À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

27/08/2010

Sindicato do Turismo acusa ACT de não actuar

O número de pessoas a trabalhar ilegalmente e o trabalho não declarado no turismo aumentaram este ano, denunciou o sindicato do sector esta quinta-feira.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (STIHTRSN) afirma que, quando a época sazonal no sector está a chegar ao fim, «há mais trabalhadores a trabalhar ilegalmente nos restaurantes, cafés e similares, sem descontos para a Segurança Social, que em caso de despedimento ficam sem qualquer protecção social».

Segundo o sindicato, também aumentou o trabalho não declarado nos restaurantes, cafés e similares, existindo «mais trabalhadores que recebem no recibo o salário mínimo nacional (475 euros) ou o mínimo da tabela salarial (532 euros) e recebem o restante extra recibo».

O STIHTRSN denuncia também a existência de contratos para os hotéis feitos por empresas de trabalho temporário, cujos trabalhadores estão, «muitas vezes, a ocupar postos de trabalho com carácter permanente».

O sindicato afirma que «há menos empresas com medicina no trabalho» e que «a carga horária média mantém-se acima das 50 horas semanais sem pagamento de trabalho suplementar».

Neste contexto, a estrutura sindical acusa a ACT de ser «conivente com a situação ao não actuar no sector, ao não elaborar um plano de combate ao trabalho ilegal e clandestino, ao trabalho não declarado e às demais ilegalidades».

O sindicato reivindica da ACT maior atenção ao sector do turismo, uma actuação coerciva e penalizadora, um combate sem tréguas ao trabalho ilegal e clandestino e ao trabalho não declarado.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1648916

Trabalhadores da Brasileira voltam a manifestar-se contra «falta de diálogo»

Cerca de 10 trabalhadores do emblemático café lisboeta Brasileira do Chiado voltaram a manifestar-se esta quinta-feira, dois meses depois da última concentração, reclamando «repressões, abuso de poder e falta de diálogo» por parte da empresa.

Em Julho, uma quinzena de trabalhadores da Brasileira, apoiados por representantes do Sindicato de Trabalhadores da Industria Hoteleira Turismo e Similares, manifestaram-se à porta do café, entregando panfletos sobre a situação dos trabalhadores aos clientes e aos transeuntes que passavam junto ao estabelecimento.

Hoje, dois meses depois, a manifestação foi semelhante: cerca de uma dezena de trabalhadores juntaram-se para entregar panfletos a descrever a mesma situação de «repressão», «processos disciplinares abusivos» e «faltas de pagamentos».

«Continuamos até hoje à espera da reconciliação com a entidade patronal. Temos pedido sucessivas reuniões para chegar a um acordo e os patrões dizem que não têm nada para falar», disse à agência Lusa o delegado sindical da Brasileira, Amaury Rodrigues.

Segundo Amaury Rodrigues, as «repressões» vêm já «quase há dois anos», quando alguns dos trabalhadores da Brasileira se sindicalizaram: «Foi quando começámos a exigir os nosso direitos que começaram as repressões. Despedimentos injustos, comportamentos abusivos».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1648857

CGTP pede alteração no subsídio social de desemprego

A CGTP pediu ontem reuniões aos grupos parlamentares para defender a alteração da nova legislação sobre as prestações sociais não contributivas e a reposição das medidas excepcionais de apoio aos desempregados.

Maria do Carmo Tavares, da comissão executiva da Intersindical, disse à Lusa que o objectivo é explicar aos deputados quais são as consequências das novas regras para as prestações sociais não contributivas, que entraram em vigor no início de Agosto e levaram à alteração da forma de cálculo do rendimento per capita e do conceito de agregado familiar.

"Queremos questionar os partidos sobre a possibilidade de alteração destas matérias, porque há muitas pessoas a perderem o subsídio social de desemprego ou a verem o seu valor reduzido, o que é bastante grave", disse a sindicalista.

http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1649255

Têxteis: Mais 300 sem trabalho no Minho

Em pouco mais de cinco anos, a têxtil FMAC, de Esposende, passou de 700 para pouco mais de 40 trabalhadores. Dos 151 que foram de férias a 5 de Agosto, sem receber o salário de Julho nem subsídio, 110 já não regressam, tendo recebido esta semana as cartas de despedimento por "extinção de posto de trabalho".

Mas o sindicato do sector diz que este é ainda o "início do pesadelo" do regresso de férias para dezenas de fábricas no Minho. "Fora a FMAC, podemos estar a falar de mais uma dezena de fábricas com 10 a 30 trabalhadores, que não vão reabrir em Setembro", explicou ao DN Manuel Sousa, do Sindicato Têxtil do Minho. A somar aos 110 da FMAC, cujos despedimentos considera "ilegais", o sindicalista estima mais 200 desempregados no final do Verão. "Temo que o pior ainda esteja para vir, porque em muitas fábricas as férias vão até meados de Setembro", disse. A administração da FMAC pediu já a insolvência no Tribunal de Esposende e pretende ficar a laborar só com 43 trabalhadores, após outros 150 já despedidos em 2009.

http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1649158

Estado deve aos presidentes das juntas oito meses de salário

Presidente da ANAFRE diz que os cinco milhões de euros aprovados no Orçamento do Estado para 2010 para os vencimentos dos presidentes das juntas de freguesia a tempo inteiro "ainda não foram pagos".

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Armando Vieira, garantiu que as verbas "ainda não foram pagas, embora tenham sido aprovadas pela Assembleia da República".

Fonte oficial do ministério das Finanças disse à Lusa que "a verba consta do Orçamento do Estado e o ministério não colocou nem coloca qualquer oposição à disponibilização da verba orçamental que está afecta ao pagamento dos presidentes de Juntas de Freguesia".

Por sua vez, a secretaria de Estado da Administração Local confirmou que as verbas ainda não foram pagas, argumentando que o valor "é manifestamente insuficiente para o pagamento de todos os elementos das Juntas de Freguesia abrangidos pelo regime de Permanência".

Numa nota enviada à Lusa, fonte oficial do gabinete liderado por José Junqueiro explica que, "notoriamente, os cálculos da oposição não foram correctos, o que coloca agora a Administração Local numa situação de injustiça. Ou paga a alguns presidentes de junta e não paga a outros, ou, enquanto não houver uma solução equitativa, não vai criar uma situação de injustiça entre pares".

Assim, o Governo pretende "aguardar que a Assembleia da Republica, a mesma que aprovou a verba de 5 milhões de euros, crie ou defina uma situação de rateio que permita o pagamento, integral ou parcial, dos presidentes de junta que exerçam o cargo em regime de permanência".

Para o presidente da ANAFRE, seria "muito bonito que os senhores ministros e os secretários de Estado e os directores de serviço e os deputados estivessem sem receber ao oitavo mês do ano em curso"."Seria agradável, para ver como é que as pessoas reagiam", acrescentou.

http://economico.sapo.pt/noticias/estado-deve-aos-presidentes-das-juntas-oito-meses-de-salario_97784.html

26/08/2010

The third oil price surge – What is different this time and what are possible future oil price developments?

Fabian Kesicki, Uwe Remme, Markus Blesl, Ulrich Fahl, and Alfred Voss

The period from 2003 to 2008 was marked by an oil price increase comparable to the two oil price crises in the 1970/80s. Like in the past, different factors were held responsible for the recent price changes. First, our paper looks in more detail into the situation leading to the oil price crises 30 years ago and compares them along various aspects on the demand and supply side with the recent price increase in order to identify similarities and differences of the situation in the past and today and to derive possible measures or conditions that might in the future contribute to an oil price development staying on a comparably low level. Second, based on this analysis of historic oil prices, we use a fundamental theoretic approach by linking an oil market model (LOPEX) with a global energy system model (TIAM-IER) to analyse possible future developments of the oil price up to the year 2050 taking into account the interactions between the supply and demand of oil in the energy sector. Starting from a base scenario for the oil price development, we study the price impact of measures on the supply side and of factors influencing the demand for petroleum, at first separately in individual scenarios, further in a second step in an integrated scenario to assess the combined effect on the oil price. While the oil price would peak in 2030 at about 150 USD2008/bbl under the conditions of the base scenario, measures increasing the liquid fuel supply by a better recovery rate through enhanced oil recovery, an accelerated production from unconventional oil or more optimistic conditions for the production of alternative liquid fuels can reduce the price peak to levels of 100 to 115 USD/bbl in 2030. On the demand side, an assumed lower average annual gross world product growth rate of 2.3 %/a between 2000 and 2050 compared to 2.7 %/a in the base scenario results in a maximum oil price of 90 USD/bbl in 2030. Measures and policies for stabilizing CO2 by 2050 to 20 Gt CO2 (level in 2000) yield to similar oil prices in 2030 of around 95 USD/bbl due to the reduced demand for oil under climate policies. The overall costs for the energetic use of petroleum products are, however, increasing under carbon mitigation policies due to the implied CO2 price penalty associated with the emitted CO2. Finally, different measures and developments on the supply and demand side, which may have the potential to dampen an oil price rise, have been combined in an integrated scenario. This scenario indicates that the oil price may be kept over the next four decades on a level between 50 and 60 USD/bbl. Adding to this scenario a CO2 mitigation target, which drives back global CO2 emissions in 2050 again to 2005 levels, results only in a further price decrease of around 10 USD/bbl. So, overall the combination of different measures on the supply and demand side could stabilize the oil price between today and 2050 in a price range between 40 to 60 USD/bbl, which is far below the oil price development of the base scenario, though the return to the oil prices of 20 to 30 USD/bbl after the two oil price crises in the 1970s seems to be very unlikely for the future. -
THE THIRD OIL PRICE SURGE -- What Is Different This Time and What Are Possible Future Oil Price Developments?

http://mrzine.monthlyreview.org/

Remittances, Migration, and Other Panaceas: The End of Outward-looking Development Strategies?

Ilene Grabel

In a 1965 essay, the great development economist Albert Hirschman bemoaned the tendency of those in his profession to look for the next panacea. Unfortunately, various panaceas have come in and out of fashion since Hirschman wrote.

During three decades of neo-liberalism, development economists and policymakers have celebrated three inter-related strategies: (1) free markets, (2) private ownership, and (3) private international capital flows. The latter refers to several types of flows -- loans by foreign banks, foreign direct investment (i.e., the purchase of more than 10% of the assets of a foreign corporation), portfolio investment (i.e., the purchase of foreign financial assets, such as stocks or bonds), and worker remittances (i.e., the funds that migrant workers send home generally to their families, but sometimes also send collectively through "home town associations" to fund infrastructure projects in their towns of origin). Policy in the neo-liberal era sought to maximize all four of these financial flows.

Especially after the Asian financial crisis of 1997-98, many policymakers turned particular attention to maximizing the receipt and the developmental impact of remittances. This was especially the case among those developing countries that were not terribly successful in attracting other types of international private financial flows, as these have long been highly concentrated among a small handful of large, rapidly growing developing economies. Indeed, maximizing the migration of healthy workers and garnering the remittances they sent home became a kind of default development strategy in many countries. Jamaica and the Philippines are examples of countries where policymakers came to conflate the export of their people (especially nurses and domestic servants, respectively) and the import of their remittances with a real national development strategy.

For a while, the strategy seemed to work. Remittance flows to developing and post-Communist countries grew rapidly between 2002 and 2007. Remittance inflows are more than twice as large as foreign aid inflows, and nearly half as large as total foreign direct and portfolio investment to the developing world. They are also far less concentrated in larger developing countries than are other types of international private capital flows. In many developing countries, recorded remittances were and still are the largest source of external finance of any sort. Remittances are also less volatile than other international private capital flows. And, historically, they have been counter-cyclical, since migrants tend to send more remittances to their countries of origin following downturns, crises, natural disasters, and political and civil conflicts in their countries of origin. This counter-cyclicality contrasts sharply with all other international private flows, which are strongly pro-cyclical and hence can contribute to economic instability during crisis.

Research on remittances has established that they are an important source of social and economic support to families, regions, and even governments since they augment consumption after crises, they often allow poor families to pay for school, medical expenses, and housing, they fund small business development, and, in some cases (such as in Mexico) they have provided financial support to infrastructure projects.

Less well-known research on remittances also revealed that they have other more complex, sometimes negative political, economic, and social effects on recipient countries. For example, in a paper on the political economy of remittances, I review evidence from studies that find that large inflows can cause exchange rates to appreciate. I argue there as well that dependence on remittances can induce what I term "public moral hazard." By public moral hazard I mean that the receipt of large volumes of remittances can cause states in the developing world to reduce expenditures on public goods that have traditionally depended on public support, such as public investment in infrastructure and social services.

Relatedly, others have argued that remittances can protect governments from the political consequences of poor policy choices. Some also argue that migration and the receipt of remittances undermines "political voice" in recipient economies (using another of Hirshman's concepts) because they reduce the incentives for the efficacious members of society to advocate for governance improvements.

Notwithstanding these complex effects, many policymakers worried at the start of the global crisis that the number of migrants and the amount of money that they sent home would diminish dramatically because so many countries are making migrants unwelcome and because job opportunities in some of the main host countries were drying up. Initially this seemed to be the case -- officially recorded remittance flows to developing countries fell by around 6 percent in 2009 from their level in 2008. This fall was far more modest than initially forecast. It seems that migrants -- many of them very poor -- are doing all they can to continue to live abroad and to send money home to their even poorer families, even when this means that those already living on the edge have to make even greater sacrifices.

As a recent Oxfam study reports, these sacrifices are being borne most heavily by women and children in both sending and recipient countries. Anecdotal evidence also suggests that "reverse remittances" are now occurring, as some families in the countries of origin send money to migrants so that they can remain in their adopted country.

At present, those who forecast remittances are surprisingly upbeat. They predict a recovery of global remittance flows in 2010-11 (though, to be fair, the forecast acknowledges numerous possibly mitigating factors, such as rising anti-immigration sentiment in many countries, the fragility of the global recovery, etc.). The most reasonable explanation for this optimistic forecast is in fact quite dismal: conditions in the poorest countries may become so bad in the next few years that further migration is induced despite the myriad obstacles, and migrants will continue to send money home to desperate families, even at the cost of their own consumption.

On the other hand, remittances may well slow to a trickle, given the likelihood that the recession will worsen in some of the world's wealthiest economies (no doubt thanks to the austerity-obsessed G-20), which may in turn induce legislation or activism that makes migration even more untenable. Were this to occur, we might find that members of the policy community who, just a few years ago, celebrated the developmental impact of remittances are compelled to recognize the limitations of these and other international private capital flows. We may learn that remittances do not suffice as substitutes for economic development strategies that mobilize and channel domestically-generated resources.

Utopian thinking that features one panacea or another is habit forming. Indeed, we see that the Indian government has recently fallen back on external capital flows by taking steps to make it easier for foreigners to engage in portfolio investment in the country. But we can hope that this is among the last gasps of a discredited development strategy. Indeed, this seems to be the case, as several TripleCrisis bloggers have noted in their discussions of the new thinking and institutions that are emerging in the developing world (e.g., Diana Tussie, Matias Vernengo, Kavin Gallagher, and myself). None of these initiatives points to a single panacea, and that is something that we can be sure Hirschman himself would appreciate.

http://mrzine.monthlyreview.org/2010/grabel250810.html

« Armer les esprits » - L’antiterrorisme et ses « experts »

Thomas Deltombe

Depuis les années 1990, et surtout depuis les attentats du 11 septembre 2001, les États-Unis et les États de l’Union européenne ont multiplié les initiatives censées « répondre aux menaces du terrorisme islamiste » : durcissement des législations, renforcement de la coopération antiterroriste internationale, actions ouvertes ou clandestines violant souvent le droit international. Les effets de sidération produits par des attentats spectaculaires et meurtriers ont largement inhibé l’attention critique des citoyens face aux autres menaces que beaucoup de ces initiatives font peser sur les démocraties. C’est de ce constat qu’est né il y a deux ans un important livre collectif, plus que jamais d’actualité : Au nom du 11 septembre. Coordonné par Didier Bigo, Laurent Bonelli et Thomas Deltombe, il analyse la centralité de cet « antiterrorisme » dans la nouvelle géopolitique mondiale et son impact sur la vie politique des États démocratiques : opérations militaires, surveillance généralisée, pratiques d’exception et de désinformation... Nous publierons jusqu’à la fin de l’été plusieurs extraits de ce livre utile et même nécessaire pour mesurer le chemin parcouru par les démocraties occidentales, qui en viennent à limiter les libertés des uns au nom de la sécurité des autres – tout en alimentant, bien souvent, la violence qu’elles prétendent combattre. Après une mise en perspective comparative des médias français et britanniques, entrons plus spécifiquement dans l’univers plutôt viril (et, de fait, 100% masculin) des marchands de peur – pardon : des experts de l’anti-terrorisme...

Attentats à Londres ou à Bali, diffusion d’une vidéo de Ben Laden ou d’Al-Zawahiri, simulation d’une attaque chimique à Lyon, nouvelle législation autorisant le développement de la vidéosurveillance : ils sont là, sur les plateaux de télévision, pour commenter. Les « experts » sont devenus incontournables dans les médias français, comme leurs homologues dans les médias américains et européens. Ils brandissent des livres aux titres tapageurs : La Guerre ne fait que commencer, Le Jour où la France tremblera, Al-Qaida menace la France, etc. Un déluge éditorial qui prouve au moins une chose : l’antiterrorisme télévisé est devenu un vrai marché [1].

Naissance d’un marché

En France, le développement de l’« expertise médiatique » sur les questions de terrorisme et de contre-terrorisme remonte au début des années 1980. C’est l’époque des attentats contre les « intérêts occidentaux » à Beyrouth en 1983, du « terrorisme proche-oriental » dans les rues de Paris en 1986, mais aussi d’Action directe ou du FLNC. Le terrorisme est devenu un sujet médiatique de première importance. Hervé Brusini, un des journalistes français qui s’est le plus tôt investi dans le domaine, se souvient :

« Au début, notre désarroi face à ce type d’événement est tel que nous ne faisions que rappeler les événements précédents. Les médias ne sont alors qu’une sorte de caisse de résonance involontaire du terrorisme, une sorte de haut-parleur de l’action terroriste, sans plus. » [2]

L’idée s’impose vite, pour ne pas en être le simple relais publicitaire, de multiplier les contacts dans les diverses institutions étatiques chargées de la lutte contre le terrorisme (DST, DGSE, justice antiterroriste…) et d’établir des liens avec les milieux universitaires et les journalistes arabes susceptibles d’aider les journalistes à « contextualiser » les faits de terrorisme. Les sollicitations médiatiques sont telles que certains journalistes commencent à se transformer eux-mêmes en « spécialistes » :

- Xavier Raufer, ancien activiste d’extrême droite reconverti dans la presse magazine, milite pour la reconnaissance médiatique et universitaire d’une « science » dont il s’est fait une spécialité, la criminologie des « menaces contemporaines » ;

- Roland Jacquard, ancien journaliste au Canard enchaîné et collaborateur de diverses publications parisiennes, multiplie les livres sensationnalistes sur l’« internationale terroriste » ;

- Antoine Sfeir, correspondant d’un quotidien libanais à Paris, fonde les Cahiers de l’Orient, auxquels contribuent des journalistes et des chercheurs.

À la fin des années 1980, le « marché médiatique de l’expertise antiterroriste », pour reprendre une expression d’Hervé Brusini, est en voie de constitution. Alors que le paysage médiatique français se diversifie et que les actes de « terrorisme » semblent se multiplier (parce que ce concept flou rassemble un nombre croissant de phénomènes disparates), les services de renseignement et de sécurité hexagonaux attachent une importance croissante à leurs relations avec le monde des chercheurs et des médias : il faut capter les informations de tous ceux qui en cherchent et trouver des relais pour propager dans l’« opinion » celles qu’on veut bien donner [3]. Espèce à risque, les « spécialistes » qui interviennent dans les médias font l’objet d’une attention particulière de la part des hautes sphères du pouvoir, constate Roland Jacquard en 1986 :

« On les craint, on les flatte, on cherche à les utiliser comme intermédiaires. Combien d’entre eux ont servi de provocateurs, d’agents de liaison ! Certains se muent rapidement en agents d’influence, de renseignement, d’intoxication, peut-être non rétribués, mais remerciés par des études toutes préparées, des possibilités de scoop. » [4]

« Tolérance zéro » et « guerre de l’info »

Les stratèges militaires le savent : toute guerre est en partie une guerre de l’information. Cette idée reprend de la vigueur en France dans les années qui suivent la fin de la guerre froide. La première guerre du Golfe (1990-1991), riche en manipulations en tout genre, en est un bon exemple. C’est d’ailleurs lors de cette guerre que s’épanouit le marché de l’expertise médiatique : les « experts militaires » se démultiplient pour répondre à la demande des chaînes de télévision, que la concurrence pousse à organiser d’interminables « éditions spéciales ». Xavier Raufer fait la promotion médiatique de son Atlas mondial de l’islam activiste [5]. Et au même moment, le politologue Gilles Kepel développe la théorie d’une guerre intestine entre l’« islam » et l’« islamisme », particulièrement appréciée des médias alors que les autorités françaises exhortent « les millions d’Arabes et de musulmans qui vivent sur notre sol » à rejeter les appels au djihad qui émanent du « monde musulman » [6].

Pour les services de sécurité et les grands médias, la « gestion de l’information » est d’autant plus cruciale que l’« ennemi » regarde la télévision – que ce soit en France ou, via le satellite, dans les anciennes colonies. C’est ce qu’a bien compris Charles Pasqua, ministre de l’Intérieur de 1993 à 1995. Alors que se développe une sanglante guerre civile en Algérie, il multiplie les opérations massives de « contrôles d’identité » dans les rues des grandes villes :

« Si on ne va pas à la pêche, on ne prend pas de poissons »,

justifie en août 1994 celui qui veut « terroriser les terroristes ». Puis viennent, sous l’œil des caméras, les rafles et les expulsions d’« islamistes » :

« Cela servira de leçon à ceux qui ne respectent pas les lois de la République et aussi celle de l’hospitalité ».

Les grands médias relaieront complaisamment ce genre de « leçons » [7].

Il faut dire que nombre d’« experts » se sont évertués tout au long des années 1990 à convaincre l’opinion publique de se méfier de tout : ce sont les « experts de la tolérance zéro » qui, inspirés par les théories américaines de la gestion managériale de la délinquance urbaine, estiment que le moindre écart avec la loi – celle de la République ou celle, plus floue, de l’« hospitalité » – doit être traqué sans relâche et châtié sans ménagement pour stopper « à la source » toute « carrière criminelle » ultérieure. L’inoxydable Xavier Raufer et son compère Alain Bauer (fondateur en 1994 d’AB Associates, une société de conseil proposant aux collectivités locales des « solutions » contre l’« insécurité urbaine » et sacré « criminologue » lors de sa nomination par Nicolas Sarkozy à la tête de l’Observatoire national de la délinquance, en novembre 2003) sont les représentants emblématiques de ce courant de pensée qui milite pour décrire toute « déviance » comme le signe précurseur d’une dérive potentielle vers la grande criminalité ou le terrorisme international. Alors que l’actualité semble confirmer leurs théories (les « beurs de Marrakech » en 1994, Khaled Kelkal en 1995, le « gang de Roubaix » en 1996), les grands médias ouvrent grand leurs micros aux experts de la peur et aux « marchands de sécurité » [8].

Un autre courant de pensée s’intéresse de près, depuis la fin de la guerre froide, aux « conflits asymétriques » et à la « guerre de l’information ». Ce sont les tenants de la « guerre économique ». À l’heure du « capitalisme cognitif » et des nouvelles technologies de l’information et de la communication, estiment-ils, l’information est l’arme la plus puissante, dans le domaine militaire comme dans la sphère économique, qui permet aux « faibles » de l’emporter sur le « fort ». Aussi remontent à la surface, pour être intégrées au management d’entreprise, les théories de la « guerre moderne » forgées dans les années 1950 par des officiers français (les colonels Charles Lacheroy et Roger Trinquier) pour combattre les « subversifs » du Viêt-Minh ou du FLN algérien. Les entreprises françaises doivent ainsi pouvoir inverser les rapports de forces (et consolider leurs positions) dans la jungle économique mondiale. Les armes : l’utilisation stratégique du « vecteur médiatique », l’espionnage (ou le contre-espionnage) industriel et un encadrement efficace des employés [9].

Armés de ce savoir-faire, nombre de fonctionnaires issus des services de renseignement ou de la justice antiterroriste investissent ce nouveau marché. Battu aux élections législatives de 1997, l’ancien juge antiterroriste et ex-député RPR Alain Marsaud rejoint par exemple la Compagnie générale des eaux (CGE, future Vivendi), où il monte une « cellule de sécurité et d’intelligence économique ». Le renseignement économique, reconnaît-il, est « un secteur de reconversion particulièrement lucratif pour de nombreux fonctionnaires » [10].

À la veille de l’an 2000, les médias sont donc plus que jamais une cible. Cible des armées qui remettent au goût du jour les « opérations psychologiques » mises de côté depuis la fin de la guerre d’Algérie [11]. Cible aussi des grands groupes industriels qui se servent du « vecteur médiatique » pour déstabiliser leurs concurrents. Cible enfin d’une armée de consultants à la recherche d’un levier promotionnel pour pénétrer le marché en expansion de la « sécurité ».

Face à ces assauts, la télévision ne semble pas disposée à réagir. Cause ou conséquence de l’explosion du « marché de l’expertise », les journalistes ont tendance à se désinvestir de leur métier, remarque Hervé Brusini, aujourd’hui l’un des responsables de la chaîne publique France 3. Travaillant dans l’urgence, éloignés des lieux où se fait l’actualité mondiale, ceux qui travaillent pour les médias classiques se reposent sur ces « experts » qui ne refusent jamais de meubler un plateau de télévision ou de remplir quelques colonnes de journaux. Une forme de sous-traitance qui permet en outre aux journalistes d’externaliser leur responsabilité éditoriale. Le média n’est dès lors plus qu’une boîte vide, que les journalistes remplissent en distribuant des cartons d’invitation. Apparue sur les écrans de télévision français en septembre 2001, l’émission C dans l’air est une bonne illustration de cette logique de désinvestissement généralisé.

Bien que diffusée sur France 5, la chaîne éducative du secteur public, l’émission est en réalité totalement privatisée : réalisée dans les locaux d’Europe 1 (groupe Lagardère), elle est produite par Maximal Productions (groupe Lagardère), société dirigée par Jérôme Bellay (à l’époque patron d’Europe 1). Émission de news and talk, le principe consiste pour le présentateur, Yves Calvi (transfuge d’Europe 1), à se mettre dans la peau du « Français moyen » en posant des questions sur un ton faussement naïf et en relayant certaines de celles que les téléspectateurs envoient par SMS. En direct, ces questions sont distribuées par le présentateur à un panel d’« experts » que l’équipe de C dans l’air a préalablement « castés » [12]. L’émission est agrémentée de quelques reportages, qui la confortent grâce au « réalisme » des images et dans lesquels sont fréquemment interrogés d’autres experts.

On retrouve le même dispositif dans nombre d’émissions, en particulier sur les chaînes d’information en continu qui, par nature et par souci d’économies, sont très gourmandes d’intervenants extérieurs, généralement non rémunérés, pour remplir le temps d’antenne (LCI lancée par le groupe Bouygues-TF1 en 1994, et I-Télé lancée par le groupe Vivendi-Canal plus en 1999). C’est dans ce contexte de vampirisation du journalisme par l’« expertise » qu’intervient le 11 septembre 2001.

Apocalypse now

Le retour foudroyant du « terrorisme » dans l’actualité après le 11 septembre a puissamment consolidé la position des experts médiatiques – et en particulier de ceux qui font profession d’exploiter la peur. Car les médias exigent des réponses « expertes » à de multiples questions : que s’est-il passé et que doit-on maintenant craindre ? Qui est Ben Laden et que se passe-t-il « dans le monde musulman » ? Maintenant que « l’impensable est devenu réalité » et que le terrorisme a muté en « hyperterrorisme », les journalistes des grands médias ont tendance à faire une confiance aveugle aux scénaristes du pire.

C’est ainsi que Guillaume Bigot, obscur professeur d’économie de l’université privée Léonard-de-Vinci, sort de l’anonymat. Auteur en 2000 d’un recueil intitulé Les Sept Scénarios de l’apocalypse, il avait, dit-on, « prophétisé » le 11 septembre. Honoré de ce fait du titre de « spécialiste en géopolitique », il sera invité à faire des démonstrations d’anticipation cataclysmique sur de nombreux plateaux de télévision et il entamera une prolifique carrière d’essayiste – il tentera même sa chance en politique (comme candidat chevènementiste aux élections législatives de 2002). Un parcours qui montre que l’« apocalypse » se vend bien et que la consécration télévisuelle peut ouvrir d’intéressantes perspectives de carrière. Par un soigneux glissement du conditionnel à l’indicatif, et du « possible » au « certain », les experts du genre décrivent la situation post-11 septembre comme une terrifiante période de danger perpétuel. Mais la plus belle réussite de l’après-11 septembre est sans doute le come back médiatique de Roland Jacquard.

L’« expert » qui prophétisait depuis plus de vingt ans l’inimaginable (terrorisme nucléaire, détournement d’avion par des virus informatiques, etc. [13]) trouve enfin sa consécration. Et il est pris d’autant plus au sérieux que l’ex-journaliste s’affuble maintenant du double titre, aussi ronflant qu’énigmatique, de « président de l’Observatoire international du terrorisme » et d’« expert auprès des pays membres du Conseil de sécurité de l’ONU ». Fin connaisseur des médias, Roland Jacquard sait en effet que les journalistes qui l’invitent ont tellement besoin d’« experts » pour remplir les plateaux et pour répondre « aux questions que se posent les téléspectateurs », qu’ils n’interrogeront jamais publiquement la pertinence de tels « titres » [14].

Jouant ainsi du désinvestissement des journalistes, Roland Jacquard peut suggérer n’importe quelle hypothèse – celle par exemple de l’implication d’anciens agents de la Stasi ou de l’Irak dans les attentats du 11 septembre [15] – sans risque d’être démenti. La forme étant de loin plus importante que le fond, ses prestations médiatiques se résument pour l’essentiel à une sidérante rafale de chiffres à prétention scientifique et d’anecdotes d’apparence technique visant à démontrer l’imminence d’une « attaque bactériologique », de l’explosion d’une « bombe radiologique » ou de l’ infiltration en France de dangereux virus ». La conclusion est toujours la même :

« Il faut être extrêmement prudent, et se préparer à cette guerre de demain, parce qu’elle arrivera malheureusement un jour… » [16]

Outre les « experts » des techniques opérationnelles terroristes, la configuration des plateaux de télévision prévoit systématiquement la présence de « spécialistes du monde arabo-musulman », censés donner aux téléspectateurs un peu d’intelligibilité géopolitique à l’action d’Al-Qaida et des autres mouvements « islamistes ». Les figures emblématiques en la matière sont sans conteste Antoine Sfeir et Antoine Basbous (ancien porte-parole en France des Phalanges chrétiennes libanaises, devenu essayiste). Bons clients », ils tiennent un discours simple et inquiétant, beaucoup plus facile à vendre que les analyses nuancées proposées par des chercheurs comme Bruno Étienne, Olivier Roy ou François Burgat. Moyennant quoi, selon l’hebdomadaire Télérama, en ne prenant en compte que les chaînes hertziennes, Antoine Basbous est intervenu 121 fois à la télévision entre le 11 septembre 2001 et le 11 septembre 2006, et Antoine Sfeir 240 fois – soit près d’une fois par semaine en moyenne, vacances comprises [17]...

Deuxième partie : « Experts Corp. »

P.-S.

Ce texte est paru initialement sous le titre « “Armer les esprits”, le business des “experts” à la télévision française » dans le recueil Au nom du 11 septembre, coordonné par Didier Bigo, Laurent Bonelli et Thomas Deltombe, publié aux éditions La Découverte, et accessible intégralement pour les usagers des bibliothèques abonnées à Cairn.info en cliquant ici. Nous le publions avec l’amicale autorisation des coordonnateurs et éditeurs.

http://lmsi.net/Armer-les-esprits

Construction d’une menace - La presse face au terrorisme en France et en Grande-Bretagne

Anastassia Tsoukala

Depuis les années 1990, et surtout depuis les attentats du 11 septembre 2001, les États-Unis et les États de l’Union européenne ont multiplié les initiatives censées « répondre aux menaces du terrorisme islamiste » : durcissement des législations, renforcement de la coopération antiterroriste internationale, actions ouvertes ou clandestines violant souvent le droit international. Les effets de sidération produits par des attentats spectaculaires et meurtriers ont largement inhibé l’attention critique des citoyens face aux autres menaces que beaucoup de ces initiatives font peser sur les démocraties. C’est de ce constat qu’est né il y a deux ans un important livre collectif, plus que jamais d’actualité : Au nom du 11 septembre. Coordonné par Didier Bigo, Laurent Bonelli et Thomas Deltombe, il analyse la centralité de cet « antiterrorisme » dans la nouvelle géopolitique mondiale et son impact sur la vie politique des États démocratiques : opérations militaires, surveillance généralisée, pratiques d’exception et de désinformation... Nous publierons jusqu’à la fin de l’été plusieurs extraits de ce livre utile et même nécessaire pour mesurer le chemin parcouru par les démocraties occidentales, qui en viennent à limiter les libertés des uns au nom de la sécurité des autres – tout en alimentant, bien souvent, la violence qu’elles prétendent combattre. Pour commencer, Anastassia Tsoukala analyse, à travers l’étude comparative de la presse écrite française et britannique, l’évolution des discours publics sur la sécurité des pays occidentaux.

Depuis la fin de la bipolarité, les discours publics sur les menaces pesant sur la sécurité des pays occidentaux ont connu de profonds changements. La menace criminelle s’est progressivement substituée à la menace politique et a été présentée comme un phénomène multiforme, déterritorialisé et potentiellement illimité, car évoluant à travers des passerelles établies entre de multiples réseaux transnationaux, qui opèreraient en deçà et au-delà des frontières.

Après les attentats du 11 septembre, le débat public s’est surtout focalisé sur le défi du terrorisme international : il s’agissait de définir la nature et l’ampleur de la menace qu’il faisait peser sur les sociétés occidentales, de préciser les valeurs qu’il mettait en péril et de justifier les politiques à mettre en œuvre pour les défendre. En d’autres termes, dans le désordre créé par les attentats, il s’agissait de rappeler les fondements, réels ou imaginaires, de l’ordre passé, voire de redessiner les contours d’un ordre politique nouveau. Les déclarations de nombreux politiciens, professionnels de la sécurité et intellectuels ont créé un espace de communication publique qui, dans sa volonté de donner sens aux événements passés et aux décisions futures, a proposé des schémas d’interprétation de la nouvelle réalité sociale.

Or, la définition d’un phénomène aussi complexe que le terrorisme international ne peut être conçue en dehors des enjeux qui la façonnent [1]. C’est ce que nous nous proposons de montrer ici, en comparant les argumentaires déployés après le 11 septembre au Royaume-Uni et en France. Si les deux pays ont introduit des dispositions d’exception dans leurs lois antiterroristes, ils se sont positionnés différemment dans l’arène internationale : le premier a lié la protection de la sécurité à deux interventions militaires, en Afghanistan et en Irak, alors que le second s’est d’emblée opposé à la guerre en Irak.

Cette analyse porte sur les déclarations de politiciens, de professionnels de la sécurité, de leaders d’opinion et d’intellectuels publiées dans la presse écrite française et britannique entre le 11 septembre 2001 et le 19 mars 2003, c’est-à-dire juste avant le déclenchement de la guerre en Irak. Elle s’est appuyée sur la lecture de 349 articles parus dans six quotidiens, représentatifs de l’ensemble du spectre politique et appartenant à la presse dite de qualité : Le Monde, Le Figaro, Libération, The Times, The Guardian, The Independent. L’étude de ces discours – dont les principaux éléments ne peuvent être rappelés ici que de manière schématique – montre que, dans les deux cas, la définition du terrorisme se structure autour de deux axes : les éléments constitutifs de la menace et les valeurs sociales menacées.

La menace terroriste est d’abord présentée comme extraordinaire, durable et illimitée, globale et locale. Formulés en des termes similaires dans les deux pays, ces attributs n’ont pas suscité de véritable débat contradictoire. Néanmoins, le débat britannique se différencie du débat français à plusieurs égards. Il se caractérise à la fois par un emploi régulier de métaphores de guerre et par une absence notable de discussion sur les causes éventuelles des attentats du 11 septembre. Ensuite, son volume est beaucoup plus considérable, bien qu’il soit sensiblement moins varié qu’en France, où les déclarations relatives à la définition du cœur de la menace n’émanent pas seulement des hautes sphères gouvernementales, mais sont aussi le fait d’autres membres de la classe politique, des professionnels de la sécurité et des intellectuels.

Plus précisément, après les attentats du 11 septembre, il est généralement considéré que la menace terroriste a pris une forme radicalement nouvelle, dépassant l’imagination et provoquant une véritable rupture dans l’histoire humaine : le caractère extraordinaire du terrorisme international serait lié à son imprévisibilité, à son ampleur territoriale et à son extension au-delà des limites des conflits conventionnels qui le situerait hors du registre de la négociation politique.

La menace terroriste est présentée comme presque illimitée, tant dans l’espace que dans le répertoire d’action des terroristes : il s’agirait d’un combat de longue haleine, mené contre des ennemis invisibles ou, tout au moins, protéiformes, à effectifs inconnus mais capables d’attaquer n’importe quand et n’importe où, à l’intérieur du pays ou à l’étranger, à n’importe quelle échelle et sous n’importe quelle forme, en ayant recours à des moyens d’attaque conventionnels ou en se servant d’armes chimiques ou bactériologiques, voire nucléaires. Cette menace hautement imprévisible, peu ou guère définissable selon les critères du passé et, par conséquent, à peine contrôlable, serait encore aggravée par sa double inscription dans le global et le local.

Le danger spécifique de ce qui est désormais qualifié de « mondialisation terroriste » [2] tiendrait en effet à l’expansion à l’échelle mondiale de la base de recrutement de ses acteurs et de leur champ d’action. Dotée de ramifications dans tous les continents, appuyée sur des réseaux transnationaux composés de cellules plus ou moins autonomes et s’autoreproduisant à l’infini, Al-Qaida, structure mère et point de référence à la fois réel et abstrait, serait d’autant plus menaçante qu’elle mobiliserait les réseaux modernes de communication pour tromper la vigilance des agences de sécurité. En même temps, la menace terroriste provenant de l’étranger serait redoublée par celle, plus dangereuse encore, de nationaux agissant comme une « cinquième colonne » : solidement implantés dans les villes occidentales, ceux-ci prendraient le visage d’individus ordinaires, de voisins de palier qui s’organiseraient, seuls ou en collaboration avec des réseaux étrangers très structurés, pour perpétrer des attentats dans le pays [3]. Face à ces « ennemis intérieurs » particulièrement difficiles à cerner, il serait presque impossible d’assurer la sécurité des pays concernés.

Mais, alors que les deux discours publics sont quasi-identiques dans l’identification du « noyau dur » de la menace terroriste, ils divergent sur ses causes. Au Royaume-Uni, le débat public ne dit presque rien des motivations des terroristes. Dépourvus de tout support rationnel, leurs attentats sont réduits à des actes monstrueux, qui obligeraient le gouvernement à adopter des dispositions juridiques exceptionnelles, comme en temps de guerre. L’image de la guerre devient alors omniprésente et plane sur tout le débat public, à travers des déclarations considérant les attentats comme un « acte de guerre, commis par des groupes formellement situés en dehors des États » [4], ou le fréquent recours à la métaphore ambiguë de la « guerre contre le terrorisme ».

Cette rhétorique exerce un puissant effet performatif, qui façonne la manière dont nous entendons la « menace » terroriste et, par conséquent, nos réactions à celle-ci [5]. Identifier le terrorisme à un acte de guerre, qui justifie qu’on entre en guerre contre lui, produit de nombreux effets politiques :

- d’une part, cela renforce la cohésion sociale et l’union nationale, et justifie l’adoption des lois d’exception, jugées indispensables à la sécurité de la population ;

- d’autre part, en établissant un parallélisme avec des guerres précédentes, notamment la Seconde Guerre mondiale, l’association du terrorisme à un acte de guerre normalise l’idée du recours à la « guerre », car elle inscrit la nouvelle menace dans un contexte familier, la « guerre » d’aujourd’hui s’identifiant à la lutte entre les régimes démocratiques et le fascisme.

Cela finit, d’ailleurs, par justifier le recours effectif à la guerre, puisque la référence à la dernière guerre mondiale rappelle également l’échec des politiques d’apaisement qui avaient mené aux accords de Munich. Cette guerre nouvelle, à laquelle tous sont appelés à participer d’une manière ou d’une autre, reste toutefois paradoxale car, à la différence des ennemis d’hier, les terroristes ne sont pas considérés comme des combattants.

En France, les voix qui qualifient dans cet esprit d’ « acte de guerre » les attentats terroristes sont à l’inverse minoritaires, émanant surtout de responsables de petits partis politiques [6]. L’image dominante reste certes celle d’actes criminels abjects, visant toute l’humanité, mais qui renvoient bien à un ensemble de causes. Cette recherche des motifs sous-jacents est largement consensuelle, chez les acteurs majeurs de la classe politique comme chez nombre d’intellectuels. Le terrorisme est généralement relié au désespoir des plus faibles, des sans-voix du Sud, victimes de misère, de déficits démocratiques et de frustrations liées aux crises régionales du Moyen-Orient. Des maux provoqués ou, tout au moins, entretenus par un Nord qui, enfermé dans sa tour d’ivoire, alimente les inégalités et les violences, préparant de la sorte les grands affrontements futurs. En octobre 2001, le président de la République Jacques Chirac résumait ce point de vue en ces termes :

« S’il est faux et dangereux d’établir un lien direct avec le terrorisme et la misère, chacun voit bien qu’il y a un enchaînement entre le terrorisme et le fanatisme, un fanatisme qui prospère sur le terreau de l’ignorance, des humiliations, des frustrations, de la misère. » [7]

Malgré ces interprétations différentes, les définitions britannique et française partagent la même représentation binaire des terroristes, distingués clairement du reste de la communauté internationale. Cette ligne de démarcation symbolique, condition préalable à la désignation de toute personne susceptible de tomber sous le coup des lois d’exception, est tracée par l’ensemble de la classe politique – et en France soutenue également par certains intellectuels [8]. La séparation entre les terroristes et le reste du monde s’articulerait schématiquement autour de deux axes : l’infériorité morale et l’infériorité culturelle.

La première, présente surtout dans le discours public britannique, est mise en avant par les hautes sphères gouvernementales (le Premier ministre, le ministre des Affaires étrangères et le ministre de l’Intérieur), lesquelles proposent une image manichéenne du monde, où le bien est du côté des pays menacés et le mal du côté des agresseurs. Les attentats suicides sont ainsi définis comme des actes « fanatiques » moralement condamnables, fruits de l’intolérance et de la déraison, donc radicalement opposés aux principes fondateurs de l’identité européenne, à savoir l’humanisme, la raison et la tolérance. L’opprobre pesant sur les attentats terroristes est renforcé par leur dépolitisation : si l’on fait abstraction des discours français sur leur causalité, ceux-ci sont présentés comme une fin en soi, privée de tout objectif politique, comme si les terroristes ne visaient qu’à infliger de la souffrance. Une fois dépolitisé, le conflit revêt un aspect criminel évident, creusant le fossé moral qui sépare les victimes des agresseurs.

Cette infériorité morale est confortée, dans les deux pays, par la mise en avant d’une infériorité culturelle, qui opposerait la « barbarie » des agresseurs à la « civilisation » des victimes : le monde civilisé serait synonyme du monde occidental et tous les pays non occidentaux seraient culturellement inférieurs, puisqu’ils ne partagent pas les idéaux démocratiques. Dès lors, la lutte contre le terrorisme est présentée comme un « combat du monde libre et démocratique » [9] pour défendre ses valeurs, à savoir la liberté et le respect des droits de l’homme.

Deuxième partie : « Les valeurs menacées » (En ligne mardi 24 août)

P.-S.

Ce texte est paru initialement, sous le titre « La presse écrite française et britannique face au terrorisme », dans le recueil Au nom du 11 septembre, coordonné par Didier Bigo, Laurent Bonelli et Thomas Deltombe, publié aux éditions La Découverte, et accessible intégralement pour les usagers des bibliothèques abonnées à Cairn.info en cliquant ici. Nous le publions avec l’amicale autorisation des coordonnateurs et éditeurs.

Notes

[1] Nous avons analysé ailleurs les différents argumentaires utilisés, dans plusieurs pays européens, pour légitimer l’adoption de nouveaux dispositifs antiterroristes, souvent attentatoires aux libertés publiques : voir Anastassia Tsoukala, « Democracy against security : the debates about counter-terrorism in the European Parliament, September 2001-June 2003 », Alternatives, n° 4, 2004, p. 417-439 ; « Democracy in the light of security. British and French political discourses on domestic counterterrorism policies », Political Studies, vol. 54, n° 3, 2006, p. 607-627 ; « La légitimation des mesures d’exception dans la lutte antiterroriste en Europe », Cultures & Conflits, n° 61, 2006, p. 35-50.

[2] Edgar Morin, « Société-monde contre terreur-monde », Le Monde, 22 novembre 2001.

[3] Voir, par exemple, la déclaration de Rohan Gunaratna (du Centre pour l’étude du terrorisme et de la violence politique de l’université de St Andrews) : « Al-Qaida est devenue l’ennemi intérieur. En travaillant au sein des Britanniques ordinaires, l’hydre terroriste a gagné en profondeur stratégique au cœur de nos communautés » (« The enemy deep within », The Times, 12 juin 2002). Et, dans le même sens, une déclaration du juge Andrew Collins : « Il est clair qu’il y a des citoyens britanniques susceptibles d’être aussi dangereux que des étrangers et qui ont été impliqués dans Al-Qaida ou dans des organisations liées à celle-ci. […] Les services de renseignement occidentaux sont convaincus qu’il y a des agents dormants profondément implantés en Grande-Bretagne, […] qui attendent d’être activés » (« Right ruling, wrong reason », The Guardian, 1er août 2002).

[4] Voir les déclarations du ministre britannique de l’Intérieur Jack Straw, The Times, 15 septembre 2001 (« We must stop chemical weapon spread »).

[5] Heinz Steinert, « The indispensable metaphor of war : on populist politics and the contradictions of the state’s monopoly of force », Theoretical Criminology, vol. 7, n° 3, 2003, p. 284.

[6] Voir par exemple les déclarations dans ce sens de François Bayrou et Alain Madelin, respectivement dirigeants de l’UDF et de Démocratie libérale, Le Monde, 13 septembre 2001.

[7] Jacques Chirac, « Une autre vision du XXIe siècle », Le Monde, 16 octobre 2001.

[8] Voir par exemple les déclarations de Jean d’Ormesson, Pascal Boniface et Ahmedou Ould-Abdallah, Le Figaro, 26 décembre 2001 ; ainsi que celles d’Edgar Morin dans Le Monde, 22 novembre 2001.

[9] Tony Blair, « The Prime minister responds », The Times, 12 septembre 2001.

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France: Les mesures sécuritaires du gouvernements sont une menace pour le régime démocratique

Kumaran Ira - Mondialisation.ca, Le 26 aout 2010

La série de mesures sécuritaires annoncée ces dernières semaines en France soulignent le virage vers l'extrême-droite opéré par l'establishment politique. Confronté à l'hostilité populaire massive envers sa politique, le gouvernement conservateur du président Nicolas Sarkozy a fait monter d'un cran la promotion du racisme par l'establishment politique dans le but de diviser la classe ouvrière tout en détruisant les droits démocratiques et l'Etat de droit.

Suite aux émeutes de Grenoble et Saint-Aignan, provoquées par la mort de deux hommes entre les mains de la police, le président Nicolas Sarkozy a annoncé des mesures répressives contre les Roms et les immigrés, les stigmatisant comme s'ils étaient des criminels. Il a, entre autres mesures, annoncé le démantèlement de 300 camps de Roms dans les trois prochains mois et la déportation massive de la communauté Rom, principalement vers la Roumanie. (voir aussi: France: La police tire à balles réelles lors d'émeutes provoquées par la mort d'hommes abattus par la police)

Dans un discours officiel à Grenoble le 30 juillet, Sarkozy a dit qu'il serait possible de déchoir de la nationalité française « toute personne d'origine étrangère qui aurait volontairement porté atteinte à la vie d'un policier, d'un gendarme ou de toute autre personne dépositaire de l'autorité publique. » Il a ajouté, « Nous allons réévaluer les motifs pouvant donner lieu à la déchéance de la nationalité française. »

Durant ces deux dernières semaines, quelque 50 camps ont été démantelés par les CRS et leurs occupants arrêtés lors de rafles policières massives. Les Roms « évacués » sont confrontés à la déportation. Selon le ministre de l'Intérieur Brice Hortefeux, 700 Roms seront ainsi déportés manu militari d'ici la fin du mois.

Des manifestations reflétant la colère ont eu lieu dans toute la France suite à la répression policière contre les camps. Depuis dimanche quelque 140 familles évacuées ont organisé des manifestations appelant le maire de Bordeaux Alain Juppé à les reloger. Des manifestants qui avaient été expulsés d'un camp de la ville d'Anglet ont utilisé des véhicules pour bloquer l'autoroute près de Bordeaux. Ils essaient d'installer un nouveau camp sur un terrain d'exposition plus près de Bordeaux mais en sont empêchés par la police.

Tout en cherchant à attiser un sentiment anti-immigrés, le gouvernement se donne les moyens juridiques de perpétrer des arrestations massives et d'imposer de fortes amendes aux familles dont les jeunes ont des démêlées avec la police. Selon une loi proposée, les parents seront tenus pour légalement responsables des actes de leur enfant mineur, lorsque celui-ci a été poursuivi ou condamné pour une infraction et qu'il viole les interdictions et les obligations auxquels il est soumis. Ces parents pourraient se voir infliger jusqu'à deux ans de prison et 30 000 euros d'amende.

Le climat politique pernicieux d'où émergent ces mesures a été généré par la campagne gouvernementale d'interdiction de la burqa et de débat sur « l'identité nationale. » La campagne anti-burqa avait été lancée avec le soutien des partis bourgeois de « gauche. »Le mois dernier, l'Assemblée nationale a voté en faveur de la loi anti-burqa avec une seule voix contre. (voir aussi: L'Assemblée nationale française a voté l'interdiction de la burqa : une attaque contre les droits démocratiques)

Au sujet des dernières mesures de Sarkozy, la vice-présidente du Front national (FN) néofasciste, Marine Le Pen a dit que Sarkozy avait confirmé les positions que son parti défend depuis 30 ans.

L'expulsion des Roms et la déchéance de la nationalité française d'immigrés évoquent de sinistres parallèles avec les crimes du gouvernement de Vichy et des nazis à l'encontre des « nomades » et des Juifs durant l'occupation.

La classe dirigeante est consciente de ces similarités. L'ancien premier ministre du Parti socialiste (PS) Michel Rocard a dit dans l'hebdomadaire Marianne, «Quand on va chercher l'électorat au Front national, voilà sur quels scandales on débouche. La loi sur les mineurs délinquants passe de la responsabilité pénale individuelle à la responsabilité collective. On n'avait pas vu ça depuis Vichy, on n'avait pas vu ça depuis les nazis.» Il a appelé cela « une politique de guerre civile. »

Le Post écrit, « On constate que chaque fois que le Régime actuel entend traiter des dossiers relatifs aux questions religieuses, pénales, sociales, familiales, il aborde chaque thème en adoptant les mêmes raisonnements que le législateur de Vichy. »

Malgré de telles inquiétudes, les critiques du PS concernant le gouvernement sont des critiques de droite et défendent la position que les mesures sécuritaires du gouvernement ne sont pas suffisantes pour réprimer l'opposition populaire.

Dans un communiqué daté du 18 août, le PS critique le projet du gouvernement de supprimer 3 500 postes de policiers dans les trois prochaines années. Il écrit, « Jamais il n'y a eu autant de distance entre les paroles et les actes d'un gouvernement. Si le PS critique le gouvernement, ce n'est pas parce qu'il en ferait trop sur la sécurité, c'est, au contraire, parce qu'il n'agit pas réellement. »

Il conclut, « Derrière les mots de M. Sarkozy, il y a une réalité qui est celle de l'affaiblissement de l'Etat et de l'autorité, faute d'une puissance publique capable de faire respecter la loi et d'assurer la tranquillité publique. »

Certains membres de l'UMP critiquent aussi les mesures gouvernementales contre les Roms. Des députés proches de l'ancien premier ministre Dominique de Villepin qui a récemment fondé un nouveau parti « République solidaire » ont comparé les mesures anti-immigrés aux rafles des Juifs durant l'occupation nazie. Mais les forces de Villepin sont elles-mêmes profondément impliquées dans la politique anti-musulmane de Sarkozy: en 2004 elles participaient au gouvernement de l'ancien président Jacques Chirac, qui avait fait voter une interdiction du voile islamique dans les écoles publiques.

En dernière analyse, le consensus au sein de la classe dirigeante en faveur de mesures sécuritaires anti-immigrés est le reflet du caractère réactionnaire de la politique capitaliste européenne. Conséquence de crise économique mondiale, l'establishment politique dans son ensemble considère l'austérité sociale et la guerre pour la défense des intérêts de l'aristocratie financière comme sa politique pour une période illimitée. Il cherche à créer un climat politique droitier afin de promouvoir une restructuration drastique des relations de classes.

Face à l'opposition sociale grandissante, le gouvernement cherche à imposer une réduction des dépenses de 100 milliards d'euros, comprenant des réductions massives des retraites au cours des trois prochaines années afin de satisfaire les banques et les marchés financiers. La situation économique de la classe ouvrière continue de se dégrader. La consommation décline. Le taux de chômage est de 10 pour cent, soit 2,7 millions de chômeurs. En 2009, l'économie française a détruit quelque 337 000 emplois dans le secteur privé, dont 168 000 emplois dans le secteur industriel.

Le vote récent des travailleurs de GM à Strasbourg acceptant une réduction de salaire de 10 pour cent pour garder leur usine ouverte n'est, du point de vue de la classe dirigeante, qu'un acompte pour les baisses de salaire qu'elle exigera encore des travailleurs. Aux Etats-Unis, le gouvernement Obama et les syndicats ont fait le nécessaire pour imposer des baisses de salaire de 50 pour cent aux travailleurs du secteur automobile.

Dans le même temps, le gouvernement Sarkozy défend ouvertement les intérêts de l'aristocratie financière. Le récent scandale Bettencourt a révélé que le parti de Sarkozy recevait des fonds de campagne illégaux de la famille millionnaire Bettencourt, et qu'en retour il leur accordait des baisses d'impôt gigantesques. Liliane Bettencourt s'est fait rembourser 100 millions d'euros en quatre ans au titre du « bouclier fiscal », une concession du gouvernement pour les hauts revenus. L'année dernière, les ultra-riches ont reçu 586 millions d'euros grâce au bouclier fiscal.

Le plongeon de l'économie française encourage la classe dirigeante à accélérer les baisses de salaire et les coupes sociales afin d'être compétitive au niveau international. En même temps, la classe dirigeante envisage de mener des guerres de grande envergure dans la poursuite de ses intérêts stratégiques, ce qui participe d'une coalition impérialiste attaquant non seulement l'Afghanistan mais potentiellement la Turquie, l'Egypte ou même la Chine. (voir aussi: France: les médias demandent que le pays se prépare pour une guerre mondiale)

Les travailleurs sont farouchement opposés à une telle politique. Un récent sondage a révélé que 70 pour cent de la population est contre la participation de la France à la guerre en Afghanistan.

Malgré le battage médiatique derrière la campagne sécuritaire de Sarkozy, un sondage CSA du 11 août a révélé que 69 pour cent de la population ne considéraient pas que la politique sécuritaire de Sarkozy était viable et 51 pour cent étaient contre la déchéance de la nationalité française des immigrés. D'un autre côté, 72 pour cent sont pour que les citoyens français d'origine immigrée soient traités comme des citoyens ordinaires et 73 pour cent considèrent que les inégalités sociales sont la cause des violences urbaines et de la délinquance.

Le fait que l'establishment politique français se tourne vers des mesures fascistes est l'expression de sa profonde faillite historique: cela devient de moins en moins possible de concilier la politique massivement impopulaire exigée par la bourgeoisie avec un régime démocratique. En conséquence, de nouvelles formes d'intimidations dignes d'un Etat policier sont promues dans le but de terroriser et de diviser la classe ouvrière.

Les bandits

E. J. Hobsbawm

Les bandits

http://www.editions-zones.fr/spip.php?page=lyberplayer&id_article=79

Cinco países da UE expulsaram romenos de etnia cigana

Movimento migratório dos cidadãos de etnia cigana está a pôr em causa as fragilidades da livre circulação de pessoas na União.

Nem só a França tem expulsado ciganos romenos do seu território. "Está a acontecer em diversos países da União Europeia, incluindo Itália, Alemanha, Dinamarca e Suécia", assegura Robert Kushen, director executivo do European Roma Rights Center, organização que se dedica a combater a discriminação desta minoria étnica em todo o continente. O movimento migratório dos roma tornou-se um "problema europeu".

Era um dos cenários mais temidos com a entrada da Roménia e da Bulgária na UE, em 2007: o êxodo dos nacionais de etnia cigana. Ontem, a França pediu à Comissão Europeia para obrigar a Roménia a estancá-lo.

O ministro francês da Imigração, Eric Besson, convidou quatro das outras grandes economias europeias (Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido) para uma reunião informal sobre imigração, em Paris, a 6 de Setembro. Também chamou a Bélgica, que preside agora à UE, a Grécia, país de trânsito de estrangeiros que tentam alcançar o espaço comunitário, e o Canadá, a braços com imigrantes de etnia cigana oriundos da Hungria e da República Checa.

"Espero que não se esqueçam que há livre circulação na UE", comenta Robert Kushen, ao telefone, desde Budapeste. "E que na base desta corrente migratória está a discriminação estrutural e a pobreza extrema que os roma suportam nos seus países."

O primeiro-ministro francês, François Fillon, escreveu ontem ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Pediu-lhe que tome medidas para garantir que os quatro mil milhões de euros de fundos da UE que vão a cada ano para a Roménia são usados para integrar os roma.

Vivian Reding, a vice-presidente da Comissão Europeia, já mandou um recado sob a forma de comunicado: "Acredito que os roma são uma parte importante da população da UE e é de primordial importância que estejam bem integrados." A também comissária da Justiça tem seguido a situação na França e o "debate inflamado" noutros países. Sabe que cabe a cada Estado-membro garantir a ordem pública, mas espera que o façam respeitando as regras da União.

A livre circulação não foi um ganho automático para a Roménia e para a Bulgária. Entraram com a hipótese de encarar algumas restrições, como a exigência de um contrato de trabalho, até ao final de 2013. E lidam com elas na Bélgica, na Alemanha, na Irlanda, na França, na Itália, no Luxemburgo, na Noruega, na Áustria, no Reino Unido e em Malta.

Para viver noutro país da UE mais de três meses, um cidadão tem de trabalhar ou de, pelo menos, ter meios de subsistência que não o convertam num fardo para a assistência social. Pode ser expulso se não satisfizer tal requisito ou se significar uma "genuína, presente e suficientemente séria ameaça [...] para a segurança pública"".

Robert Kushen teme que os roma não estejam a ser tratados como indivíduos, mas como uma massa homogénea que urge eliminar - isso violaria a directiva da livre circulação e a Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que proíbe as expulsões colectivas de estrangeiros.

Todo o processo lhe parece duvidoso: "O que é que tem de voluntário a polícia, como se faz na França, dizer: "É melhor ires embora agora, que te damos algum dinheiro. Se não fores, voltamos daqui a um mês com uma ordem de expulsão." Estamos a entrevistar pessoas que estão a regressar para saber como é que tudo aconteceu. Já temos alguém na Roménia e vamos ter alguém na Bulgária a fazer isso."

Vê uma nuvem xenófoba a atravessar a UE. A 12 de Julho manifestou preocupação com o que considera o discurso "anti-roma" oficial dinamarquês, do presidente da Câmara de Copenhaga, Frank Jensen, e do ministro da Justiça, Lars Barfoed. Jensen pedira ao Governo que tratasse de "livrar" a cidade dos "roma criminosos", culpando-os de roubo. E Lars Barfoed reagira, alegando que eram residentes ilegais. Na sequência destas declarações, 23 romenos foram detidos e deportados - "apesar da aparente ausência de investigação e condenação pelos tais roubos". A polémica estourou em Itália, com a morte da mulher de um oficial. A 30 de Outubro de 2007, Giovanna Reggiani foi atacada no regresso a casa, no Norte de Roma. Falou-se logo em rapto, tortura, violação, roubo, agressão - as perícias haveriam de descartar a tortura e a violação. A suspeita abateu-se sobre um cigano romeno que vivia numa barraca das redondezas. O presidente de Roma, Walter Veltroni, decretou uma emergência com a qual "nem a polícia nem as autoridades locais" podiam lidar. Milhares de ciganos tiveram de sair.

Já em Junho de 2009, homens armados com tijolos e garrafas forçaram mais de cem ciganos romenos a abandonar as suas casas, em Belfast, na Irlanda do Norte, e a refugiar-se numa igreja. O autarca Naomi Long condenou os ataques e pediu aos habitantes locais para apoiarem os seus vizinhos. Mas repetem-se pequenos episódios de xenofobia e este ano a imprensa britânica já publicou artigos a relacionar os romenos de etnia cigana com o aumento da criminalidade.

Haverá à volta de dez milhões de roma nos 27 países da União. Segundo o Conselho da Europa, a maior parte vive na Roménia (um a dois milhões), na Hungria (600 mil a 800 mil), na Bulgária (à volta de 750 mil) e na Eslováquia (entre 350 mil e 500 mil). Robert Kushen - como outros activistas - bate-se por uma estratégia europeia. "As expulsões não resolvem o problema. Enquanto as condições nos países de origem forem tão más, as pessoas vão continuar a sair, a procurar oportunidades fora. A UE tem de se envolver, tem de criar uma estratégia para promover a integração", argumenta.

A 7 de Abril, a Comissão Europeia adoptou uma comunicação sobre a integração económica e social - é o primeiro documento político que dali emana dedicado especificamente a esta minoria; esboça um programa que pretende tornar a integração mais efectiva.

http://publico.pt/Sociedade/cinco-paises-da-ue-estao-a-expulsar-ciganos_1452941?p=2

Portugal perdeu mais de 12 mil empresas em apenas dois anos

Raquel Almeida Correia

Conjuntura económica teve impacto significativo no tecido empresarial, aliada à simplificação dos processos de dissolução de sociedades.

Fragilizadas pela crise e incentivadas pela simplificação dos encerramentos, muitas sociedades deixaram de constar nos registos oficiais. Desde 2008 e até ao primeiro trimestre deste ano, foram dissolvidas mais de 78 mil. Contabilizando o número de negócios criados (65.690), conclui-se que o saldo líquido é negativo: nos últimos dois anos, Portugal perdeu 12.414 empresas. A grande maioria pertencia ao sector da comercialização e reparação de automóveis.

Em 2006 e 2007, a constituição de sociedades ultrapassou claramente a dissolução, mas, a partir do ano seguinte, passou a haver uma preponderância acentuada da extinção de empresas. Em 2008, houve praticamente 42 mil dissoluções, contra cerca de 30 mil novas sociedades. Esta tendência repetiu-se no ano passado, resultando numa perda líquida superior a quatro mil empresas.

Este cenário resulta da difícil conjuntura económica, que teve impacto sobre a tesouraria das empresas e colocou entraves no acesso ao crédito. Mas também há que ter em conta o facto de o Governo ter avançado com a simplificação da dissolução de sociedades, em 2008, o que terá impulsionado estes números.

João Mendes de Almeida, da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), explicou que "tem havido uma limpeza de sociedades que já não estão activas". Tanto é que, no final de 2009, o registo era constituído por cerca de 598 mil empresas, mas apenas 375 mil prestaram contas. E, destas, 15 mil não tinham capital social, o que significa que já estavam extintas ou em processo de extinção.

Recuperação por confirmar

Os dados mais recentes parecem revelar uma recuperação. No primeiro trimestre de 2010, houve mais sociedades criadas do que dissolvidas, o que resultou num ganho líquido de 3203 empresas. No entanto, a análise dos números permite concluir que os três primeiros meses do ano são sempre mais positivos do que o último trimestre. Por exemplo, entre Janeiro e Março de 2008, o saldo líquido foi positivo (mais 5432 sociedades). Porém, entre Outubro e Dezembro do mesmo ano, houve uma perda líquida substancial: saíram 22.831 empresas dos registos.

O sector mais afectado, em qualquer um dos anos, é o da comercialização e reparação automóvel. Entre 2008 e 2010, foram criadas mais de 16 mil empresas, mas desapareceram 28 mil. Jorge Neves da Silva, secretário-geral da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, explicou que este fenómeno se deve a vários factores. "É uma área que exige investimento em formação e maquinaria, as pessoas compram menos carros e estes necessitam menos de reparações, há menos acidentes e muita concorrência desleal", afirmou.

As sociedades que prestam serviços na área do ambiente (tratamento de água, gestão de resíduos, entre outros) tiveram comportamento contrário, registando um ganho líquido de 149 empresas.

http://economia.publico.pt/Noticia/portugal-perdeu-mais-de-12-mil-empresas-em-dois-anos_1452929

Soldados ocupantes substituídos por mercenários: A falsa retirada do Iraque

Os EUA confirmaram que o número de soldados presentes no Iraque é o menor desde o início da invasão do país, em 2003. O facto está a ser usado como manobra de propaganda com o objectivo de esconder a manutenção de uma força ocupante e a substituição de soldados por mercenários.

A declaração de Barack Obama, anunciando o fim da missão de combate naquele território e o início de «operações contraterroristas» levadas a cabo por uma «força de transição» até à retirada «das tropas norte-americanas em 2011», já havia feito as parangonas no início do mês de Agosto. Mas o que encheu com estrondo as manchetes dos meios de comunicação social dominante foi a confirmação de que os EUA mantinham no Iraque o menor número de soldados desde o início da guerra contra aquele país.

Efectivamente, com a retirada da quarta brigada para o Kuwait e a transferência de homens e meios de guerra daquele país do Médio Oriente para o também ocupado Afeganistão, o total de soldados de Washington ronda os 55 mil, podendo mesmo ser reduzido para 50 mil até ao próximo dia 31 de Agosto.

Mas quanto a factos correspondentes com a realidade, ficamo-nos por aqui. É que à boleia do abandono de uma parte do contingente – importa não esquecer que se manterão no Iraque 50 mil militares estrangeiros – o governo dos EUA aproveita para fazer crer que a força remanescente deixará de realizar operações de combate, passando apenas a prestar treino aos militares iraquianos, e que o prazo limite para o abandono definitivo é o ano de 2011.


Declarações ocultadas


Ora a verdade é que para funcionários de elevada responsabilidade, como o comandante militar David Patreus, os EUA não só não estão a sair do Iraque como conservam «uma enorme capacidade [operativa]», disse em entrevista à
CBS.

No mesmo sentido, a Inter Press Service apurou junto de fontes ligadas às altas esferas governamentais que os 50 mil soldados remanescentes não confinarão as suas missões a treinos ou a operações de defesa do pessoal e instalações norte-americanas.

Quem parece ter também ignorado as palavras do presidente foi o secretário de imprensa do general Patreus, Geoff Morrell, sublinhando «que eu saiba ninguém declarou o fim da guerra».

No mesmo sentido, para o vice-assistente do secretário da Defesa, Colin Khal, os EUA estão no Iraque «para ficar por muito tempo» e qualquer decisão está suspensa até «ver o que o governo iraquiano vai fazer».

A frase, aparentemente enigmática, tem vindo a ser desconstruída na imprensa norte-americana, a qual especula sobre a possibilidade do futuro governo do território preparar um novo pedido de permanência dos EUA no país assim que tomar posse.


Empresas de segurança duplicam


Acresce que a manutenção de dezenas de milhares de soldados no Iraque - nas palavras de quem manda por largo tempo e com as funções que agora cumprem - é acompanhada pela substituição dos soldados retirados por milhares de mercenários ao serviço de empresas de segurança.

A decisão de substituir a força militar para uma outra «civil» foi tomada numa reunião de altos responsáveis militares norte-americanos, ocorrida a 19 de Julho deste ano, embora tal só tenha sido claramente admitido a partir de 16 de agosto.

O plano é dar ao Departamento de Estado um papel mais efectivo na coordenação das operações e mantê-lo ligado às empresas de segurança privadas. Estas dotar-se-ão de helicópteros, carros de combate e capacidade para operar radares, de forma a poderem pedir ataques aéreos e pilotarem aeronaves não tripuladas, informou o New York Times.

A duplicação do número de empresas contratadas no Iraque não é uma hipótese. O porta-voz do departamento de Estado, P.J. Crowley, admitiu que o total de empresas contratadas no Iraque pode ascender a sete mil, admitindo, igualmente, que os EUA «têm planos muito específicos para assegurar a segurança quando os militares partirem».

Actualmente estão no Iraque 112 mil mercenários ao serviço de diversas companhias, aos quais se juntam mais de 11500 indivíduos inscritos como seguranças privados e pelo menos 1200 a título de conselheiros de segurança, adiantou, por seu lado o Guardian.

O novo papel da CIA

De acordo com o New York Times, a agência de serviços secretos norte-americana está a assumir cada vez mais um carácter paramilitar, aprofundando, a partir da entrada em funções de Barack Obama, a realização de ataques com aviões não-tripulados e a eliminação de suspeitos de terrorismo.

O assessor do presidente dos EUA, Jonh Brennan, qualifica as novas directrizes como uma substituição da política do martelo pela do bisturi.

Para além disso, a ligação a empresas de serviços de segurança também se incrementou, sobretudo no Paquistão e no Norte de África com a concretização de operações encobertas de detenção e assassinato de alegados grupos extremistas.

http://www.avante.pt/pt/1917/internacional/110224/

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