À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

22/06/2010

Como se pode falar num “Pacto para o Emprego” aprovando-se um “PEC1” e um “PEC2” ?

Eugénio Rosa

O Ministério do Trabalho acabou de divulgar um extenso estudo sobre o “Emprego, contratação colectiva de trabalho e protecção da mobilidade profissional em Portugal”. O objectivo, segundo a ministra do Trabalho, é que ele sirva de base para um “Pacto para o emprego”. Por isso interessa analisar os principais pontos desse documento. É o que se procura fazer sintetizando o possível. No estudo, o governo prevê a perpetuação das baixas qualificações profissionais em Portugal. Em 2010, a população activa portuguesa com “baixas qualificações” representava 69,1% da população activa total, enquanto na UE27 era apenas 22,7%. E a previsão do governo para 2020, constante do estudo, é de 64% para Portugal e de 16,2% para a União Europeia, ou seja, a população portuguesa com “baixas qualificações” será cerca de quatro vezes superior à média comunitária. A percentagem de população activa portuguesa com “qualificação média” será cerca de 2,7 vezes inferior à média da União Europeia e a com “alta qualificação” 1,8 vezes inferior à média comunitária. Para o governo, Portugal continuará a ser um país de baixas qualificações. - Transferir

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