A taxa de desemprego na Região Norte atingiu um recorde de 12,5 por centro no primeiro trimestre, e uma leitura mais fina dos números ontem divulgados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN) dá conta de outro dado preocupante. Desde 2001, nunca a diferença entre a taxa de desemprego regional e a do país foi tão grande, atingindo os 1,9 pontos percentuais. Os dados continuam a ser assim negativos no emprego, apesar de, face ao trimestre homólogo de 2009, as exportações regionais para a União Europeia terem aumentado 5,9 por cento.
Os subsectores da indústria automóvel (inclui componentes) e das borrachas e suas obras (inclui pneus como os da Continental Mabor, na foto), tiveram subidas de 50 por cento nas exportações, mostrando, para Rui Monteiro, do Observatório das Dinâmicas Regionais da CCDRN, as alterações em curso na indústria regional. A outra mudança continua a mostrar-se com números expressivos. O crescimento do sector secundário está a fazer-se à custa de ganhos de produtividade, continuando o processo de libertação de mão-de-obra. Num ano, 25 mil pessoas ficaram sem emprego na indústria nortenha.
O relatório Norte Conjuntura do primeiro trimestre é também um retrato da terciarização da economia regional. Os designados serviços de proximidade (saúde e serviço social), tiveram um saldo positivo de criação de empregos, e noutra área, "a actividade hoteleira na Região Norte atravessa novamente um período favorável, com crescimentos expressivos das dormidas e dos proveitos gerados".
Salário médio aumentou
Entre dados mais ou menos esperados face à conjuntura nacional e internacional (esta com forte impacto numa região exportadora como o Norte), a tendência do desemprego acabou por surpreender o responsável pelo observatório da CCDRN que, no limite, esperava uma evolução semelhante à do país, e não pior, como acabou por verificar-se. Esmiuçando os números, percebe-se que as taxas de desemprego feminino no Norte atingiu os 14,2 por cento no primeiro trimestre, enquanto a dos homens foi de 10,9 por cento; e que entre os jovens (15 a 24 anos), a taxa baixou desde o final do ano, mas continua nuns preocupantes 22,3 por cento.
Salvam-se, nestas estatísticas, os licenciados, que viram a variação homóloga do desemprego decrescer para oito por cento, estabelecendo um fosso, que começa a parecer estrutural, com os desempregados com poucas qualificações (ensino secundário ou menos). Entre estes, a taxa é de 13,5 por cento para os que acabaram o 12.º ano e de 13,1 por cento para quem fez o básico. Outra conclusão retirada por Rui Monteiro é que os ajustamentos no emprego estão a ser feitos em volume (que se expressa nas taxas de desemprego e de emprego, esta também a cair), e não em valor. Numa conjuntura de crise, e apesar de uma quebra desde o final do ano passado, o salário médio regista um aumento de 2,2 por cento no período homólogo, ou seja, desde o primeiro trimestre de 2009.
O relatório Norte Conjuntura do primeiro trimestre é também um retrato da terciarização da economia regional. Os designados serviços de proximidade (saúde e serviço social), tiveram um saldo positivo de criação de empregos, e noutra área, "a actividade hoteleira na Região Norte atravessa novamente um período favorável, com crescimentos expressivos das dormidas e dos proveitos gerados".
Salário médio aumentou
Entre dados mais ou menos esperados face à conjuntura nacional e internacional (esta com forte impacto numa região exportadora como o Norte), a tendência do desemprego acabou por surpreender o responsável pelo observatório da CCDRN que, no limite, esperava uma evolução semelhante à do país, e não pior, como acabou por verificar-se. Esmiuçando os números, percebe-se que as taxas de desemprego feminino no Norte atingiu os 14,2 por cento no primeiro trimestre, enquanto a dos homens foi de 10,9 por cento; e que entre os jovens (15 a 24 anos), a taxa baixou desde o final do ano, mas continua nuns preocupantes 22,3 por cento.
Salvam-se, nestas estatísticas, os licenciados, que viram a variação homóloga do desemprego decrescer para oito por cento, estabelecendo um fosso, que começa a parecer estrutural, com os desempregados com poucas qualificações (ensino secundário ou menos). Entre estes, a taxa é de 13,5 por cento para os que acabaram o 12.º ano e de 13,1 por cento para quem fez o básico. Outra conclusão retirada por Rui Monteiro é que os ajustamentos no emprego estão a ser feitos em volume (que se expressa nas taxas de desemprego e de emprego, esta também a cair), e não em valor. Numa conjuntura de crise, e apesar de uma quebra desde o final do ano passado, o salário médio regista um aumento de 2,2 por cento no período homólogo, ou seja, desde o primeiro trimestre de 2009.
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