Uma tribuna pública contra a destruição dos serviços de saúde dos militares e das suas famílias teve lugar, dia 22, no Largo de São Domingos, em Lisboa, promovida pela Associação Nacional de Sargentos (ANS), a Associação Nacional dos Militarizados da Marinha, a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima, a Associação de Praças e a Comissão de Militares.
Em causa está uma «reestruturação» de serviços, pelo Governo PS, de que resultará o encerramento do Hospital de Santa Clara e, posteriormente, do Hospital do Lumiar, provocando uma concentração de serviços e supressão de especialidades, remetidas para o Serviço Nacional de Saúde, prejudicando os militares, na reforma e no activo, e os seus familiares.
O presidente da Associação de Praças da Armada, Luís Reis, recordou que, contrariando a lei, estas associações não foram auscultadas previamente. Salientou que o Hospital de Santa Clara, unidade onde «as receitas cobrem os custos», ficará sem valências, já em Dezembro, embora tenha tido obras de remodelação recentemente e preste serviços a mais de 20 mil pessoas.
Luís Alvarinho, da Associação Nacional dos Militarizados da Marinha manifestou as mesmas preocupações, salientando que «reformar não é destruir».
Em nome da Comissão de Militares, Fernandes Torres considerou que «a reestruturação é uma cabala», pois do que se trata é de «uma descaracterização completa da saúde militar para acabar com a assistência específica». Aconselhando o Governo «a não tratar os militares como ingénuos, Lima Coelho, da ANS, considerou revelador que nos grupos de trabalho que elaboraram a «reestruturação», ignorando as associações de militares, participaram representantes da banca. Salientando que estes serviços «não são um privilégio, mas uma exigência decorrente de estarmos permanentemente disponíveis, para morrer, se necessário, servindo o País», garantiu que as associações não abdicarão de lutar até que estes direitos sejam definitivamente salvaguardados.
Num comunicado de dia 20, a Associação dos Oficiais das Forças Armadas alertou para a necessidade de resolução rápida dos problemas relacionados com as suas carreiras, o regime remuneratório, os suplementos remuneratórios, os complementos de pensão de reforma e o regime de contrato, e também repudiou a actual «reorganização da saúde militar».
http://www.avante.pt/pt/1913/trabalhadores/109894/
Sem comentários:
Enviar um comentário