À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

28/10/2011

PCP quer conhecer quais os escritórios de advogados que ajudaram a fazer as leis orgânicas dos ministérios

Educação é o setor mais atingido por um Orçamento de Estado “aterrador”, defende Fenprof

Relvas "a preparar caminho para dar cabo" dos subsídios

O secretário-geral da CGTP criticou hoje o "sorriso cínico e maldoso" de Miguel Relvas e acusou o ministro de estar "a preparar o caminho para ver se dá cabo" dos subsídios de férias e de Natal dos portugueses.

"O ministro sempre de serviço Miguel Relvas está já a preparar o caminho para ver se nos dá cabo do 13.º e do 14.º meses", referiu Carvalho da Silva, em Braga, durante um cordão humano integrado na Semana de Luta da CGTP.
Carvalho da Silva reagia, assim, à entrevista do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares à TVI, em que disse que, neste momento, o cenário de suspensão dos subsídios de Natal e de férias "é por dois anos", mas contrapôs que "muitos países da União Europeia só têm 12 vencimentos".
Além do conteúdo das declarações, que classificou de "desastrosas", o líder da CGTP criticou também "o sorriso cínico, maldoso e que não é admissível em democracia" de Miguel Relvas e aconselhou-o a "meter a mão na consciência".
"Parece que descobriu agora que o ano tem 12 meses", ironizou, aludindo mesmo a "tipos armados em descobridores da pólvora".
O sindicalista sublinhou que o subsídio de férias e de Natal "são retribuições de equilíbrio da distribuição da riqueza que têm a ver com o desenvolvimento da sociedade".
Sobre a eventual diluição daqueles dois subsídios nos salários dos 12 meses, Carvalho da Silva respondeu que não é "anjinho" nem tem "asinhas" para afirmar que não tem a "mínima dúvida do que aconteceria".
"O primeiro passo pode ser essa tese de que se dilui nos outros meses, mas o passo seguinte é não actualizar os salários no valor que devia ser actualizado e rapidamente se elimina o valor dos subsídios de férias e de Natal", alertou.
Para Carvalho da Silva, o fim daqueles subsídios significaria "um retrocesso social e civilizacional como o país já não assistia desde finais da década de 1940.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2087216&page=-1

Governo está a fazer “o mais sério ataque aos media em 37 anos”

Rebeca Venâncio

Representantes dos trabalhadores reúnem com o ministro no próximo dia 2.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da RTP consideram que o plano de sustentabilidade económica e financeira, aprovado pelo ministro Miguel Relvas, "configura o mais sério ataque à Comunicação Social feito em 37 anos de democracia".
Num comunicado conjunto enviado à imprensa, os representantes sindicais, assumem que "esta política conduzirá inexoravelmente ao colapso da imprensa e à falência do audiovisual", mas ainda assim, o Governo "insiste na estratégia cega cuja intenção velada não pode deixar de ser a concentração destes meios não se sabe em que mãos", assumem.
Os sindicatos revelaram ainda, à semelhança do que o Diário Económico já tinha noticiado, que reúnem no próximo dia 2 de Novembro com o ministro dos Assuntos Parlamentares, para analisar o documento.
O novo plano, apresentado esta semana por Guilherme Costa, presidente do Conselho de Administração da RTP, prevê a redução dos quadros em perto de 300 trabalhadores, a alienação de um canal para o sector privado, a redução dos fundos públicos em 150 milhões de euros e a criação de uma empresa autónoma para a áreas técnicas.

http://economico.sapo.pt/noticias/governo-esta-a-fazer-o-mais-serio-ataque-aos-media-em-37-anos_130100.html

A "verdade", diz ele

Manuel António Pina 

Não sei o que será pior, se um "pivot" televisivo ter escrito um romance de "tese", o que quer que isso seja, com o qual pretende revelar ao "grande público" a "verdade" de que Cristo não era cristão e a Virgem Maria não era virgem, se a decisão da Igreja de promover comercialmente o livro levando-o a sério.
Não tenho fé religiosa alguma (nem fé alguma na literatura, quanto mais naquilo a que o "pivot" chama de literatura, da qual só vagamente conheço um episódio erótico com "sopa de leite de mama"). A questão da virgindade de Maria é matéria de fé e não me diz, por isso, respeito. Só que, justamente por se tratar de matéria de fé, não me parece que seja coisa com que se devam fazer números de circo capazes de embasbacar o "grande público" pagante.
Por outro lado, a verdade da fé é distinta da verdade histórica ou da científica, quanto mais das "verdades" de feirantes de livros. Para se poder amar e admirar uma obra como, por exemplo, o "Génesis" (isso, sim, grande literatura) é preciso suspender a incredulidade. Não me espantará, pois, que o "pivot" venha, a seguir, denunciar mais essa "fraude" da Bíblia, "revelando" ao "grande público" a verdade sobre o Big Bang. Dispenso-me, claro, de comentar o disparate de que Jesus, por ter nascido judeu, não era... cristão.
Mas a Igreja, não poderia ela ter deixado a César o que é de César, que é como quem diz o negócio dos livros ao negócio dos livros?

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2086320&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

Mais de 40 enfermeiros em risco de despedimento até final do mês no distrito de Lisboa

Mais de quarenta enfermeiros de vários centros de saúde do distrito de Lisboa correm o risco de serem despedidos até ao final deste mês devido aos "cortes cegos" na Saúde, denunciou hoje o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Rui Marroni, dirigente da direcção regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse à agência Lusa que estão ameaçados de despedimento 10 enfermeiros no Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, outros 12 em Vila Franca de Xira e mais 22 no Agrupamento de Centros de Saúde de Odivelas/Pontinha.
Em Setembro, 20 enfermeiros já foram despedidos dos centros de saúde da cidade de Lisboa.
De acordo com o sindicato, "os cortes cegos impostos pelo Governo estão a obrigar as instituições de saúde do Serviço Nacional de Saúde a despedir enfermeiros e outros profissionais".
Contactado pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) esclareceu por escrito que não se trata de despedimentos, mas da não renovação de contratos, adiantando que "se constatou que poderiam ser reduzidas horas de serviço de enfermagem contratadas a pessoal com contrato a termo".
Outra centena de enfermeiros corre também o risco de despedimento, caso nao sejam integrados em concurso para o quadro de pessoal de centros de saúde e hospitais e que o seu contrato de trabalho termine.
A confirmarem-se os despedimentos, o sindicato alertou que "vão diminuir drasticamente" os cuidados domiciliários, os cuidados nas salas de tratamentos e dos programas de vacinação, assim como as consultas de enfermagem de saúde materna e infantil, de diabetes e de hipertensão.
Por outro lado, os despedimentos "vão obrigar ao encerramento de diversas extensões de centros de saúde, comprometendo mais a prestação de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde".
Em resposta a ARSLVT adiantou que "os serviços de saúde vão manter a qualidade da assistência às populações", recusando falar de redução ou de encerramento de serviços, apesar de admitir que existe uma maior "optimização dos recursos humanos existentes face à actual situação financeira do país".
Em protesto, os enfermeiros montaram hoje um hospital de campanha em Vila Franca de Xira para demonstrar que estes profissionais são necessários e que sem eles as populações "ficarão mais carenciadas de cuidados de saúde".
Ao mesmo tempo, sensibilizam a população para a necessidade de manter estilos de vida saudáveis e de controlar questões como a hipertensão arterial e a diabetes

http://www.destak.pt/artigo/109513-mais-de-40-enfermeiros-em-risco-de-despedimento-ate-final-do-mes-no-distrito-de-lisboa

Rémi Lenoir, La sociología de Bourdieu después de Bourdieu en Europa



écouter: Rémi Lenoir, La sociología de Bourdieu después de Bourdieu en Europa, 21 octobre 2011
introduction par Gilberto Gímenez

 l'enregistrement provient de: El oficio de sociólogo
(merci à Luis Antonio Guerrero pour l'info) 

27/10/2011

Education et nouvelles technologies : y croire ou ne pas y croire ?

Hubert Guillaud

Après un premier article polémique (voir Dans la salle de classe du futur, les résultats ne progressent pas), Matt Richtel a continué son enquête pour le New York Times sur le “pari éducatif high-tech”. Comme le montrait déjà le début de son enquête, ses derniers articles dessinent un fossé, une coupure assez radicale, entre ceux qui croient dans les vertus des technologies pour l’éducation et ceux qui n’y croient pas, avec des arguments aussi faibles dans l’un ou l’autre camp que ceux qu’on éprouve entre les tenants du livre papier et du livre électronique.

La valeur des TICE dépend-elle du niveau d’argent dépensé ?


Le second article de cette série s’intéressait donc au “boom des logiciels éducatifs”, mais avant tout pour dénoncer leur manque de résultats effectifs. Ainsi, les évaluations de ces logiciels montrent qu’ils n’ont “aucun effet discernable” sur les résultats aux tests standardisés que subissent les élèves du secondaire aux Etats-Unis. Les logiciels éducatifs sont à l’éducation ce que les logiciels d’entraînement cérébral sont à la cognition : un vaste marché dont les fondements ne reposent sur aucun résultat démontré.

What Works Clearinghouse
Image : Home page du programme What Works de l’Institut des sciences de l’éducation américain.

“La publicité des entreprises qui proposent des logiciels éducatifs a tendance à survendre énormément leurs produits par rapport à ce qu’ils peuvent concrètement démontrer”, estime J. Grover Whitehurst, un ancien directeur de l’Institut des sciences de l’éducation, un organisme fédéral qui évalue la recherche en éducation, notamment via son programme What Works (Ce qui fonctionne). Les responsables scolaires, confrontés à un fatras de recherches complexes et parfois contradictoires, commandent souvent des produits à partir de leurs impressions personnelles ou en fonction des démarchages commerciaux qu’ils ont subis. Et Matt Richtel de mettre dans le même sac la plupart des offres logicielles des grands et moins grands industriels du secteur, que ce soit Carnegie Learning, Pearson School, Houghton Mifflin ou Waterford Early Learning

RTEmagicC_cognitive_tutor.jpgCela n’empêche pas ces programmes de se développer : plus de 600 000 élèves provenant de 44 Etats utilisent les produits de Carnegie Learning et notamment le Cognitive Tutor, un logiciel d’entraînement aux mathématiques. Un programme complet peut pourtant coûter jusqu’à près de trois fois le prix d’un manuel classique. En Géorgie, où l’Etat négocie les prix avec les éditeurs, une licence annuelle pour le Cognitive Tutor est de 32 dollars par élève, auquel il faut ajouter 24 $ pour le classeur qui est remplacé annuellement. Soit un total de 336 $ sur six ans – quand un manuel de mathématique, pouvant durer 6 ans, ne coûtait que 120 $.

Shelly Allen est la coordinatrice pour les mathématiques des écoles publiques d’Augusta en Georgie. Trois quarts des 32 000 élèves du district sont noirs et tout autant sont pauvres. La moyenne aux tests en mathématique y est assez faible : 443 points (490 en Georgie et 516 pour en moyenne pour l’ensemble des Etats américains). Il y a 6 ans, le quartier a adopté Cognitive Tutor, le programme phare de Carnegie Learning, pour 3000 élèves à risques. Le district débourse chaque année 101 000 $ pour l’utiliser. Les responsables d’Augusta ont apprécié le programme et ont décidé de l’étendre cette année aux 9 400 autres élèves du secondaire. Le problème, c’est que personne n’a regardé les lacunes et les défauts du programme, comme évalué par exemple par l’Institut des sciences de l’éducation. “Les décisions d’achat de programmes sont prises sur des bases marketing, politiques et personnelles”, explique Robert A. Slavin, directeur du Centre pour la Recherche et la réforme en éducation à l’université Johns Hopkins.

À Augusta, Shelly Allen a déclaré que son district n’a pas les moyens d’étudier l’efficacité formelle du Cognitive Tutor. Mais les professeurs qui l’utilisent ont vu que des élèves médiocres étaient en mesure de rejoindre des classes ordinaires. Les enseignants ont apprécié les rapports automatiques indiquant les forces et faiblesses des élèves et assurant le suivi de leurs travaux… Reste que pour l’instant, le district n’a pas les moyens d’acheter le programme pour tous ses élèves. Il n’est donc pas sûr que les 9400 autres élèves du secondaire d’Augusta puissent finir par en bénéficier…

Est-ce à croire qu’une école réussie dépend de l’argent dépensé ? Ce n’est pourtant pas ce que notait The Economist en commentant les derniers résultats du classement Pisa…

Serait-ce ceux qui connaissent le mieux les TICE qui s’en méfient le plus ?


Si les écoles américaines proposent de plus en plus d’ordinateurs, de logiciels et de programmes à leurs élèves, ce n’est pas le cas des écoles Steiner-Waldorf, qui proposent un enseignement centré sur l’activité physique, l’apprentissage créatif et les tâches pratiques, explique dans un autre article Matt Richtel. Il n’y a pas d’ordinateurs dans les écoles Waldorf. 40 des 160 écoles Waldorf sises aux Etats-Unis se trouvent en Californie. Plusieurs accueillent des enfants des plus grands ingénieurs de la Valley. Trois quarts des parents de l’école Waldorf de Peninsula est fortement impliqué dans les nouvelles technologies, pourtant ils ne voient pas de contradictions avec l’enseignement qu’ils font délivrer à leurs enfants.

Waldorf School of the Peninsula Home
Image : à Waldorf, on apprend autrement…

Bien sûr, la qualité de l’enseignement de ce type d’école est difficile à comparer à celui que reçoit l’essentiel des petits Américains. Aux Etats-Unis, en classe élémentaire, les écoles privées n’ont pas à faire passer les tests standardisés, mais les dirigeants des écoles Waldorf estiment que leurs élèves n’obtiendraient peut-être pas tous de bonnes notes à ces tests, car leur enseignement est différent. Reste que 94 % de leurs élèves terminent leurs cursus par de grandes écoles, un pourcentage auquel ne parviennent pas la plupart des écoles publiques.

“Ce résultat n’est pas surprenant étant donné que les élèves reçus à Waldorf proviennent tous de famille où l’éducation a une haute valeur, suffisante en tout cas pour chercher une école privée et sélective et qu’ils ont tous les moyens de payer pour cela”. Bref, remarque Richtel : “il est difficile de séparer les effets des méthodes pédagogiques d’autres facteurs”. Dit autrement, le succès des écoles Waldorf est-il dû à la méthode d’enseignement originale ou à la qualité de l’environnement familial depuis laquelle sont recrutés les enfants ? Les études ont du mal à apporter des réponses à ces questions.

Paul Thomas, un ancien professeur qui a écrit une douzaine de livres sur les méthodes éducatives estime qu’une approche limitée de la technologie en classe bénéficiera toujours à l’apprentissage. “L’enseignement est une expérience humaine” rappelle-t-il. “La technologie est une source de distraction quand nous avons besoin d’apprendre à écrire, à compter, à lire et à penser”.

La qualité de Waldorf provient des professeurs, insistent bien des parents. Les compétences en informatique viendront bien assez tôt, d’autant qu’elles sont faciles à acquérir, si on dispose des bases pour les comprendre, estime le directeur d’une start-up de la Valley. Visiblement, un nombre important de parents travaillent dans des sociétés qui produisent des produits que les écoles Waldorf évitent à leurs élèves, explique Dan Frost pour le San Francisco Mag. “Les enfants Waldorf ont accès à toute la technologie, mais ils ne ressentent pas le besoin de l’utiliser”, ajoute une élève.

Reste que le contraste entre ce que l’économie technologique locale produit et la vie que les parents des élèves Waldorf préconisent pour leurs enfants est frappant. Peut-être est-ce le reflet de parents qui voudraient avoir une vie plus déconnectée… Une des mamans travaillait chez Apple pour vendre justement des ordinateurs aux écoles, jusqu’à ce qu’elle découvre les écoles Waldorf. Elle voudrait maintenant qu’on réfléchisse un peu plus à ce qu’on propose aux enfants. “J’ai entendu parler d’une sorte de robot ourson qui regarderait la télévision avec votre enfant pour discuter avec lui des programmes qu’il regarde, de sorte que l’enfant ait un ami avec lui… Je ne peux rien imaginer de plus triste” pour l’avenir de nos enfants.

Les parents des élèves Waldorf estiment que la technologie change la société en mieux. “J’aime Google”, explique Alan Eagle, un directeur de communication du Géant de Mountain View et parent à l’école Waldorf. “Et je suis ravi que les produits nous créons soient disponibles pour mes enfants… mais quand ils seront prêts pour eux.”

Les gadgets ne semblent pas manquer aux enfants. Comme le disait Kevin Kelly : “La technologie nous a aidés à apprendre, mais ce n’était pas le moyen de l’apprentissage. (…) Et puisque l’éducation des enfants consiste essentiellement à inculquer des valeurs et des habitudes, elle est peut-être la dernière zone à pouvoir bénéficier de la technologie.”

http://www.internetactu.net/2011/10/25/education-et-nouvelles-technologies-y-croire-ou-ne-pas-y-croire/ 

Ajuda Externa: Portugal vai pagar 655 milhões em comissões

As comissões a pagar por Portugal pelos empréstimos concedidos pela 'troika' atingirão um total de 655 milhões de euros até 2014, disse hoje na Assembleia da República o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Durante um debate sobre a proposta de orçamento rectificativo para 2011, o deputado comunista Honório Novo perguntou ao ministro se era correto o valor de 335 milhões em comissões a pagar este ano pelos empréstimos da 'troika' composta pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia, "cerca de dez por cento do chamado 'desvio colossal'".
Vítor Gaspar respondeu que o valor das comissões para 2011 era "o que [Honório Novo] citou, 335 milhões de euros".
"Para 2012 estão previstos 211 milhões de euros, para 2013 [prevêem-se] 84 milhões de euros, e em 2014 serão 25 milhões de euros", disse o ministro.
O deputado do PCP perguntou ainda quanto é que o Estado português irá pagar de juros pelo empréstimo da 'troika'.
"Além dos 66 euros [em comissões] que cada português paga pela chamada ajuda, quanto é que serão os juros globais desta ajuda? Quanto é que Portugal pagará só em juros para nos levarem pelo mesmo caminho que a Grécia, ao empobrecimento generalizado do país?", perguntou Honório Novo.
O secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, disse não ter os números imediatamente disponíveis, mas prometeu enviá-los ao deputado "certamente até amanhã" (sexta-feira).
A votação da proposta de segundo orçamento rectificativo para 2011 vai realizar-se na sexta-feira. 

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=32292

Reitores consideram Orçamento 'alarmante'

Margarida Davim

Clique na imagem para ver o PDF
O Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) diz que os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2012 vão traduzir-se em «severas limitações à autonomia» do ensino superior.António Rendas, presidente do CRUP, não tem dúvidas de que «os cortes previstos para as universidades públicas no próximo ano as colocam em situações extremas».
Em comunicado, o também reitor da Universidade Nova de Lisboa sublinha que «as universidades integram hoje um sector que não contribuiu para a deterioração das contas públicas, nem concorreu para a perda de competitividade do país». E recorda que «as universidades públicas já tinham sido objecto de uma redução equivalente a 8,5%».
Perante este cenário, os reitores temem que o ensino superior seja confrontado com uma «séria limitação do seu quadro de actividades» e seja posto em causa o desempenho esperado para este sector – que se tinha comprometido, através de um contrato de confiança assinado com José Sócrates, a aumentar o número de alunos e graduações atribuídas.
«Tal facto, para além de ditar um forte constrangimento nas actividades correntes, representa um factor de bloqueio e de desmotivação», alerta António Rendas, que considera «alarmante para as universidades» o Orçamento do Estado para 2012.
«A Proposta de Lei do OE para 2012, afigura-se alarmante para as universidades, dado preconizar severas limitações à sua autonomia, constitucionalmente reconhecida», pode ler-se num documento enviado às redacções.
  
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=32278

Basta de mistificações - GREVE GERAL - 24 Novembro 2011

Sapir : l'accord signé ne fait que prolonger l'agonie de l'euro

Jacques Sapir 

Les dirigeants de la zone euro ont conclu un accord, vers 4 heures ce jeudi matin, pour tenter de sauver l'euro. Pourtant, selon Jacques Sapir, ce plan anticrise est le « pire accord envisageable », car il va contribuer à nous plonger encore davantage dans la récession et priver l'Europe de son indépendance. D'autant plus qu'il ne suffira pas à sauver la Grèce.

L'accord réalisé cette nuit ne fera que prolonger l'agonie de l'Euro car il ne règle aucun des problèmes structurels qui ont conduit à la crise de la dette. Mais, en plus, il compromet très sérieusement l'indépendance économique de l'Europe et son futur à moyen terme. C'est en fait le pire accord envisageable, et un échec eût été en fin de compte préférable.
Nos gouvernements ont sacrifié la croissance et l'indépendance de l'Europe sur l'autel d'un fétiche désigné Euro.

Huit mesures actées

Si nous reprenons les mesures qui ont été actées nous avons :
 
1. Une réduction partielle de la dette mais ne touchant que celle détenue par les banques. Autrement dit c'est 100 milliards qui ont été annulés et non 180 (50% de 360 milliards). Cela ne représente que 27,8%. La réalité est très différente de ce qu'en dit la presse. Cela ramènera la dette grecque à 120% en 2012, ce qui est certes appréciable mais très insuffisant pour sortir le pays du drame dans lequel il est plongé.
 
2. Le FESF va se transformer en « fonds de garantie » mais sur les 440 milliards du FESF, seuls 270 milliards sont actuellement « libres ». Comme il faut garder une réserve c'est très probablement 200 milliards qui serviront à garantir à 20% les nouveaux emprunts émis par les pays en difficultés. Cela représente une capacité de 1000 milliards d'emprunts (200 / 0,2). C'est très insuffisant. Barroso avait déclaré qu'il fallait 2200 milliards et mes calculs donnaient 1750 milliards pour les besoins de la Grèce (avant restructuration) du Portugal et de l'Espagne. Cet aspect de l'accord manque totalement de crédibilité.
 
3. La recapitalisation des banques est estimée à 110 milliards. Mais, l'agence bancaire européenne (EBA) estimait ce matin la recapitalisation à 147 milliards (37 de plus). De plus, c'est sans compter l'impact du relèvement des réserves sur les crédits (le core Tier 1) de 7% à 9% qui devra être effectif en juin 2012. Il faudra en réalité 200 milliards au bas mot, et sans doute plus (260 milliards semblent un chiffre crédible). Tout ceci va provoquer une contraction des crédits (« credit crunch ») importante en Europe et contribuer à nous plonger en récession. Mais, en sus, ceci imposera une nouvelle contribution aux budgets des États, qui aura pour effet de faire perdre à la France son AAA !
 
4. L'appel aux émergents (Chine, Brésil, Russie) pour qu'ils contribuent via des fonds spéciaux (les Special Vehicles) est une idée très dangereuse car elle va enlever toute marge de manoeuvre vis à vis de la Chine et secondairement du Brésil. On conçoit que ces pays aient un intérêt à un Euro fort (1,40 USD et plus) mais pas les Européens. La Russie ne bougera pas (ou alors symboliquement) comme j'ai pu le constater moi-même lors d'une mission auprès du gouvernement russe en septembre dernier.
 
5. L'engagement de Berlusconi à remettre de l'ordre en Italie est de pure forme compte tenu des désaccords dans son gouvernement. Sans croissance (et elle ne peut avoir lieu avec le plan d'austérité voté par le même Berlusconi) la dette italienne va continuer à croître.
 
6. La demande faite à l'Espagne de « résoudre » son problème de chômage est une sinistre plaisanterie dans le contexte des plans d'austérité qui ont été exigés de ce pays.
 
7. L'implication du FMI est accrue, ce qui veut dire que l'oeil de Washington nous surveillera un peu plus... L'Europe abdique ici son « indépendance ».
 
8. La BCE va cependant continuer à racheter de la dette sur le marché secondaire, mais ceci va limiter et non empêcher la spéculation.

Les piètres conclusions que l'on peut en tirer...

Au vu de tout cela on peut d'ores et déjà tirer quelques conclusions :
 
- Les marchés, après une euphorie passagère (car on est passé très près de l'échec total) vont comprendre que ce plan ne résout rien. La spéculation va donc reprendre dès la semaine prochaine dès que les marchés auront pris la mesure de la distance entre ce qui est proposé dans l'accord et ce qui serait nécessaire.
 
- Les pays européens se sont mis sous la houlette de l'Allemagne et la probable tutelle de la Chine. C'est une double catastrophe qui signe en définitive l'arrêt de mort de l'Euro. En fermant la porte à la seule solution qui restait encore et qui était une monétisation globale de la dette (soit directement par la BCE soit par le couple BCE-FESF), la zone Euro se condamne à terme. En recherchant un « appui » auprès de la Chine, elle s'interdit par avance toute mesure protectionniste (même Cohn-Bendit l'a remarqué....) et devient un « marché » et de moins en moins une zone de production. Ceci signe l'arrêt de mort de toute mesure visant à endiguer le flot de désindustrialisation.
 
- Cet accord met fin à l'illusion que l'Euro constituait de quelque manière que ce soit une affirmation de l'indépendance de l'Europe et une protection de cette dernière.

Pour ces trois raisons, on peut considérer que cet accord est pire qu'un constat d'échec, qui eût pu déboucher sur une négociation concertée de dissolution de la zone Euro et qui aurait eu l'intérêt de faire la démonstration des inconséquences de la position allemande, mais qui aurait préservé les capacités d'indépendance des pays et de l'Europe.

Les conséquences de cet accord partiel seront très négatives. Pour un répit de quelques mois, sans doute pas plus de six mois, on condamne les pays à de nouvelles vagues d'austérité ce qui, combiné avec le « credit crunch » qui se produira au début de 2012, plongera la zone Euro dans une forte récession et peut-être une dépression. Les effets seront sensibles dès le premier trimestre de 2012, et ils obligeront le gouvernement français à sur-enchérir dans l'austérité, provoquant une montée du chômage importante. Le coût pour les Français de cet accord ne cessera de monter. 

Politiquement, on voit guère ce que Nicolas Sarkozy pourrait gagner en crédibilité d'un accord où il est passé sous les fourches caudines de l'Allemagne en attendant celles de la Chine. Ce thème sera exploité, soyons-en sûrs, par Marine Le Pen avec une redoutable efficacité. Il importe de ne pas lui laisser l'exclusivité de ce combat.
 
La seule solution, désormais, réside dans une sortie de l'euro, qu'elle soit négociée ou non.

http://www.marianne2.fr/Sapir-l-accord-signe-ne-fait-que-prolonger-l-agonie-de-l-euro_a211943.html

Confiança dos portugueses em mínimos históricos

O indicador de confiança dos consumidores atingiu este mês um nível historicamente baixo, revelou hoje o INE.
Segundo dados hoje divulgados pelo INE, o indicador de confiança dos consumidores (medido através de inquéritos a particulares) caiu este mês porque as famílias manifestaram pessimismo quanto à evolução de todas as componentes do índice: o desemprego, a variação dos seus rendimentos, a capacidade de poupar e a situação económica geral do país.

Quanto ao indicador de clima (calculado através de inquéritos a empresas vários sectores de actividade), baixou em Outubro, como ocorreu em todos os meses deste ano, aproximando-se dos mínimos atingidos em Abril de 2009.

http://economico.sapo.pt/noticias/confianca-dos-portugueses-em-minimos-historicos_129994.html

Controladores aéreos juntam-se à greve geral de 24 de Novembro

Hermínia Saraiva

Tripulantes da TAP, técnicos de manuntenção e ‘handling’ também analisam greve.
Controladores aéreos, tripulantes, técnicos de ‘handling' e de manutenção aeronáutica vão juntar-se à greve geral de 24 de Novembro, prometendo paralisar o espaço aéreo e os aeroportos portugueses. De fora ficam os pilotos que já disseram que vão avaliar a possibilidade de avançar com um pré-aviso de greve antes do final de Outubro.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da NAV, da Groundforce, Portway e dos tripulantes da TAP e da PGA vão avançar com pré-avisos de greve individuais para o dia da greve geral convocada pelas duas centrais sindicais.
Às questões do Orçamento de Estado e dos cortes de subsídios de férias e de Natal que irão abranger de igual modo as empresas do sector aeronáutico, acresce, no caso da NAV, o facto da empresa estar há mais de dez meses sem conselho de administração. Além disso, o corte de custos levará a uma quebra de receitas da empresa, explica a comissão de trabalhadores em comunicado. "Qualquer redução de custos terá que ser obrigatoriamente reflectida na redução das receitas, implicando neste caso uma diminuição na exportação (com um peso de cerca de 85% das receitas totais) dos serviços prestados pela NAV Portugal", lê-se no documento emitido pela comissão de trabalhadores da NAV e subscrito pelos cinco sindicatos representados na empresa.
A maioria dos sindicatos está abrangido pelo pré-aviso de greve entregue pelas duas centrais sindicais, mas há quem pondere avançar com convocatórias individuais. Assim, os sindicatos representados na NAV vão agora reunir em assembleia-geral com os trabalhadores e o pré-aviso deverá ser entregue colectivamente a 9 ou 10 de Novembro, explica Carlos Felizardo, responsável pela comissão de trabalhadores da NAV, respeitando os prazos legais exigidos para que sejam definidos os serviços mínimos. Os controladores são ainda uma das poucas classes profissionais que podem ser alvo de requisição civil.
Já o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, apesar de afecto à UGT, marcou para 8 de Novembro uma assembleia-geral para definir uma posição relativamente à greve geral do final do mês. Também o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) deverá reunir em breve a direcção para definir a adesão à greve geral.
Decidida está a posição dos Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) e o dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava). "Independentemente de ser filiado na CGTP, o Sitava gosta de reafirmar a sua posição apresentando pré-avisos de greve próprios", diz José Simão, dirigente daquele sindicato. José Simão, do Sitema, diz que apenas falta definir os termos do pré-aviso que será entregue em breve.

http://economico.sapo.pt/noticias/controladores-aereos-juntamse-a-greve-geral-de-24-de-novembro_130000.html

Orçamento de Estado 2012 explicado pelos Precários Inflexíveis

Projeções demasiado otimistas do governo poderão conduzir a novas medidas de austeridade, afirma Octávio Teixeira

UTAO alerta: recessão e desemprego em 2012 vão ser bem piores

Filipe Paiva Cardoso

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) levanta várias reservas às previsões do governo para 2012 na análise preliminar ao Orçamento do Estado para o próximo ano.
Segundo a UTAO, as estimativas do PSD para as exportações – das quais Portugal depende bastante – não incluem as novas projecções de quebra económica generalizada na zona euro, que naturalmente implicam uma redução das vendas de Portugal ao exterior. “O enfraquecimento da procura dirigida às exportações portuguesas em resultado do abrandamento da actividade económica terá, assim, consequências significativas nas projecções para a evolução da actividade nacional”, diz a UTAO. O governo prevê um crescimento de 1,1% na zona euro, quando a Economist Intelligence Unit antecipa uma contracção de 0,3% para a região.
No desemprego está outro alerta da UTAO. O “desemprego poderá vir a revelar-se superior” aos 13,4% projectados, dizem, lembrando a história: “Para 2012 perspectiva-se uma contracção da actividade económica superior à verificada em anteriores episódios de redução real do PIB, porém esta é acompanhada por um aumento inferior do desemprego.” A confirmar-se, “as despesas com prestações sociais” serão maiores que o previsto no OE.
Já nas receitas, a UTAO deixa uma dúvida sobre o crescimento de 2,8% na receita fiscal. Para a UTAO, o OE “não apresenta elementos que permitam a um observador externo aferir da razoabilidade da estimativa da receita”.
Outra dúvida está na Administração Regional e Local, onde o governo prevê uma melhoria do saldo – para um excedente de 0,3% do PIB. O problema? É que “os orçamentos das autarquias e regiões são aprovados pelos próprios e não no Orçamento do Estado.”
Pensionistas pagam bancários Os cortes nos subsídios aos pensionistas vão servir para pagar as pensões dos bancários – agora integrados no Estado em nome do combate ao défice no curto-prazo. “Os encargos com o pagamento de pensões de velhice deverão aumentar 1,1%, apesar da redução/suspensão do pagamento dos subsídios”, diz a UTAO. Mas se há cortes, como sobem os encargos? “Presume-se que na evolução dos encargos com as pensões de velhice, o efeito-preço será mais que compensado pelo efeito-volume decorrente da incorporação dos pensionistas da banca no sistema da segurança social, na sequência da transferência de fundos de pensões”.

http://www.ionline.pt/portugal/utao-alerta-recessao-desemprego-2012-vao-ser-bem-piores

Manuel de communication-guérilla


Vient de paraître, un "Manuel de Communication-Guerilla", classique de la subversion carabinée, paru en Allemagne en 1997. Tandis que la politique radicale traditionnelle mise sur la force persuasive du discours rationnel, la communication-guérilla ne s’appuie pas sur des arguments, des chiffres et des faits, mais cherche à détourner les signes et les codes de la communication dominante. Elle travaille à intensifier la charge subversive du non-verbal, du paradoxe, du faux, du mythe. A retrouver en librairie et à lire en ligne ici.

http://www.editions-zones.fr/
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