Palmela vai dispor até ao final do ano de um Observatório da Pobreza e da Exclusão Social, que irá fazer o levantamento das respostas existentes e caracterizar as famílias necessitadas. A ideia é articular as instituições para actuar com maior rapidez.
O novo grupo de trabalho, que irá monitorizar e acompanhar as situações, vai ser criado através do projecto “Como são a Pobreza e Exclusão Social, no Concelho de Palmela?”, que o Centro Social de Palmela candidatou ao Programa Nacional do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.
“Conhecer as respostas efectivas que existem, tentar quantificá-las e numa segunda fase, até ao fim do ano, tentar fazer uma caracterização sócio-cultural do universo das famílias que necessitam de apoio na área da pobreza e da exclusão social são os dois grandes objectivos deste projecto”, adiantou ao JN o director do centro, Guilherme Bettencourt, lembrando que diversas famílias residentes no concelho foram afectadas recentemente pelo desemprego, ficando em situações delicadas para às quais é preciso uma resposta integrada.
“Pretende-se que no fim deste projecto o Concelho Local de Acção Social passe a ter um grupo de trabalho residente que fará a monitorização e o acompanhamento das situações de pobreza e de exclusão social, ou seja, um observatório da pobreza do concelho que articule as respostas todas para que nas situações de emergência ou pontuais se tenha uma resposta rápida e eficaz”, acrescenta.
O projecto, que foi apresentado anteontem, conta já com 25 parceiros, entre os quais a Câmara de Palmela, que considera essencial o trabalho conjunto para identificar e resolver problemas.
“Tem de haver grande partilha de informação principalmente nos casos mais graves. É nessa perspectiva muito local que temos de actuar e se criarmos sinergias haverá melhores possibilidades”, salienta o vereador Adilo Costa, mostrando-se preocupado com os indicadores do desemprego no concelho, que aumentou de 7,9% no final de 2009 para 9,8% no primeiro trimestre de 2010.
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