À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

25/06/2010

CGTP acusa patronato de fazer chantagem

Na sequência das declarações à RTPN do presidente da nova Confederação Empresarial de Portugal, que criticou a "postura rígida" dos sindicatos, Arménio Carlos, dirigente da CGTP, reagiu na mesma moeda. Após a alteração da legislação laboral, apontou, "as empresas não se tornaram mais competitivas".

Crescimento de Portugal entre 2011 e 2013 é o mais baixo da Zona Euro

A taxa de crescimento do PIB português de 2011 até 2013 é a mais baixa da zona euro, que inclui os principais parceiros comerciais comunitários de Portugal, entre os quais Espanha, Alemanha e França.
De acordo com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado hoje pelo Governo aos partidos políticos e parceiros sociais, o Executivo prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9 por cento em 2011, o que representa metade dos 1,8 por cento previstos pela Espanha num documento semelhante enviado à Comissão.

No topo da lista do crescimento do PIB em 2011 está a Irlanda (3,3 por cento), seguido do Reino Unido (entre 3,25 e 3,75 por cento), França e Eslovénia (2,5 por cento), Finlândia (2,4 por cento) e Alemanha (2 por cento).

Em 2012, as diferenças no crescimento agravam-se. Portugal prevê um crescimento da riqueza nacional de 1,3 por cento, mas a Espanha prevê 2,9 por cento, a Irlanda 4,5 por cento, a Eslovénia 3,7 por cento, a Finlândia 3,5 por cento e o Reino Unido entre 3,25 e 3,75 por cento.

Já no que toca à dívida pública, Portugal apresenta a quarta maior dívida pública bruta da lista em 2011 (com 88,9 por cento do PIB), atrás apenas da Grécia (120,6 por cento), da Itália (116,5 por cento) e da Bélgica (101,4 por cento). A partir de 2012, o Reino Unido (que por não estar na zona euro não arrisca sanções por parte da comissão) passa a ter uma dívida pública superior à portuguesa.

Já a Espanha mantém os níveis de dívida pública próximos dos 74 por cento.



http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOW_VIDEO&id=413739

Reduções orçamentais na protecção social aumentam mortalidade

As reduções orçamentais na protecção social têm impacto na taxa de mortalidade, alertam hoje investigadores, numa altura em que a Europa debate políticas de austeridade e restrições das despesas públicas.

Uma redução orçamental de cem dólares (cerca de 80 euros) por pessoa na proteção social aumentaria quase 2,8 por cento a mortalidade ligada ao álcool e 1,2 por cento a mortalidade com causas cardíacas, de acordo com os cálculos dos investigadores.
Cada centena de dólares suplementar investido per capita na proteção social está associada a uma redução de 1,19 por cento da mortalidade de todas as causas, concluíram ainda os investigadores.
Os níveis das despesas sociais na Europa estão “fortemente associados” aos riscos de morte, em particular ataques cardíacos e doenças relacionadas com o álcool, concluiu a análise publicada pelo British Medical Journal, assinada por David Stuckler (Oxford), Martin McKee (Londres) e Sanjay Basu (Sã Francisco).
Este estudo tem em conta as despesas de 15 países europeus entre 1980 e 2005, antes do alargamento da União à Europa de Leste, tendo por base dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A protecção social engloba áreas como a saúde, as ajudas à família e a deficientes e o desemprego, entre outras.
Por outro lado, os cortes orçamentais noutros sectores que não o social - como o militar - não têm um impacto tão visível na saúde pública.
Nesse sentido, os autores sublinham que uma criança que receba uma educação melhor, que possa brincar num ambiente seguro e que tenha boas condições de habitação tem mais hipóteses de crescer saudável do que outra que não disponha das mesmas condições.
Da mesma forma, prosseguem os investigadores, os adultos com emprego não precário e sem perigo para a saúde e que ganhem mais do que o necessário para a sua sobrevivência terão menor propensão para adotar um modo de vida de risco (fumar ou beber em excesso, por exemplo) e terão uma maior esperança média de vida.

http://www.destak.pt/artigo/68074

Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado indignado com descontos para ADSE em períodos de baixa médica

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado vai recorrer ao Provedor de Justiça. Em causa o decreto que obriga os funcionários públicos a descontar para a ADSE em períodos de baixa médica ou de maternidade.

O diploma do Governo com as novas regras, que obriga os funcionários públicos a descontar para a ADSE em períodos de baixa médica ou maternidade, foi publicado na semana passada e apanhou Bettencourt Picanço de surpresa. O dirigente sindical considera esta uma decisão «ilegal e incongruente».
Bettencourt Picanço não compreende porque é que os trabalhadores do Estado vão ter regras diferentes das que são aplicadas no sector privado. A apreciação da nova norma vai ser hoje mesmo requerida ao Provedor de Justiça. 

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1601860

Utentes das A23, A24 e A25 prometem dar luta

O movimento de utentes contra as portagens na A25, A23 e A24 considerou ontem que esta medida significará que os distritos da Guarda, Viseu, Castelo Branco e Aveiro vão continuar "a ser sacrificados e o seu desenvolvimento adiado".
"A isenção dos residentes está mal explicada", desconfia o líder do movimento, que deu, ontem, uma conferência de imprensa na área de serviço da Guarda da A23. Na ocasião, Francisco Almeida desafiou José Sócrates e Pedro Passos Coelho a conhecer as vias alternativas e anunciou que está a circular um abaixo-assinado contra esta medida.
"O objectivo é recolher 25 mil assinaturas que serão enviadas à Assembleia da República. Mas não descartamos a organização de buzinões, cortes de estradas, marchas lentas ou mesmo o bloqueio da fronteira de Vilar Formoso, se se concretizar", avisou.
Acrescentou que a comissão vai analisar o facto de estas rodovias terem sido construídas com fundos comunitários para tomar outras medidas "junto das instâncias competentes". Tudo porque as portagens na A25 (Aveiro-Vilar Formoso), A23 (Guarda-Torres Novas) e A24 (Viseu-Vila Real) são "profundamente prejudiciais e injustas para a economia e as populações destes distritos", disse.
Para o provar, foi apresentada uma tabela com os valores a cobrar, tendo em conta o preço das portagens que o Governo aplicou noutras. Por exemplo, um ligeiro de passageiros que viajar entre a Guarda e a Covilhã terá que pagar 4,25€. Já um pesado que venha de Aveiro em direcção a Vilar Formoso será portajado em 44,40€. "Isto significa um aumento do custo de vida, mais dificuldades para as empresas", conclui Francisco Almeida. 

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1602229

Chefes de Urgência do hospital de Braga põem lugar à disposição

No Hospital de S. Marcos, em Braga, oito médicos puseram o lugar à disposição da administração e esperam ser substituídos. O director do Serviço de Ortopedia também quer sair.
Oito chefes de equipa do Serviço de Urgência do Hospital de S. Marcos, em Braga, puseram o lugar à disposição da administração da unidade hospitalar, agora gerida pelo Grupo José de Mello Saúde.
A decisão de colocar o lugar à disposição foi comunicada aos responsáveis pelo hospital mas os chefes de equipa permanecem em funções até que sejam substituídos. Também Norberto Nunes, o director do Serviço de Ortopedia colocou o lugar à disposição da administração da Escala Braga, a empresa que o Grupo José de Mello Saúde criou para gerir aquela unidade de saúde.
Tal como o médico Norberto Nunes, os chefes de equipa do Serviço de Urgência, querem deixar de exercer funções por discordarem da forma como a nova administração quer gerir a unidade de saúde.
“Há uma pressão inexplicável sobre os médicos, os enfermeiros e os auxiliares. Pressão para que assinem acordos individuais de trabalho antes do hospital mudar para as novas instalações e pressões para que se atenda mais doentes, em menos tempo e com menos condições”, referiu ao JN um clínico.
No caso do director de Serviço de Ortopedia, fonte da administração da Escala Braga indicou como causa para o pedido de saída, “dificuldade de reorganização da equipa de acordo com o que se definiu ser um modelo mais eficaz para responder às necessidades de cuidados ortopédicos da população”.
Em Oftalmologia, a própria administração substituiu o anterior director de Serviço pelo médico Fernando Vaz. A parceria público/privada entre o Ministério da Saúde e o Grupo José de Mello não tem sido pacífica em Braga.

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Braga&Option=Interior&content_id=1602165

Portugueses são os que mais desinvestem

Portugal foi o país da União Europeia que mais desinvestiu no resto do mundo durante o ano passado. Em 2009, os portugueses desfizeram-se de investimentos no valor de 700 milhões de euros, a maior parte deles colocados em centros financeiros offshore, segundo dados do Eurostat ontem divulgados.
A dimensão do desinvestimento português no estrangeiro teve apenas paralelo, em menor amplitude, aos números da Letónia e da Estónia. Os dois países do Báltico retiraram, cada um, 100 milhões de euros de investimento colocado fora do espaço comunitário europeu.
De acordo com dados ontem divulgados pelo Eurostat, Portugal figura também entre os países da União Europeia que menos investimentos receberam no ano passado, por parte de entidades sediadas fora da Europa comunitária. Ao todo, segundo os números do Eurostat, Portugal recebeu 700 milhões de euros, maioritariamente provenientes do Brasil e de sociedades offshore. Este valor faz que Portugal surja na metade inferior da tabela europeia de atracção de investimento extracomunitário, ao situar-se no nono lugar, atrás da Irlanda (900 milhões de euros) e da República Checa (800 milhões de euros), mas à frente, por exemplo, da Grécia (300 milhões de euros).
Em termos globais, o Luxemburgo continua a deter o primeiro lugar como destino (87,7 mil milhões de euros) e origem (111,8 mil milhões de euros) de investimento directo em territórios exteriores à União Europeia, o que se explica pelo seu papel de intermediação de operações financeiras. Já os Estados Unidos persistem, por seu turno, como o principal destino e origem dos fluxos de investimento no conjunto dos países da UE. No entanto, ao passo que o investimento norte-americano aumentou, de 50 mil milhões de euros para 97 mil milhões de euros, de 2008 para 2009, no sentido inverso o sinal foi o contrário: os investimentos europeus nos EUA caíram de 121 mil milhões para 89 mil milhões de euros.
Em ano de recessão e de promessa de guerra aos paraísos fiscais, os dados do Eurostat permitem ainda concluir que foram os offshore que consolidaram fortemente a sua segunda posição, quer como destino (60,3 mil milhões de euros) quer como origem (39,8 mil milhões) de investimento na UE.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1602272

Portugal ganhou 600 novos milionários em ano de crise

No final de 2009 havia 11 mil portugueses com fortunas superiores  a um milhão de dólares, mais 5,5% do que em 2008
A crise em que mergulhou o País durante o ano passado não impediu que a lista de portugueses com uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares (815 mil euros) ganhasse 600 novos nomes. De acordo com o estudo World Wealth Report 2009, elaborado em conjunto pela Capgemini e Merrill Lynch, no final de 2009 havia em Portugal um total de 11 mil milionários, um número que representa um crescimento de 5,5% face aos 10 400 milionários registados no relatório de 2008.
Segundo o relatório da Capgemini e Merrill Lynch - que exclui da contabilização do património as casas e restantes bens consumíveis -, a subida do número de milionários em Portugal foi alimentada pelo aumento dos preços do imobiliário (em 0,2%) e pela forte descida das taxas de juro. Outro factor apontado no World Wealth Report para o crescimento de mais de 5% no número de milionários portugueses foi a valorização da Bolsa portuguesa, que cresceu 33,5% em relação a 2008. A valorização de muitos títulos - principalmente no terceiro trimestre do ano, quando o PSI-20 valorizou 19,2% - terá contribuído fortemente para o crescimento de fortunas no País, salienta o estudo.
Os 600 novos milionários portugueses juntam-se assim a uma lista que é encabeçada pelos empresários Américo Amorim (fortuna avaliada em 2,83 mil milhões de euros), Belmiro de Azevedo (1,09 mil milhões de euros) e Joe Berardo (618,2 milhões de euros). Juntos, estes três milionários têm uma fortuna avaliada em mais de 4,5 mil milhões de euros, equivalentes a 2,8% do PIB.
Para o crescimento das fortunas milionárias em Portugal pouco ou nada contaram os números da recessão da economia portuguesa, adianta o World Wealth Report. Recorde-se que em 2009 registou--se uma contracção de 2,7% do PIB, o recuo de 21,8% nas exportações e o decréscimo da produção industrial em 8,1%. Ao longo do ano passado, destacam ainda a Capgemini e a Merrill Lynch, há ainda a assinalar a queda do consumo interno em 10%.
Não foi só em Portugal que o número de milionários aumentou. O relatório ontem divulgado aponta para um crescimento de 17,1% em 2009, atingindo um total de 10 milhões de pessoas que possuem uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares. A Capgemini e a Merryl Lynch destacam ainda que, além do número de milionários ter aumentado, as suas fortunas também engordaram durante o ano passado. No final de 2009, a totalidade destas fortunas ascendia a 39 mil milhões de dólares (cerca de 31,8 mil milhões de euros).
Na apreciação que fizeram dos resultados deste estudo, os responsáveis pelo relatório referem que "os últimos anos têm sido relevantes para os investidores ricos". Segundo Sallie Krawcheck, do Global Wealth & Investment Management, "enquanto em 2008 a riqueza global dos milionários sofreu um declínio sem precedentes, um ano depois existem claros sinais de recuperação e em algumas áreas verifica-se mesmo o regresso aos níveis de riqueza e crescimento registados em 2007".

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1602270

24/06/2010

Retraites : deux millions de manifestants

Le secrétaire général de la CGT, Bernard Thibault, a estimé au démarrage du cortège parisien que la mobilisation de jeudi était "de haut niveau", avec "autour de deux millions" de manifestants partout en France contre le projet de loi sur les retraites.
Le cortège parisien, emmené par les numéros un des six centrales syndicales, est parti sous un soleil estival de la place de la République pour rejoindre celle de la Nation, derrière une banderole de tête proclamant "Ensemble, agissons pour l’emploi, les salaires, les conditions de travail et les retraites"
La mobilisation est "de haut niveau", avec "autour de deux millions" de manifestants partout en France, a affirmé le secrétaire général de la CGT, Bernard Thibault. Quelque 130.000 manifestants, selon la CGT, défilaient jeudi à Paris, alors qu'ils étaient 90.000 d'après le syndicat lors de la dernière journée d'action, le 27 mai.
Clin d'oeil à la Coupe du monde de football, des vuvuzelas blancs ou orange faisaient concurrence aux sifflets.

"Les chiffres qui nous remontent de toutes les manifestations nous montrent que les deux millions sont certainement atteints, ce qui veut dire que c'est la plus grosse manifestation de l'année, a estimé François Chérèque (CFDT). Cela montre que le sentiment d'injustice face à cette réforme brutale monte très fort dans le pays".
Affirmant n'avoir "jamais cru que les gens étaient résignés", François Chérèque a ajouté que "quand les gens se rendent compte que la communication cache des injustices (...), inévitablement on a la réaction que l'on a aujourd'hui".
"Le gouvernement doit se rendre compte qu'il faut une réforme alternative, c'est-à-dire réécrire profondément cette réforme pour qu'elle soit plus juste", a souligné le secrétaire général de la CFDT, convaincu que "les gens ne manifestent pas contre le changement mais contre cette réforme injuste".
Et d'ironiser: "Le président de la République peut dormir tranquille, il y a plusieurs millions de personnes dans la rue aujourd'hui, il y a des millions de chômeurs, on a des problèmes de pouvoir d'achat, et lui passe son temps à écouter les états d'âmes d'un footballeur qui gagne 15 millions par an".
Une allusion au rendez-vous jeudi à l'Elysée entre Nicolas Sarkozy et l'attaquant Thierry Henry après la débâcle des Bleus à la Coupe du monde de football en Afrique du sud.

Marseille : 120.000 manifestants

"Faisons aWoerther la réforme des" retraites": plus de 120.000 personnes ont manifesté jeudi à Marseille contre le projet de réforme des retraites d'Eric Woerth, selon les syndicats, la police chiffrant le nombre de manifestants à... 14.500.
Le cortège, plus imposant que celui du 27 mai s'est ébranlé après 10H30 du Vieux-Port et tandis que la tête atteignait le point d'arrivée vers midi, à trois kilomètres de là environ, la queue n'était pas encore partie.
En dehors de quelques banderoles de l'intersyndicale où étaient apposés des autocollants Force ouvrière (FO), ce syndicat n'affichait pas sa présence dans le cortège des manifestants contre le projet de réforme défendu par le ministre du Travail et de la Fonction publique, Eric Woerth.
25.000 personnes ont défilé dans les rues de Lyon.  Pour Gilbert Debard, délégué départemental Unsa, présent dans la manifestation, "ce rassemblement est une agréable surprise, une belle mobilisation qui va au delà des espérances des syndicats". "Aujourd'hui, ce ne sont pas les syndicats qui sont dans la rue, mais les salariés" se réjouit le syndicaliste alors que les manifestants scandaient "Sarkozy, non à ta réforme bidon".
Partout, la mobilisation s'avère plus importante: 
Au Mans, les manifestants sont 10.500, selon la préfecture, et 40.000, selon les syndicats, soit le double du 27 mai 2010.
Au Havre, la police a comptabilisé 10.000 manifestants et les syndicats 20.000, contre respectivement 6.500 et 15.000 le 27 mai dernier.
A Rouen, la police, qui donnait 12.000 manifestants le 27 mai, en donne 21.000 ce jeudi.

Les manifestants font toujours preuve d'humour ou de sarcasme, selon les cas, dans les slogans et les pancartes qu'ils brandissent.
On pouvait ainsi lire, à Tours, "La Rolex à 50 ans, la retraite à 60 ans", au Mans, "Pour vos retraites, faites comme moi:planquez vos milliards aux Seychelles ou en Suisse, c'est net d'impôts", avec, en "signature: Liliane B, conseillée par Eric W".
A Rennes, les manifestants contestaient le "Métro, boulot, caveau", tandis qu'à Rouen, ils s'interrogeaient: "Sarko, le déambulateur est-il fourni avec la réforme?" ou encore "halte au fascisme financier".

SNCF: 46% de grévistes

La direction de la SNCF a comptabilisé jeudi matin 39,8% de grévistes et la CGT 46%, pour la journée d'action interprofessionnelle contre le projet de réforme des retraites, soit une mobilisation supérieure au 27 mai (respectivement 23,2% et 28%).

http://www.humanite.fr/22_06_2010-retraites-deux-millions-de-manifestants-447986

Manifestation du 24 juin: «C'est toute la structure de la société qui est en jeu»

La place de la République, à Paris, était noire de monde ce jeudi en début d’après-midi. Contrairement à la dernière journée pluvieuse de manifestation du 26 mai dernier, l’intersyndicale a réussi à mobiliser. «On est deux à trois fois plus nombreux», estime Thierry Gayot, de la CFTC. Le soleil estival y est peut-être aussi pour quelque chose. 
Les vieux de la vieille sont contents. «C’est bien, c’est bien», indique un militant de la CGT, de toutes les manifestations, qui observe le cortège avec un large sourire. La réforme des retraites est au cœur des slogans, même si on ne les entend pas beaucoup sous le sifflement des vuvuzelas, le nouvel instrument à la mode, Coupe du monde oblige.

«On va partir à quel âge à la retraite? 70ans?»

«Je n’avais plus manifesté depuis les années 1970, mais là, je viens de me faire licencier, j’ai 57 ans et je suis très inquiète», confie Charlotte, «Il va me manquer huit trimestres et c’est pas dit que je retrouve du travail», ajoute-t-elle, «dégoûtée» par tous les derniers scandales autour des membres du gouvernement.
Dans la foule, la jeunesse n’est pas vraiment au rendez-vous sauf Claire, 22 ans, qui se sent tout de même concernée par le sujet: «Je suis là parce que pour l’instant ils veulent mettre la retraite à 62 ans, mais quand ça sera notre tour de partir, ils la mettront à 67 ou 69 ans.» L’étudiante en troisième année d’histoire a donc décidé d’anticiper: «Nous, en plus, on va galérer longtemps avant de commencer à cotiser alors on va partir à quel âge à la retraite? 70ans? Je veux tout faire pour que cela n’arrive pas».

«Déjà à 60 ans c’était compliqué mais alors 62…»

Stéphanie, 41 ans, est elle aussi «en colère»: «L’allongement de la durée de cotisation et le recul de l’âge légal de départ à la retraite sont un scandale. Déjà à 60 ans c’était compliqué mais alors 62…». Ouvrière dans une usine automobile, elle ne pense pas que la réforme soit nécessaire: «Beaucoup d’entre nous ont commencé à 16 ans et ils n’auront pas 62 ans alors qu’ils auront suffisamment cotisé. C’est injuste, ils vont devoir prendre leur retraite à 70 ans s’ils veulent un taux plein.»
Sans oublier la difficile question de la pénibilité. «On est à la chaîne, on est debout tout le temps, et on porte des charges lourdes. L’évolution de la société, censée améliorer notre confort, voudrait que l’on travaille moins et non pas plus longtemps», affirme encore Stéphanie qui pourra se rassurer de voir de nombreux manifestants venus renforcer le cortège ce jeudi par solidarité.

«On a le droit d’être en pleine forme à 60 ans pour profiter de notre retraite»

Tel Jean-Paul, 61 ans, qui est déjà à la retraite depuis un an: «Je suis aussi là parce que je risque d’être touché. Ma retraite peut être modifiée. S’ils touchent à l’âge légal, ils peuvent toucher à ma pension et ça me fait peur.» Et cet ancien chef de projet d’ajouter: «On a le droit d’être en pleine forme à 60 ans pour profiter de notre retraite».
«La cause est juste, j’apporte mon soutien aux salariés», indique pour sa part Franck Périllat-Bottonet, adjoint au maire PCF de Villejuif (Val-de-Marne), chargé du personnel. Doté de son écharpe tricolore, il fait partie de ces membres de partis politiques venus grossir les rangs de la manifestation: «C’est important qu’il y ait plus de monde, c’est toute la structure de la société qui est en jeu et ce sont les grands mouvements sociaux qui ont fait avancer les choses».
Corentin Chauvel (avec R.B-P) 
 
http://www.20minutes.fr/article/580911/Societe-Manifestation-du-24-juin-C-est-toute-la-structure-de-la-societe-qui-est-en-jeu.php

Despedimentos por falência. Portugal é o pior exemplo na Europa

Portugal é o mercado de trabalho europeu que mais tem sofrido, desde o início da crise (meados de 2007), com as falências e encerramentos de empresas. Este tipo de reestruturação, mais dolorosa e radical, contrasta com os chamados processos de reorganização interna, prática que domina nos restantes países europeus e que permite às companhias permanecerem activas, apesar das dificuldades.

Dados do Centro Europeu para a Monitorização da Mudança (CEMM), que depende do Eurofound, instituição europeia, mostram que mais de 54% das reduções de postos de trabalho anunciadas em Portugal desde Julho de 2007 surgem na sequência de processos de falência ou de encerramento de empresas. O balanço deste ano já é francamente negativo a esse nível. O CEMM sublinha no relatório de Junho que, ao nível da indústria europeia, "o maior caso de destruição de empregos [em Maio] está relacionado com o plano da companhia alemã Rohde, o maior fabricante de calçado em Portugal, para fechar a sua fábrica em Santa Maria da Feira, com a perda de 980 postos de trabalho".

Um sério revés para a região Norte que já tem umas das taxas de desemprego mais elevadas do país, cerca de 12,5% da população activa no primeiro trimestre, segundo o INE. A taxa nacional está em 10,6%.

O CEMM dá ainda conta de outro caso de peso este ano: o fecho da Poceram, fabricante de cerâmicas do distrito de Coimbra, anunciado em Março, que não encontrou um investidor que a salvasse da morte anunciada desde meados de 2009.

Este centro europeu acompanha os processos de reestruturação com visibilidade na comunicação social da Europa.

No caso de Portugal é possível fazer um balanço desde que rebentou a crise, em Julho de 2007: registou-se a supressão de 8 576 empregos dos quais 4 663, ou quase 54%, resultaram de falências. No mesmo período, em Espanha, o principal parceiro comercial e de investimento português, as falências geraram 31% da destruição de empregos. Na Roménia, a taxa de incidência do fenómeno baixa para 4%.

http://www.ionline.pt/conteudo/65646-despedimentos-falencia-portugal-e-o-pior-exemplo-na-europa

L’inégal accès au bac des catégories sociales

L’admission au baccalauréat dans une série plus ou moins prestigieuse est en partie liée à l’origine sociale : les fils de cadres supérieurs ont presque deux fois plus de chances que les ouvriers d’avoir leur bac et huit fois plus d’obtenir un bac S...


L’évolution
L’accès au baccalauréat se démocratise. De plus en plus de jeunes issus des couches moins favorisées obtiennent ce diplôme : c’est le cas de près de la moitié des jeunes issus de famille ouvrière nés au tout début des années 1980, contre 10 % de ceux nés dans les années 1950. Au total, près des deux tiers des générations nées entre 1979 et 1982 ont obtenu le bac, contre un peu plus de 20 % de celles nées vingt années plus tôt.
Ces chiffres doivent être nuancés pour plusieurs raisons. Toutes les catégories ont profité du mouvement : 90 % des enfants de cadres supérieurs obtiennent le bac, ce qui fait que l’inégalité des chances d’accès reste très forte. Sous le vocable "bac" se cachent trois filières différentes : les bac généraux, technologiques et professionnels, qui n’ont pas la même valeur sur le marché des diplômes. A l’intérieur de ces filières, la valeur des séries est elle-même inégale (voir plus loin).
L’élévation de la part de bacheliers dans les catégories les moins favorisées résulte pour une bonne part de l’essor du bac professionnel à partir de la fin des années 1980. En 2006, 64 % des jeunes ont obtenu leur bac, mais 34,8 % seulement un bac général. Enfin, le taux de bacheliers stagne depuis le milieu des années 1995, c’est-à-dire pour les générations nées à partir de la fin des années 1970.
Obtention du bac selon la catégorie sociale et la génération
Source : ministère de l’Education nationale, l’état de l’école (édition 2009)
Les inégalités d’accès aux différentes filières
Obtenir le baccalauréat, sésame indispensable pour pouvoir poursuivre des études ou pour multiplier ses chances de décrocher un emploi, dépend en partie de son origine sociale : 34 % d’enfants d’ouvriers ont obtenu un bac général en 2008 contre 75,7 % d’enfants de cadres supérieurs. 58,3 % des enfants des professions intermédiaires ont été admis pour ce baccalauréat. Les enfants d’ouvriers et d’employés sont davantage présents dans la filière professionnelle : ils étaient respectivement 34,6 % et 20,3 % a avoir obtenu un bac professionnel contre 8,1 % des enfants de cadres supérieurs.

Taux de bacheliers selon leur origine sociale
Unité : %

Bac généralBac technologiqueBac professionnel
Agriculteurs exploitants54,825,120,1
Atrisans, commerçants, chefs d'entreprises50,425,424,2
Cadres supérieurs, professions intellectuelles75,716,38,1
Professions intermédiaires58,327,414,3
Employés48,431,320,3
Ouvriers34,031,434,6
Retraités39,026,834,2
Ensemble53,926,219,9
Lecture : 34 % d'enfants d'ouvriers ont obtenu un bac général en 2008 contre 75,7 % d'enfants de cadres supérieurs.
Source : Ministère de l'Education nationale. Année des données : 2008
L’exemple de la série S
La série "S" comme "scientifique" est la série la plus prestigieuse du lycée, celle qui est réputée la plus difficile et qui ouvre la porte des filières les plus sélectives. Au cours des dix dernières années, la composition sociale de cette filière a très peu évolué. La part des élèves d’origine ouvrière a stagné, mais celle des ouvriers dans la population active a décliné. Celle des employés s’est accrue, mais ceux-ci ont aussi progressé parmi les actifs. On remarquera que les élèves dont les parents sont ouvriers ou employés constituent un quart des élèves de série S alors que 54 % des actifs appartiennent à ces deux catégories sociales. La proportion d’élèves issus des professions intermédiaires - le coeur des classes moyennes - a décliné alors que cette catégorie progresse parmi les actifs.

Les bacheliers de la série scientifique selon l'origine sociale
Unité : %

199720072008Rappel : répartition des actifs en 2007, en %
Ouvriers12,312,112,1
23,8
Employés12,914,314,5
30,2
Agriculteurs exploitants3,73,02,8
1,9
Artisans, commerçants, chefs d'entreprise9,99,39,7
6,0
Cadres, professions intellectuelles supérieures41,042,142,1
15,0
Professions intermédiaires20,219,218,8
23,0
Pour pouvoir établir la comparaison avec les données sur les catégories sociales de l'Insee, nous n'avons considéré que les élèves des catégories sociales d'actifs. Nous avons retiré les retraités, ceux qui n'ont pas d'activité professionnelle et ceux pour qui l'activité n'est pas renseignée.
Source : Ministère de l'Education nationale et Insee

http://www.inegalites.fr/spip.php?article272

La représentation des pères dans la publicité

Les publicités tendent toujours à montrer les mères comme "naturellement" compétentes pour les tâches domestiques, les produits vantés étant censés leur apporter une aide pour mener plus facilement leur double journée. A contrario, les hommes pères de famille sont souvent présentés dans ce domaine comme moins compétents, les produits leur permettant alors plutôt d’éviter les contraintes, selon l’Observatoire de la responsabilité sociétale des entreprises (ORSE), qui, avec l’agence BETC Euro RSCG et le sociologue Eric Macé, a réalisé la première étude européenne de la représentation des pères dans la publicité . Cette initiative a été menée pour sensibiliser les hommes et les femmes aux stéréotypes persistants qui cantonnent les femmes à la sphère domestique et les hommes à la sphère professionnelle, car "c’est en donnant aux hommes la possibilité d’avoir une vie familiale reconnue que les femmes pourront investir le monde de l’entreprise". Si les publicités commencent à prendre acte des changements de la société, et notamment de l’activité professionnelle des femmes, un grand conservatisme prévaut encore dans la représentation des pères.
P-D

http://www.inegalites.fr/spip.php?page=la_breve&id_breve=701

Em defesa das pensões de reforma: França hoje em luta!

«Se se vive mais tempo, deve-se trabalhar mais tempo», esta é a lógica defendida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, para aumentar novamente a idade de reforma e o período de contribuições.

Em resposta ao novo plano apresentado na semana passada pelo governo francês, os sindicatos convocaram para hoje em todo o país uma jornada de protesto em defesa dos direitos de aposentação.

O governo de direita alega que, caso não haja uma redução de direitos, os «custos» das pensões passarão dos actuais 32 mil milhões de euros para 42 mil milhões em 2018, encargo que procura apresentar como insustentável, apesar de não o comparar com o aumento da riqueza nacional nos últimos anos nem sobretudo com o constante incremento da produtividade do trabalho.

Deste modo quer aumentar a idade mínima de reforma dos 60 para os 62 anos, e o período de contribuições dos 40 para os 41 anos e cinco meses. Acresce que um trabalhador que não atinja esta longa carreira contributiva, situação cada vez mais frequente dado o elevado desemprego e a generalização da precariedade, só poderá aceder à sua pensão completa a partir dos 67 anos.

«A primeira consequência deste projecto», notou a CGT em comunicado, «é uma redução das pensões e o aumento das injustiças, afectando em particular as mulheres e os precários». «Mais de 30 por cento das mulheres», acrescentou, «deverão trabalhar até aos 67 anos», sendo que já hoje, 28 por cento das mulheres trabalham até aos 65 anos para acederem a uma pensão.

Maioria contra

Uma sondagem (BVA-Absoluce-Les Echos-France Info) publicada na terça-feira, 22, também não deixa dúvidas sobre a opinião geral dos franceses: 56 por cento manifestam-se contra a alteração do sistema de reformas, sendo que 67 por cento qualifica de «má» a política económica do actual governo.

Sobre a jornada de protestos de hoje, 64 por cento dos inquiridos consideram-na «justificada» ou «plenamente justificada». Todavia, apenas 29 por cento se mostram dispostos a combatê-la, enquanto 27 por cento se declaram «decepcionados» não acreditando que alguém possa impedir as medidas anunciadas.

Aproveitando a maré de contestação, o partido socialista de Martine Aubry, colocou-se ao lado dos sindicatos, qualificando a proposta de «irresponsável» e prometendo repor o limite dos 60 anos caso regresse ao poder em 2012.

A acção de hoje é convocada pelas centrais CGT-CFDT-FSU-Solidaires-Unsa e CFTC, que contavam trazer às ruas mais de um milhão de trabalhadores.

http://www.avante.pt/pt/1908/europa/109282/

Nova greve geral convocada na Grécia: Corda esticada

Os principais sindicatos do sector público e privado convocaram para o próximo dia 29 uma paralisação de 24 horas em protesto contra os novos projectos de reforma da segurança social e do mercado de trabalho.

Para ontem, quarta-feira, 23, dia em que os diplomas deveriam ser apresentados no parlamento, a Frente Militante dos Trabalhadores (PAME) já tinha convocado uma greve geral contra a nova legislação adoptada pelo governo sob exigência do FMI e da UE.

Nas palavras da secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, Aleka Papariga, este novo pacote legislativo representa uma intensificação da ofensiva que está a «transformar os trabalhadores em exércitos de esfomeados».

Entre as muitas alterações previstas, destaca-se a abolição das convenções colectivas e a drástica diminuição do salário mínimo nacional, que atinge em particular os jovens. Assim, os trabalhadores até aos 21 anos só terão direito a 80 por cento da remuneração mínima, passando para 85 por cento entre os 21 e 25 anos. Deste modo, segundo cálculos da PAME, o actual salário mínimo nacional de 740 euros cairá em termos brutos para 592 euros, que representam para os jovens 470 euros líquidos por mês, isto é, 21 euros por cada oito horas de trabalho.

Enquanto elimina restrições aos despedimentos, o governo de Papandreu pretende impor a redução para metade do valor das indemnizações devidas aos trabalhadores, ou seja, em vez dos actuais 24 salários, passarão a receber apenas 12.

Paralelamente, prossegue a demolição dos direitos da segurança social, com a eliminação na prática das pensões de reforma e a sua substituição por prestações sociais no valor de 360 euros, a partir dos 65 anos. Os serviços públicos passam para as mãos dos privados, tornando a saúde e a educação em bens cada vez mais inacessíveis à maioria da população.

«Guerra ao governo»

Em conferência de imprensa, Aleka Papariga afirmou que perante a gravidade destas medidas «o povo deve declarar guerra ao governo». Condenando o executivo do PASOK e os partidos ND (conservador) e LAOS (extrema-direita) que o apoiam, a dirigente comunista notou que o objectivo destes partidos, juntos, é obrigar «os trabalhadores a pagarem as consequências da crise do capitalismo, apesar de não terem qualquer responsabilidade nela».

«Procuram assim garantir elevados lucros no futuro e o poderio do capital grego. Cortam as conquistas que restavam aos trabalhadores para dar um sopro de vida ao modo de produção capitalista que está ferido de morte. O capitalismo está obsoleto, podre e é parasitário. É incapaz de superar as suas contradições intrínsecas e por isso torna-se mais agressivo em relação à classe operária, aos auto-empregados, aos pequenos e médios empresários.»

Apelando à luta para «derrotar a política antipopular e os seus defensores, Papariga considerou que é preciso «iniciar a luta pelo derrube do poder dos monopólios. Basta de mentiras, o desenvolvimento do capitalismo só conduz a sacrifícios e sofrimentos, À exploração selvagem da juventude, abandonando à sua sorte os idosos».

A dirigente comunista exortou ainda os trabalhadores a voltarem costas às «direcções conciliatórias das centrais GSEE e ADEDY» e a juntarem-se à sua central sindical de classe – a PAME.

http://www.avante.pt/pt/1908/europa/109280/

Manobras perigosas…

Pedro Guerreiro

Não pode deixar de ser denunciado o sério e perigoso significado das recentes sanções contra o Irão aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que contou com os dignos votos contra do Brasil e da Turquia (e a abstenção do Líbano).
Estas novas medidas do Conselho de Segurança das NU contra o Irão partiram de mais uma iniciativa dos EUA - apadrinhada pela França, Alemanha e Grã-Bretanha -, que se enquadra na sua estratégia de permanente ingerência, desestabilização e aumento da tensão com vista ao domínio desta importante região do Mundo, tão abundante em recursos.
Aliás os EUA têm utilizado as sanções como um instrumento de incremento de escaladas de confronto contra países que não se submetam aos seus ditames ou obstaculizem a concretização das suas ambições. Recordemos, por exemplo, as etapas de preparação da agressão dos EUA (e dos seus aliados) à Jugoslávia ou ao Iraque.

Estas medidas de confronto promovidas pelos EUA (e pela UE) têm tido como objectivo obstaculizar a solução pacífica de problemas e conflitos, alicerçar a ingerência, isolar e procurar utilizar a legítima reacção dos Estados visados em defesa da sua soberania e projectos de desenvolvimento como pretexto para levar avante novas provocações ou, mesmo, agressões, sempre acompanhadas por amplas campanhas de desinformação que procuram apresentar o agredido como agressor.
Aliás, estas novas medidas contra o Irão (preparadas e acordadas, inicialmente, à margem do Conselho de Segurança das NU) surgiram precisamente no momento em que, por iniciativa do Brasil e da Turquia, é aberta uma real oportunidade de construção de uma solução política para o problema criado em torno do programa nuclear do Irão, que este reafirma ter objectivos pacíficos. Iniciativa do Brasil e da Turquia que, afinal, expôs a nu as intenções de confronto e de agressão levadas a cabo pelos EUA e da sua instrumentalização do Conselho de Segurança das NU para este fim.

Recordem-se os esforços dos EUA – que acabaram por ser protagonizados pelas grandes potências da UE - de passar a discussão em torno do programa nuclear do Irão da Agência Internacional de Energia Atómica para o Conselho de Segurança das NU como passo necessário ao aumento da tensão.
Aliás, com este tipo de decisões, é cada vez mais questionado o papel e a legitimidade das decisões (ou ausência delas) deste órgão da ONU. Aos olhos do mundo só pode ser chocante e hipócrita que o Conselho de Segurança das NU que votou maioritariamente as sanções contra o Irão, não tenha adoptada uma resolução de condenação de Israel pelo criminoso ataque a embarcações com ajuda humanitária destinada à população palestiniana na Faixa de Gaza, (mais) um acto de terrorismo protagonizado por um Estado que coloniza, explora e oprime o povo palestiniano, que é portador de armas nucleares e que ameaça de agressão e agride países no Médio Oriente gozando da conivente impunidade que lhe é concedida pelos EUA e a UE.

A perigosa instrumentalização do Conselho de Segurança das NU por parte dos EUA e da UE é igualmente exposta quando, não conseguindo integrar na resolução todas as medidas que pretendia (por desacordo da China e da Rússia), posteriormente, as adopta de forma unilateral (e branqueada), invocando a adopção da resolução que, precisamente, não as havia integrado.
Há que estar muito atento à evolução da situação nesta região. As sanções agora aprovadas pela maioria do Conselho de Segurança das NU estão imbuídas do perigoso germe da provocação protagonizada pelos EUA. Às forças anti-imperialistas, às forças da paz impõe-se a denúncia das acções e intenções do imperialismo e a exigência do fim da escalada de agressão.

http://www.avante.pt/pt/1908/opiniao/109336/

Assim não...

Donativos

Os cortes sociais que o Governo de Sócrates continua a multiplicar sob o pretexto do «PEC-2» estão já a fazer estragos nas próprias associações privadas de apoio aos doentes, designadas IPSS, isto pela curta razão de que o Estado deve quatro milhões de euros a estas instituições, pondo-as em sérias dificuldades. Algumas queixam-se já em público, nomeadamente a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, a Sol, a Abraço ou a Acreditar.

De notar que estes quatro milhões de euros em atraso estão previstos no Orçamento de Estado para as IPSS, enquanto estas continuam a desempenhar um papel fundamental no acompanhamento e apoio às mais diversas patologias e doentes, em geral colmatando deficiências de assistência por parte do Serviço Nacional de Saúde. A falta destes donativos do Orçamento do Estado pode significar cortes sérios e graves na assistência a doentes crónicos e altamente fragilizados.

Entretanto, notícias também recentes dão nota que, por exemplo, a aquisição de viaturas novas e de luxo para a administração pública continua a aumentar, com percentagens de cinco e 10% a mais nesta despesa, em relação ao ano passado...

Estradas

Todos os 304 postos de SOS dos itinerários principais e complementares (vulgo IP e IC) estão fora de serviço, ensacados e apertados com fita adesiva. Nenhum automobilista poderá carregar nos botões para pedir socorro, pelo menos até 2011. A concessionária, a Estradas de Portugal, assume a «falha» e garante que o sistema «será totalmente renovado por tecnologias mais avançadas», mas não se digna a dizer quais ou quando. No meio disto, os utentes do IP3 e IP4 – duas vias montanhosas e perigosas, onde a rede de telemóveis é frequentemente deficitária – já manifestaram a sua indignação e preocupação. A Estradas de Portugal também aqui nada se digna a responder, enquanto o Governo de Sócrates parece também não se preocupar com o caso.

Provavelmente, deve achar que, assim como assim, os SOS avariados têm a vantagem de não dar qualquer despesa...

INEM

Continua a polémica à volta do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o Sindicato dos Enfermeiros a insistir que o Governo se prepara para desactivar parcialmente várias unidades do corpo de ambulâncias para poupar dinheiro (nomeadamente em horas extraordinárias aos enfermeiros das tripulações) e o Ministério da Saúde a negar tudo, enquanto um secretário de Estado-adjunto vai admitindo que irá haver «recolocação de meios». Uma confusão, enfim.

Entretanto soube-se que equipamento e software adquirido pelo INEM já há cinco anos (em 2005) por um milhão e meio de euros, para instalar o Sistema Integrado de Atendimento e Despacho de Emergência Médica (SIADEM), não funcionou até 2008 por não ter sido instalado e mesmo agora funciona a meio-gás, o mesmo acontecendo a um conjunto de computadores topo de gama, a 2500 euros a unidade a preços de 2005, instalados nas viaturas.

Com todos estes desleixos e incompetências não se preocupou o Governo de Sócrates, apesar dos rios de dinheiro que entretanto se desperdiçaram, durante anos. Mas estão empenhados agora em parar ambulâncias para «poupar» nas horas extraordinárias dos enfermeiros...

http://www.avante.pt/pt/1908/argumentos/109268/

Enfermeiros cumpriram greve nacional: Combater a discriminação

Os enfermeiros cumpriram, dia 18, uma greve nacional, com manifestação, em Lisboa, contra a imposição das matérias relativas a salários, transições e rácios, e garantiram que prosseguirão com a luta até que vençam as discriminações.

A greve registou uma adesão média de 65 por cento, com adesões totais em vários hospitais centrais, e teve significativa participação nos centros de saúde, informou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Próxima dos 70 por cento foi a adesão registada na Madeira.

«Ficou demonstrada a disponibilidade dos enfermeiros para prosseguirem com a luta até que as suas justas reivindicações sejam atendidas», afirmou ao Avante!, o dirigente do SEP/CGTP-IN, Pedro Frias.

Com esta acção os enfermeiros pretenderam «repudiar o encerramento das negociações relativas a grelhas salariais, transições e rácios, imposto pelo Ministério da Saúde que mantém a profunda discriminação dos enfermeiros, relativamente a outros licenciados da Administração Pública, em início de carreira ou integrados em carreiras especiais».

Pelo menos, até 2013, «o Governo PS quer continuar a pagar aos que entram na profissão (1020,5 euros) abaixo de qualquer outro licenciado (1201,45 euros)», recordou o dirigente sindical, lembrando alguns avanços negociais relativos à avaliação de desempenho e aos concursos, à regulamentação da carreira de enfermagem e ao Acordo Colectivo de Trabalho, e nas matérias sobre os profissionais de enfermagem com contrato individual de trabalho, progressos que «só foram possíveis graças à luta, em unidade, que tem sido desenvolvida».

O Ministério da Saúde comprometeu-se a entregar o seu projecto sobre avaliação de desempenho até 15 de Julho, e o relativo à regulamentação da carreira, até dia 23 do mesmo mês.

Repúdio e protesto

Na moção aprovada na concentração, diante do Ministério da Saúde, os participantes manifestaram o seu «total repúdio e veemente protesto» contra o Projecto de Diploma do Governo que mantém a discriminação salarial no ingresso na carreira; contra a «intolerável» fixação da aplicação do regime geral de transição para a nova carreira de enfermagem; a «inaceitável» fixação de «um rácio de enfermeiro-principal abaixo das necessidades», e a imposição de «uma remuneração para o exercício de funções de chefia e de direcção que, em várias instituições, inferior ao actualmente atribuído a enfermeiros-chefes e supervisores.

Salientando que «o sentimento de indignação e de revolta é geral» entre a classe, a moção anuncia que o SEP intervirá junto das instituições contra estas políticas, tendo os participantes manifestado «total disponibilidade para continuar a desenvolver as ajustadas formas de luta que venham a ser decididas».

Caótico INEM

No Alentejo, a grave carência de enfermeiros no Instituto Nacional de Emergência Médica, INEM, está a provocar «ruptura e inoperacionalidade de ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) a funcionar em Moura e em Elvas», alertou o SEP, numa nota à imprensa de dia 13.

«Dos cinco enfermeiros que deveriam constituir as equipas das SIV de Moura, Odemira, Elvas e Estremoz, existem apenas dois em Moura e Odemira, e três em Elvas e Estremoz», revelou o sindicato, avisando que este mês, alguns dos meios ficariam inoperacionais durante longos períodos. Em Moura, não há SIVs desde dia 15 e até dia 30, entre as 8 e as 20 horas. Entre os dias 18 e 21, o SIV esteve inoperacional entre as 20 horas do dia anterior e às oito horas da manhã. No dia 26, está prevista ausência de ambulâncias durante 24 horas, a partir das 20 horas do dia anterior.

Em Elvas, não haverá SIV entre as 20 horas, de dia 22, até à mesma hora do dia seguinte, e dia 25, das oito às 20 horas.

No Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa, os enfermeiros sub-contratados, «a recibos verdes» recusam continuar a exercer as suas funções porque «não recebem desde o início do ano». O SEP agendou greves destes trabalhadores, em turnos nos dias 8, 12, 13, 15, 17, 18 e 20, estando prevista mais uma recusa, dia 25, entre a meia-noite e as oito horas.

http://www.avante.pt/pt/1908/trabalhadores/109309/

Combater realmente o desemprego

A CGTP-IN acusou o Governo, num comunicado de dia 14, de desvalorizar os indicadores sobre o desemprego, «que dão conta, a cada mês, de novos recordes no número de desempregados». A tomada de posição decorreu da revelação dos dados anunciados, naquele dia, pela OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, tendo a central exigido um efectivo e real combate a um flagelo social que não pára de aumentar.

Mais de 200 trabalhadores por dia, desde o início do ano, ficaram desempregados, recordou a central, lembrando que o valor de 10,8 por cento é o mais elevado das últimas décadas, e «coloca Portugal na linha da frente do desemprego na União Europeia».

Actualmente, existirão, realmente, mais de 720 mil desempregados, considera a central, e as alterações das regras de atribuição do subsídio de desemprego e do conceito de «emprego conveniente», acordadas entre o PS e o PSD, «só agravarão a presente situação, com implicações directas na redução das prestações sociais e dos salários, no aumento da precariedade e da exploração da generalidade dos assalariados».

Considerando que os sucessivos aumentos se devem a políticas erradas que conduzem «o País à estagnação e divergência no crescimento económico, ao aumento do endividamento externo e da crescente dependência», a CGTP-IN condenou «a sistemática destruição do aparelho produtivo», assente em baixos salários e numa fraca incorporação de valor acrescentado na produção.

Como alternativa, reclama uma revitalização do sector produtivo que crie mais e melhor emprego, a valorização dos salários e um alargamento das condições e critérios na atribuição das prestações de apoio social, em oposição ao acordado entre o PS e o PSD. Mais de 350 mil trabalhadores não estão, actualmente abrangidos, nem pelo subsídio de desemprego, nem pelo subsídio social de desemprego, recordou a central.

Coincidindo com os dados da OCDE, o Instituto do Emprego e Formação Profissional revelou, dia 16, que o número de desempregados inscritos, em Maio, nos Centros de Emprego, é 14,6 por cento superior aos dados registados no mesmo mês, no ano anterior. O crescimento homólogo ocorreu em todas as regiões, tendo tido maior expressão no Algarve (+31,8 por cento), nos Açores (+24,8 por cento) e na Madeira (+23,8 por cento).

Dez mil em Coimbra sem apoios

Pela primeira vez, o número de desempregados no distrito de Coimbra atingiu os 20 620 desempregados, revelou, dia 14, a União dos Sindicatos daquele distrito, salientando que destes, apenas cerca de 11 mil têm alguma forma de apoio social.

Num comunicado, a União dos Sindicatos de Coimbra reclamou políticas de revitalização do sector produtivo, considerando que a política do Governo é a responsável pela degradação económica e social do País, que considera ser evitável.

A união exige e propõe políticas de apoio ás empresas em dificuldades de escoamento das suas produções, a dinamização da economia «por via da procura interna», e um alargamento das condições e critérios na atribuição das prestações de apoio social aos desempregados, «em oposição à redução da protecção social acordada entre o Governo PS e o PSD».

http://www.avante.pt/pt/1908/trabalhadores/109306/

Quadros superiores queixam-se de excesso de rotatividade

Os quadros superiores da administração pública queixam-se de uma excessiva rotatividade nos cargos provocada pelos ciclos eleitorais. 

Os quadros superiores da administração pública estão descontentes com a rotatividade dos cargos provocadada pelos ciclos eleitorais e falta de flexibilidade na gestão dos recursos humanos.
A conclusão está num inquérito aos dirigentes da Função Pública realizado em 2007 para uma tese de doutoramento no Instituto Superior de Ciências do trabalho da empresa e que hoje vai ser apresentada.
O estudo diz também que a esmagadora maioria dos dirigentes inquiridos se queixa da demora dos políticos para tomarem decisões, bem como de dificuldades na gestão de recursos humanos.
Quase 90 por cento dos dirigentes superiores da administração pública queixam-se da falta de flexibilidade na gestão dos funcionários.
Este é o principal obstáculo nas funções que desempenham. Seguem-se, a lentidão nas decisões dos políticos (com 83%) e a insuficiente qualificação do pessoal.
Mas os obstáculos não se ficam por aqui, 77 por cento criticam a instabilidade nas reformas dos vários governos.
Carla Teixeira, autora desta tese de doutoramento em Sociologia pelo ISCTE, explica que os dirigentes superiores da administração do Estado não gostam de ser escolhidos por critérios políticos.
«A maioria considera que todos os dirigentes, inclusivé os intermédios, deviam ser escolhidos apenas com base na competência técnica e profissinal, não estando sujeitos aos ciclos eleitorais, porque precisam de estabilidade e segurança para exercer as suas funções», afirma.
Na administração pública existem quase 600 dirigentes superiores, 120 responderam a este inquérito. A rotatividade é grande.
«Estes dirigentes têm vindo gradualmente a perder poder de intervenção, na medida em que têm pouca autonomia, porque se encontram muito dependentes do poder político e porque parte das suas funções têm vindo a ser transferida para os gabinetes ministeriais», adianta.
A investigadora fala numa «forte instabilidade de lugares».
Um exemplo: em 2007, dois anos depois do novo Governo tomar posse, 60 por cento dos dirigentes tinham sido nomeados pelo executivo socialista.
Esta tese de doutoramento vai ser apresentada hoje numa conferencia com o tema “Radiografia social da administração pública em Portugal”.
Esta conferência é organizada pela Associação dos Profissionais em Sociologia das organizações e do trabalho. O presidente desta associação, António Norberto Rodrigues, faz um retrato de uma administração pública com dificuldades e sem motivação para se reformar.
«O retrato é uma administração envelhecida, com uma dinâmica de incerteza, de alguma apatia, de alguma desmotivação e com dificuldade em pôr em prática a reforma que os dois últimos Governos enunciaram. Aposentou-se muita gente, as pessoas têm agora um ritmo maior, com menos recursos para executar o trabalho, o que cria situações de grande incerteza, de grande ansiedade e de grande desconfiança relativamente ao futuro», afirma.
António Norberto Rodrigues diz que os funcionários públicos têm sido obrigados a aguentar cargas de trabalho cada vez maiores por causa dos cortes no pessoal o provoca «consequências nos trabalhadores», que muitas vezes ficam para além do horário e levam tarefas para fazer casa.  

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1601756

23/06/2010

Ricos já conseguiram recuperar da crise, revela relatório

Apesar da crise financeira e económica, os ricos já conseguiram praticamente repor o valor das suas fortunas, numa altura em que o número de milionários continua a crescer na Ásia.
A crise foi forte, agitou o mundo, fez tombar bancos, empresas e grandes investidores, mas dois anos depois as maiores fortunas internacionais recuperaram, estando agora já muito perto dos níveis de 2007.
O relatório anual da Capgemini e da Merrill Lynch sobre a riqueza mundial revela que aquilo que os mercados e a economia destruíram nesse ano negro de 2008 já foi reconstruído no ano passado e os dez milhões de pessoas mais ricas viram as suas fortunas aumentar quase 19 por cento, para um total de 31,5 biliões de euros. Para igualar o valor antes da crise já só falta uma pequena parte, ou seja, nove biliões.
O documento mostra ainda que os mais afortunados continuam a viver nos Estados Unidos, onde existem três mil milhões de milionários. O Japão e a Alemanha surgem a seguir e na quarta posição aparece a China.
Contas feitas por região, pela primeira vez o número de milionários em toda a Ásia supera, ainda que por pouco, os mais ricos da Europa.
O aumento mais acelerado da riqueza aconteceu na Índia, China e Brasil.  

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1600230

Crescimento económico volta a abrandar

O crescimento económico na Zona Euro voltou a abrandar em Junho, pelo segundo mês consecutivo, sobretudo devido à diminuição nas novas encomendas.
A actividade comercial na zona euro manteve-se em alta, mas o índice PMI (Purchasing Managers' Index) dos 16 países que partilham a moeda única caiu para 56 pontos em Junho, ligeiramente abaixo de maio e do pico pós-recessão de 57,3 pontos registado em Abril.
 
No índice Markit, qualquer valor acima de 50 pontos indica crescimento económico, mas estes resultados alimentam os receios de que as impopulares medidas de austeridade que têm vindo a ser anunciadas na União Europeia não estão a conseguir dinamizar o crescimento económico.
   
Segundo o grupo Markit, o atual ritmo de crescimento «é insuficiente para continuar a sustentar um crescimento no emprego».
   
«A quebra na evolução do produto, das novas encomendas e das exportações no final do trimestre sugere que o crescimento económico será comedido à medida que se aproxima a segunda metade do ano», afirmou o economista chefe do Markit, Chris Williamson.
   
Segundo alerta, isto pode significar que «o crescimento no emprego pode abrandar o ritmo nos próximos meses, aumentando a crescente dependência da região face às exportações, em vez de ser a procura doméstica a sustentar a recuperação».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1600837

Discursos bilderbergienses (o bilderberguianos)

Jorge Felipe García

[En las siguientes líneas reproducimos un fragmento del discurso de bienvenida a la reunión de Sitges del Club Bilderberg, que corrió a cargo del experto en vivisecciones y reformas estructurales en el este europeo, el polaco Tadeusz Kikirikowski. El texto produjo una encendida polémica filológica entre los especialistas acerca de la superior corrección de la expresión ‘bilderbergiense’ sobre la de ‘bilderberguiano’, o viceversa. Nos limitamos a reproducirlo, sin ulteriores comentarios de este cariz.]
Queridos amigos, amigas, hermanos todos en el lucro, internacionalistas de la codicia, gusanos afectuosamente prendidos a la máquina: la última frontera sigue siendo el cuerpo y el alma del trabajador: allí aún quedan muchos indios por matar.
En el Times del tres de septiembre de 1873, ayer, como quien dice, el amigo Stapleton advertía: “Si China se convirtiera en un gran país industrial, no veo cómo la población obrera de Europa podría hacer frente a ese desafío sin descender al nivel de sus competidores”. Hoy, gracias a la concurrencia del mercado mundial, gracias a la globalización, nuestro objetivo ya no son los salarios continentales, sino los salarios chinos. [1] Qué poético, circular, es todo…
[…]
Es muy duro, se nos hace realmente penoso, exigir profundos sacrificios; pero se lleva mucho mejor cuando éstos se padecen en un cuerpo ajeno. Manos a la obra, pues. Desde los más sólidos cimientos de nuestra civilización –el egoísmo y la codicia – renovamos nuestro compromiso, perseverante, esforzado y ambicioso, por la destrucción metódica de los seres humanos y la naturaleza. “¡Más madera! Es la guerra.” La guerra por la desorganización científica del trabajo. No hemos dicho aún suficientemente la oportunidad que significa la crisis, la ocasión, el kairós de la intensificación de la explotación.
¿El método? El de siempre, el de “ensayo y terror”. El miedo es el mejor medio para que crezca el beneficio. El estado del bienestar no es una red para acróbatas fallidos: es una tela de araña demasiado frágil. ¿Miedo, dije? El miedo no es suficiente, mejor el terror, mejor el pánico. Llega el hombre del “sacco”… La última frontera es su alma. El miedo cerrará sus puertas y ventanas. Hay que hacer girar con más fuerza aún los engranajes de la rueda hasta que aúllen de dolor y corran a inmolarse a una divinidad infinitamente más estúpida y más sedienta de sacrificios que cualesquiera divinidades anteriores. Hay que ponerlos de rodillas hasta que digan “basta”. Protestarán, lloriquearán, y moverán los bracitos como muñecos, marionetas rotas, guiñoles ciegos. Habrá que recordarles aquella genial humorada: “los sufrimientos siempre son transitorios: una vez muertos ya no los advertiréis”.
Los países cuya población es incapaz de autoprogramarse en función de los desafíos del entorno, de reciclarse en pos de los retos de la globalización, tendrán que ser competitivos por los salarios. “¿Qué hacer con la población no utilizable?”, os preguntáis. Nada, dejar que se pudra; sobra, sencillamente. Sobra, no entra en nuestros planes. Su sola presencia, la terquedad con la que perseveran en la podredumbre, su estupidez bovina y sus lastres culturales son un obstáculo (un leve obstáculo, a decir verdad), una fricción para el mecanismo. Es una cosa demasiado densa. El ideal es el nómada, el fantasma. Hasta lo líquido es demasiado sólido, mejor lo etéreo; lo sólido, lo pesado… el mínimo imprescindible y a la sombra de nuestra mirada, por favor. Sencillamente es repugnante. Les vamos a enseñar, queridos hermanos, en qué perversa forma se cumple la utopía del fin del trabajo.
[…]
Ningún pastor, un solo rebaño; pero una misma dirección: orgullosos y supremacistas, frente alta, barriga escondida, fatuos, pletóricos y henchidos de superioridad moral… ¡Adelante! ¡Ni un paso atrás! Paso firme hacia el abismo... ¿Quién manda? Nadie. ¿Quién es el responsable de tanta ruina? Nadie. Como Ulises, también nosotros somos fecundos en ardides: nadie nos dice lo que tenemos que hacer, todos hacemos lo mismo. ¿No es ésta una maravillosa prueba de la armonía preestablecida del capitalismo? ¡Gobiernos del mundo, rendíos! “¡Sit!, ¡sit!” Y se sientan en las solemnes, históricas, flácidas y exánimes reuniones internacionales. “¡Up! ¡Sit down!”, y se sientan, dóciles y perrunos, meneando agradecidos sus colitas, a beber en los abrevaderos de nuestros dogmas.
Termino.
Bienvenidos, bienvenidas, al siglo XIX.
Entre el socialismo y la catástrofe, elegiremos la catástrofe.


[1] La cita a la que hacemos referencia y nos da pie a escribir estas líneas, es la cita núm. 37 del capítulo XXII, Conversión de la plusvalía en capital, en la edición del Fondo de Cultura Económica, de 1999 (p. 506); completa dice así: “Nota a la tercera edición. Hoy, gracias a la concurrencia del mercado mundial, que se ha impuesto de entonces acá {desde 1770}, hemos avanzado un buen trecho en esta vía {de igualación a la baja del valor de la fuerza de trabajo}. “Si China –declara el parlamentario Stapleton a sus electores–, si China se convierte en un gran país industrial, no creo que la población obrera de Europa pueda competir con él sin descender al nivel de vida de sus competidores.” (Times, 3 de sept. de 1873.) Como se ve, el ideal acariciado actualmente por el capitalista inglés ya no son los salarios continentales, sino los salarios chinos. [En la edición francesa (París, 1873), esta nota fue incluida en el texto, y en este lugar, a continuación de la última frase, encontramos intercalada la siguiente observación: “ideal a que el desarrollo de la producción capitalista ha conducido al mundo entero. Hoy, ya no se trata simplemente de lograr que los salarios ingleses desciendan hasta el nivel de la Europa continental, sino de hacer que, en un futuro más o menos cercano, el nivel europeo de los salarios baje hasta el de China”.] (Ed.)
Los añadidos entre los símbolos {} no pertenecen al original.

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=108383

Comentarios del Sociólogo estadounidense James Petras: La nueva política del imperio: las fuerzas especiales y la penetración a través de las ONG

Efraín Chury Iribarne

El sociólogo estadounidense James Petras analizó, en su espacio de los lunes en CX36, varios temas bien interesantes para nuestro país. Comenzó con la situación del trabajo en negro en los EEUU, la reacción de la población contra el Estado, el aprovechamiento de la derecha de ese descontento; luego siguió con el fracaso de la guerra que con el apoyo de la comunidad europea está llevando adelante en Afganistán y por último se refirió a cómo el gobierno estadounidense viene fortaleciendo el presupuesto para los “cuerpos especiales” que operan en varias partes del mundo para desestabilizar procesos como el de Venezuela por ejemplo, y el papel que las ONG tanto dentro como fuera de sus fronteras vienen desempeñando en el fortalecimiento de la política de los Estados Unidos.  
Chury: James Petras, bienvenido al programa, y como siempre el comienzo de nuestra comunicación te pregunto en qué asuntos estas trabajando...
Petras: En varios. Últimamente me ocupo de un asunto que necesita explicación: es el hecho de que aquí en Estados Unidos las clases populares cada vez en mayor grado tienen una postura antiestatal, contraria a la intervención gubernamental, y los liberales y los progresistas siempre condenan esta actitud, dicen que es irracional, que es una expresión de fundamentalismo de la derecha y va contra sus propios intereses. Es un asunto que debemos discutir para entender por qué en algunos casos la derecha con un discurso antiestatal ha ganado apoyos. Los progresistas dicen, por ejemplo, que el pueblo cobra el seguro social del Estado, cobra el seguro de desempleo del Estado, entonces ¿por qué está atacando la intervención estatal cuando recibe beneficios?
La razón es sencilla: porque por cada beneficio que reciben los trabajadores hay docenas de perjuicios que padecen por la intervención del Estado; por ejemplo, hay mucha gente que trabaja en la economía informal (en negro). Calculo que 30 millones o más de usamericanos tienen algún ingreso a partir de esa economía, a partir de trabajos no registrados, que no pagan impuestos; y el Estado persigue a esta gente, incluso los encarcela. Les lleva a los tribunales, en vez de entender que los trabajadores trabajan en negro porque el ingreso primario oficial no paga lo suficiente y lo que reciben en pago está sobrecargado con impuestos. Eso es lo que enfrenta al Estado con por lo menos 30 millones de usamericanos. En vez de perseguir a los multimillonarios que no pagan impuestos porque tienen algún contable hábil que arregla las cuentas para no pagar, persiguen al pueblo. Otra cosa es cuando el pueblo encuentra al Estado, la justicia siempre está muy influida por los que tienen más dinero y cuando hay un juicio laboral porque un capitalista despide obreros, cuando van a juicio siempre ganan los capitalistas.
Tercero: el Estado recluta jóvenes desocupados para el ejército. Aquí no hay reclutamiento forzoso, pero cuando no hay trabajo, cuando hay una situación de desesperación, los reclutadores van a las escuelas secundarias y reclutan hijos de trabajadores, mientras que los hijos de clase media y clase media alta nunca van al ejército, salvo unas pocas excepciones, los que van a ser oficiales en las academias.
La lista de los casos en que el Estado es perjudicial e injusto con la clase trabajadora es larga. Mientras está subvencionando los bancos de Wall Street, se niega a refinanciar las hipotecas de millones de personas que han perdido su empleo o han sufrido una reducción de sus ingresos. Por estas injusticias de persecución, este tratamiento desigual, la gente ha tomado posición muy hostil a un Estado totalmente identificado con los capitalistas que niegan los derechos a los pueblos. Una cosa más: para las instituciones económicas como el Banco Central o Ministerio de Hacienda que siempre se eligen representantes de Wall Street, y siempre se excluye a cualquier representante de los trabajadores para manejar estas instituciones. Como consecuencia las decisiones tomadas siempre favorecen a los capitalistas y perjudican a los obreros. Por esta razón la gente que dice que los obreros no entienden el papel positivo que puede desempeñar el Estado no ven que no existe tal papel, y por esta razón la derecha se aprovecha de esta postura y este sentimiento para manipular y conseguir el apoyo popular. Mientras tanto los progresistas siguen hablando de lo público, del Estado como algo necesariamente positivo, y los keynesianos hablan de la intervención del Estado pero sin hablar de qué clase dirige el Estado y para qué. Por esta razón yo creo que la derecha, en este momento, en esta coyuntura, aquí en Estados Unidos, está ganando apoyo no simple de la clase alta y los fundamentalistas cristianos, sino también de sectores populares en rebelión contra un Estado que está perjudicándolos.
Afganistán: la guerra que ya está perdida
Chury: ¿Hay algún otro asunto que estés estudiando en este momento y quieras exponer?
Petras: El segundo asunto es por qué los afganos van a ganar la guerra, por qué están ganándola. Tiene que ver con el hecho de que los afganos sienten que la presencia y ocupación usamericana está perjudicando su vida cotidiana, destruyendo sus actividades económicas, aterrorizando y ocupando sus aldeas. Allá tienen una entidad nacionalista religiosa y tradicional. Cuando entran las tropas y los civiles usamericanos y occidentales, incluso con intenciones sociales, son rechazados porque cada vez que intervienen lo hacen con la violencia y con intervenciones que siempre van contra sus tradiciones. Los militares dicen que están atacando a militantes y no a los civiles, pero el hecho fundamental es que los llamados militantes forman parte de las comunidades, no se pueden separar hijos, padres, hermanos que están en la guerra, combatientes, de sus comunidades y sus parientes. Esto se muestra cuando caen bombas en bodas, como han caído muchas veces de los aviones usamericanos. Dicen que ha sido un error, pero el error se comete porque los militantes se mezclan en las bodas, son los participantes en las bodas, porque en un momento están luchando contra la ocupación y en otro momento están en las actividades religiosas y festivas y en las faenas agrícolas. Por esa razón la premisa fundamental de que están luchando contra los guerrilleros para proteger a los civiles es totalmente falsa, porque los civiles y los guerrilleros son uno. El rechazo de estas premisas es la razón de que los invasores puedan ocupar una aldea durante un día, una semana, pero cuando se retiran vuelven los guerrilleros y no pueden explicar tantos éxitos, le llaman éxito a una ofensiva y después el territorio vuelve a estar bajo el control de los talibanes.
La desesperanza del pueblo aprovechada por la derecha
Chury: Los uruguayos estamos en un total desconcierto, tenemos un gobierno presidido por un ex guerrillero que obedece las órdenes de Washington, que está con el neoliberalismo y el capitalismo y nosotros no queremos ser la vanguardia de todo esto, en el sentido que esto se da por primera vez, ¿hay antecedentes que estas cosas se hayan dado en otras sociedades, en otros países?
Petras: Sí, hemos visto una evolución de muchos activistas no solo guerrilleros, sino personas de los movimientos populares, que con el tiempo han evolucionado hacia la derecha pasando por posiciones antiimperialistas, y hay que analizar este proceso, qué eventos, qué experiencias han causado esta involución.
Una explicación es que han perdido las esperanzas en el cambio político y también sienten una crisis personal, porque han sufrido cárcel, castigo, pobreza, y empiezan a pensar que han perdido el tiempo y los cambios importantes no se van a producir. Pasan de una posición revolucionaria a una posición reformista, en la que combinan alguna política social, reivindicativa, con sus nuevas ambiciones desde que participan en elecciones.
Una vez que están avanzando por este camino, poco a poco empiezan a dejar a un lado incluso las reivindicaciones sociales, para pactar con la derecha y recibir subvenciones .Y poco a poco ingresan en la clase media acomodada. Una vez dentro de la clase media acomodada aspiran a ser aceptados en algunos círculos de poder, invitados a los cócteles, invitados al Country Club. Algunos incluso empiezan a intercambiar ideas con los asesores de la derecha, porque ganan prestigio y reconocimiento.
Eso también es muy importante porque después de ser despreciados por la sociedad burguesa, de repente están invitados a los grandes banquetes en lugares como Punta del Este. Reciben aplausos de los empresarios, de la gente respetable. Pasan de una situación de mejoramiento económico al poder político y finalmente quieren status y las invitaciones de los grupos con alto status.
Esas cosas pasan en muchos lugares, yo personalmente conozco muchos casos. Lo he visto en Chile con algunos conocidos, con otros en Perú, con algunos más en Argentina y en Uruguay también. En Brasil muchos ex guerrilleros eran asesores de Lula cuando empezó su viraje hacia los grandes capitales; también en Venezuela el Sr. Teodoro Petkoff tomó ese camino hace muchos años. En Colombia también se han dado casos parecidos.
Chury: Te quería preguntar lo siguiente: precisamente recién nombrabas a Venezuela. Hace días que no hablamos de Venezuela. ¿Cuál es la correlación de fuerzas en este momento en Venezuela? ¿Puedes comentar algo sobre eso?
Petras: El apoyo del Presidente Chávez continúa fuerte, y mientras tanto algunos de los gobernadores y legisladores chavistas que no han cumplido sus promesas han deteriorado su situación. Eso implica que la derecha ha fortalecido su posición para las próximas elecciones, que van a celebrarse dentro de tres meses.
La contradicción fuerte dentro del campo popular se da entre las masas populares chavistas, con sus reivindicaciones sociales y exigencia de cumplimiento de las promesas, y los sectores oficialistas de gobierno. Hay muchas denuncias de la burocracia y la ineficiencia del Estado chavista, muchos funcionarios que vienen de los regímenes anteriores, otros que han entrado apoyando Chávez pero repiten las mismas prácticas del pasado. Lo que es significativo en este momento son los millones que está canalizando los EEUU entre las ONG de la derecha que se está organizado en varias comunidades populares.
Washington ha dejado de pensar que puede organizar un golpe de Estado en este momento. No es una decisión estratégica, pero ha analizado que las condiciones no son apropiadas. Pero sabe que existen estas debilidades en el Estado chavista. Hay funcionarios corruptos y aprovecha para alentar posiciones populistas contra la corrupción.
Washington está en esta onda de tratar de mejorar su presencia a partir de las próximas elecciones legislativas. Eso es importante señalarlo, porque Washington no siempre opera siempre por medio de golpistas, también combina mucho trabajo con los grupos civiles, particularmente en este trabajo de base.
Hay otra cosa que tenemos que anotar, que es el tremendo aumento del presupuesto de Obama para las fuerzas especiales que operan ahora en 60 países. Son grupos asesinos que están operando muchas veces sin conocimiento de los gobernantes y cumplen tres funciones: recoger información, señalar a los enemigos y raptar y asesinar a personas que tienen importancia en la lucha antiimperialista.
No sé si en Uruguay recibieron esta noticia del aumento de presupuesto y activos para lo que se llama aquí las “fuerzas especiales”. Son militares altamente preparados, entrenados para estas operaciones especiales que son la tortura, los secuestros, los asesinatos y en menor grado recoger información. Imagino que están operando no solo en Oriente Medio y en Asia, sino también en algunos países de América Latina, pero el gobierno no ha revelado en que países actúan.
Lo que hay que entender es que estas fuerzas especiales operan sin ninguna vigilancia del Congreso, tiene esta categoría específica, no hay ningún cuerpo elegido que pueda supervisar estas actividades. Tienen mucha autonomía para actuar como escuadrones de la muerte internacionales.
Chury: Qué grave es eso, Petras, lo que estás diciendo. Confieso que no lo conocía. Estás dando una revelación para Uruguay, porque nosotros también estamos en América Latina. Es un hecho gravísimo, realmente.
Petras: Si vas al Google y pones Fuerzas Especiales de EEUU, el último decreto de Obama sobre sus operaciones, puedes recoger la información.
Chury: Llegamos al final. Me pareció estupendo el análisis que has hecho. Quiero darte las gracias y te mando un abrazo en nombre de Radio Centenario Montevideo Uruguay.
Petras: Buena suerte en la Copa Mundial, espero que Uruguay avance por lo menos en el segundo turno.
Chury: Eso estaría bien, Petras, por lo menos al segundo turno. Un abrazo.
Petras: Un abrazo. Chau.

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=108237
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