À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

17/09/2011

Capital y capital social

Polis, Revista Latinoamericana - 29 | 2011

Desde la década de los noventa, el tema del “capital social” ha sido visto por muchos estudiosos de la realidad social contemporánea como una propuesta promisoria, transversal y hegemónica. Tanto desde la economía, las ciencias morales, la ciencia y la sociología política, expertos de diversas instituciones internacionales han concurrido a este campo en busca de soluciones para el diseño de políticas públicas, que es donde parece brillar más este concepto. El “capital social”, sin embargo, –al contrario de su homónimo, el capital de Marx– no tiene una sola vertiente epistemológica ni posee una sola biblia que lo anide y, más bien, se expresa en múltiples vulgatas que se esfuerzan por encontrar su significado. Dentro de estas diversas interpretaciones, sin embargo, el neoliberalismo económico, la perspectiva del rational choice y el individualismo metodológico parecieran tener un papel especial. Aunque no es menos cierto que el tema del capital social también ha sido abordado por liberales y por movimientos sociales progresistas, que ven en él modos de acceder a una mayor equidad y a más justas y solidarias relaciones sociales.
http://polis.revues.org/

Ricos encenam, povo paga

Carvalho da Silva

Cresce no seio do povo o sentimento de que a sociedade está mais injusta e que é acelerado o empobrecimento. Os ricos e poderosos já perceberam que esta situação pode tornar-se perigosa e procuram travar o seu desenvolvimento. A este propósito transcrevo o que afirma o relatório à conferência anual (Junho) da Organização Internacional do Trabalho (OIT): "O sentimento de injustiça, que não se iniciou com a crise, mas que a crise ampliou em grande medida, agudiza-se. Os que, com toda a razão, se sentem menos responsáveis por ela estão pagando um preço muito alto. Os que, com toda a razão, são considerados responsáveis por a terem provocado não parecem estar muito afectados, nem dispostos a reverem o seu comportamento, com o objectivo de evitar que ela se repita".
É oportuno relembrar que, desde há muito, a OIT releva como causas do prolongamento da crise três factores: os accionistas dos grandes grupos financeiros e económicos estão a, em nome da crise, apoderar-se dos lucros das empresas limitando o investimento (privado e público); a retribuição do trabalho está a diminuir (em termos absolutos ou relativos); a precariedade está a aumentar aceleradamente.
Nas últimas semanas, surgiram nos EUA e na Europa alguns ricos "preocupados" com a injustiça fiscal a disponibilizarem-se para pagar mais qualquer coisa e, em vários países, inclusive em Portugal, desencadeou-se uma discussão sobre o tema. Trata-se de uma atitude que importa analisar, aproveitando para desencadear discussões e propostas com conteúdo e eficácia.
Aqueles ricos - cujas fortunas são feitas em grande parte a partir de processos especulativos, de vantagens obtidas junto dos poderes que lhes permitem saques aos orçamentos do Estado e aos bens dos povos, de uma exploração desmedida de quem trabalha nos mais diversos cantos do Mundo - querem lavar a face e lançar umas "pinceladas de justiça" sobre o edifício da exploração capitalista que deve continuar como está.
No meio deste movimento pode haver alguma alma altruísta. Há sempre excepções. Contudo, no nosso país até vimos o contrário, pois apareceram logo ricos a reclamar a sua condição de trabalhadores, numa expressão do mais profundo egoísmo e conservadorismo.
Encontre-se forma de as grandes fortunas pagarem. Mas não pode ser mais um imposto sobre o rendimento (aí já temos), tem de ser sobre a riqueza e, em particular, sobre o património mobiliário. E não esqueçamos que o corte no 13.º mês significa mais de mil milhões de euros retirados a grande parte de quem trabalha.
Passemos, entretanto, à discussão das medidas de fundo que é preciso adoptar.
O país precisa, não de esmolas pontuais dos ricos, mas sim de: i) um sistema tributário justo e progressivo que seja efectivamente aplicado; ii) utilização de parte significativa da riqueza para novos investimentos com vista à criação de emprego e à produção de bens e serviços úteis ao desenvolvimento; iii) um conjunto de medidas que garanta melhor distribuição e redistribuição da riqueza; iv) valorização do trabalho, reconstruindo o seu lugar na economia.
A forma mais segura e eficaz de evitar o aprofundamento das desigualdades, as injustiças e a riqueza desmedida de alguns é garantir dignidade ao trabalho, remunerações justas e um Estado Social universal e solidário.
É preciso executar políticas que assegurem eliminação da fraude e evasão fiscais, taxação dos movimentos bolsistas, combate aos paraísos fiscais (em Portugal desde Janeiro de 2010 já fugiram para lá 3,5 mil milhões de euros sem pagar um cêntimo de impostos), englobamento da riqueza para que cada português pague impostos de acordo com o que possui, combate à economia paralela que movimenta por ano cerca de 30 mil milhões de euros, reformas no sistema de justiça que não permitam a legalização do roubo a que assistimos todos os dias.
Reforce-se a protecção social e os rendimentos dos mais necessitados, actualize-se o SMN, melhorem-se os salários e efective-se a contratação colectiva (importante instrumento de combate às desigualdades e de justa distribuição da riqueza), impeça-se a revisão da legislação laboral que visa embaratecer e desproteger o trabalho.
Por aqui é possível construir uma sociedade mais justa.

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1963174&opiniao=Carvalho%20da%20Silva

Sindicalismo é progresso

Carvalho da Silva

Os tempos de crise são de facto "um tempo em que há muita maldade, em que se nota uma presença difusa e arrogante da malvadez". Qual a racionalidade, que fundamentos sociais, económicos, culturais e políticos, que valores éticos sustentam os ataques que por aí proliferam ao valor do trabalho, aos sindicatos e ao seu papel na sociedade?
Nicolas Sartorius, prestigiado político e intelectual espanhol escreveu, em 2006, no prefácio de um interessante livro sobre o sindicalismo europeu: "A história do movimento operário e dos seus sindicatos é ampla, tortuosa e às vezes trágica, cheia de êxitos e de fracassos, avanços e retrocessos, também de repressões e de conquistas, mas o evoluir da humanidade e, muito especialmente, da nossa Europa, seria incompreensível sem as ideias e a acção desenvolvida pelos sindicatos ao longo de um século e meio de história. Se a Europa chegou ao que é - este é o espaço do globo com maior índice de democracia e bem-estar - deve-se, em boa parte, à luta dos trabalhadores pelos seus direitos sociais e políticos".
Atacar o sindicalismo como fazem os serventuários do neoconservadorismo e do neoliberalismo, constitui um sério sinal de perigoso retrocesso da sociedade portuguesa e talvez signifique, também, que a Europa com que sonhamos pode estar irremediavelmente posta em causa.
Num artigo que publicámos (Elísio Estanque e eu) na edição do "Expresso" de 23 de Julho p.p., escrevemos: "Sem dúvida que o trabalho é um elemento intrínseco da economia. Mas esta, sendo parte integrante da sociedade, terá necessariamente de ser regulada segundo critérios e estratégias delineadas pelas instituições democráticas na base das normas e princípios sociais, culturais e políticos que regem a democracia. Não na base do puro princípio mercantilista cujos efeitos irracionais e anti-sociais estão à vista de todos. De todos menos daqueles para quem o sacrossanto "mercado" se tornou a nova religião do século XXI".
Escrevemos ainda: "Deseja-se voltar aos tempos do taylorismo puro e duro, apoiado na absoluta impotência de "exércitos famintos" de força de trabalho sem qualquer tipo de vínculo, nem direitos, nem dignidade. E espera-se, a todo o momento, a extinção dos sindicatos. Um tal cenário seria um regresso à barbárie, aos tempos da mendicidade e da "vagabundagem" do século XVIII. A esta visão - em que se filiam os programas de austeridade em curso -, importa contrapor e lutar por uma nova centralidade do trabalho, requisito para a retoma do crescimento económico e condição para a construção de uma alternativa ao "austeritarismo" que nos está a ser imposto". Essa tarefa é primordial para o sindicalismo no seu extraordinário contributo histórico para o progresso, a democracia e o desenvolvimento das sociedades.
O trabalho e as relações de trabalho têm dimensões concomitantemente económicas, sociais, culturais e políticas e o sindicalismo não pode abdicar de intervir em todas elas; o que se decide no plano político e económico condiciona as soluções no plano social.
O combate pelo direito ao trabalho e pelo emprego digno constitui tarefa primeira do sindicalismo e isso, ao longo da história, implicou muita luta de resistência e muita persistência nas reivindicações.
A afirmação dos direitos no trabalho foi um dos pilares fundamentais na conquista de amplos direitos sociais e os sindicatos sempre souberam articular esses objectivos. A evolução das qualificações e das profissões não serve apenas os interesses dos trabalhadores, ela é estratégica no desenvolvimento das empresas, ou pe.: na evolução, da qualidade do Ensino ou da Saúde.
Os sindicatos têm o direito e o dever de exigir o equilíbrio de poderes entre o capital e o trabalho desde o local de trabalho, onde a empresa jamais pode ser coutada privada em que não entra a democracia. Numa estratégia e acção que, em simultâneo, dê resposta aos problemas mais simples com que um trabalhador se debata e afirme propostas e políticas alternativas, os sindicatos têm de questionar opções políticas, a estruturação e organização da economia, as políticas públicas, o papel do Estado, a forma de prestação dos serviços públicos, ou à garantia dos direitos sociais.

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2001202&opiniao=Carvalho%20da%20Silva

Pelota romántica al poderoso señor Don dinero

Reinaldo Spitaletta

1. Obertura con un mundo feliz

El fútbol crea una especie de mundo irreal en el que, durante un partido, ya sea profesional o simplemente de barriada, se interrumpe la vida cotidiana y se entra, en apariencia, en una suerte de arcadia, en la cual todo da la impresión de ser feliz. Ya lo decía un personaje de Albert Camus: no hay mayor felicidad humana que la que se encuentra en un estadio lleno. En ese aspecto, el fútbol ejerce un hechizo al cual es casi imposible sustraerse, y que permite olvidar las contradicciones de la vida social, hundirse en la fascinación colectiva de jugadores y espectadores, soñar con la gloria de un campeonato, con el triunfo de su equipo preferido, o, en cambio, despertar y volver a la realidad con los dolores de una derrota.
En Colombia, casi todos los períodos históricos han estado marcados por la violencia, las desigualdades sociales, las represiones oficiales. El hombre de la ciudad está asediado por los desencantos, los desamparos y los miedos. Se viven días en los que los valores humanos se envilecen y ante esta situación muchos se preguntan, como lo sugería algún filósofo, si la vida carece de sentido, si ese continuo irrespeto por la coexistencia pacífica y por el otro nos lleva sin remedio a la destrucción, para qué por ejemplo asuntos como el fútbol.
Frente a la realidad, tan llena de miserias y desventuras, el juego, y en este caso, el fútbol, ofrece una suerte de aire, que puede ser visto por algunos como una especie de respiración artificial. Y es ahí cuando aparece el goce de los cuerpos en libertad, los hombres que corren tras una pelota mientras millones los observan. Aparece el entusiasmo de la contienda, en la que, se supone, no debe haber muertos ni heridos. Claro que todos conocen las excepciones, en las que, en los estadios, o en sus afueras se generan verdaderos campos de batalla, como suele ocurrir en Colombia desde mediados de la década del noventa. Estas turbulencias contradicen la esencia del juego y la diversión.

Como es fama, en los tiempos primitivos los pueblos tenían un tiempo dedicado a las fiestas, en las cuales la vida cotidiana quedaba en suspenso, y en la que se igualaban el guerrero y el esclavo, el patricio y el plebeyo, y en la que todo lo convencional dejaba de regir y entonces las jerarquías se trastocaban, como muy bien lo canta Joan Manuel Serrat. Los dioses descendían de su olimpo y de ese modo el rey era siervo y el siervo, rey.

En un campeonato mundial de fútbol las jerarquías establecidas entre las naciones parecen suspenderse y, en apariencia, todos están en igualdad de condiciones. Así que el desequilibrio en este caso depende de la habilidad, de la inteligencia, del talento, del arte de los jugadores. Y, en ese sentido, un africano o un sudamericano podrían convertirse en amos del mundo.
En el momento en que transcurre una gesta deportiva, aparece otro tipo de libertad, en la que el mundo así creado depende de las destrezas de los deportistas y no del sistema de dominación político y social. Surge, como si se tratara del acto de un ilusionista, otra realidad, en la que en lugar de las represiones, rigen la igualdad, la alegría de vivir, un comunismo de ficción. Ese mundo, así creado, así imaginado, hace parte de una utopía. Y ese universo irreal es capaz de edificarlo, en la fugacidad de un instante, el fútbol. Esta atmósfera de presunta gloria se puede percibir, a escala, en un barrio, en una calle, en cualquier lugar donde los muchachos estén jugando con una pelota.
El escritor español Manuel Vázquez Montalbán decía que “el fútbol me interesa porque es una religión benévola que ha hecho muy poco daño. Existirá el fútbol mientras la gente crea en un club y en unos colores como señales de identidad en una sociedad en que cada vez faltan más referencias”. Y otro español, el novelista Javier Marías, apuntaba que el fútbol es la recuperación semanal de la infancia.
2. La pelota de trapo

Había en una ciudad de Colombia, llamada Bello, cuna de la clase obrera en este país, un muchacho negro que era una maravilla para confeccionar pelotas de trapo con medias veladas de mujer. Se las sustraía a su mamá. En ese aspecto, era todo un destructor del pequeño patrimonio de su querida progenitora. Las rellenaba con retazos de tela que su padre traía de la fábrica donde laboraba, y salía todas las mañanas a hacer “treintaiunas”, a realizar malabares, a demostrar que era una especie de actor de circo callejero. Invitaba a sus compañeros de barriada a apreciar sus acrobacias, a jugar partidos de fútbol en cualquier baldío, en la calle, o en terrenos que aparecían durante mucho tiempo desocupados y que aquí en otros tiempos denominábamos los “solares”. El muchacho entraba en trance cuando tomaba la pelota, amagaba a la izquierda y se salía por la derecha, hacía tacos, bicicletas, jugadas exquisitas, con decir que era mejor uno estar de espectador que de rival suyo. O, de otro modo, era bien importante estar en su equipo. Esas pelotas, por supuesto, eran efímeras y a los pocos minutos ya estaban en pedazos. Él volvía por otras y así cada vez que éstas se rompían. Parecía como si su mamá tuviera una fábrica de medias de mujer.

El muchacho sentía un placer enorme cada que salía con una pelota de trapo, se exhibía, pero sin ninguna pretensión, convocaba a los otros a jugar y jugar, no importaba cuánto tiempo. Había una ventaja en ese tipo de balones improvisados: no quebraban las vidrieras del vecindario, ni a las señoras de la cuadra les molestaba el juego cuando era en la calle, lo que sí sucedía con pelotas de otro material, como las de cuero o de plástico. Aquel muchacho de los años sesenta era quizá uno de los más agraciados y técnicos para jugar con una pelota de trapo, artefacto que fue usual entre la muchachada de muchas ciudades colombianas. Sin embargo, no jugaba con tanta solvencia cuando lo hacía con balones manufacturados. Pero a él no le importaba: sólo quería participar en los partidos de calle o de manga, correr, gritar, divertirse, estallar en júbilo con un gol o con una gambeta. No quería competir ni pertenecer a ningún equipo organizado. De hecho, nunca lo hizo. Para él la totalidad del mundo estaba en una pelota de trapo y en la extraña atracción que ésta ejercía sobre los demás.
Él, tal vez sin darse cuenta, ya estaba planteando los principios de solidaridad, las relaciones colectivas que pueden crearse con una pelota desechable. Para él, como para el resto de aquella agrupación de muchachos, el juego era sólo eso: una fuente de placer, un ejercicio de la libertad, todo un manantial de emociones. No interesaba si alguien tenía camiseta o no, si otro jugaba descalzo o con zapatos deportivos, si uno tenía más estado físico que otro. Se reunían por el juego, y todo aquello quizá por la alegría del negrito aquel llamado Humberto pero al que todos en su barrio llamaban por el sobrenombre: El Gurre. Una vez, o tal vez muchas, su mamá lo sorprendió hurtándole las medias, recibió tremenda paliza, que tampoco le quitó las ganas de seguir jugando y de continuar fabricando las mejores pelotas de trapo que en el mundo han sido.
3. Los muchachos de Calella y un empate con sabor a triunfo

En el libro A sol y sombra, de Eduardo Galeano, el escritor advierte que se los dedica a unos niños que alguna vez se encontraron con él o él con ellos, cuando los muchachos venían de jugar un partido en la población catalana llamada Calella de la Costa, y cantaban a voz en cuello: “Ganamos, perdimos/ igual nos divertimos”. Ahí, en esas palabras, hay una clave, en la que el fútbol se muestra como lo que siempre debió haber sido, un juego, una diversión, otra manera del esparcimiento, o lo que André Maurois llamó “la inteligencia en movimiento”. Cuando el fútbol se tornó un jugoso negocio económico, una enorme empresa universal, entonces lo de la diversión pasó a ser un recuerdo, una nostalgia, una materia de atolondrados románticos. Aquello fue como una expulsión del paraíso. Esos muchachos del epígrafe del libro de Galeano reivindican, tal vez sin saberlo, el fútbol como un juego. Para ellos no importaba ni perder ni ganar, sino jugar y recrearse.
Aquí, en este punto, quiero recordar una anécdota muy bella, muy conocida en Colombia. Y es la del partido entre la Unión Soviética y Colombia, en el Mundial de Chile, en 1962. En aquellas calendas la URSS tenía una poderosa escuadra y al mejor arquero del mundo, a Lev Yashin, llamado la Araña Negra. El caso es que Colombia iba perdiendo en el primer tiempo tres por cero. En el entretiempo, el entrenador de Colombia, que era el argentino Adolfo Pedernera, les dijo a sus jugadores: “Bueno, muchachos, salgan a divertirse”. Una propuesta arriesgada. Un equipo perdiendo por ese marcador de dónde iba a sacar ganas para la diversión. Sin embargo, ésa parece haber sido la clave del éxito, el ábrete sésamo mágico. Y ese equipo convirtió una derrota casi en una victoria; en realidad, se trató de una victoria moral, de la cual los colombianos vivieron mucho tiempo, sobre todo hasta que volvieron a un Mundial: el de Italia, en 1990.
Y los muchachos de Pedernera, el Cobo Zuluaga, Marino Klínger, Delio Maravilla Gamboa, Antonio Rada, Marcos Coll, en fin, salieron a divertirse. Esos muchachos, sin saberlo también, prefiguraban a los de Calella de la Costa. Y poco a poco se iban divirtiendo, pese a ir perdiendo. Y marcaron el primer gol, después otro, y la diversión subía de tono. Jugaban, gambeteaban, marcaron otro gol, y después otro, incluso un gol olímpico al mejor arquero del mundo, empataron el partido a cuatro goles. Mejor dicho: no ganaron porque la Araña Negra se les creció y les atajó de todo. Fue una lección de pundonor deportivo. Parecían muchachos de barrio jugando a la pelota, sin pretensiones, sólo con el ánimo de sentirse bien y crear un mundo feliz.
4. La calle como escenario de fútbol

En los barrios de las ciudades de Colombia la cultura del fútbol ocupa un lugar relevante en la vida cotidiana. Ha penetrado en el gusto de todos los estamentos sociales, pero, principalmente, en el de las clases medias y las capas pobres de la población. Éstas son las que más han sido permeables al embrujo del fútbol, que a su vez se ha vuelto un sueño, una aspiración en la muchachada, y un sedante de las dificultades de los mayores. El fútbol tiene presencia permanente en el barrio. No se escapa de la conversación de tienda, ni del corrillo de esquina, ni de la tertulia de café. Está en la escuela, en el colegio, en la universidad. Cualquier muchacho es capaz de hablar de alineaciones y tácticas, de controvertir aspectos futbolísticos. Y los espacios urbanos se han transformado para su práctica: una acera puede convertirse en una cancha, en un pequeño estadio, con tribunas que pueden ser los balcones y las ventanas de las casas. Muchos chicos de otros tiempos comenzaron a fascinarse por el fútbol debido a sus prácticas sobre las aceras, dado que esa parte es una frontera entre la casa y la calle, entre lo público y lo privado.
Hubo un tiempo, en especial las décadas del 60 y 70, en que las calles, algunas sin asfaltar y que eran muy aptas para otros juegos, hoy desaparecidos, como el de las canicas, las rayuelas, los trompos, el salto de la cuerda, eran un inmenso campo vedado para el fútbol. Jugarlo en la calle era una herejía, una subversión del orden barrial, un atentado contra la tranquilidad del vecindario. Decir esto hoy, recordarlo, parece cómico o increíble. Cuando los muchachos de antes jugaban un partido (o un “picado” como decimos popularmente) en la calle se exponían a varios riesgos. Uno era que apareciera una patrulla y entonces los policías decomisaban el balón, en el supuesto caso de que los muchachos no alcanzaran a fugarse a tiempo con pelota y todo. Otro, que el balón se metiera a una casa de una señora energúmena y ahí sí no había nada que hacer. Esa dama lo devolvía vuelto añicos, o, en el mejor de los casos, lo decomisaba y lo dejaba “preso” por unos días.
El fútbol urbano vivió sus odiseas. Sin embargo, ni las señoras ofuscadas ni los policías de entonces pudieron evitar el auge del “futbolito” callejero, que, por lo demás, aumenta día a día, debido a que se fueron acabando los solares, los lotes urbanos, los baldíos. Para la práctica del fútbol en la calle no importaba mucho si la calle era empinada, como es, por ejemplo, en los barrios altos de Medellín, o si muy cerca había una quebrada, un riachuelo, un abismo, o muchas ventanas de vidrio sin protección. Lo que importaba era jugar, recrearse, ganar o perder, pero sin dejar la diversión. No importaban las patrullas policiales ni las señoras rabiosas. El fútbol en la calle era una transgresión, una alteración del orden público, pero, a su vez, un gesto romántico, una aventura de grupos de muchachos barriales, que lograron colonizar la calle y la convirtieron en un estadio.
El fútbol le dio y le ha dado identidad y carácter a las calles. Ha sido una muestra de vitalidad de las urbes. En una calle de domingo en cualquier pueblo de Colombia siempre habrá un balón. Y es en los barrios de las ciudades donde todavía se juega el auténtico fútbol, aquel que todavía no está contaminado por el dinero ni ha sido enfermado por el mercantilismo y la usura. El de la calle es un fútbol sin pretensiones de mercado, todavía idealista, todavía lleno de ensoñaciones y gestas románticas.

Sin embargo, muchas mamás de hoy, o algunas con meses de embarazo, ya piensan cuánto podrá valer su hijo si llega a ser un cotizado jugador profesional, que juegue en una liga de Europa. Ya por ejemplo, las palabras de aquel extraordinario cronista uruguayo, una de las estrellas de la revista El Gráfico de Argentina, el gran Ricardo Lorenzo, más conocido como Borocotó, no tienen vigencia en la barriada, porque el fútbol se volvió una manera de hacer fortunas. Ya no es el fútbol lírico del potrero, el de las jugadas impredecibles, el de las filigranas, sino otro que se hace para que algún empresario te ponga los ojos encima y te exhiba en los mercados más competidos del mundo.
5. El sueño del Pibe

En ciudades como Medellín, Bogotá, Barranquilla y Cali, hay barrios que transpiran fútbol. En los más pobres, el fútbol se ha erigido como un arma o como un modo de exorcizar al demonio de la miseria. Porque como la mercantilización del juego, la creación de fulgurantes figuras que se cotizan en oro en Europa, todo el proceso globalizador del fútbol como mercancía, se refleja en la mentalidad de los muchachos de barrio. Y así el fútbol, que nació como puro juego, se vuelve esperanza para salir de la pobreza, se torna el puente que hará pasar a algunos de la escasez a la abundancia, de vender paletas en un barrio marginado a convertirse en astros en alguna metrópoli del Viejo Continente.
Hubo un tango muy famoso en los bares de barrio de Medellín, un tango titulado El sueño del pibe y grabado en 1945 en la voz de Enrique Campos con Ricardo Tanturi. Resulta que en esa canción el chico busca la consagración, llegar a la Primera, jugar en una estadio lleno y ganar dinero. Ese es su sueño. De alguna manera este tango hoy se baila en muchos barrios. Algunos jóvenes no sólo juegan por placer, sino, además, por tener la posibilidad de llegar a ser estrellas.
El muchacho de la barriada es capaz, por su actividad cotidiana, por jugar a veces en callejones inverosímiles, en espacios muy reducidos, es capaz, digo, de desarrollar muchas destrezas. Es capaz de moverse con agilidad dentro de pequeños límites, y por eso se vuelve hábil para hacer “paredes”, para ejecutar una gambeta, un esguince imposible, y aprende a patear con precisión. Aprende, también, a eludir automóviles y rivales. Se vuelve un improvisador genial. Así es como la calle se transforma en maestra, como la vida misma.

Algunos entrenadores de fútbol profesional decían en otro tiempo que el buen jugador es aquel que pasó su infancia en un medio donde la picaresca y el rebusque son necesidad. Ciertas dotes, como la picardía y la capacidad para no doblegarse en la contienda, la capacidad de no renunciar jamás a la lucha, se logran desarrollar en medios hostiles, en los cuales para sobrevivir no sólo hay que tener ganas sino mucha viveza.
Quizá por ello, el fútbol de Colombia, el profesional, tenía algunos rasgos especiales, muchos de ellos aprendidos por los futbolistas en las calles y solares, en los partidos de playa: el toque a ras del piso, la gambeta, la picardía, aunque, pese a esas virtudes, no sabía aprovechar las oportunidades de gol.

Lo lindo es que en muchas barriadas los muchachos todavía sueñan con llegar a la Primera, y todavía se divierten –pierdan o ganen- con el fútbol, una de las pocas alegrías que tienen en un país lleno de desamparos y miserias sin fin.

http://cultural.argenpress.info/2011/09/pelota-romantica-al-poderoso-senor-don.html

16/09/2011

Democracia y capitalismo: Dos conceptos antagónicos

Ricardo Salgado

Uno de los asuntos más importantes en el desarrollo de una lucha de liberación tiene que ver claramente con el lenguaje que se utiliza. Los políticos tradicionales utilizan conceptos de trascendental para los pueblos, con fines puramente demagógicos, fenómeno que se repite y se pasa de una generación a otra de la clase gobernante, esto en su afán por continuar incrementando su papel de gendarme de la clase dominante.

Por esa razón es muy importante resaltar la naturaleza de los conceptos, muchas veces conocidos por académicos, pero que no trascienden los muros de los centros de conocimiento. Una de las palabras más “manoseadas” por las clases políticas tradicionales, guiados por el patrón diseñado por los Estados Unidos desde hace más de 70 años, es la “democracia”; se ha hecho un festín de este vocablo que encierra, desde la Grecia de Aristóteles una sola definición, muy simple: “el gobierno de los que son más”. Sin embargo, se ha impuesto la idea de que capitalismo y democracia son la misma cosa, algo que en la realidad ha sido constantemente negado.
Muchas veces se habla de “democracia social”, “democracia económica”, “democracia política”, o se llega al extremo de integrar con mayor cinismo conceptos opuestos por definición” como “democracia liberal”. La democracia, forma de gobierno opuesta a la plutocracia, donde rigen minorías privilegiadas organizadas en oligarquías, implica no solo el posicionamiento de los pueblos frente a procesos electorales, sino también su papel como soberano que ocupa la posición más alta en la toma de decisiones de una nación. No se puede concebir un régimen democrático que omita el bienestar y el progreso de la sociedad; que genere igualdad, y privilegie los derechos fundamentales de la ciudadanía.
De este modo, la maliciosa manipulación del concepto, y su asociación con el capitalismo como la formación socioeconómica que permite a la humanidad alcanzar sus más caros anhelos, es más bien una instrumentalización del sistema, que, de ese modo encuentra una opción para aislar y distorsionar los fines de la democracia. El capitalismo, contrario a lo que se nos dice una y otra vez, al generar profundas desigualdades en las sociedades, limita constantemente la participación de los ciudadanos, a quienes controla a través de muchos “sortilegios” que incluyen la manipulación mediática, o la creación de libertades y necesidades, como el consumo de bienes y servicios, que multiplica exponencialmente la destrucción del ambiente, y estimula los excesos en detrimento del desarrollo integral de la sociedad.
La base fundamental del capitalismo es la propiedad privada, pero su forma esencial de operar se sustenta en el libertinaje de mercado; se adjudican a este propiedades, características casi divinas que le hacen casi un ente en sí mismo. Aquí debemos ver una diferencia sustantiva para contrarrestar la masiva enajenación mediática a la que nos enfrenta el sistema. La idea de propiedad privada no contraviene per se la idea de democracia; es la acumulación incontrolada de riqueza y desigualdad que produce el mercado la que tiende a producir dictaduras de grupos radicales que imponen sus intereses económicos.
Debemos asimilar la idea de que, contrario a lo que manejamos en nuestro lenguaje diario, a mayor perfeccionamiento de la democracia, debe existir menos injusticia, menos desigualdad, y, por lo tanto, menos preponderancia del mercado sobra la conducción, o falta de esta, del Estado.
El problema entonces nos lleva a aspectos singulares, característicos de cada sociedad. Las realidades, no de cada nación tienen aspectos diferenciados, y únicos que obligan a entender nuestras sociedades sin moldes, sin estereotipos, estigmas o determinismos de ninguna índole. La realidad hondureña, aunque comparte históricamente muchas de las desgracias que nos son comunes a todas las naciones de América Latina, presenta retos conceptuales únicos, que deben asociarse con las condiciones del país.
Las condiciones materiales del país son sustancialmente distintas a las de otros países, y, por tanto, la vía de generación de desarrollo son bastante complejas. El desarrollo escaso producido por el capitalismo dependiente demuestra, fehacientemente, una mala interpretación de las potencialidades del país. Las clase dominante entendió erróneamente desarrollo con acumulación ilimitada e incesante de dinero, lo que, naturalmente, la ha condenado a ser una clase arcaica de tercer categoría en el mundo de hoy. La idea de aplicar modelos como el de las ciudades modelo, no solo no funcionaron en el pasado, sino que estimularon el subdesarrollo, incluso de la misma clase dominante.
Otro tabú que se ha impuesto a lo largo de los años, a pesar de los resultados desastrosos, es el de la inversión extranjera, la cual ha recibido incontables beneficios, exoneraciones y favores de parte de la corrupta estructura patrocinada por el capital privado. Sin embargo, esta inversión que se invoca todos los días como tabla de salvación de la economía del país, después de más un siglo de concesiones, ha sido la fuerza motriz del atraso, y del empobrecimiento del pueblo; al mismo tiempo, ha servido para limitar el acceso del pueblo hondureño a la oportunidad de gozar de acceso abierto y universal al desarrollo de la cultura, del arte, o al acceso a derechos fundamentales como la salud o la educación.
Los resultados hablan por sí solos; además, cuando los capitalistas privados locales invocan a la inversión extranjera para desarrollar el país, encontramos oculta una demostración de la falta de interés de la clase dominante en impulsar el desarrollo del país. Prefieren seguir exprimiendo al Estado, haciendo negocios en el área de bienes y servicios, o en el mercado especulativo del dinero. El Estado sigue comprando energía a precios exorbitantes, los bancos siguen recibiendo pagos del Estado por que este custodie su dinero, mientras el capital para inversión prácticamente no existe.
Es evidente que la clase dominante, ni es democrática ni piensa comprometerse con el desarrollo del país. Naturalmente, no debemos esperar que se interese en el bienestar de las mayorías. El país necesita impulsar una nueva clase hegemónica, que promueva la democracia, el bienestar y el desarrollo económico del país, basada en el desarrollo y fortalecimiento del intercambio comercial interno, que sea consecuente con la protección y uso racional de los recursos naturales; que deje al Estado el control de áreas estratégicas para la seguridad nacional, como la generación de energía, o el suministro de agua potable, y se encargue de trabajar en la difícil tarea de alcanzar la soberanía alimentaria: todos tenemos derecho a comer.
Esta nueva clase hegemónica, que no es otra que el pueblo integrado a la producción, debe contar con el control del Estado, y, en última instancia, conquistar el poder del país, y debe ejercer presión para desplazar a la clase dominante, de tal forma que la democracia vaya sustituyendo a la plutocracia actual, mientras el pueblo soberano obtiene su acceso a sus derechos, educación de alta calidad, un sistema de salud preventivo que sustituya al curativo actual, y a su patrimonio natural.
No cabe duda que la tarea de imaginar la patria nueva es fundamental para avanzar, por lo pronto esta misión tiene ya actores, que deberán construir esa imagen de la sociedad que queremos, mientras tanto, debemos ir aprendiendo a hablar con propiedad, y decir cada cosa con el significado que realmente tiene.

http://www.argenpress.info/2011/09/democracia-y-capitalismo-dos-conceptos.html

Confirma la CE desaceleración económica en Zona Euro

La Comisión Europea (CE) confirmó la desaceleración económica entre los países de la zona euro al concluir la segunda mitad del año..

Aún así, dijo, se mantiene la previsión de crecimiento este año en 1,6 por ciento gracias a los resultados favorables del primer trimestre.

En el caso de España, la CE ratificó la previsión de crecimiento del 0,8 por ciento, bastante por debajo de la prevista por el gobierno del 1,3 por ciento al cierre de este año.

La vicepresidente económica de España, Elena Salgado, dijo que pese a las estimaciones de la CE, el gobierno de José Luis Rodríguez Zapatero mantendrá sus previsiones de crecimiento este año. Salgado también descartó problemas para garantizar el financiamiento del país con recursos propios durante 2011.

La CE revisó al alza la previsión de crecimiento de Alemania en tres décimas, que pasó del 2,6 al 2,9 por ciento.

En contraste, redujo la expectativa de crecimiento para Francia del 1,8 al 1,6 por ciento y la de Italia del 1 al 0,7 por ciento.

Para los Países Bajos, la CE anticipa una caída del 1,9 al 1,7 por ciento, lo mismo que en el caso del Reino Unido, que pasa del 1,7 al 1,1 por ciento.

Estima la CE sin cambios la previsión de crecimiento de Polonia, en un 4 por ciento este año.

Sobre la economía de España, la CE resaltó que los altos desequilibrios en el sector privado acumulados durante el "boom" inmobiliario y el desempleo, colocado en puntos históricos, continuaron perjudicando a la economía española.

La CE destacó sin embargo el pequeño impulso de la economía española a comienzos de 2011 cuando el Producto Interior Bruto (PIB) aumentó de forma inesperada en el primer trimestre un 0,4 por ciento, gracias sobre todo a las exportaciones y un aumento del gasto público antes de las elecciones municipales y autonómicas de mayo pasado.

http://www.argenpress.info/2011/09/confirma-la-ce-desaceleracion-economica.html

La mayoría de los británicos pesimistas por futuro de la economía

La mayoría de los británicos es pesimista acerca del futuro económico de Gran Bretaña, aunque considera que las políticas del gobernante Partido Conservador son adecuadas para sacar de la crisis al país, según un sondeo dado a conocer hoy.

La encuesta, elaborada por la consultora Ipsos MORI, concluyó que el 52% de los 1.008 entrevistados cree que las condiciones económicas del país empeorarán el próximo año, con un aumento del desempleo y un congelamiento del salario.

Sólo un quinto de los consultados se mostró optimista por el futuro económico.

El 33% de los británicos dijo que las políticas de los conservadores son las más adecuadas para rescatar a la alicaída economía, en tanto que un 23% sostuvo que las medidas del Laborismo ayudarían mejor. Un 8% de los entrevistados optó por las políticas de los liberales democráticos para sacar al país de la crisis.

http://www.argenpress.info/2011/09/la-mayoria-de-los-britanicos-pesimistas.html

Estados Unidos: La niñez, el segmento poblacional más pobre

Luis Beatón

En el país que tiene la mayor economía mundial y se precia de ser vitrina de la protección de los derechos humanos, los niños son el grupo poblacional más pobre. Cualquiera aseguraría el peligro del futuro.

Hoy resulta una realidad que la niñez es el sector más vulnerable de la sociedad estadounidense pues cerca de 17 millones de niños padecen inseguridad alimentaria, según datos de Feeding America.

Esta organización reúne 200 Bancos Alimentarios y la organización caritativa de distribución de alimentos más importante del país.

En Estados Unidos, pobreza y hambre van de la mano. El 20,7 por ciento de los niños son pobres, con destaque para los hispanos que alcanzan un 33,1 por ciento, indicó recientemente un informe del Instituto Pan para el Mundo, un movimiento religioso en contra de la hambruna.

Según el estudio, el problema de la inseguridad alimentaria afectó en 2009 el 14,7 por ciento de los hogares estadounidenses, aunque los hispanos enfrentaron más estas penurias con un 26,9 por ciento.

El análisis realizado en base a cifras de la Oficina del Censo y del Departamento de la Agricultura asegura que el índice general de pobreza entre los estadounidenses es de 14,3 por ciento, aunque la afectación entre los hispanos llegó hasta el 25,3 por ciento.

En territorio estadounidense, al menos el 34,9 por ciento de los latinos menores de 18 años padecieron hambre, cifra superior al compararla con el 23,2 por ciento de los infantes en la población del país.

Como resultado de una severa crisis económica y el desempleo que afecta a más de 14 millones de estadounidenses, el 30 por ciento de las familias hispanas tuvieron que recurrir a fondos de ayuda de alimentos para aminorar la hambruna.

El Instituto señaló que esta situación repercute en la salud de la población y por ejemplo, precisa, los niños latinos sufren de forma desproporcionada de obesidad, diabetes, asma e hipertensión.

La línea de pobreza determinada por el gobierno federal de Estados Unidos está fijada en ingresos de 21 mil 756 dólares al año para una familia de cuatro personas.

Datos de la Fundación Annie E. Casey aseguran que la reciente recesión eliminó muchos de los beneficios económicos para los niños nacidos a finales de la década de los años 90, mientras plantea que es preocupante la cantidad de menores afectados por las ejecuciones hipotecarias, con embargos de viviendas, todo lo cual complica su bienestar.

Un informe de este grupo asegura que, en 2010, el 11 por ciento de los niños tenía al menos un padre o madre sin empleo.

Mirado desde otra arista, los niños latinos son el sector poblacional que más aumenta en este país y, al mismo tiempo, engrosa su porción más pobre.

Según el último Censo del 2010, los latinos son ya poco más de 50 millones de personas, y constituyen la minoría más importante del país.

Su población infantil (menores de 17 años) es la que más crece en comparación con otros grupos de edad y pertenencia étnica: hoy son 17 millones y se incrementaron un 39 por ciento en sólo la última década, según el Pew Hispanic Center.

Uno de cada cuatro niños en el país vive sin acceso seguro a suficiente comida nutritiva: "Los niños afroamericanos enfrentan la peor crisis desde los tiempos de esclavitud y, en diversas áreas, los menores hispanos y aborígenes se encuentran en situación similar", asegura el centro de estudio.

Los niños latinos no saben si comen hoy ni si comerán mañana: más de un tercio vive en condiciones de pobreza y de inseguridad alimentaria, plantea el informe The State of AmericaÂ?s Children, 2011.

La crisis también golpea despiadadamente al futuro estadounidense. El mantenimiento de los programas de ayuda alimentaria se encuentra amenazado por los cortes de presupuesto o por cambios de proyectos que dificultan el funcionamiento de la red de seguridad social para la infancia pobre.

A partir de 2007, cuando arreció la recesión económica, se incorporaron más de 800 mil personas al programa de ayuda WIC (Supplemental Nutrition Program for Women, Infants and Children).

El 76 por ciento de los destinatarios de este programa son niños y adolescentes.

Algunos afirman que la sociedad estadounidense maltrata a su propio relevo, al no garantizarle la satisfacción de las necesidades básicas.

Para hacer más crítica esta coyuntura, la Oficina del Censo aseguró en su último informe que el número de pobres en Estados Unidos puede incrementarse por cuarto año consecutivo.

Datos de la entidad indican que la tasa de pobreza en el país es de 14,3 por ciento, o sea, un equivalente a 43 millones 600 mil personas.

Analistas del tema sostienen que a inicios de la década de los 70, los niños estadounidenses eran el principal segmento de pobres en el país.

La pobreza infantil creció de manera sostenida desde 2000 hasta 2009 en un 18 por ciento, al saltar de 2.5 millones a 14.7 millones con incidencia notable en los estados del sur y las minorías, según la Fundación Annie E. Casey. Si se parte del entendido de que los niños son la esperanza del mundo y su futuro, los estadounidenses enfrentan un serio problema.

Cuestión aún más crítica al conocer que este país, junto a Somalia, son los únicos dos miembros de las Naciones Unidas que no han ratificado la Convención sobre los Derechos del Niño.

http://www.argenpress.info/2011/09/estados-unidos-la-ninez-el-segmento.html

Frédéric Lordon, fête de l'Huma : et vive la mondialisation heureuse !

écouter: Frédéric Lordon, fête de l'Huma : et vive la mondialisation heureuse ! Là bas si j'y suis, Par Daniel Mermet, 16 septembre 2011


D'ethnie à groupe social comment décoloniser les imaginaires ?

François Simonet

 L'homme est un être pensant sans pour autant qu'il y ait une loi par laquelle advient la société. Si nous produisons la société dans laquelle nous vivons, elle nous construit à son tour. La relation de réciprocité prend racine dans l'imaginaire et le culturel. Cette culture qui nous préexiste, nous façonne et nous conditionne, dans les limites de son espace, l'organisation sociale étant déjà là : par ses institutions, ses règles, ses modes relationnels, ses valeurs, qui prennent forme dans les pratiques.
      Chaque société, à partir et "au nom de" ses critères, porteuse d'un habitus, fabrique sa vision des autres sociétés et des individus. Chacune oriente et impose les focales de ses conceptions, de ses croyances, de ses fantasmes, de ses peurs, de ses ambitions et intentions. Ce qui fait que tout individu est le témoin de son temps ; tout auteur d'une œuvre, y compris scientifique, véhicule, par ses positions, les caractéristiques idéologiques de son époque, au-delà de toute volonté d'objectivité qui voudrait supprimer les aspects non-rationnels de son jugement.
      En ce sens, le langage utilisé, par les termes sollicités saturés de significations, imprègne les esprits, induisant et véhiculant des manières de voir. Une certaine banalisation s'installe, avec des "allant de soi", des clichés et autres stéréotypes résistant à la déconstruction. Ainsi, par leurs descriptions et analyses du "bon sauvage", de l'indigène, ethnologues et anthropologues ont aussi argumenté la supériorité de la civilisation à partir de laquelle ils écrivaient et se positionnaient (1) - avec son système de références. Lévi-Strauss écrira que l'"on a dit parfois que la société occidentale était la seule à avoir produit des ethnographes ; que c'était là sa grandeur et, à défaut des autres supériorités que ceux-ci lui contestent, la seule qui les oblige à s'incliner devant elle puisque, sans elle, ils n'existeraient pas. On pourrait aussi bien prétendre le contraire : si l'Occident a produit des ethnographes, c'est qu'un bien puissant remords devait le tourmenter, l'obligeant à confronter son image à celle de sociétés différentes dans l'espoir qu'elles réfléchiront les mêmes tares ou l'aideront à expliquer comment les siennes se sont développées dans son sein." (Lévi-Strauss, 1955, p. 466) (2) Les récits n'ont pas manqué et ne manquent pas.
      À l'heure où nous nous débattons avec notre passé, début d'un nouveau millénaire qui "commémore" les indépendances africaines, quelle est la sémantique qui se véhicule aujourd'hui encore ? Le fleuve de l'histoire charrie toujours les eaux boueuses du racisme, de la haine, de l'intolérance. Notre société lutte contre les discriminations, pensant les éradiquer. Que reste-t-il donc du souffle encore chaud de Césaire ? Quelles interrogations sur ce présent métissé ?
      Faisons l'hypothèse que, par la sémantique utilisée pour décrire le colonisé d'hier, nous maintenons vivace la construction dont il est toujours l'objet. Le stigmate reste actuel et distingue, de manière exclusive et par des marques réductrices, les groupes sociaux. La sémantique d'aujourd'hui poursuit l'invention et les "classifications" d'époque par des positions politiques conservatrices. Mieux : en s'appropriant le langage du colonisateur, le colonisé a fait sienne cette vision stigmatisante. Face aux préjugés qui nous engourdissent l'âme et nous alourdissent l'esprit, quelle autre possibilité que celle de s'affranchir du pouvoir que prennent les mots, dans une tentative de libération de leur influence ?
      Nonobstant l'évolution des connaissances et des consciences, que dire du terme "ethnie", dont l'usage porte aujourd'hui à caution tant il paraît impropre, douteux même ? Et cependant d'autant plus tenace qu'il est ancré solidement dans la "francophonie". Les conceptions qu'il véhicule, hors le contexte dans lequel il s'est développé, sont en décalage par rapport à l'évolution sociale. Ce qu'il a servi à désigner ne sont plus ces formes méprisées et reléguées au rang d'une infériorité ; cet Autre n'est plus cette figure à classer selon des catégories raciales. Il n'aurait d'ailleurs jamais dû l'être, mais la polémique perdure ! Les arguments n'ont pas manqué, et ne manquent pas, à ceux qui veulent prouver et démontrer cette infériorité. Alors que dans le monde occidental prenaient forme les classes sociales, au sud, il était toujours question de primitifs, vus d'un œil condescendant. Qui pouvait bien être le miroir de l'autre ?
      Partant d'un regard occidentalo-centré, comme point d'une vue particulière, cette réflexion à propos de l'usage du terme "ethnie", objet d'une vulgarisation dans l'opinion, appuyée par les médias en fonction des événements sociaux, relève d'une ascèse nécessaire. Elle participe de la question permanente à propos des statistiques "ethniques".
     
Un passé sur lequel se fonde notre présent
      Comme en réaction à un empire déchu, notre société semble s'accrocher autant qu'elle le peut aux vestiges de sa "grandeur" disparue. Faisant état des bienfaits de la colonisation, l'intention s'inscrivait dans une interprétation de l'Histoire, comme si les événements pouvaient se réécrire à volonté - le discours polémique sous-entendant une dette de reconnaissance. Fernand Braudel a été de ceux qui ont défendu le caractère positif de la colonisation, affirmant que "grâce à la colonisation, la civilisation a pénétré l'Afrique noire qui a pu ainsi entrer dans l'histoire (3). C'est à travers son rapport à l'Occident que l'Afrique construit son devenir historique, et ce devenir est interprété en termes de "trahison"." (Büttgen, 2009, p. 339) (4) Mais parle-t-on des bienfaits de la colonisation romaine ? N'étions-nous pas dans des ténèbres, desquelles d'autres s'arrogeaient le droit de nous en sortir, par devoir de nous éclairer ?
      Une telle vision civilisatrice, jusqu'à la création en ce nouveau millénaire d'un ministère de l'Immigration, de l'Intégration, de l'Identité nationale (et du co-développement), renvoie à la nostalgie d'une "Grande époque", conception despotique d'une utopie qui ne repose que sur l'endoctrinement et la propagande. Faisons donc le postulat que l'esclavage et le colonialisme n'ont pas existé au nom d'une volonté civilisatrice, ni d'un quelconque progrès, mais plutôt du fait d'un état d'esprit arrogant à vouloir s'approprier l'autre, le spolier. Plus une société possède de technicité, plus elle aura la volonté de soumettre le monde à ses propres intérêts, pour servir ses ambitions.
      Voilà qui met à l'épreuve les Lumières, période qui s'est voulue éclairée (Sala-Molins, 2008) (5) - et qui l'a été sur bien des aspects. Si avant 1789 des voix se sont élevées contre la traite et l'esclavage, la "Société des amis des Noirs" (composée d'abolitionnistes, dont Brissot de Warville, Condorcet, l'abbé Grégoire, La Fayette, Mirabeau, Pétion) a dû lutter d'arrache-pied pour se faire entendre. L'effervescence des Lumières annonçait des bouleversements radicaux, à tous les niveaux de la société. Si la Révolution veut supprimer l'Ancien régime, féodal, aristocratique, et les privilèges liés, pour autant, elle n'abolit pas l'esclavage. Les lobbies de l'époque protègent leurs intérêts ! Par la couleur stipulée, les divers Codes noirs précisent bien à qui ils s'adressent. Protestants et juifs n'étant pas épargnés par ailleurs.
      Est citoyen celui qui appartient de droit, et à part entière, au "corps social" ; celui qui correspond aux principes et aux valeurs révolutionnaires puis républicaines : Liberté, Égalité, Fraternité, Patrie, Nation. Or, dans leur majorité, "les représentants du peuple français n'ont pas voulu penser à l'esclave noir. Parce qu'il n'est pas membre du corps social." (Sala-Molins, 2008, p. 104) (6) Le Noir n'a d'ailleurs pas à être citoyen, pas plus qu'il n'a besoin d'être instruit (7). Il est seulement maté ! Il n'appartient pas à l'humanité tout simplement parce qu'il n'est pas "visible". Les reproches communément faits aux Lumières sont ceux d'une certaine frilosité à abolir radicalement l'esclavage. Certes, la proposition de Condorcet (Condorcet, 2001) (8) d'un affranchissement par "degrés", qui se veut avant tout position de raison, met l'impatience de l'homme contemporain à l'épreuve ; comme pour Montesquieu, actionnaire lui-même d'une compagnie négrière. Mais ce serait trop rapidement faire fi que, dans l'Europe, leurs voix étaient décriées. Entre l'arrêt d'une organisation funeste et l'écroulement d'une structure économique, politique, sociale, le dilemme est réel. Les dénonciations argumentées d'hier ne sont pas plus entendues que celles d'aujourd'hui ! L'homme contemporain n'est pas plus rapide pour régler les problèmes de son temps, lui qui cherche si souvent à se dédouaner de toute responsabilité lorsqu'il est impliqué.
      Face à l'amnésie de notre société, pourtant si consommatrice de cérémonies mémorielles, hommage soit ici rendu à Toussaint Louverture (9) - et à tous ceux qui n'ont pas supporté l'asservissement, sans que cela fût au seul nom de principes Républicains. La France révolutionnaire est loin de ces soulèvements à Saint-Domingue, préoccupée plutôt par des intérêts de pouvoirs (politiques et économiques). Révolution en Métropole en 1789 et première abolition de l'esclavage dans les colonies françaises par la Convention le 4 février 1794. Il faudra attendre le 10 mai 2011 pour que l'Assemblée nationale qualifie, par la loi Taubira, la traite et l'esclavagisme de "crimes contre l'humanité".
      La liberté des esclaves noirs n'est qu'affaire de temps : pour les mentalités d'une part et les affaires d'autre part. Car, qui va donc exploiter les propriétés des colons… au moindre coût ? Ces derniers n'envisageant ni la ruine, pas plus que de subir le même sort qu'ils ont réservé à leurs esclaves ! Rappelons que : "Avec la Révolution (française), le combat a changé de dimension. Il ne s'agit plus seulement d'une bataille d'idées. La lutte est devenue intensément politique. La destruction de l'Ancien Régime et l'avènement d'une nouvelle société fondée sur la liberté et l'égalité des hommes doivent logiquement entraîner la suppression de la traite et l'abolition de l'esclavage. Mais du même coup, se trouvent menacés des intérêts économiques considérables." (Badinter, 1888, p. 332) (10)
      Le temps s'écoule. Sous la IIIe République qui, notamment depuis la défaite de 1870, cherche à regagner du prestige et de la puissance sur la scène internationale, la conquête coloniale poursuit son développement en Afrique, dans les Amériques et en Asie, avec l'impulsion du gouvernement de Jules Ferry. Du milieu du XIXe siècle jusqu'à son abolition (1946), le Code de l'indigénat sera là pour administrer les colonies. Encore que ce code soit resté en vigueur en Algérie jusqu'à l'Indépendance de celle-ci (1962). Il s'agissait d'un ensemble de législations et de textes juridiques par lesquels l'indigène n'était aucunement un citoyen.
      Cette politique coloniale de premier plan pour la nation n'est pas isolée. C'est même toute l'Europe qui s'est lancée dans cette course effrénée, fondée sur le progrès, né de l'esprit des Lumières, avec la participation des sciences. La puissance des empires est au prix de leur installation dans les contrées lointaines. Sous couvert d'un jeu de relations diplomatiques, les territoires de l'Afrique possédés par les états européens sont en fait des zones de contrôle et d'influence. S'installe de ce fait une compétition acharnée entre Allemands, Anglais, Belges, Espagnols, Français, Italiens et Portugais.
      Par la Conférence de Berlin (16 février 1885), l'Afrique est partagée entre ces puissances impérialistes, sous l'arbitrage du roi des Belges Léopold II, qui, à force de volonté tenace arrivera à conquérir et à posséder le bassin du Congo. Le partage étant établi, les états européens ont exploité les ressources et les terres de leurs "possessions", investissant sur des infrastructures dont eux seuls tiraient profit. En fait, en guise d'établir les règles du jeu pour la conquête du continent, dans le but perceptible de détendre les rapports conflictuels entre les colonisateurs, la Conférence ne fait que confirmer les principes d'un partage existant (Fournié, 2003) (11). C'est l'avenir imminent de l'Europe qui se joue ici en sourdine.
      La situation du continent africain est en effet particulière, et elle semble le rester dans les esprits encore aujourd'hui. Jusque dans la première moitié du XIXe siècle, l'Afrique n'est pas convoitée par les puissances européennes comme peut l'être l'Asie. Certes, des parties sont connues par les explorations, où la recherche des sources du Nil a pris un sens mythique par exemple. Les conquêtes culturelles, avec l'Islam qui, après l'implantation dans la partie nord du continent (Hourani, 1993) (12) s'étend au sud, provoquent la rencontre conflictuelle des croyances. Par la traite des esclaves, ce sont les côtes, notamment de l'Afrique noire, qui ont été le lieu des échanges commerciaux et d'exportation (ainsi que de déportation) vers le Nouveau Monde. Or, l'abolition de ce trafic se fait au profit de l'exploitation d'autres marchandises comme le caoutchouc, les huiles de palme et d'arachide, le bois, etc. Ainsi, les pénétrations se font de plus en plus à l'intérieur d'un continent gigantesque, stimulant d'autant plus l'aventure qu'il aiguise les concupiscences.
      Cette volonté de conquête de territoires et d'expansion représente de véritables enjeux politiques, sociaux (notamment démographiques), économiques, culturels et idéologiques. Le but est de contrôler le monde en s'imposant de manière stratégique, faisant de l'Afrique un terrain de rivalités entre les puissances européennes. L'impérialisme, qui va soumettre l'Afrique à sa botte, est une réalité très organisée, aux luttes fraternelles partisanes, découpant et partageant de manière aléatoire et arbitraire les possessions coloniales : au gré des combats et des manœuvres, les maîtres couronnés changent parfois, les autochtones subissent toujours.
     

Les valeurs d'une société éclairée
      Au nom des valeurs républicaines, et pour la grandeur de la Nation française, il s'agit de civiliser, en administrant les populations et les ressources locales. Avec un schéma clairement dessiné : là où le paganisme est vu comme sauvagerie, le christianisme se présente comme source de civilisation. Le bon sauvage rousseauiste nécessite toujours d'être policé !
      L'exploitation si pénible des nombreuses ressources naturelles tant convoitées dont regorge l'Afrique va de pair avec les progrès techniques de cette fin de XIXe siècle : le développement des moyens de communication et de transport - par exemple les croisières : Noire pour l'Afrique, Jaune pour l'Asie - ; les découvertes médicales - qui permettent de soigner et de prévenir les fièvres paludéennes éprouvantes.
      Portées par une foi scientifique toute nouvelle, armées de moyens de plus en plus développés, les expéditions sont composées de géographes, de botanistes, de naturalistes, de biologistes, d'ethnologues et autres aventuriers, avec le concours de l'Académie des sciences, de la Société royale de médecine.
      Des peuples rencontrés, les mœurs et les coutumes font l'objet de nombreuses observations, de relevés détaillés et répertoriés, établissant ainsi une cartographiedu progrès et de la connaissance. L'ethnologie et l'anthropométrie s'affirment. L'ethnie est un concept qui entre en scène et prend son essor. Les sociétés étaient dites primitives, vivant selon des règles de vie premières, éloignées de la "civilisation".
      L'étude de ces sociétés, considérées comme "exotiques", n'est pas le fait de ce XIXe siècle : la période de la traite et de l'esclavagisme avait été, en son temps, objet d'une littérature importante. Mais ici, au sein de cette administration coloniale, il s'agit d'une véritable politique impérialiste expansionniste menée par des explorateurs, des marchands, des aventurier(e)s et chercheurs d'or d'un type nouveau, des missionnaires, des officiers militaires et des administrateurs, transportés par une aventure coloniale vécue comme exaltante par l'Occident (13). En cette période de patriotisme exacerbé, l'ambition n'a pas la limite des frontières.
      Contexte et connaissances sont intriqués, comme toujours, orientant de ce fait les idées. La préoccupation est de créer une hiérarchisation des individus selon des caractéristiques particulières. Arthur Joseph de Gobineau (1816-1882), comte de son rang, écrira son Essai sur l'inégalité des races (parution en quatre volumes de 1853 à 1855), et Jules Ferry dira que les races considérées supérieures ont un droit sur celles dites inférieures. Il apparaît ainsi clairement qu'une scission s'est opérée entre des parties du globe et que la revanche que veulent prendre les nations européennes entre elles se fait par et dans leurs territoires coloniaux.
      Le regard porté sur ces sociétés colonisées, avec ces peuples et ceux qui y sont générationnellement liés, s'est-il transformé depuis ? Penser en termes d'ethnie reste aujourd'hui très présent. Ce qui correspond toujours à des critères particuliers : degré de civilisation, attitudes, comportements, pratiques culturelles et sociales. La vision actuelle s'est fortement nourrie du "côté sombre des Lumières, qui sont également à l'origine de la classification de l'Humanité et de toutes les sociétés en sauvages, barbares et civilisés, et qui ont attribué aux seuls Européens de l'ancien et du nouveau monde la gloire d'être civilisés et d'incarner la seule voie possible vers le "Progrès" du genre humain. Ce sont ces représentations d'eux-mêmes et de leur rôle dans l'histoire qu'ont mis en avant les Occidentaux pour justifier - au nom de leur rôle civilisateur- la conquête et l'exploitation des peuples d'Amérique, d'Asie, d'Afrique et d'Océanie" (Godelier, 2007, p. 248) (14)
      Profondément attachés à notre propre système de référence occidental, prisme déformant d'un contexte, que déduisons-nous de celui qui n'y répond pas, en partie ou totalement ? Doit-on considérer aujourd'hui que des sociétés et des cultures nous seraient inférieures parce que différentes ? Les nombreux conflits de par le monde paraissent attester de cette réalité ! Lévi-Strauss en appelait à un certain "relativisme" culturel dans le sens qu'une société n'est pas meilleure qu'une autre, ni supérieure, aux motifs de ses normes, usages, méthodes et de sa technologie sophistiquée.
     

La construction unilatérale d'une sémantique
      Le "primitif", désignation de ces populations indigènes, exotisme d'un temps, correspond à de multiples figures aussi caricaturales les unes que les autres : l'être naïf, fourbe, barbare, sauvage, lubrique. Autant d'ersatz qui nourrissent la propagande. Qui, à propos du Nègre, n'a pas entendu les plaisanteries les plus douteuses et méprisantes ? (Bilé, 2005) (15) Cela vaut d'ailleurs pour toute forme d'humour, regorgeant généralement de préjugés, à l'adresse de catégories sociales particulières : l'Arabe, le Turc, le Juif, le Belge. Cette construction sociale historique de l'autre (Savarèse, 2000) (16) relève d'une invention (17) et reste empreinte de représentations et de préjugés erronés (Blanchard, Deroo, 2005) (18), l'autochtone ne participant aucunement à la formation de son identité "ethnique". Le regard de l'observateur occidental reste seul habilité à lui octroyer une appellation. Ce qui donne dès lors dans l'imposture. Simple question : qui a nommé les continents et l'ensemble du globe terrestre ?
      Une autre remarque. Nombreuses sont encore les moqueries à propos des parlers. Il n'est pas si loin le temps où certains humoristes chatouillaient drôlatiquement leur auditoire avec les expressions et les prononciations antillaises, africaines, asiatiques. C'est méconnaître que la diffusion du français (émergeant) dans les pays colonisés s'est faite par des dialectes, des jargons, avec des prononciations en usage à l'époque, spécifiques à des zones géographiques de la France du XVIIe et XVIIIe siècles (Rey, 2011) (19) qui se sont transformés localement. Les langages portent les conceptions des époques par le biais des termes sollicités et des expressions. Reste que les écrits d'Amadou Hampâté Bâ par exemple, et pour ne citer que lui, révèlent une langue maîtrisée et élaborée.
      Revenons à notre XXIe siècle, où "Ethnie" est devenue un terme par lequel nous nous fourvoyons. Il renvoie, au quotidien, à des stigmates inscrits dans l'espace social. Effectivement, il a remplacé l'usage abusif de race, mais pour autant, qu'est-ce qui justifie son emploi pour désigner une catégorie d'individus en particulier ? En France, parle-t-on d'ethnies à propos des Basques ? Des Charentais ? Des Bretons ? Et pourtant…
      Le terme désigne bien "un ensemble d'individus qui ont en partage un certain nombre de caractères de civilisation, notamment linguistique", une "classe d'êtres d'origine et de conditions communes" (20). Maurice Godelier entend par ethnie "cet ensemble de groupes locaux se sachant issus d'une même souche, parlant des langues apparentées et partageant un certain nombre de principes d'organisation de la société et de représentations de l'ordre social et cosmique, ainsi que des valeurs communes. Mais attention, le fait d'appartenir à une même ethnie ne vous donne pas de femmes ni d'accès à la terre. Cela vous confère une identité particulière qui déborde le fait d'être membre de votre société et vous rattache à une communauté culturelle et linguistique qui s'étend bien au-delà du groupe local, de la tribu à laquelle vous appartenez par la naissance ou par adoption." (Godelier, 2007, p. 96) (21).
      Fin du XIXe siècle, l'ethnologie se définit comme "la science des groupes humains, notamment les groupes sociaux appartenant aux civilisations pré-industrielles". Mais "groupe", "nation", "peuple", auxquels ethnos donne sens, sont autant de termes qui suggèrent qu'une organisation sociale a une existence propre et autonome. Ce qui nous concerne tout autant de ce côté-ci de cette "modernité" toujours évoquée pour nous identifier.
      Pourquoi alors ne pas parler d'ethnies concernant l'histoire de France et de l'Europe ? Avec ces invasions "barbares" aux couleurs si variées. À qui viendrait l'idée de parler de conflit ethnique à propos de la Grande Guerre de 14-18 ? Alors que, même pour la seconde guerre mondiale, les soldats des colonies n'ont pas manqué d'offrir leur vie à la Mère Patrie. Qu'est-ce donc que le fait d'être ethnique change à une guerre ? Les moyens utilisés ? La barbarie ? La cruauté ? Car ce sont toujours les raisons avancées.
      Un tel regard ethniste crée une ethnicisation des rapports sociaux et demeure "un outil politique particulièrement opérant" (Péan, 2005, p. 392) (22) dont on peut mesurer toute la stratégie dramatique dans l'accès à la magistrature suprême. Derrière la notion d'"ivoirité" par exemple, ne serait-ce pas une forme d'ethnicité qui se profilerait ? Un travers dont le concept de négritude ne s'est pas distancié. À moins qu'il ne s'agisse d'un argument pour le dénaturer. Un regard d'autant mieux prégnant qu'il contient là, de manière intrinsèquement historique, les marques particulières de domination qui a eu cours lors de la colonisation. Rappelons-nous que celle-ci a été l'imposition d'une civilisation sur des populations, usant et abusant d'un procédé particulier : jouer sur la division des peuples dominés, entre eux, en utilisant les oppositions culturelles, les clivages religieux, les rivalités "ethniques", ou supposées telles, semant ainsi la discorde. La corruptiondemeurant à ce jour un reste bien présent de ce "modèle" d'organisation sociale.
      Ainsi, dans ces parties du monde explorées par les empires, il y a des "groupes ethniques", tandis que dans l'univers des nations occidentales, il y a des "groupes sociaux". Dans l'ensemble, même s'il s'agit d'individus, les contextes diffèrent et le verbe nomme distinctement. De plus, les critères de discrimination ont à ce point aliéné ceux qui les subissent qu'ils les utilisent pour eux-mêmes, s'identifiant par appartenance à tel groupe d'affiliation ethnique, assignés à des rôles, forçant même le trait. La distinction devient une affaire de style : d'un côté les sociétés à la culture évoluée, de l'autre celles qui sont folkloriques. Aux uns : du sophistiqué, de la technicité ; aux autres : du rudimentaire, de l'intuitif. Une conception qui ne fait que maintenir les clichés.
     

La permanence d'une rhétorique
      C'est très justement que Césaire proposait de remplacer ce terme, porteur de "connotations forcément désagréables parce qu'équivoques que le mot ethnicity entretient" (Césaire, 2004, p. 88-89) (23). Car ces connotations nous amènent à des impasses interprétatives. Et le fait est là : la rhétorique n'a pas varié d'un iota. Elle reste empreinte de termes galvaudés porteurs de représentations d'une époque révolue, traînant son lot de stéréotypes, de références obsolètes qui ne font que maintenir un ascendant sur les esprits. Il paraissait plus facile d'observer les conduites des populations locales sous des aspects dits primitifs, dénonçant l'anthropophagie, plutôt que de voir, dans ses propres rangs, la sauvagerie dont faisaient preuve les nations civilisées, ingénieuses dans l'art de détruire et dans la perversité cruelle pour y réussir.
      Présent et passé se superposent et il n'est pas exagéré de parler de l'existence, depuis les indépendances, d'une "permanence de schèmes coloniaux dans la culture (francophone) et les mentalités" (Bancel, 2006, p. 35) (24).
      C'est un réseau sémantique qui s'est puissamment structuré, où, à "ethnie", viennent se greffer "tribu" et "clan", généralement entendus de manière négative, voire péjorative. Avec le temps, quelques glissements substantiels ont de ce fait transformé sens et usages. Ainsi tient la structure sociale, organisant les systèmes de valeurs à partir desquels nous interprétons le monde, et où croyances et convictions sont nos guides.
      Pour l'heure, c'est dans le domaine scientifique que la perspective est différente, pas pour la doxa. Pour celle-ci, le teint de l'épiderme et le faciès sont considérés comme des stigmates quasi délictueux, passant de l'apparence extérieure à la brûlure dans les chairs, si douloureux à changer dans les mentalités (Kelman, 2004) (25). Des marques qui se déplacent sur le curseur de l'imaginaire, glissant avec tant d'instabilité du plus clair au plus foncé, jouant sur la comparaison. En réalité, que déduire de cette logique ? Les traits qui ont servi - et servent encore, au nom de la culture - à de telles classifications n'ayant aucune validité humaniste.
      En quoi ces marques positionnent-elles les individus de manière égalitaire et fraternelle ? En quoi de telles désignations sont-elles structurantes et respectueuses ? Il ne s'agit pas de faire appel à un nouveau modèle importé, au risque de l'imposer, pour désigner d'autres formes identitaires. La "discrimination positive" restant avant tout une discrimination !
     

À qui le monopole de l'histoire ?
      La France a mal à son histoire, versus colonisation, cette plaie sanguinolente au cœur de la République. Et le passé est là, dans le continuum de l'histoire. Impossible de l'occulter ! À l'évolution sociale en général, mœurs et langage ne répondent pas de la même manière ni au même tythme, opposant quelques retenues, voire résistances.
      D'aucuns prétendront que la signification du terme ethnie a évolué. Toutefois, l'évolution ne coupe pas radicalement d'avec ses racines mais a plutôt tendance à trouver des compromis. En fait, la perception n'a pas vieilli ; le discours s'est tout simplement adapté : le colonisé d'hier est l'immigré, ou issu de l'immigration aujourd'hui.
      Prenons le discours du chef d'État français (26) qui, au nom de la Nation, s'adresse à un des peuples d'Afrique, le Sénégal, pour lui exprimer que : - "Le drame de l'homme africain, c'est que, dans son imaginaire, il n'y a de place ni pour l'aventure humaine, ni pour l'idée de progrès." Que "Le problème de l'Afrique, c'est qu'elle vit trop le présent dans la nostalgie du paradis perdu de l'enfance […]" "[…] ce besoin de croire plutôt que de comprendre, ce besoin de ressentir plutôt que de raisonner, ce besoin d'être en harmonie plutôt que d'être en conquête." De plus, considérant que l'Afrique va mal, il précise que "Le drame de l'Afrique, c'est que l'homme africain n'est pas assez entré dans l'histoire" mais qu'il est plutôt dans "l'éternel recommencement du temps rythmé par la répétition sans fin des mêmes gestes et des mêmes paroles. Dans cet imaginaire où tout recommence toujours, il n'y a de place ni pour l'aventure humaine, ni pour l'idée de progrès. Dans cet univers où la nature commande tout, […] l'homme reste immobile au milieu d'un ordre immuable où tout est écrit d'avance. Jamais l'homme (africain) ne s'élance vers l'avenir. Jamais il ne lui vient à l'idée de sortir de la répétition pour s'inventer un destin."
      Ce discours nous renseigne sur plusieurs points. D'abord, il confirme bien que le temps révolu ne change rien aux clichés et que représentations et perceptions ont, globalement, toujours cours dans les esprits. Les mots collent aux êtres et traversent l'histoire. Rappelons que, faisant plusieurs fois la France, le continent n'a d'africain que l'appellation occidentale. Il contient DES "Afriques", et c'est bien réducteur que d'exprimer à un de ses pays une généralité pour un continent entier. Où se situe l'Égypte ? Terre dont l'Occident a puisé un symbolisme et un imaginaire qui saturent son espace social. Dans quelle partie du globe se trouve le bassin méditerranéen, d'où notre culture est issue ? Et quel est donc ce continent dont on dit qu'il est le berceau de l'humanité ?
      L'homme africain ne serait donc "pas assez entré dans l'histoire" ? En manque d'un "destin" ? Parce qu'il aurait été spolié de cette idée même ! Il est vrai que, entravé par chaînes et boulets, toute la difficulté est de pouvoir s'élancer vers l'avenir !
      Autre chose. Quel est ce patrimoine déposé sur les quais de la Seine ? Des Arts premiers ? Des Arts primitifs ? Des Arts tribaux ? La polémique qui a eu lieu autour de l'appellation à attribuer à l'écrin architectural dans lequel sont si précieusement entreposés ces trésors est significative de la sémantique et des représentations dont il est question. Est-ce à dire qu'après l'Afrique, l'Océanie, l'Asie et les Amériques, ces anciennes colonies n'auraient pas d'histoire ? D'où viendraient donc ces connaissances et ces techniques, héritage de lignées ancestrales et fondatrices ?
      Par son article paru dans Le Monde diplomatique en novembre 2007, "Les sources hégéliennes du discours de Nicolas Sarkozy", Olivier Pironnet met le "discours de Dakar" en relation avec la position du philosophe Hegel. Celui-ci écrivait à propos de l'"Afrique proprement dite (27) (que) ce continent n'est pas intéressant du point de vue de sa propre histoire, mais par le fait que nous voyons l'homme dans un état de barbarie et de sauvagerie qui l'empêche encore de faire partie intégrante de la civilisation. L'Afrique, aussi loin que remonte l'histoire, est restée fermée, sans lien avec le reste du monde ; c'est le pays de l'or, replié sur lui-même, le pays de l'enfance qui, au-delà du jour de l'histoire consciente, est enveloppé dans la couleur noire de la nuit." (Hegel, 1965, p. 247) (28)
      Que les qualités d'un continent, qui, au regard de sa superficie, contient une multitude de peuples et de cultures d'une grande variété, sans rapport entre les quatre points cardinaux, soit évaluées à l'aune de l'historicité est là un critère purement du XIXe siècle du monde occidental et de la modernité émergente. L'Histoire serait liée à la Raison, et l'Afrique n'est pas rationnelle ! L'auteur précédemment cité, Sala-Molins, rappelle que, "Dans un discours à la gloire de l'abolition de l'esclavage, prononcé le 18 mai 1879, Victor Hugo proclame : Quelle terre que cette Afrique ! L'Asie a son histoire, l'Amérique a son histoire, l'Australie elle-même a son histoire qui date de son commencement dans la mémoire humaine : l'Afrique n'a pas d'histoire." (Sala-Molins, 2008, p. 25) (29) Si tout le monde le dit… !
      Ce n'est cependant pas sur cet aspect que le lien est à établir avec le discours de Dakar. Lorsqu'Hegel développe son raisonnement sur l'Afrique, il se livre en fait à un exposé des critères et des valeurs de l'époque ; des considérations totalement inscrites dans la logique du colonialisme des États Européens du XIXe siècle, et qui relèvent de visions particulières qui annoncent les clichés qui ont émergé de descriptifs. En précisant que l'Afrique "[…] ne fait pas partie du monde historique, elle ne montre ni mouvement, ni développement et ce qui s'y est passé, c'est-à-dire au Nord, relève du monde asiatique et européen. Carthage fut là un élément important et passager. Mais elle appartient à l'Asie en tant que colonie phénicienne. L'Égypte sera examinée au passage de l'esprit humain de l'Est à l'Ouest, mais elle ne relève pas de l'esprit africain ; ce que nous comprenons en somme sous le nom d'Afrique, c'est un monde anhistorique non-développé, entièrement prisonnier de l'esprit naturel et dont la place se trouve encore au seuil de l'histoire universelle" (Hegel, 1965, p. 269) (30) Tout est dit ! Cette considération du continent relève d'un arrangement idéologique.
     

Qu'en est-il de la sémantique actuelle ?
      Les appellations sociales actuelles, qui s'inscrivent dans la logique ethnique, existent : les minorités, l'immigré, être issu de l'immigration.
      Les minorités sont considérées visibles comme invisibles dans leurs spatialités. L'invisibilité ne venant pas de celui que l'on ne voit pas mais de celui qui regarde. "Minorité" est donc à considérer dans son acception la plus large. Ce sont aussi les paysans de tel "pays", ou province française ; c'est également tel groupe perpétuant telle musique du Poitou ; les adeptes de telle pratique ancestrale sur une partie circonscrite du territoire. De ce fait, l'étranger, le natif ne sont pas uniquement ceux qui viennent d'un autre continent, mais aussi d'un autre temps, avec des pratiques sui generis et, à ce titre, inscrites dans le patrimoine. Ce qui prend alors le nom de folklore.
      Quant aux critères qui identifient ces "minorités", ils ne s'appliquent qu'à celles-ci. Or, ce qu'ils servent à désigner et classifier concerne tout individu social, qu'il soit dans une minorité ou une majorité. Les pratiques, les goûts, l'épiderme, les croyances, la religion, etc., sont autant d'éléments valables pour connaître chacun et ne peuvent servir de traits caractéristiques à des fins douteuses d'identification. Il apparaît donc clairement que la conception ethnique actuelle, véhiculée sous cette forme, ne fait qu'alimenter la stigmatisation. Une réelle ghettoïsation linguistique, où les individus sont identifiés et s'identifient eux-mêmes : Beurs, Blacks, issus de la xième génération - comme soumis à une traçabilité permanente (logique de la démarche qualité) qui dépasse les espaces de la cité, de la banlieue. Ainsi, bien que des générations soient nées en France de parents espagnols, portugais, italiens, anglais et autres, celles qui sont considérées comme "issues de l'immigration" le sont de parents maghrébins - quand ce n'est pas de parents "arabes", pour ajouter à la confusion. Le stigmate reste redoutable !
      "Ethnie" et tous les termes qui y sont liés sont des constructions sociales qui s'inscrivent dans les imaginaires. Dans une dynamique de détermination et de production de valeurs sociales, la sémantique reconnaît et exclut : qui est dans et hors humanité, dans et hors l'histoire. Jusqu'à s'appuyer sur une distinction théorique des races : un apartheid qui se fait de manière diffuse, larvée.
      Au travers l'usage de termes particuliers, le langage maintient vivace des conceptions et des croyances fossilisées.
      Quel meilleur conditionnement mental que le système codé qu'est le langage ? Relatif à un contexte bien particulier, le philologue Klemperer avait écrit que "sous le mot isolé, c'est la pensée d'une époque qu'on découvre, la pensée générale où se niche celle de l'individu, la seconde étant influencée, peut-être même guidée, par la première" (Klemperer, 1996, p. 199) (31) La novlangue œuvre aujourd'hui efficacement en ce sens, jouant de l'oubli, de l'effacement du sens des mots par leur usage.
      Il y a nécessité d'un changement radical dans les esprits, en rompant d'avec un certain langage, orienté, plutôt que d'en être esclave. L'Autre, quel qu'il soit, est un égal sans maître qui ne peut se soumettre aux diktats d'un peuple venu d'ailleurs.
      Dans une logique d'autonomie, en s'affranchissant du poids des usages culturels, traditionnels, sans positionner les sociétés selon une échelle de valeurs excluantes, là se trouvent l'émancipation et la liberté, à commencer par celle de penser et d'exister pleinement.
      Pourquoi donc ne pas faire le rêve ambitieux de "décoloniser les imaginaires" (Xypas, 2007) (32) afin de construire un monde différent ?
     
1. Croyance en une supériorité supposée de l'homme évolué et de "la civilisation européenne", profondément mise à mal par les guerres et les régimes totalitaires au XXe siècle.
2. Claude Lévi-Strauss, Tristes tropiques, Paris, Plon, Terre Humaine/Poche, 1955, p. 466.
3. "Mais aujourd'hui, il y a quelque chose de changé dans l'Afrique noire : c'est, tout à la fois, l'intrusion des machines, la mise en place d'enseignements, la poussée de vraies villes, une moisson d'efforts passés et présents, une occidentalisation qui a fait largement brèche, bien qu'elle n'ait certes pas pénétré jusqu'aux moelles", "Histoire des civilisations : le passé explique le présent", Fernand Braudel, Grammaire des civilisations, Paris, Flammarion, 1987, p. 313.
4. In Les Grecs, les Arabes et nous ; Enquête sur l'islamophobie savante, sous la direction de Philippe Büttgen, et al., Paris, Fayard, Ouvertures, 2009, p. 339.
5. Louis Sala-Molins, Les misères des Lumières ; Sous la raison l'outrage, Paris, Homnisphères, Savoirs autonomes, 2008, p. 104.
6. ibid., p. 104.
7. À ce propos, interrogeons-nous sur ce que devient aujourd'hui l'éducation pour le peuple - même position envers le refus de l'accès à l'instruction pour l'esclave d'hier !
8. Condorcet, Réflexion sur l'esclavage des Nègres, Paris, Mille et une nuits, 2001. "Des moyens de détruire l'esclavage des Nègres par degrés", p. 34-44.
9. Aimé Césaire, Toussaint Louverture ; Le Révolution française et le problème colonial, Paris, Présence Africaine, 1981.
10. Elisabeth Badinter, Robert Badinter, Condorcet, Un intellectuel en politique, Paris, Fayard, Livre de Poche, nouvelle édition revue et augmentée, 1988, p. 332.
11. Partage qui repose sur une contradiction : d'un côté, de réelles rivalités entre les États impérialistes du fait de cette concurrence pour s'emparer des territoires, de l'autre, c'est affaire d'entente entre ces mêmes États qui tentent de trouver des arrangements, délimitant leurs territoires comme autant de zones d'influence afin d'éviter de faire dégénérer les luttes au Sud en conflits au Nord, en Europe. Il s'agit là d'une règle du jeu où les procédés utilisés visent à maintenir des dissensions entre les États, jusqu'aux limites ne pouvant éviter les guerres. Celles-ci devenant un autre moyen de partages des territoires, et donc des modalités d'influence dépouillant les pays vaincus au profit des vainqueurs. Et la règle du jeu continue.
12. Albert Hourani, Histoire des peuples arabes, Paris, Seuil, traduit de l'anglais par Paul Chemia, 1993.
13. Une aventure décrite par des auteurs comme : Joseph Conrad, Au cœur des ténèbres, Paris, Garnier-Flammarion, 1989 ; André Gide, Voyage au Congo, Paris, Gallimard, Folio, 1927 & 1928 ; Albert Londres, Terre d'ébène ; la traite des noirs, Monaco, Le Serpent à Plumes, Motifs, 1998.
14. Maurice Godelier, Au fondement des sociétés humaines ; ce que nous apprend l'anthropologie, Paris, Albin Michel, Bibliothèque idées, 2007, p. 248.
15. Serge Bilé, La légende du sexe surdimensionné des noirs, Monaco, Éditions du Rocher/Le Serpent à Plumes, 2005. L'on peut constater l'utilisation en "ligne", sur les réseaux de rencontres, de ce type de critère physique.
16. Éric Savarèse, Histoire coloniale et immigration, une invention de l'étranger, Paris, Séguier, Les colonnes d'Hercule, 2000.
17. "Civilisés jusqu'à la moelle des os ! L'idée du Nègre barbare est une invention européenne" écrivait l'ethnologue Léo Frobenius. Histoire de la civilisation africaine, Paris, Gallimard, NRF, 1952, p. 14-15. De même, et à l'inverse, nous pourrions nous interroger sur l'idée que se fait encore aujourd'hui le Noir du Blanc.
18. Voir par exemple Paris couleurs : de l'"indigène" à l'immigré, regard sur un imaginaire fantasmé, film de Pascal Blanchard et Éric Deroo, produit par Image et Compagnie, 2005.
19. Alain Rey, Frédéric Duval, Gilles Siouffi, Mille ans de langue française, histoire d'une passion ; I. Des origines au français moderne, Paris, Perrin, Tempus, 2007, 2011 pour la présente édition, p. 603.
20. Le dictionnaire historique de la langue française, sous la direction de Alain Rey, Le Robert, 2000.
21. Maurice Godelier, op. cit., p. 96.
22. Pierre Péan, Noires fureurs, blancs menteurs ; Rwanda 1990-1994 Paris, Fayard, Mille et une nuits, 2005, p. 392.
23. "Je dirais donc non pas ethnicity, mais identity (identité), et qui désigne bien ce qu'il désigne : ce qui est fondamental, ce sur quoi tout le reste s'édifie et peut s'édifier : le noyau dur et irréductible ; ce qui donne à un homme, à une culture, à une civilisation sa tournure propre, son style et son irréductible singularité." Aimé CÉSAIRE, Discours sur la Négritude, Paris, Présence Africaine, 2004, p. 89.
24. Nicolas BANCEL, "L'immigration fait partie de l'histoire de France", Alternatives Internationales, n°30, mars 2006, p. 35.
25. Gaston Kelman, Je suis noir et je n'aime pas le manioc, Paris, Max Milo, Faits et Cause, 2004.
26. Discours du président français Nicolas Sarkozy prononcé à l'Université de Dakar le 26 juillet 2007. Consultable sur le site :[http://www.afric.com/article12199.htm] [http://elysee.fr/elysee/elysee.fr/francais/interventions/2007/juillet/allocution_a_l_universite_de_dakar.79184.html]
27. Précisons que Hegel considère l'Afrique "composée de trois continents qui sont totalement séparés l'un de l'autre et n'ont aucune communication réciproque. L'un se trouve au sur du désert du Sahara : c'est l'Afrique proprement dite, le haut pays qui nos est totalement inconnu, avec d'étroites bandes côtières au bord de la mer. L'autre, situé au nord du désert, est l'Afrique, pour ainsi dire, européenne, un pays de côtes. Le troisième est le bassin du Nil, la seule vallée d'Afrique, qui se rattache à l'Asie". G. W.F. Hegel, La Raison dans l'Histoire ; Introduction à la philosophie de l'Histoire", traduction et présentation de Kostas Papaioannou, Paris, Librairie Plon, 1965, Bibliothèques 10/18, p. 245-246.
28. Georg W F Hegel, La raison dans l'histoire ; Introduction à la Philosophie de l'Histoire, Paris, Librairie Plon, Éditions 10/18, Bibliothèques 10/18, 1965, p. 246.
29. Louis Sala-Molins, op. cit., p. 25.
30. Georg W F Hegel, op. cit., p. 269.
31. Victor Klemperer, LTI, la langue du IIIe Reich ; Carnets d'un philologue, Paris, Albin Michel, Agora, traduit de l'allemand et annoté par Élisabeth Guillot, présenté par Sonia Combe et Alain Brossat, 1996.
32. Constantin Xypas, professeur de sciences de l'éducation, directeur des études doctorales, Université Catholique de l'Ouest (France), "Les jeunes des banlieues, entre imaginaire collectif et idéologie républicaine", texte du Colloque international d'Angers, juillet 2007.

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