À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

30/07/2010

Leoni enviou esta sexta-feira mais 301 trabalhadores para o desemprego

Trezentos e um trabalhadores da fábrica de Viana do Castelo da multinacional alemã Leoni foram para o desemprego esta sexta-feira, naquele que foi mais um passo para o encerramento definitivo da unidade, no final do ano.

Pedro Castro, responsável pela comunicação da Leoni Viana, disse à Lusa que na empresa vão ainda continuar 81 trabalhadores, que irão saindo aos poucos: em 31 de Agosto sai um, em 30 de Setembro saem dois, em 31 de Outubro saem 67.

Os restantes 11, todos administrativos, sairão a 31 de Dezembro, dia em que aquela fábrica, que chegou a empregar 2600 trabalhadores, fecha definitivamente as suas portas. Em Março, já tinham saído 210 trabalhadores.

A Leoni dedica-se ao fabrico de cablagens para o sector automóvel, tendo iniciado a sua actividade em Viana do Castelo em 1991, com a criação da Cablinal Portuguesa.

Segundo Pedro Castro, os trabalhadores despedidos vão receber, de indemnização, dois salários por cada ano de trabalho. «A antiguidade média nesta fábrica é de 13 anos, o que significa que a maioria dos trabalhadores levará 26 salários», sublinhou.

Pedro Castro disse ainda que a multinacional colocou à disposição dos trabalhadores uma empresa de “outplacement”, para os ajudar a encontrar uma nova alternativa de trabalho ou para os orientar no processo de criação do seu próprio emprego.

A empresa também ofereceu aos trabalhadores interessados um curso de reconversão profissional.

A administração da Leoni Viana justificou o encerramento da unidade com a crise internacional, que levou à diminuição de encomendas e à consequente "queda a pique" da facturação.

Em 2003, a fábrica facturou 57 milhões de euros, passando para 39 milhões em 2005, e descendo para 31 em 2007 e 21,5 milhões em 2009.

O Grupo Leoni tem uma unidade em Guimarães, que emprega mais de 200 trabalhadores mas que, segundo Pedro Castro, vai continuar a laborar, já que se dedica a «outro ramo completamente diferente de produto».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1630727

Trabalhadores da administração local vão fazer greve

Os funcionários da administração local vão fazer uma greve nacional a 20 de Setembro para travar "a ofensiva do Governo" contra a autonomia do poder local.

A decisão foi tomada hoje, sexta-feira, num Plenário Nacional realizado em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

"Os trabalhadores da administração local vão fazer uma greve nacional no dia 20 de Setembro, para protestar contra os ataques do Governo à autonomia do poder local e defender os direitos dos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Francisco Brás, à Agência Lusa.

"Exigimos que o Governo pare com as suas atitudes prepotentes e ilegais, bem como os ataques que está a fazer ao poder local", salientou.

O dirigente do STAL, afecto à CGTP, explicou que os trabalhadores estão, esta tarde, a entregar as resoluções nas secretarias de Estado da Administração Local e da Administração Pública, em Lisboa.

O STAL decidiu também fazer uma vigília de protesto entre 23 e 27 de Setembro. Além disso, o STAL vai realizar, a 29 de Setembro, concentrações de trabalhadores da administração local que "convergirão em acção conjunta com os outros sectores da CGTP" nas jornadas de luta da Confederação Europeia de Sindicatos.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1630700

OS ACTOS NÃO CORRESPONDEM ÀS AFIRMAÇÕES

O Governo tem vindo a afirmar que defende o Estado Social, mas, na prática, com as medidas que toma, vulnerabiliza as políticas públicas de educação, saúde e segurança social, que dificultam e empobrecem a vida dos trabalhadores e das suas famílias.

E é tanto mais contraditório quando ataca as políticas neoliberais propostas pelo PSD, mas une-se a ele para executar a sua governação.

Prova dessa incoerência é a entrada em vigor, no dia 1 de Agosto, das novas regras para atribuição de prestações e apoios sociais concedidos pelo Estado.

A nova capitação do rendimento do agregado familiar avançada no D.L. n.º 70/2010, provoca um aumento artificial do nível de rendimentos das famílias, o que significa que um maior número de famílias deixará de ter acesso a prestações e apoios sociais, como muitas delas verão substancialmente reduzido o valor dessas prestações e apoios.

O Governo, quando avança com estas medidas, para mascarar os seus objectivos, pretende dar a ideia de que há pessoas ricas a receber estes apoios indevidamente, e que é preciso fazer justiça social.

As medidas tomadas têm uma visão claramente assistencialista porque põem de fora do sistema de segurança social trabalhadores e pessoas com rendimentos médios baixos, reduzindo-lhes ou retirando-lhes os apoios e prestações sociais.

No caso do acesso ao subsídio social de desemprego, com a legislação anterior, uma família com 4 elementos (dois adultos e dois menores), sendo um dos adultos empregado e com um rendimento até 1340 euros, permitia que o adulto desempregado tivesse acesso ao subsídio social de desemprego (419,22€).

Com a nova capitação, esta mesma família deixará de ter direito a este subsídio. Só teria se o seu rendimento fosse inferior a 905 euros.

Por outro lado, o conceito de agregado familiar é alargado, o que é totalmente descabido visto que, dada a situação social existente, há filhos casados e com agregado familiar a viverem em casa dos pais mas com uma economia familiar completamente autónoma, nomeadamente para efeitos fiscais. Mas, amanhã quando o agregado mais jovem requerer o abono de família para os seus filhos, os rendimentos dos avós vão ter que ser contabilizados.

Por outro lado, se o Governo é tão rigoroso nas receitas das famílias, não quer saber do seu nível de despesas e da sua situação social.

A CGTP-IN, sempre defendeu rigor na atribuição das prestações sociais e na sua fiscalização, mas as medidas tomadas têm um objectivo claro que é o de reduzir as despesas sociais, atingindo em geral os trabalhadores e pessoas que vivem exclusivamente dos rendimentos do trabalho, e depois escudam-se nos que têm bens imobiliários no valor de 100 mil euros.

Outra medida incompreensível é a que o Governo tomou em relação ao abono de família, dado que não se tratava de nenhuma medida excepcional.

À “boleia” das medidas anti-crise, que revogou ou não renovou, pôs termo à atribuição do abono de família adicional para apoio nas despesas escolares, mantendo apenas para os beneficiários do 1.º escalão.

Para quem diz defender o Estado Social e não desconhece quais são os encargos que os pais têm em Setembro com o regresso dos filhos à escola, é por demais incompreensível alterar esta prestação social, que foi tão criticada pelo PS, na oposição, tendo vindo depois a alterá-la, alargando esta atribuição adicional do abono a todos os escalões. Mas agora repõe a legislação anterior de Bagão Félix.

Feitas as contas quais são os beneficiários que têm acesso ao abono de família adicional:

Rendimento Familiar anual

N.º de Filhos

6.650€ (475€ x 14 meses)

1

Não tem direito

2

Tem direito

13.300€ (2 x 475€ x 14 meses)

3

Não tem direito

4

Tem direito

Ou seja, só um agregado familiar, cujo rendimento seja um Salário Mínimo Nacional e com 2 filhos com condições de acesso ao abono de família, tem direito a este mês adicional, mas se ambos os pais das crianças auferirem, cada um, o Salário Mínimo Nacional, mensalmente, só se tiverem 4 filhos é que têm acesso.

Quem defende um Estado Social, não pode tomar medidas desta natureza, para diminuir o deficit e permitir que a Banca tenha benefícios fiscais na ordem das centenas de milhões de euros, quando tem lucros escandalosos.

Defender o Estado Social exige diminuir as desigualdades, redistribuir a riqueza para uma maior coesão social.

Para que os actos correspondam às afirmações, são necessárias outras políticas que reforcem as funções sociais do Estado.

CGTP-IN - 30.07.2010

http://cgtp.pt//index.php?option=com_content&task=view&id=1750&Itemid=1

Plus de 500 millions d’habitants en Europe ! Mais, c’est l’immigration qui favorise le dynamisme démographique.

La population de l’Europe des 27 a dépassé les 500 millions. Si la croissance démographique de l’Union européenne reste positive, c’est essentiellement grâce à l’excédent migratoire

L’Europe des 27 a dépassé le chiffre symbolique des 500 millions d’habitants. Au 1er janvier 2010, la population de l’Union européenne a atteint 501,1 millions de personnes, soit 1,4 million d’habitants de plus en un an, selon les chiffres publiés par l’office statistique de l’Union européenne Eurostat. C’est une progression de 2,7‰ par rapport au 1er janvier 2009, date à laquelle les Européens étaient 499,7 millions.

Les pays qui contribuent le plus à cette évolution sont le Luxembourg, avec une augmentation de sa population de 17,2 ‰, la Suède (+ 9,1 ‰) la Slovénie (+ 7,2 ‰) et la Belgique (+ 7,1 ‰). En volume, c’est au Royaume-Uni (+ 412 000 habitants), en France (+ 347 000) et en Italie (+ 295 000) que l’augmentation est la plus forte.

La hausse globale s’explique principalement par un solde migratoire positif dans l’Union européenne : le nombre de personnes qui y entrent est supérieur au nombre de personnes qui en sortent. Ce facteur contribue à plus de 60 % de la progression de la population tandis que l’accroissement naturel, qui correspond à la différence entre le nombre de naissances et le nombre de décès, légèrement positif en Europe, y contribue à environ 40 %.

L’Irlande, championne de l’accroissement naturel

Les champions de l’accroissement naturel sont l’Irlande (10,2‰), loin devant Chypre (5,5‰) et la France (4,3‰). À l’inverse, le solde naturel est négatif dans 10 des 27 pays européens concernés par l’étude. « L’excédent naturel en Europe s’est progressivement réduit depuis cinquante ans, pour arriver à un niveau très modeste », analyse Gilles Pison, directeur de recherche à l’Institut national des études démographiques (Ined).

Avec en moyenne 1,6 enfant par femme, les pays européens enregistrent un taux de fécondité particulièrement faible. Cette situation s’explique par des facteurs culturels, mais aussi sociétaux. Une étude publiée en juin dernier par la Caisse d’allocations familiales française, qui s’intéresse à l’influence des politiques d’aide aux familles sur la fécondité des pays développés, estime qu’aider les femmes à concilier leur vie familiale et leur vie professionnelle incite davantage à avoir des enfants que les aides financières « sèches ». L’« ancrage historique » et la « grande stabilité » de la politique familiale française expliquent ainsi, selon l’étude, que le pays est l’un des plus féconds du Vieux Continent.

À l’échelle de l’Europe, « le nombre annuel de décès va dépasser celui des naissances dans les dix ans qui viennent. La population ne pourra se maintenir que si le solde migratoire est suffisant », avertissent les experts. Un pic démographique prévu en 2050

Cette situation ne lui est pas spécifique. Selon le scénario démographique de l’Organisation des Nations unies (ONU), alors qu’un « pic » démographique mondial sera atteint vers 2050 avec 9,15 milliards d’habitants, la baisse de la population dans les pays développés atteindra un bon quart de la population actuelle. « L’excédent des décès sur les naissances va se creuser d’ici à 2050 », confirme-t-on. D’où le rôle majeur de l’immigration dans le maintien des populations des pays développés.Les États-Unis ou le Canada, également touchés par le vieillissement, voient leur population continuer à augmenter grâce à un flux d’immigration important. Leur exemple devrait inciter l’Union européenne à afficher plus clairement ses souhaits en matière d’immigration et comme eux à les assumer. (cf. autre article dans Nea Say sur le « Principe d’Einstein ».

En ce qui concerne les naturalisations, celles-ci sont en baisse.

Ce sont les français qui naturalisent le plus et ce sont les marocains qui sont le plus naturalisés.

64 000 Marocains naturalisés en 2008 : Personne ne s’européanise plus Les Marocains et le Turcs sont les premières minorités en Europe, mais aussi celles dont le plus de personnes obtiennent des naturalisations des pays membre de l’Union Européenne.L’Equateur est en troisième position, presque tous naturalisés par l’Espagne. Et la France est le pays qui naturalise le plus d’étrangers, c’est ce qui ressort de statistiques présentées également le 6 juillet par le service Eurostat : il a rendu public un rapport (en anglais, résumé en français) sur le nombre et l’évolution des naturalisations des étrangers dans les Etats membres de l’UE pour l’année 2008. Selon les données officielles, 695 875 personnes ont obtenu la nationalité d’un pays membre de l’UE. Ce nombre, en légère baisse depuis l’année précédente (-2 %) confirme la tendance entamée en 2007, qui avait vu le nombre de naturalisations baisser de 4% par rapport à l’année précédente.

Une tendance dont les principaux moteurs sont le Royaume-Uni et l’Allemagne, qui ont diminué l’octroi de nationalités à hauteur de -21% et -16% respectivement. L’Italie (+18%), l’Espagne (+17%) et la France (+4%) n’ont pas inversée la donne. Mais l’évolution positive dans ces pays, surtout en Italie et en France, montre que même s’il y a, au niveau national, un climat hostile à l’immigration, les statistiques ne suivent pas forcément les débats politiques. Ainsi, la France est le pays européen où le plus d’étrangers on été naturalisés en 2008 : 137 000, contre 129 000 au Royaume-Uni et 94 000 en Allemagne.

Les Marocains en tête des naturalisations. Les nouveaux citoyens européens proviennent à 29% d’Afrique, à 22% de pays européens en dehors de l’union des 27, à 19% d’Asie et 17% d’Amérique du nord et du sud. 8% seulement des personnes naturalisés étaient des citoyens de l’UE ayant acquis la nationalité d’un autre état membre. 63 823 Marocains ont obtenu le passeport d’un Etat membre de l’UE, représentant 9,2% de toutes les naturalisations. Comme les années précédentes, le Maroc arrive ainsi en tête des pays d’origine des nouveaux nationaux, suivi de la Turquie (49 546 soit 7,2%) et de l’Equateur (27 322 soit 3,2%). Comme l’indique le rapport, 45% des Marocains naturalisés ont obtenu la nationalité française. Ainsi, si l’Espagne et l’Italie disputent actuellement à la France le rang de première destination des émigrations marocaines, sur le plan des naturalisations, l’hexagone reste clairement en tête des statistiques.

Reste à noter que si en termes absolus, la France est bien le pays le plus ouvert sur le plan de naturalisations (le rapport ne parle pas de l’obtention de permis de séjours), des statistiques ont aussi été recueillies quant au nombre d’étrangers naturalisés par habitant du pays. Sur ce plan, la Suède arrive en tête, avec 3,3 naturalisations sur 1000 habitants, suivi du Luxembourg (2,5 sur 1000). La France arrive troisième au même titre que le Royaume-Uni et le Portugal, avec 2,1 naturalisations sur 1000 citoyens. Dernier indicateur : le nombre de naturalisation par rapport au nombre d’étrangers résidant dans chaque pays. La Suède arrive également en tête du tableau, avec 54 naturalisations sur 1000 étrangers résidant dans le pays, suivi de la Pologne (48) et de la Finlande (47).

Même si cette mesure peut indiquer une tendance sur l’attitude des différents pays envers la naturalisation des étrangers, celle-ci ne peut cependant être que très approximative. Pour affiner l’analyse, il serait utile d’avoir le nombre de naturalisations par rapport au nombre de demandes déposées, et des statistiques, le cas échéant, sur les motivations des refus. Une autre image se profilerait éventuellement pour un pays tel que la France, où le droit de la nationalité reste relativement ouvert, mais où l’application du droit peut varier.

Les chiffres de EUROSTAT

-. La population totale http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/table.do?tab=table&plugin=1&language=fr&pcode=tps00001

-. Evolution de la population entre 2009 et 2010 par pays http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/graph.do?tab=graph&plugin=1&language=fr&pcode=tps00001&toolbox=type

-. Acquisitions de la nationalité http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/3-06072010-AP/FR/3-06072010-AP-FR.PDF

http://eulogos.blogactiv.eu/2010/07/29/plus-de-500-millions-d%E2%80%99habitants-en-europe-mais-c%E2%80%99est-l%E2%80%99immigration-qui-favorise-le-dynamisme-demographique-le-nombre-des-naturalisations-important-marque-le-pas/

2020: Public service reform ... but not as we know it!

Hilary Wainwright

Over the last two centuries corporate lawyers and investment bankers have been central to the undemocratic consolidation of private corporate power.

'Anyone who thinks the spending review is just about saving money is missing the point,' said a Treasury official as David Cameron announced the government's first round of cuts in public spending. 'This is a once-in-a-generation opportunity to transform the way that government works.' [i] The need to transform the public sector is not in question. What is contested however is the character of the transformation.

Ever since Mrs Thatcher, the political orthodoxy shared by New Labour and the Conservatives, has meant for transformation read 'marketisation.' Marketisation can take many forms but the driving assumption is that the market, and specifically the capitalist market, is the only way to make public services 'efficient' - another contested concept.

Another concept of efficiency

This essay is about making public services socially efficient, the emphasis on social efficiency does not mean taking public money for granted; rather it means allocating taxpayers' money with the goal of maximising public benefit, as distinct from maximising profit. The appropriate means of improving the ability of public services to meet this social goal is not the market but rather the deepening of democracy beyond the periodic election of politicians formally to 'run' the public sector. There is much to be done to strengthen the link between the citizen and the elected politician. But the specific importance of democracy-driven change as distinct from market driven change is to introduce democracy, i.e. the real-life public, at every level of public administration.

The participation of citizens in public decision making is a familiar idea, though more as a promise than a reality. What is less explored is work place democracy, genuine collaboration – co-labouring – between staff and management to turn the capacities and commitment of public servants – who are also themselves citizens and neighbours - into a force for improving the common good.

There's no doubt that if the Tories were to have their way, public services by 2020, especially local government, would be fulfilling Nicholas Ridley's dream of public bodies meeting simply to agree broad policies and allocate contracts. This is being announced as all part of the 'big society', but in reality it will mean that services would be delivered by private companies and national charities, with the occasional gesture towards a local voluntary group[ii]. The public sector debt is being used as the occasion for finally dismantling the public provision of public services – what the Tories like to call euphemistically 'the small state'- and crushing public sector unions in the process.

Beyond small state versus large

The Tory mantra of 'small state' implies that the alternative is a 'big state'. The background narrative to this and to the consequence which is, as the Daily Telegraph put it, 'These (private ) companies (Servo, Capita etc) are gradually assuming the day to day running of Britain[iii]' goes back to the response to 1970's 'stagflation' and what seemed to be the breakdown of the Keynesian model. Mainstream political debate, or rather media presentation of it, presented the alternatives as either state socialism or the unregulated market. The admitted failings of the public bureaucracies got wrapped in the narrative of the collapse of the command economies and no distinct vision of democracy- driven reform of public services was pressed within mainstream politics[iv].

It is now, sometimes in response to privatisation, that we are beginning to see alternatives emerging. They hold out a different vision for 2020.

Workplace democracy – an experience from which to generalise

I will focus simply on one dimension of these alternatives: democracy in the day to day management of public services and in particular the potential for public service unions, working with management, politicians and citizens successfully to lead public service reform. I will draw out the wider lessons of an exemplary case of a trade union instigated but management and politician supported, of publicly led public service reform. It began with a case of a hopelessly out of date and grossly over expensive IT system at Newcastle council. Other council departments depended on the quality of these strategic services. The end result of a hard-fought struggle against the privatisation led by the city council branch of Unison, was staff and management partnership in a five-year programme of modernisation of the council’s IT and related services. The transformation brought significant improvements and savings. The savings were allocated to care for the elderly. It also made the council's services qualitatively more accessible and responsive to the public, and at the same time it avoided compulsory redundancies, and involved the investment in high levels of staff training and development.[v]

If we generalised from this experience how would public services be managed in 2020?

Democracy led services 2020

First, the encouragement of and support for staff would be systematic in the way the service was managed. This would enable constant improvements and create the ability at all levels constantly to learn from mistakes and from feedback from citizens and elected politicians.

This focus would have several dimensions: first traditional hierarchies would be eliminated, also some supervisory layers, in order to push initiative back to the frontline where it could be especially effective. Second, there would be an approach to leadership which emphasised support rather than control. 'You don't become unbureaucratic, bureaucratically,' says the director of the transformed Newcastle's IT services (called City Service). If this seems common sense, all too often, managers or consultants – in both the private and public sectors – draw up 'transformation plans' without much thought on involving, galvanising and supporting the people who will deliver the changes. Belief in the capacities and ingenuity of staff would underpin a collaborative, problem-solving approach.

Shared vision and an active public service ethic

A precondition for this decentralised system of management in which staff at the frontline has considerable autonomy and responsibility will be a shared and constantly renewed commitment to maximising public benefit and opening the administrative process to citizens’ feedback and direct involvement. Such a shared reference would help avoid drift.

It would also bring to the fore a public service ethic that normally lies dormant. The ethics of public service can be a lot more dynamic than the familiar formal, and often inanimate, features of public sector culture.

A strong union voice

There is now widespread talk of ‘empowerment’ with regard to public service workers but mention of 'trade unions' is taboo. But by 2020, democracy-led reform would mean recognition of the necessity of a well organised and democratic trade union for realising the creative involvement of public servants at every level.

Trade unions with an active membership and a strategic commitment to public service reform would be indispensable. The unions would place a high priority on communications, education, membership involvement and the development of a new generation of leaders. Negotiated time off for training for union members and staff would be essential, through extensive ‘workplace learning’ schemes and the like.

The important point here is that where a union organises and represents its members so that they feel secure, and in some sense protected, staff are willing to take risks and contribute to changes that may transform their working lives. This means that if agreements such as those concerning employment conditions are broken the union will escalate an issue to a point of conflict.

Autonomous driver of change

There would be some kind of institutional means, a special team for example, with autonomy from day-to-day business, for maintaining an overview of the service and clearing time for reflection and problem-solving. This would keep the vision in focus and alive. The flexibility and collaborative internal relationships possible in such an internal team would be something an outside contractor could never supply.

Transparency, contestability

My vision of public services in 2020 would include proportional representation in local government across the UK and also at Westminster. No longer could political parties so easily take voters for granted. I would also imagine stronger powers of scrutiny more generally. One weakness of change driven by threat, change in an atmosphere of tension, is that people are scared of asking questions and sharing knowledge. By contrast the democracy led public services of 2020 will build into their very being processes of contestation, including self-contestation.

The process will be helped considerably by a collaborative ethos made possible because staff feel relatively secure. This insistent questioning will produce an unusual degree of transparency. This will in turn contribute to the democratic follow through and the genuine accountability of public officials to elected councillors and the

public. To complete the circuit back again to the people, there would in 2020 be proportional representation in local government across the UK and also at Westminster. No longer could political parties so easily take voters for granted. Powers of scrutiny of executives locally and nationally would be radically strengthened.

This model puts the elected public body in the lead, but embedded in a daily democracy which is now the exception rather than the rule. But in many services the social and co-operative economy, voluntary sector and community and user organisations would play an important role as sources of innovation and collaboration within this public led framework. There would also be a pragmatic relationship with the private sector for specific tasks that could not be performed through the public or voluntary/social sector. Here the aim would be to take the most useful and efficient tools of business practice developed in the private sector and adapt them for social goals and democratic accountability.

A foundation stone: the social character of knowledge

There is a fundamental benefit to this democracy-led model, contrasting with the fundamental flaw in the marketisation model. It lies in a false understanding of knowledge: the justification of the market as the universally more efficient means of allocating resources assumes that tacit, practical knowledge – as distinct from the knowledge summed up and codified in scientific laws – is exclusively individual. Hence the conclusion of pro-market ideologues that the creativity that lies in this experiential dimension of knowledge can only be harnessed through the private market. Our 2020 model of workplace democracy shows in practice as well as in theory the possibility of socialising and sharing practical knowledge. The key is developing co-operative, participative forms of organisation which gather and systematise this knowledge for the benefit of all. The result of many minds working together for the provision of common goods is a lot more socially efficient than the competitive – and increasingly oligopolistic – profit-maximising drive of the capitalist market[vi]. And practice proves it.

This is essay is taken from 20 for 20, a collection of essays looking at the future challenges and opportunities for the public and not for profit sectors over the next decade. The book features a range of voices including Geoff Mulgan, Andrew Hind, Frances O’Grady, Julian Baggini and John Holden. 20 for 20 will be published this summer.

[i] Financial Times Monday June 7th 2010

[ii] http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/apr/14/david-cameron-big-so...

[iii] Daily Telegraph May 1 2010

[iv] The Greater London Council comes nearest to an exception but it's abolition as ' a modern socialism' as Norman Tebbit put it, proves the rule

[v] For the full story see Hilary Wainwright with Mat Little 'Public Service Reform but not as we know it' Picnic publishing with UNISON and Compass 2008

[vi] This argument is fully explored in Hilary Wainwright 'Reclaim the State, Experiments in Popular Democracy. Seagull 2009 (expanded, updated paperback)

http://www.tni.org/article/2020-public-service-reform-not-we-know-it

Profundización de la Europa del capital

Ramón Fernández Durán

Europa está perdiendo la imagen de ‘policía bueno’ de la globalización en la medida en que debe garantizar política y militarmente la imposición de sus intereses.

Desde los setenta, EE UU impulsa un capitalismo globalizado, basado en los mercados financieros y en la redefinición del papel del Estado, de la relación capital-trabajo y de las relaciones Norte-Sur: el neoliberalismo. La Comunidad Económica Europea (CEE), paralizada tras las crisis del petróleo, se ve obligada a reaccionar. Sus grandes transnacionales, apoyadas por las elites financieras, reclaman iniciar el giro neoliberal e impulsar un mercado y una moneda únicos. La Comisión toma nota y promueve esa vuelta en el “proyecto europeo”, extendiendo las competencias de Bruselas. El Consejo aprueba en 1985 el Acta Única, que instituye un Mercado Único (MU). El proyecto se profundiza con Maastricht (1991-93), cuando se ratifica la Unión Económica y Monetaria (UEM).

Mientras tanto, la CEE sigue ampliándose hacia el Sur y sus competencias pasan a desbordar lo puramente económico. Todo esto, ayudado por la caída del crudo, relanza el crecimiento pero genera progresivas desigualdades sociales y territoriales y promueve un modelo más injusto e insostenible. En 1993 la UE inicia una extensión hacia el Este, pero la apuesta es arriesgada: las diferencias de renta, la dificultad del tránsito de las economías planificadas, la debilidad de sus estructuras estatales y sus fuertes vínculos con EE UU la hacen de difícil digestión para una UE que también necesitaba profundizar en sí misma. Obligada por las circunstancias, la Unión acomete ambos procesos a la vez y, para ello, cambia las reglas de igualdad formal de los Estados.

En paralelo, desde finales de los noventa, EE UU propone la ampliación al Este de la OTAN, que refuerza su ámbito de proyección y las causas de posible intervención internacional. Los países del Este ingresan en la OTAN antes que en la UE, lo que dificulta su ya difícil consolidación político- militar, especialmente después del 11-S. Es en este contexto que se inicia la elaboración de la Constitución Europea, cuya aprobación se vuelve aún más perentoria de cara al novísimo escenario global. Las tensiones internas, y especialmente los frenos que establecen Gran Bretaña, con la Italia de Berlusconi y la España de Aznar, y la situación en los países del Este, hacen que en la Constitución se alumbre una futura configuración muy compleja, sin una estructura de mando clara, comprometiendo su construcción político- militar. Fue un acuerdo de mínimos que blindaba y profundizaba la unión neoliberal existente y que suponía un paso importante, pero limitado, para construir la “Europa” que necesitaba el capital en esta etapa. El que la Unión Europea estuviese en expansión, sin unas futuras fronteras delimitadas, dificultaba definir un “adentro” y un “afuera” para intentar construir el “nosotros” sobre el que basar su proyecto excluyente.

Hasta los ochenta, la (débil) “construcción europea” gozó de una relativa buena imagen. Sin embargo, desde entonces se incrementa el “euroescepticismo”, que se ve reforzado por la incorporación de nuevos Estados. También se asiste a una mayor movilización contra las instituciones comunitarias, que se fortalece en paralelo al “movimiento antiglobalización”. La imagen de “policía bueno” de la globalización seguramente se empiece a empañar en los próximos años, conforme se haga necesario garantizar política y militarmente la imposición de sus intereses.

Una Europa sin alma

El proyecto definido por la Constitución fue rechazado en 2005 por Francia y Holanda en sendos referendos. El marco político para su aprobación se volvió adverso. En estas circunstancias parecía difícil concebir que fuera ratificado por los 27 miembros. Sin embargo, con la presidencia alemana, los principales poderes de la UE trataron de llegar a un acuerdo que pusiera fin a la pesadilla. Intentaban cambiar algo para que todo siguiera igual, o casi. Finalmente, con la ayuda de Sarkozy, recién elegido, apoyado por Zapatero y Prodi, se consiguió acordar el proyecto del Tratado al final de la presidencia alemana, en junio de 2007.

La elaboración del Tratado de Reforma fue aún más antidemocrática. Su redacción resultó de una Conferencia Intergubernamental presidida por el secretismo, sin participación de los parlamentos europeo y nacionales, además de sin negociación con los “agentes sociales”. La nueva Europa es una “Unión de Estados” que “suprimía” a ciudadanos y ciudadanas, que ni siquiera se mencionan en el preámbulo.

El “proyecto constitucional” sufrió otras modificaciones para ser aceptado por todos, especialmente por Gran Bretaña y Polonia. Sigue abriendo la puerta a la privatización de la sanidad, la educación, el agua y las pensiones, mientras la política social y la fiscalidad continúan sometidas al veto, haciendo imposible una estrategia común. Por otro lado, se suprimen los símbolos europeos: la bandera, el himno y el término “Ley Europea”, para no generar el rechazo de los “euroescépticos”. El gasto público social queda limitado por el Pacto de Estabilidad y se preconiza que los Estados deben alcanzar el superávit pero, eso sí, se anima a gastar más en defensa.

El Tratado mantiene la propuesta de la Constitución de crear una presidencia estable, lo que acaba con las presidencias rotatorias y concentra aún más el poder. La Unión pasaría a tener estatus jurídico internacional, pero aún carecería de una entidad política unificada y, sobre todo, de una estructura militar autónoma de EE UU. La UE tiene que lidiar con un capitalismo multipolar, de Estados grandes y potentes, y es por eso también por lo que los principales actores europeos promueven la creación de un gran mercado transatlántico entre la UE y EE UU, con el fin de poder competir en mejores condiciones.

Pero esta Europa también tiene contradicciones con EE UU. Por ello lanza en paralelo su propia estrategia para ampliar sus mercados (y acceso a recursos) al margen de la OMC, a través de acuerdos de libre comercio con América Latina, África y Asia. Además de tener que competir con otros actores globales por unos recursos naturales crecientemente escasos, se verá obligada a competir con EE UU por unos recursos energéticos próximos a alcanzar su pico mundial. De hecho, en el nuevo Tratado la energía es un área que se comunitariza por su importancia estratégica.

Más desigual y contestada

El Tratado configura no sólo una Europa sin alma, sino una estructura con distintos núcleos y periferias, que contendrá al menos tres Europas. Una, el Eurogrupo, los países que han adoptado el euro, que serán probablemente los que intentarán ir más allá en sus políticas de integración (“cooperaciones reforzadas”). Fuera de ella habrá un grupo de países ricos al margen del euro: Gran Bretaña, Dinamarca y Suecia. El resto de los países son fundamentalmente los del Este, que lo más probable es que tarden en integrarse en la moneda única, pues manifiestan severos desequilibrios económicos como consecuencia de su incorporación.

Pero la futura Europa tendrá también otras periferias, con el fin de ampliar sus mercados y garantizar su seguridad. Una, en su flanco del Sur, la Unión por el Mediterráneo. Otra, el Este de la Unión, cuya gestión más directa correspondería a Alemania. Es la nueva división de papeles: el Mediterráneo para París, y la Europa del Este no comunitaria para Berlín. Y ambos (junto con los países continentales) están a favor de un férreo control de la inmigración.

La UE se está convirtiendo en un Leviatán y Gran Hermano incontrolable. Los derechos y las libertades están seriamente comprometidos. El Tratado permite a la Unión intervenir en un país miembro en caso de ataque terrorista, catástrofe natural o humana. Todo ello se intenta encubrir con una Carta de Derechos Fundamentales, de consecuencias jurídicas dudosas, que no recoge de forma vinculante los derechos sociales y que, además, quedó fuera del Tratado. Pero las sociedades civiles europeas, organizaciones sindicales, políticas y diversos movimientos sociales están contestando progresivamente este proyecto. El rechazo es tan amplio que la Unión ni ha tenido la vergüenza de venderlo.

También se está desarrollando una creciente oposición en América Latina y en África en respuesta a las políticas de “libre comercio”. Y es más, se están empezando a articular las resistencias a este proyecto en el interior y en el exterior de la Unión (el proceso “Enlazando Alternativas” es un buen ejemplo). Todo ello complicará la cristalización de esta nueva Europa, provocando que los poderes europeos se vean obligados a construirla de forma autoritaria. Es preciso oponerse a este proyecto de poder, empezar a deconstruir esta Europa y desmontar el “choque de civilizaciones” para poder caminar hacia otras Europas y mundos. Todo es posible. El futuro está abierto.

http://www.tni.org/es/article/profundizaci%C3%B3n-de-la-europa-del-capital

'Save Us From These Bankers, Fast'

David Cronin

Besieged by bankers opposed to regulation of their sector, members of the European Parliament (MEPs) have taken an unusual step

A cross-party alliance has called for an international campaigning organisation to concentrate on remedying the flaws of the financial services industry with the same tenacity that Amnesty International focuses on victims of torture and Greenpeace on toxic chemicals and whales.

The call -- signed by 70 of the Parliament's 736 elected members -- was prompted by concerns over how the financial lobby had marshalled its ample resources over the past few years in a bid to dilute legislation drafted in response to the global economic crisis. According to the MEPs, the pressure they have been placed under by the financial industry is so intense that it represents a threat to democracy, especially as public interest groups have generally lacked the means or the expertise to mount a robust counter- offensive to the banks' efforts.

The pressure from the financial industry is unlikely to be eased in the coming months as the European Union's only directly elected body considers a number of crucial dossiers.

First, the Parliament will vote Jul. 7 on proposed new rules on capital requirements for banks and on how much financial 'whiz-kids' may be paid in bonuses. Written in response to the immense public anger over how banks rescued at the taxpayers' expense were maintaining lavish pay-and-perk deals for their management, the latest draft of the proposal would require that upfront cash bonuses do not exceed 30 percent of total bonuses. Instead of doling out bonuses in cash, between 40 percent and 60 percent of all bonuses would have to be deferred and could be recovered in cases where investments fare badly.

Arlene McCarthy, British Labour Party member of the European Parliament (MEP) who has been leading the Parliament's negotiations with EU governments on the proposal, is among those who have expressed misgivings about the influence that banks wield over politicians and civil servants. She has stated that her plan is not designed to punish bankers but rather to ensure that bonuses they receive are linked to their performance.

The European Banking Federation (EBF), an umbrella group for 5,000 banks, is claiming that this kind of ceiling on bonuses would prove economically damaging.

"The European Parliament is promoting rules that are more stringent than those of our major trading partners and competitors," Robert Priester, an EBF representative, told IPS. "The stricter rules in the EU raise issues of competitiveness for Europe's banking or financial services sector."

According to data it made available to an EU register of lobbyists, EBF spent over a million euros (1.3 million dollars) last year in trying to influence the Union's institutions. "Lobbying in the EU is fundamentally different from the U.S. where donations and contributions are commonplace to exert influence," said Priester. "The European institutions do not work that way and EBF does not need to make such donations."

Despite claiming to have a relatively small budget for its activities, the EBF has been able to ensure it has full access to the Brussels elite. Its secretary- general Guido Ravoet doubles up as chairman of the European Parliamentary Financial Services Forum.

Presenting itself as dedicated to spreading "neutral information", the forum nonetheless brings together some of the best-known players in the global banking industry such as Goldman Sachs, Deutsche Bank and JP Morgan, and MEPs sympathetic to them. Some MEPs -- including McCarthy -- who have warned about the power of the financial lobby are also active in the forum.

In February, the forum published a briefing paper, exhorting MEPs to radically reshape a proposed EU directive regulating hedge funds. Originally this directive had been slated for a vote in the Parliament in July but the decision has been postponed for another few months, while the main EU institutions continue to deliberate over its contents.

The hedge fund industry -- financial speculators largely based in the City of London -- has literally been seeking to write the rules it should play by itself. In April, the Parliament's main committee for economic affairs voted on its response to the proposed law. MEPs had to wade through 1,600 suggested amendments to the law on that occasion. Although only MEPs themselves can sign amendments, it is common practice for industry lobbyists to act as "ghost-writers". More than half of the amendments in this case were written by the financial services industry, according to Parliament insiders.

Whereas hedge funds have been widely accused of engaging in highly risky practices that helped trigger the global financial crisis, their supporters have been portraying them as economically beneficial. Open Europe, a corporate- funded "think-tank" in London, has published several pamphlets arguing that hedge funds and private equity bring billions of pounds in tax revenue to the British economy each year, while not addressing evidence compiled by the Tax Justice Network and anti-poverty advocates of how hedge funds can be vehicles for tax evasion.

A hedge fund lobbyist, who spoke on condition of anonymity, said it is "absurd" to argue that financial services endanger democracy. "Before now, we were criticised for not engaging - in inverted commas - with policy- makers," he said. "Now that we have engaged, the perception is we have engaged too much. The truth of the matter is that many MEPs are so ignorant of how financial services work that there is an absolute need to have the relevant industries offering their views. Otherwise, the consequence would be dreadful legislation."

Olivier Hoedeman from Corporate Europe Observatory, a lobbying watchdog, says that the financial services representatives have "no reason to complain whatsoever" about belated efforts to regulate their sector.

"The banking lobby in Europe has been very successful so far in postponing and avoiding any serious new regulation," he said. "The EU is far behind the U.S. We have a very ironic situation, where there have been more positive changes and tougher regulations passed so far in the U.S. The EU has left things up in the air."

http://www.tni.org/article/save-us-these-bankers-fast

Why are Marines Disembarking in Costa Rica?

Atilio Boron

The recent decision in Costa Rica to allow a massive build-up of US military presence has less to do with drug trafficking than US imperial strategy.

With votes secured from the official National Liberation Party (PLN), the Libertarian Movement, and Justo Orozco, the evangelical congressman from the Costa Rican Renovation party, on July 1st, the Costa Rican Congress authorized the entry into that country of 46 warships from the U.S. Navy, 200 helicopters and combat aircraft and 7,000 Marines.

While the various published stories do not allow a clear view of the decision’s origins, the limited evidence available seems to indicate that it was Washington who asked for the presence of the troops. The extremely telling silence of the U.S. press on the subject and the absence of any kind of explicit reference to this authorization in the daily press bulletins of the State and Defense Departments feeds the suspicion that it was the White House that took the initiative that was favorably received by the Costa Rican Congress, and demanded the greatest discretion.

What was communicated to the Central American country was that the ruling situation in Mexico had forced the drug cartels to modify their traditional routes for approaching and entering the United States and that the deployment of a strong military force on the Central American isthmus was necessary to thwart this; a sine qua non condition for waging an effective battle against drug trafficking. As might have been expected, the government of President Laura Chinchilla – tightly linked over the years with USAID, no less – lent her entire support and that of her congressmen in obedient response to Washington’s request.

Nobody should be surprised when Washington resorts to the drug trafficking pretext, since it’s what Washington commonly uses when others are lacking, such as an earthquake in oh, say, Haiti – to justify the intrusion of U.S. military personnel in the countries of Our America.

Nevertheless, what works against the credibility of this argument is the fact that the countries where there is a strong U.S. military presence are precisely those that stand out for their increased production and commercialization of drugs. As shown in “The Dark Side of Empire. The Violation of Human Rights by the United States,” the U.N. Office on Drugs and Crime – an unimpeachable source - has proven with abundant statistics that since U.S. troops were installed in Afghanistan, huge advances have been made in the production and exportation of opium as well as the fabrication of heroin, while in Colombia, the U.S. presence has not prevented (quite to the contrary) the registration of a notable expansion in the area destined to the cultivation of coca.

All this should not cause any surprise whatsoever, for a variety of reasons. One of them is that the country that assumes the right to fight drug trafficking worldwide shows an incapacity as amazing as it is suspicious to do the same within its borders, from dismantling the networks that link narco-mafias with authorities, police and local and federal judges who facilitate the drug business, to implementing a minimally meaningful campaign to contain addiction and treat addicts.1

It’s not that surprising, actually, since drug trafficking moves at least $400 billion dollars annually, that are later conveniently “laundered” in the numerous tax havens that the main capitalist countries (starting with the United States and Europe) have established far and wide throughout the globe in order to be re-introduced later on into the official banking system and in this way, strengthen the business of financial capital.

For another thing, the weakness and inconsistency of this pretext – that of the “fight against drug trafficking,” becomes even more obvious when it is learned that the United States is the number one worldwide producer of marijuana, something that according to a study from the Drug Science Foundation, reaches a sum of more than $35 billion dollars in that country, a figure that surpasses the combined value of wheat and corn production.2

Third, and finally, control and administration of the drug trafficking business as a means to sustain imperialist domination in the Empire’s provincial reaches cannot be underestimated. Wasn’t it Great Britain who re-introduced opium in China (a drug that had been prohibited by the Emperor Yongzheng due to the damage it had caused his people) the massive consumption of which allowed the British to balance their trade deficits with China? In order to push this addiction among the Chinese the British and the Portuguese waged two wars; one from 1839 to 1842, and another from 1856 to 1860, the result of which were the establishment of two beachheads for the organization of opium trafficking throughout China: one in Hong Kong, under British control, and the other in Macao, dominated by the Portuguese.

Why should we think that the United States, the putative offspring of the British Empire, would be motivated by any different interests when it pays lip service to the war on drugs? Isn’t it perhaps useful to U.S. interests to have a Latin America characterized by a proliferation of “failed states,” – eaten away by the corruption generated by drug trafficking and the consequences that ensue: social disintegration, mafias, paramilitaries, etc. – that for this very reason are incapable of offering the least resistance to imperial designs?

The permission granted by the Costa Rican Congress lasts for six months, starting on July 1st of this year. Nevertheless, this concession, that came about in the context of the Mérida Initiative (which includes Mexico and Central America) is a project that has goals but no deadlines, for which reason the probability is practically zero that the U.S. troops will leave Costa Rica at the end of this year and return to their home bases.

Furthermore, international experience shows that in Europe as well as Japan, the U.S. troops stationed there after the Second World War for just a few years, later extended through the pretext of the Cold War, managed to prolong their stay in those locations for 65 years without their chief officers showing the least sign of boredom or desire to return home.

In Okinawa, the widespread rejection of the local population against the Yankee occupants – who, sheltered by immunity were murdering, raping and robbing to their hearts content – was insufficient to force the dismantling of the U.S. base there. Incidentally, this highlights the courage and effectiveness of President Rafael Correa’s government that did manage to achieve the ouster of U.S. troops from the Manta airbase. And in case a popular outcry should arise over just this one occurrence in Costa Rica, a few criminal operations of the type that the CIA knows very well how to carry out should be enough for an instant reversal, above all with a government such as that of Laura Chinchilla, eager to prove its unconditional submission to imperial dictates.

Just like the establishment of the Obama-Uribe treaty whereby Colombia initially ceded the use of seven military bases to the United States, in this case, the U.S. military personnel will enjoy complete immunity from Costa Rican justice, and its members will be able to enter and leave Costa Rica entirely at will, and move through the entire country dressed in their uniforms, carrying their combat gear and weapons. With this decision Costa Rican sovereignty is not only humiliated but reaches ridiculous limits for a country that in 1948 abolished its armed forces and, thanks in large measure to this, was able to develop an advanced social policy in the depressing context of the Central American region, precisely because the oligarch’s gendarme had been disarmed.

As far as arms go, the congressional authorization allows the entry of Coast Guard and smaller vessels, but also others such as the latest generation of aircraft carriers like Makin Island, launched in August of 2006 and with the capacity to house 102 officers and 1,449 Marines, transport 42 CH-46 helicopters, five AV-8B Harrier aircraft and six Blackhawk helicopters. Apart from this, the legislation that passed extends permission for ships such as USS Freedom, launched in 2008, with anti-submarine capacity and the ability to move in shallow waters. The permission also extends to other boats, like catamarans, a hospital ship and various vehicles known for their amphibian capacity to move on land as well as sea. Weapons and gear that basically, have little or nothing to do with drug trafficking, even in the unlikely case that this were the real desire of the Marines. It’s quite obvious that they have another objective.

This U.S. government initiative must be situated in the context of the growing militarization U.S. foreign policy, whose most important expressions in the Latin American framework have been, until now, the reactivation of the Fourth Fleet, the signing of the Obama-Uribe treaty, the de facto military occupation of Haiti, the construction of a wall of shame between Mexico and the United States, the coup d’etat in Honduras and the later legitimization of the electoral fraud that elevated Porfirio Lobo to the presidency, the concession of new military bases by the reactionary government of Panama, to which is now added the disembarkation of Marines in Costa Rica. Of course, all these moves are articulated within the maintenance of the blockade and hounding of the Cuban Revolution, and the ongoing harassment of Venezuela, Bolivia and Ecuador. On an international level, the disembarkation of U.S. Marines in Costa Rica should be interpreted within the framework of an imminent war against Iran and the grotesque provocation against North Korea, the serious consequences of which have been warned about for some time by Comandante Fidel Castro Ruz in his Reflections.

Therefore, the Empire is advancing in its militarization of the region and in preparation for a military adventure of global proportions. If the aggression against Iran finally comes to pass, as predicted in recent days, the extremely serious international situation that will result will push the United States to try to guarantee, at all costs, seamless and absolute control over what its geopolitical strategists call the Great American Island, an enormous continent that extends from Alaska to Tierra del Fuego, as separated from the Eurasian landmass as it is from Africa and which, according to them, plays a fundamental role in U.S. national security.

That is the fundamental reason for the preventive exorbitant militarization of U.S. foreign policy. It’s ridiculous to try to convince our people that the twenty-odd military bases established in Central and South America and the Caribbean, to which we now add the disembarkation in Costa Rica and the activation of the Fourth Fleet, has drug trafficking as its objective. As experience teaches us, drug trafficking cannot be fought with military strategy but with social policy. And the United States does not apply it within its borders nor permit it to be applied outside, thanks to the enormous influence that the IMF and World Bank have over vulnerable and indebted countries.

The experience in Colombia and now in Mexico (with more than 26,000 dead since President Felipe Calderón declared his “war on drug trafficking” in December, 2006!) is a testament to the fact that the solution to the problem does not rest with Marines, aircraft carriers, submarines and gunship helicopters, but with the creation of a just and fair society, something that is incompatible with the logic of capitalism and repugnant to the fundamental interests of the Empire.

In summary: the disembarkation of the Marines in Costa Rica has as its objective the reinforcement of U.S. domination in the region, the toppling by a variety of methods of those governments considered to be “enemies” (Cuba, Venezuela, Bolivia and Ecuador), weakening still more the vacillating and ambivalent “center-left” governments and reinforcing the rightwing that has made a resurgence along the Pacific Coast (Chile, Peru, Colombia, Panama, Costa Rica, Honduras and Mexico). It is a rearrangement of the Empire’s “back yard” in order to have free hands and a secured rearguard while the arrogant Empire wages war in other latitudes. (Translation: Machetera)

July 16, 2010

[1] Atilio A. Boron and Andrea Vlahusic, The Dark Side of Empire; the Violation of Human Rights by the United States (Buenos Aires: Ediciones Luxemburg, 2009), pg. 73.

[2] Ibid, The Dark Side of Empire, p. 72.

http://www.tni.org/article/why-are-marines-disembarking-costa-rica

Lawyers, Guns and Money: Wall Street Lawyers, Investment Bankers and Global Financial Crises

Tom Reifer

Commenting that the "manufacturing aristocracy" was "one of the harshest that [had] ever existed in the world" Alexis de Toqueville cautioned in 1945 that "the friends of democracy should keep their eyes anxiously fixed in this direction" predicting that this would be the source of any future permanent inequality and aristrocracy. And he was right.

In this paper, Reifer looks at the global financial crisis in a long historical context, drawing on the perspective of Ferdinand Braudel. In it we see how the legal ammendment in New Jersey that created the corporation in the 19th century led to the circumvention of barriers by private owners of capital, allowing them to play states off against one another in a neverending race to compete for mobile capital.

The lawyers themselves, de Toqueville saw as "bullwarks against democracy" for their role in enabling the removal of laws that would prevent consolidation of private corporate power and the formation of monopolies. We see how this led to the rise of Wall Street, and the cycles of financial crisis and instability that enabled further consolidation over the next century. The military budget and imperial conquests of the United States helped maintain surplus accumulation despite falling profits and overaccumulation, while neoliberal measures helped extend and deepend the reach of the market with globalization. The paper traces this long-term development, dicussing the role of corporate lawyers and investment bankers as key agents driving the consolidation of capitalism, and considers what lies next, the role of a "Beijing Consensus" and the implications this has for global inequality and possibility of alternative, more sustainable paths for the world economy.

Download full paper: Wall Street lawyers, Investment Bankers and Global Financial Crises

http://www.tni.org/paper/lawyers-guns-and-money-wall-street-lawyers-investment-bankers-and-global-financial-crises

Haute société, Bas-Empire

Serge Halimi

Une rafale de révélations suscite la stupéfaction en France.

Des dirigeants politiques côtoieraient en permanence — et en bonne amitié — hommes et femmes d’affaires. Les seconds financeraient les partis des premiers. Ils obtiendraient en échange une réduction appréciable du taux de leurs impôts. Plus renversant encore, la baisse de la fiscalité sur les hauts revenus (près de 100 milliards d’euros en dix ans) aurait surtout avantagé... les hauts revenus, protégés depuis 2006 par un « bouclier » conçu à cette intention. Enfin, soucieux d’éprouver par eux-mêmes les rigueurs de la nouvelle loi commune, les gouvernants (et leurs familles) seraient plus nombreux à se reconvertir dans les affaires que dans le syndicalisme.

Ainsi, l’« affaire Bettencourt » a rendu visible ce qui l’était déjà (1). En avril dernier, les journalistes d’investigation dormaient-ils donc, et les professeurs de vertu avec eux, quand Mme Florence Woerth décrocha un poste d’administratrice chez Hermès, elle qui se consacrait déjà — sans que cela provoque le moindre émoi — aux finances de Mme Liliane Bettencourt, troisième fortune de France ? M. Eric Woerth avait réagi ainsi : « Je suis ministre de l’égalité hommes-femmes, j’aurais bien tort de vouloir freiner la carrière de ma femme, (...) parallèle à la mienne » (AFP, 21 avril 2010). Nul ne le soupçonnait vraiment de contrarier l’épanouissement professionnel de sa femme, mais personne ne s’alarma non plus du « parallélisme » ainsi tracé entre le parcours d’une gestionnaire de grande fortune soucieuse d’« optimisation fiscale » aux Seychelles et celui d’un ministre du travail qui s’apprêtait à amputer la retraite des ouvriers. Tout cela, c’était avant l’affaire Bettencourt. Les rapports entre argent et pouvoir étaient exactement ce qu’on en révèle aujourd’hui. Mais, à l’époque, tout allait bien...

L’impact du « scandale » actuel tient peut-être à des détails qui tuent : un jeune et ambitieux secrétaire d’Etat à l’emploi qui profite d’un voyage officiel à Londres pour supplier des gestionnaires de fonds spéculatifs de la City de financer son groupuscule, baptisé Nouvel Oxygène ; un taux d’imposition des revenus se situant entre 1 % et 6 % par an (2) dans le cas de Mme Bettencourt (le bouclier fonctionne...) ; une journaliste vedette qui décroche un entretien sur TF1 avec la propriétaire de L’Oréal en précisant : « Je la connaissais pour avoir dîné avec elle et son mari chez des amis communs. Il nous arrivait aussi de nous croiser à l’occasion d’expositions. »

Pour que cette affaire tentaculaire devienne le « collier de la reine » de l’oligarchie française, il faudrait cependant, au minimum, qu’elle débouche sur la fin des pantouflages entre public et privé, sans oublier les « ménages » des journalistes qui ont ainsi contractualisé leur connivence avec l’argent. Le brouhaha du dernier mois n’aura en revanche servi à rien si l’espoir de purifier une atmosphère de Bas-Empire conduit à porter à l’Elysée un frère siamois de M. Nicolas Sarkozy. Comme, par exemple, le directeur général du Fonds monétaire international (3). Les grandes fortunes célébreraient la victoire d’un socialiste d’affaires dans un autre Fouquet’s. Et tout recommencerait.

(1) Lire notre dossier de huit pages sur l’argent et la politique, paru début juin.

(2) Selon Thomas Piketty, dans « Liliane Bettencourt paie-t-elle des impôts ? », Libération, 13 juillet 2010.

(3) Lire Olivier Toscer, « A gauche... mais proches des milieux d’affaires », Le Monde diplomatique, décembre 2003.

http://www.monde-diplomatique.fr/2010/08/HALIMI/19533

La izquierda chilena y la "circulación de ideas" : Sociedad civil, ideología y think-tanks

Claudio Aguayo Bórquez

El filósofo francés Louis Althusser hacía muy bien cuando, en los años 60’, clarificaba el ‘panorama’ de la filosofía francesa mediante un esquema militar. Esta división, aparentemente tosca y extremadamente dogmática, tendía a dejar “las cosas claras”, como se dice habitualmente, poniendo la situación del debate teórico y político a la altura de lo que constituía el núcleo duro del marxismo de su época: el concepto de lucha de clases. Este concepto estaba, evidentemente, determinado por el leninismo ‘ambiente’ de los años 60’, y especialmente, por su apropiación estructuralista, que ponía en el centro los conceptos de posición, toma de partido, partido, facción, línea de demarcación. Efectivamente, Althusser afirmaba estar haciendo una lectura leninista de la realidad teórica de su época al organizar a los filósofos y a las corrientes filosóficas de los años 60’ en columnas, batallones etc. Lo interesante de esta operación, evidentemente, no constituía el puro hecho de que un filósofo cualquiera organizara una multiplicidad cualquiera de corrientes en el marco de un ejército-tipo: la caracterización de esa multiplicidad de filósofos era hecha por un filósofo comunista, que planteaba que, en el tras-fondo, lo que dominaba las divisiones y columnas era la división fundamental derivada de la enajenación entre capital y trabajo; de la burguesía, o las posiciones de clase burguesas, y el proletariado, o las “posiciones teóricas del proletariado”, una enigmática fórmula del marxismo para auto-designarse.

Hoy día suena duro y anticuado hablar de “posiciones teóricas burguesas”. Sin embargo, deberíamos aquí recordar una de las paradojas fundamentales del pensamiento de izquierda enunciadas por el hegelo-lacaniano Slavoj Zizek en uno de sus últimos trabajos, Quién dijo totalitarismo: la renuncia traumática de la izquierda a su propio bagaje conceptual, a su ‘ejército conceptual’ si se quiere, y el reemplazo (¿quizás temeroso?) de ese bagaje por una serie de conceptos provenientes de la tradición ‘democrática’, ‘no-totalitaria’ etc (Zizek, 2002). Socialismo por sociedad más justa, proletariado por pueblo, o inclusive ciudadanía, la muerte injustificable del concepto de ‘dictadura del proletariado’ en la tradición eurocomunista y su desuso cada vez mayor en los programas de los partidos y movimientos sociales de izquierda a nivel global, el abandono del leninismo como una teoría anticuada y con mala fama de totalizante, la extraña absorción de filósofos de la nueva izquierda francesa, así como de la teoría crítica contemporánea, desde Derrida hasta Habermas. Cosas para preocuparse, por lo menos, porque; ¿Quién ha hecho el trabajo inconcluso de ‘deconstruir’ el leninismo, o de releer atentamente los textos en los que Marx emplea el concepto de ‘dictadura del proletariado’, el debate público en la izquierda comunista francesa en los años 70’, entre Althusser, Balibar y la línea oficial del PC que hacía abandono de la ‘dictadura del proletariado’, y un largo etcétera de trabajos teóricos que, por lo menos, argumentarían mejor la renuncia traumática de la que Zizek habla? Nadie. Por el contrario, desde la renovación socialista hasta la new left, lo que se hace es un desplazamiento conceptual sin el trabajo teórico pleno de la crítica. Fuera de eso, está claro que, en el campo de esa new left ha habido aportes insobornables, sobretodo en aquellos autores que, buscando una mayor consistencia teórica, han activado un potente retorno a los clásicos.

El tema al que pretendemos referirnos no puede dejar de obviar que, en la definición contemporánea de la ‘sociedad civil’ prima una visión burguesa, neoliberal, de la sociedad y de la política. La determinación fundamental de esa visión es la superficialidad teórica con la que trabaja: obviando los aportes teóricos del marxismo, define la ‘sociedad civil’ fuera de cualquier determinación de clase. La definición tradicional, contemporánea de la sociedad civil como “trama asociativa no-estatal y no-económica” se basa en la ilusión teórica y sociológica de un lugar en que el estado y el mercado cesan su existencia real, concreta, para producir una superficie comunicativa y cultural sin clases, sin dominación, y sin ideología, es decir, sin interpelación y producción de sujetos ‘aptos’ o ‘reproductores’ del modo de producción. Sin embargo, ese lugar no existe. La tradición liberal clásica estaba, en este sentido, mucho menos velada y cubierta de un manto ideológico como el de la ‘sociedad civil’ sin estado/mercado, al definir la sociedad civil sin diferenciarla de la ‘sociedad política’ que surge del pacto. Es más: en la definición de John Locke, la sociedad civil se constituye en y por la propiedad, no fuera de ella o en sus márgenes, como una asociación de propietarios para someterse a una autoridad común y proteger su propiedad. Esta primera etapa del concepto de sociedad civil no diferenciaba entre lo civil, lo económico y lo político. La filosofía tuvo que esperar a Hegel para hallar una definición menos homogénea, y que captara las diferencias internas del propio sistema capitalista.

Hegel entiende la ‘sociedad civil’ como un momento de la eticidad (Sittlichkeit), como parte de su propio devenir que es auto-reconocimiento y auto-movimiento. La eticidad, lo que llega-a-desplegarse por medio de la familia, la sociedad civil y el estado, es un concepto que remite a un momento singular-universal, o al momento de reconciliación entre la universalidad y la particularidad escindidas históricamente. Pese a que la filosofía hegeliana ve la familia, la sociedad civil y el estado como momentos de un despliegue único (y ese es su riesgo, porque en el origen del despliegue y de esa unidad hay un idealismo), es capaz de diferenciar o entender como momentos diferentes las instancias de esta totalidad, en contraste con la tradición liberal clásica. La sociedad civil corresponde así al ‘sistema de las necesidades’, al momento material en que los hombres concretos pugnan por la supervivencia, la competencia y la lucha económica (Hegel, 1999).

Por esa influencia hegeliana Marx piensa la sociedad civil como el momento de una fractura, de una división o enajenación entre el ciudadano y el hombre ‘concreto’. El joven Marx funda aquí una oposición entre sociedad civil y sociedad política que está en la base de la contradicción entre el ‘ciudadano abstracto’, que ve realizada su igualdad en el sufragio universal, y el ‘hombre concreto, material, real’. El correlato de la igualdad ideal ciudadana o del reino de la igualdad burguesa, es la desigualdad material concreta en la que los hombres de la ‘sociedad civil’ se baten. Así, en palabras de Marx, existe un “materialismo de la sociedad civil” y un “idealismo del estado”, del sufragio universal o de la sociedad política, que es una abstracción-enajenación de los hombres, un “desgarramiento” de su universalidad material en la igualdad abstracta del Estado. A su vez, este desgarramiento realiza o desarrolla una contradicción mayor entre interés particular e interés general. La reconciliación entre estos dos ámbitos y su serie de contradicciones apareadas es lo que Marx entiende, en este período de su pensamiento, por emancipación. A su vez, esa emancipación puede ser pensada primero como ‘emancipación intelectual’, lo que quiere decir que, la emancipación intelectual que ya no escinde a los hombres concretos de su ciudadanía abstracta, es la posición ‘concreta’ del comunismo que en los Manuscritos de 1844 Marx asumirá como suya. En términos más claros: el comunismo en cuanto posición de la “negación de la negación” es la re-integración del hombre concreto, real, y su ciudadanía abstracta. Ser comunista en teoría quiere decir, efectivamente, pensar la fractura entre el “materialismo de la sociedad civil” y el plano de explotación, subordinación y expoliación que representa (la economía política) y el “idealismo del estado”, y su igualdad abstracta.

A propósito de la experiencia revolucionaria de la comuna, en 1871, Marx saca conclusiones distintas de las de 1843, año en que escribe los textos de la ‘fractura’ entre sociedad civil y estado. La comuna es la realización efectiva de un orden político nuevo, que acaba con la igualdad abstracta del sufragio universal, y propone una estructura concreta de poder para el proletariado, basado en la democracia directa (o lo que contemporáneamente entendemos por democracia directa), el auto-gobierno de la comuna y la defensa armada de la nueva democracia obrera. Este modelo, como se sabe, ejercerá una seducción infinita sobre una serie de vertientes del marxismo. Sin embargo, Marx está consciente de sus vacíos. La definición que emplea Marx para el Estado aquí es la de ‘máquina’ de opresión de una clase sobre otra. Directamente relacionada con esta definición, el concepto de “dictadura del proletariado” aparecerá como una de las ideas centrales de la Crítica del programa de Gotha, donde combate las posiciones de Lasalle respecto al socialismo. En este debate, el concepto de ‘sociedad civil’ ha desaparecido. Está presente en El 18 Brumario de Luis Bonaparte, aún, pero ya en los textos de “madurez” (si se quiere), no es posible hallarlo. Isabel Monal ha sugerido que este abandono del concepto no representa, sin embargo, una anulación de la problemática. Quizás, decimos. Lo que pasa por alto la revolucionaria cubana es que el mismo Marx escribe en el famoso prólogo a la Contribución de 1859 una fórmula sobre la ‘sociedad civil’, indicando que su “anatomía” habría que buscarla en la economía política.

Sabemos que para Marx esta anatomía excedía lo económico. Y que, de alguna manera, todo hecho económico excede lo puramente económico. Que la ‘anatomía’ de la sociedad civil sea la economía política indica la tarea de una crítica del capitalismo. La crítica de la economía política, como sabemos, es la obra más importante del legado marxista: insistimos en que esta crítica no es una crítica puramente económica de los fundamentos económicos del capitalismo, no es, en otras palabras, un economismo, sino una teoría de la totalidad o del todo complejo que constituye el capitalismo; “el proceso capitalista de producción, enfocado en conjunto o como proceso de producción [subrayados míos], no produce solamente mercancías, no produce solamente plusvalía, sino que produce y reproduce el mismo régimen del capital: de una parte al capitalista y de la otra al obrero asalariado” (Marx, 1993: 487).

¿Cuáles son los fundamentos subjetivos de la producción capitalista?; ¿en qué consiste, en el plano de la llamada producción de la ‘plusvalía relativa’, el plano de la re-producción “subjetiva” de las condiciones de trabajo? Marx empleó en 1859 el concepto de ‘superestructura’ para designar el ámbito de lo jurídico y lo político, como forma o “generalidad” correlativa a una estructura o base económica. Otra historia es el esfuerzo de Engels por explicar el no-determinismo que existe entre estructura y superestructura. Marx nunca llegó a escribir una teoría sobre la superestructura o una crítica de ella. Por otra parte, el abandono del concepto de sociedad civil y la correlación de este concepto con el de ‘anatomía’, y ‘economía política’, implicó en el marxismo un largo período de silencio sobre el concepto de “sociedad civil”.

Fue Antonio Gramsci quien retomó este concepto para darle un nuevo sentido. Gramsci quería re-definir la esfera de lo político quitando de en medio el determinismo económico del marxismo soviético, así como plantear la tarea de una teoría política que considerara el orden de lo subjetivo sin el mecanicismo habitual de la ‘filosofía que se enseñorea de las masas’, y el paso vulgar de clase-en-sí a clase-para-sí (mecanicismo idealista), ni la ‘teoría del reflejo’ que planteaba que, cambiando la “base” cambiaría la “superestructura” (mecanicismo empirista). Ni la filosofía de la conciencia y sus consecuencias, ni tampoco el economismo supuestamente “materialista”, debían anular a cuestión fundamental que inauguran Maquiavelo y Lenin (en dos tiempos distintos, por supuesto): la autonomía relativa de la política. Gramsci, aunque a veces ciertos gramscianos “de izquierda” lo olviden, critica a Bujarin, pero también a Lukacs. Gramsci funda una serie de nuevos conceptos para la tradición marxista que apuntan todos a la posibilidad de una teoría política marxista, o una teoría “marxista” de la política. Para Gramsci, la totalidad capitalista era una totalidad compleja, un “bloque histórico” entre fuerzas materiales e ideología, concepto, este último, que no tiene que ver con una “concepción del mundo” (cuestión –de nombre- que reservaba al concepto de filosofía) sino con una fuerza material que “organiza” a las masas, una “ideología orgánica”, tal como es señalado en los Cuadernos de la cárcel. Todo, para Gramsci, se juega en cómo las “clases subalternas” (concepto políticamente más rico que el de proletariado, pero teóricamente y económicamente más impreciso) llegan a ser, o devienen clase-hegemónica. En esta lucha la cuestión ideológica es fundamental, entendiendo por ideología, eso si, no la pura adscripción a un pensamiento político determinado, sino una fuerza material que es capaz de gobernar y que da consistencia a un determinado dominio de clase; las superestructuras son una realidad “objetiva y operante” y las ideologías deben ser combatidas “no por razones morales”, sino “justamente por razones de lucha política”. ¿Cómo entiende Gramsci una ideología dominante?; como la realización de la hegemonía de una clase en el seno de la “sociedad civil”.

Gramsci señala como una de las primeras tareas del marxismo la crítica del “sentido común” y sus refuerzos. Y no sólo como una tarea teórica, sino como una tarea de carácter práctico en el que el Partido, los “intelectuales orgánicos”, constituyan “un bloque intelectual-moral que haga posible un progreso intelectual de masas”. Distinguiendo entre “guerra de movimientos” y “guerra de posiciones”, Gramsci pretende también distinguir distintos modos de la estrategia socialista para distintos ‘períodos’ de la lucha de clases, fuera de un universalismo a-tópico, fuera de lugar, en el que hay una estrategia para todo período; ejemplo de este a-topismo y de esta universalización de la estrategia de la “guerra de posiciones”, del ataque frontal en una época en que éste sólo conduce a las derrotas, es Trotsky.

Sentido común, bloque histórico, guerra de movimientos, guerra de posiciones, ideología orgánica, hegemonía: sólo en este contexto es comprensible el concepto de “sociedad civil” gramsciano, que remite a un espacio en el que se realiza la hegemonía, a un campo en disputa en el que circula la opresión de clases sin que la coacción sea el modo específico de dominación burguesa. Estado=sociedad civil+sociedad política, hegemonía más coacción. Fuera de lo discutible que puede ser esta fórmula que Gramsci emplea en los Cuadernos, lo característico es que repone la teoría hegeliana del Estado como totalidad orgánica, o como el tercer momento (y por tanto, la síntesis) de dos elementos previos, desenvolvimientos de la Idea. Claro, en Gramsci no es la idea la que se desenvuelve, sino la disposición estratégica en el todo-complejo, en el “conjunto” del que habla Marx, de la dominación de la burguesía sobre las ‘clases subalternas’. El estado no es una pura “máquina” de opresión o, si se quiere, es una máquina compleja, en cuya totalidad operan una serie de otras máquinas. La solidaridad entre el marxismo y el concepto de “máquina” queda muy bien retratada en ese hermoso capítulo del capital sobre el avance tecnológico de la producción en la plusvalía relativa. En ese sentido, podríamos, gramscianamente, deducir la sociedad civil como una gran maquinaria de producción de hegemonía y, por tanto, como un universo socio-político de máquinas hegemónicas, o con vocación hegemónica.

Teniendo en cuenta ese análisis gramsciano, el surgimiento del concepto de sociedad civil y la revolución intelectual que inaugura (un campo político autónomo que debe pensarse según esa autonomía relativa, el abandono de la ensoñación economicista), Louis Althusser (1970) empleará el concepto de “aparato ideológico” para referirse a un tipo de molécula social que tiende a producir Sujetos. No es, para Althusser, lo mismo un “aparato ideológico” que un “aparato hegemónico”: en el campo de la “sociedad civil” (ya entendida gramscianamente) existen efectivamente instituciones sin vocación hegemónica, o que sólo aspiran a la “reproducción” del modo de producción dominante; las escuelas, por ejemplo, tienden a no ser aparatos con vocación hegemónica, en tanto reproducen las condiciones de producción dominantes. La ideología, para Althusser, es vivida como realidad activamente. Aquí, el apoyo en el filósofo cristiano Blaise Pascal resulta evidente: Pascal pensaba la cuestión de la cristiandad como cuestión ideológica, no como conocimiento. No es necesario conocer a Dios, no es necesaria una revelación o una explicación o demostración de la existencia de Dios; es necesario el ejercicio ideológico concreto de asistir a misa, arrodillarse y comer la hostia. Creer o no creer es lo que viene por añadidura. La imagen de un autómata “purificado” o que se purifica en ese automatismo es el punto que explica o devela la naturaleza ritual del proceder ideológico, en tanto no implica un conocimiento, sino, a lo sumo un efecto de conocimiento, una articulación simbólica en la cual “estamos presos”, por decirlo de alguna manera, pero en la que vivimos la prisión como realidad vivificante. Una segunda cuestión fundamental será el carácter de la ideología que interpela a los individuos como Sujetos. Esta fórmula extremadamente académica quiere expresar que, en cuanto somos-en-la-ideología, somos tratados como Sujetos, como el Sujeto “cristiano” (el ‘cristiano’ que cumple con ciertos ‘deberes’), como el Sujeto ‘igual’ moderno: el ciudadano, como el Sujeto-de-la-historia que realiza el acto maravilloso (pero políticamente incomprensible) de la des-alienación, etc. Años antes de su texto sobre la ideología Althusser había escrito que, pese al carácter ‘no-científico’ de la ideología, las sociedades “secretan ideología” como su “atmósfera indispensable” (Althusser, 1967). No hay sociedad no-ideológica, una pretensión constante del pensamiento burgués contemporáneo. Lo propio de la ideología es la producción de Sujetos y la producción de historia (por ello la ideología ‘no tiene historia’; porque secreta historia y es la historia en la cual me-encuentro). En definitiva; ¿qué es un aparato ideológico?; una máquina para producir ideologías.

Llegado a este punto es que podríamos, provisoriamente, intentar una aproximación a este problema contemporáneo que son los think-tanks. Tenemos a nuestro haber las herramientas teóricas para hacerlo; el concepto marxista de ‘sociedad civil’ sobre-determinada por la economía política –o su crítica, el capital; el concepto gramsciano de ‘hegemonía’ y el de “aparato ideológico” que pertenece a Althusser, pero que no es más que un desarrollo de eso que está en la base de la sociedad civil gramsciana. ¿Qué son los think tanks? La literatura abundante, la del ‘sentido común’ o de la ciencia política (burguesa), afirma que los think tanks son organismos de la sociedad civil. Sin duda estaríamos de acuerdo, pero se hace necesario plantear las cosas en otra “malla conceptual”, entendiéndolos como aparatos o dispositivos ideológicos de la sociedad civil neoliberal.

Think tank significa en inglés “depósito de ideas”, y nosotros diríamos, evidentemente, depósito de ideologías. Manuel Gárate (en Cea, Díaz y Kerneur, 2008) señala que lo característico de estos dispositivos ideológicos es que generan un conocimiento “práctico”, provisto una determinada carga valórica, y de orientaciones políticas bien definidas. El mayor crecimiento de estas instituciones se ha desarrollado en el campo del pensamiento neoliberal, y, como demuestra el artículo de Gárate, tuvieron una importancia crucial en la definición y arquitectura de la transición neoliberal pactada de los gobiernos de la concertación. El mismo concepto de ‘gobernabilidad’ ha sido diseminado e irradiado desde los dispositivos ideológicos o think tanks durante todos los años 90’ y 2000’ para justificar algunos hechos puntuales en Chile: la firma del TLC, la pugna gubernamental de la administración Frei para conseguir el retorno de Pinochet cuando se encontraba detenido en Londres, etc. Asimismo, la creación de estos “laboratorios de difusión de ideas” influyó masivamente en las políticas públicas norteamericanas durante los años 80’, interviniendo en el ‘espacio público’ y definiendo los contornos de la ofensiva conservadora y neoconservadora (‘neocons’).

Una de las cuestiones fundamentales que determinan a los think tanks es que están lejos de la reflexión teórica, y se encuentran asociados a objetivos políticos claramente definidos en el seno de la “guerra ideológica”. Pueden pensarse estos dispositivos como instrumentos de ‘lucha’ que las fuerzas neo-libertarias en materia de políticas económicas y –por ende- políticas públicas, activaron para ganar el debate e imponer su férrea reestructuración del orden capitalista, revirtiendo la expansión keynesiana. La clasificación de los think tanks empleada por Weaver señala cuatro tipos o variedades de estos dispositivos: Universidades sin estudiantes (investigación ‘independiente’), institutos de investigación bajo contrato (investigaciones pagadas al servicio de instituciones que requieran análisis concreto de situaciones concretas en determinadas áreas), centros militantes (con una fuerte carga ideológica partidista y con una pujante vocación de poder), y “think tanks de partidos políticos”, al servicio de los partidos.

Se ha dado también en llamar a los think tanks con el (eufemístico) nombre de “comunidades epistémicas”, haciendo hincapié en el hecho de que, su ámbito, es la producción de investigaciones en determinadas materias. Sin embargo, esto nada diferenciaría un dispositivo ideológico como los think tanks con las universidades, las escuelas o las revistas de teoría política. Lo propio de los think tanks es su vocación hegemónica, su vínculo estrecho con la sociedad civil y su carácter ideológico: en el marco de la destrucción del estado de bienestar y la expansión de las ideas del consenso de Washington, la toma de partido ideológica por el neoliberalismo. Son espacios de reflexión privados en tanto satisfacen un mercado de ideas determinado y contextualizado según el tipo de partido que tomen en el debate político: contactados e interrogados constantemente por lo que se llama anodinamente ‘opinión púbica’, los medios de comunicación de masas, las autoridades académicas o políticas que profitan y circulan en este mercado de ideas pueden llegar a constituir referencias de opinión en materia de políticas públicas. Incluso, debido a la irradiación megalómana de papers sobre diversas materias, que van desde la economía hasta la salud y el medio ambiente, han llegado a ser denominados “gobiernos paralelos”. Es sabido que el think tank chileno Expansiva fue fundamental a la hora de definir las políticas del ministerio más importante que la institucionalidad posee: el ministerio de hacienda. Hoy, en el gobierno de Sebastián Piñera, los think tanks de derecha (CEP, Libertad y Desarrollo, Libertad, Fundación Jaime Guzmán etc.) fueron integrados plenamente a varios ministerios y subsecretarías.

La realización o consolidación de un tipo de aparato que mezclara la influencia política y la capacidad de irradiar hegemonía, la producción ideológica y la captación o captura de espacios de poder definidos, desde carteras ministeriales hasta ‘asesorías’ a ‘organismos’ de la ‘sociedad civil’, inclusive ‘movimientos sociales’ sin representación política, en un maridaje extraño que aquí hemos denominado dispositivo ideológico de la sociedad civil neoliberal, es algo que las organizaciones marxistas desean constantemente. La posibilidad de que el propio partido-príncipe deviniera este tipo de aparato chocó con la realidad innegable de la descentralización de las operaciones de la producción hegemónica y la reproducción del modo de producción o modelo; descentralización tanto más aguda en tanto surgen organismos ‘micropolíticos’ como estos, que circulan como lo que son: mercancías u “obreros totales” (Marx), fábricas. Por otra parte, el partido mismo debía ocuparse también de una serie de tareas prácticas, de la producción concreta de hegemonía en el “seno de la sociedad civil”, o de la conquista de los órganos de lucha y de su producción concreta. La cuestión de los “intelectuales orgánicos” fue, más bien, algo bastante olvidado en una tradición que dejaba a los “intelectuales” en la extraña posición de defender al partido en el plano intelectual, reforzando el divorcio entre estos y el actuar político concreto. Después de todo, los think tanks constituyen un auténtico ejemplo sobre cómo el capitalismo es capaz de producir aparatos a su servicio, y que modifican las relaciones de circulación, producción del saber y del poder de manera efectiva. Si la izquierda no es capaz de generar una serie de aparatos o dispositivos que contrarresten esta fuerza hegemónica y no la dejen ser una serie de puntos, ovillos o madejas flotando libremente en la sociedad civil sin clases, sin lucha de clases y sin irrupción de las posiciones de clase, estamos completamente perdidos: a fin de cuentas, la Iglesia también empezó como un think tank en el que se cultivaba un saber y se producía a partir de ese saber (desde el nuevo testamento hasta la santidad, la intelectualidad cristiana de San Pablo y las disputas teóricas al interior de una misma fuerza, el cristianismo) y llegó a enquistarse a tal punto en la sociedad de su época, que devino en la dictadura de clase más prolongada que ha tenido la historia. Creo que, a este problema concreto de la producción de saber y la guerra ideológica (entre aparatos ideológicos) apunta el concepto de ‘batalla de ideas’, y no a una ilusoria batalla contra la ‘alienación’ que sabe Dios, o el Hombre, cuándo llegará a su fin.

Referencias

Althusser, Louis. La revolución teórica de Marx. México: Siglo XXI Editores. 1967.

Althusser, Louis. Ideología y aparatos ideológicos del estado. Biblioteca Electrónica U. ARCIS. www.philosophia.cl [texto de 1970]

Marx, Karl. El Capital. México: FCE. 2006.

Gárate, Manuel. Think tanks y centros de estudo. Los nuevos mecanismos de influencia política en el Chile post-autoritario. En Chile: ¿De país modelado a país modelo? Chile: LOM Ediciones. 2008.

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=110536
Related Posts with Thumbnails