des années 1980, les théories de Talcott Parsons ont connu un renouveau. Plusieurs auteurs, dont Jeffrey Alexander, ont tenté de faire renaître le fonctionnalisme dans plusieurs sous-espaces de la discipline.

in Mathieu Hauchecorne Etienne Ollion (EHESS), "Qu’est-ce que la nouvelle sociologie des idées ? Un entretien avec Charles Camic et Neil Gross.", TRANSEO, Numéro 01 - Janvier 2009, URL: http://www.transeo-review.eu/Qu-est-ce-que-la-nouvelle.html, Date de mise en ligne: 8 janvier 2009, Date de consultation: 8 janvier 2009
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