À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

27/11/2010

Habitantes de Boavista bloquearam entrada e saída de camiões nas obras do Túnel do Marão

Moradores contestam encerramento da ponte em Constância

Irlandeses marcharam contra medidas de austeridade e Governo

OTAN : à qui profite le crime ?

Pierre PICCININ

Ces 20 et 21 novembre, les Etats européens membres de l’OTAN, réunis en sommet à Lisbonne autour de leur protecteur d’outre-Atlantique, ont décidé de financer la construction d’un « bouclier antimissiles » sensé protéger l’Europe d’une éventuelle attaque nucléaire, chimique ou biologique. Il s’agit, dans un premier temps, d’assurer le repérage des missiles ennemis, au moyen de stations d’observation. Ces dernières existent déjà et devront simplement être coordonnées, ce qui n’engendrera pas de dépenses exceptionnelles. Dans un second temps, il s’agit de détruire ces missiles, avant qu’ils n’atteignent leurs cibles, par le lancement de contre-missiles. C’est ce dispositif qui devrait coûter fort cher. Mais face à quel ennemi ?
Ce projet, imaginé sous la présidence de George Bush jr., concernait initialement la Russie, qui s’en était émue et avait menacé de relancer son programme d’armement nucléaire si l’OTAN persistait à vouloir déployer ce nouvel armement. Le projet avait toutefois été combattu par Barak Obama, qui avait promis d’y mettre un terme s’il était élu président. Tout au contraire, cependant, le nouveau président des Etats-Unis a revu les perspectives à la hausse et réorienté le projet vers l’Iran.
Très sérieusement, ce « bouclier antimissiles » est-il réellement utile, voire prioritaire en temps de crise économique grave ? Qui peut vraiment croire que la Russie ou, à présent, l’Iran aurait l’intention d’attaquer l’Union européenne ?
Pourtant, tous les membres de l’OTAN vont mettre la main à la poche ; et ce sont ainsi plusieurs millions d’euros qui vont prochainement quitter les fonds publics de la plupart des Etats européens pour aller grossir les caisses des sociétés privées nord-américaines et soutenir l’industrie d’armement états-unienne. La Belgique, quant à elle, versera la modique somme de trois millions et demi d’euros.
On comprendra sans peine l’intérêt du gouvernement états-unien à défendre la réalisation de ce vaste projet, surtout si l’on considère que l’industrie d’armement et les nombreuses entreprises qui en dépendent génèrent une très large part du produit national brut des Etats-Unis : si l’industrie nord-américaine cessait de produire des armes, l’économie états-unienne s’effondrerait irrémédiablement.
En revanche, que vont y gagner les Etats européens et leurs contribuables, qui participeront au financement de ce « bouclier antimissiles » ? Que recevront-ils en échange ? A bien y réfléchir, il semble que la réponse soit simple : rien. Curieux marché de dupe, là accepté par les dirigeants politiques de l’Union européenne…
Mais, au-delà de ce petit calcul, c’est l’existence même de l’OTAN qui repose question : créé en 1949 pour faire face à la « menace soviétique », l’Organisation du Traité de l’Atlantique Nord, depuis la chute du Mur et l’effondrement de l’URSS, n’a objectivement plus de raison d’être. Pire : le maintien de cette organisation continue de lier la défense européenne aux structures militaires états-uniennes et, même, dans une certaine mesure, de l’y subordonner. Et les armées européennes de servir parfois de troupes auxiliaires dans les opérations commanditées par le Pentagone, comme en Afghanistan, par exemple…
Ainsi, une nouvelle fois, la question qui dérange : qu’attendent les chefs d’Etat de l’Union européenne pour créer une force de défense européenne ne dépendant que de l’Union et capable d’enfin faire entendre plus fermement la voix de l’Europe dans le monde ? A quand une « Europe européenne » ?
Charles de Gaulle ne s’y était pas trompé : « au fond, le fait que l’Europe, n’ayant pas de politique, resterait soumise à celle qui lui viendrait de l’autre bord de l’Atlantique paraît, aujourd’hui encore, normal et satisfaisant ». Cinquante ans plus tard, sa conclusion n’a pas pris une ride.

http://www.legrandsoir.info/OTAN-a-qui-profite-le-crime.html

"9 de cada 10... sindicalistas asesinados no Mundo son colombianos"

"9 de cada 10... sindicalistas asesinados no Mundo son colombianos", o documental dirixido por Iñaki Alforja, é presentado así: "Colombia, a esquina norte de América do Sur é -formalmente- unha democracia. O seu estado de dereito basease na independencia formal dos poderes públicos. No recoñecemento dun completo listadeo de dereitos individuais e colectivos na súa Constitución Política, complementada por leis e decretos que ratifican convenios e pactos internacionais polos dereitos humanos. Pero hai dúas colombias á vez: a de papel e areal.

Cun conflito social e militar de medio século de evolución, Colombia é hoxe o país que bate records de infamia polas violacións masivas e sistemáticas dos dereitos humanos a pesar de que o seu goberno é o segundo receptor mundial de axuda militar dos Estados Unidos e de destinar enormes cantidades de diñeiro público para fortalecer o aparato militar e de seguridade, ou tal vez por iso Colombia é:

- O país do mundo máis perigoso para a actividade sindical, con preto de 2.700 sindicalistas asasinados nos últimos 22 anos, máis de medio millar durante o actual goberno de Álvaro Uribe, o 98 % na impunidade.
- É o país do mundo con máis refuxiados internos. Máis de 4 millóns de persoas, a maioría campesiños, indíxenas e afrocolombianos, despoxados con violencia das súas pequenas propiedades.
- Un dos países do mundo con máis casos denunciados de ameazas de morte, desaparicións forzadas, torturas e detencións ilegais.
- Un dos países do mundo con máis execucións extraxudiciais, a pesar de ser abolicionista da pena de morte.
- Colombia é un dos países do mundo con maior índice de corrupción e impunidade do mundo. Un país de enormes riquezas en mans duns poucos que lle negan ao seu pobo alegre, acolledor, pluricultural e loitador unha segunda oportunidade sobre a terra. 

9 de cada 10 from Fundación Bautista Álvarez on Vimeo.

http://terraetempo.com/videos.php?cat=24

Cousas que compre non esquecer

Vídeo realizado pola plataforma "Nunca Máis" para dar resposta ás "verdades" oficiais e á contrainformación que se propagou para tapar a incompetente xestión do accidente do Prestige que conduciu ao desastre ecolóxico e económico que tivo lugar nas nosas costas.
O vídeo parte dunha idea de Enrique Acuña da Plataforma "Nunca Máis" de Pontevedra, para facer levar a cabo unha proxección sobre a fachada do Goberno Civil de Pontevedra. A realización do vídeo foise levando a cabo pola colaboración desinteresada de moitas persoas que achegaron materiais que finalmente foron editados por Bieito Lobeira e Xoán Carlos Garrido.

Cousas que compre non esquecer "nunca máis" from Fundación Bautista Álvarez on Vimeo.

http://terraetempo.com/videos.php?cat=24

Protestos em Roma contra a política de Berlusconi

Cortes nos apoios sociais a estudantes criam problemas

Preço do pão vai aumentar 12% em Janeiro

O aumento do preço do pão vai mesmo acontecer a partir de Janeiro e será no mínino de 12 por cento, alertam os industriais do sector.

Um novo aumento é inevitável, é a convicção do presidente dos Industriais da Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, António Fontes, que disse na TSF acreditar que em Janeiro o preço do pão vai voltar a subir no mínimo 12 por cento.
«Diria que é inevitável. Falarmos em 12 por cento é um cêntimo em média em cada pão e não é possível aumentarmos menos do que isso. Não consigo sustentar a minha empresa se não fizer reflexos no preço do produto transformado», justificou António Fontes.
Carlos Santos da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares também está convencido de que para salvar o sector é preciso aumentar os preços, mas isso nem sempre é possível por causa da concorrência dos hipermercados.
«O sector corre sérios riscos do pão tipicamente português começar a desaparecer aos poucos nos próximos cinco anos. E as grandes superfícies utilizam preços especulativos para chamar clientes e isso impede que as padarias actualizem preços numa ordem de concorrência, o que vai provocar falências», alertou Carlos Santos.
Pelo que dizem as duas associações o caminho da falência já foi percorrido por várias indústrias da panificação e outras estão com sérias dificuldades e já recorreram ao crédito para pagar aos funcionários.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1721877

Novas comarcas sem juízes e com processos parados

Novas comarcas sem juízes e com processos parados
Comarcas de Lisboa, Baixo Vouga e Alentejo têm mais processos atrasados, poucos juízes e, nalguns casos, servem pessoas que vivem a quase 200 quilómetros de distância.

As comarcas-piloto do novo ma-pa judiciário têm tribunais especializados sem juízes, viram a pendência aumentar 20%, pelo menos, e, em certos casos, as pessoas têm de se deslocar quase 200 quilómetros para resolver um problema judiciário. A experiência, iniciada há um ano e meio em três circunscrições, apresenta, por agora, uma avaliação negativa.
A má classificação foi atribuída pelos magistrados que participaram no colóquio "Reorganização judiciária em debate", organizado pelo Fórum Permanente Justiça Independente a 19 deste mês, em Faro, cujas conclusões acabam de ser divulgadas.
"A instalação das comarcas-piloto foi marcada por erros e um aumento significativo das suas pendências, pelo menos de 20%, apesar do aumento de meios", lê- -se no documento a que o DN teve acesso. E sublinha-se: "O alargamento da base geográfica da comarca não trouxe quaisquer mais--valias em termos de gestão, administração e racionalização dos recursos humanos."
Nalguns casos, as populações ficaram mais mal servidas, nomeadamente na Comarca Alentejo Litoral, em resultado de a nova organização ter abolido os tribunais de competência genérica: quem residir nas freguesias de Sabóia e de Pereiras-Gare do município de Odemira, e necessitar de se deslocar ao Juízo Misto do Trabalho e de Família e Menores, sediado em Sines, tem de fazer um deslocação de 200 quilómetros, ida e volta. Sendo que não existe qualquer transporte colectivo de passageiros viável entre as localidades, além de que aquelas freguesias têm um rendimento bruto per capita dos mais baixos do País. "O acesso à justiça encontra-se extraordinariamente condicionado para aqueles cidadãos", sublinha--se nas conclusões.
O alargamento da área territorial da comarca, abarcando cinco municípios no caso da Comarca do Alentejo Litoral, onze no caso da Comarca do Baixo Vouga, e três da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste, tinha em vista uma maior racionalidade na afectação e gestão dos meios humanos e materiais na justiça.
Porém, concluíram os magistrados, "tais vantagens não foram alcançadas, na medida em que os juízes presidentes das comarcas não possuem os poderes legais, nem os meios informáticos necessários para uma gestão efectiva, nem lhes foi proporcionada a formação para o exercício do cargo - o mesmo tendo sucedido com os procuradores coordenadores e administradores judiciários".
A instalação das comarcas-piloto teve muitos erros: não foi assegurada uma fase de transição, que permitisse uma transferência electrónica atempada dos processos e a realização de todos os julgamentos já agendados; muitos juízos de execução, quando foram instalados, ficaram imediatamente "afundados"; não foram instalados os gabinetes de apoio aos magistrados; não existiu articulação entre os órgãos gestores com vista a encontrarem soluções globais e articuladas em matéria de gestão de recursos humanos nas novas comarcas. "Por ventura, seria melhor fazer-se já a reforma da reforma", disse o juiz Rui José Cordeiro, da Comarca do Baixo Vouga. 

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1721677

Milhares manifestam-se em Roma contra a política económica

Milhares manifestam-se em Roma contra a política económica
Milhares de estudantes também saíram à rua para se manifestarem
 
Dezenas de milhares de italianos manifestaram-se hoje, sábado, em Roma, contra a política económica do governo de Silvio Berlusconi e ameaçaram convocar mais uma greve geral se as suas reivindicações forem ignoradas.
Convocados pela principal central sindical de Itália, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), vários milhares de manifestantes desfilaram por dois percursos distintos até se reunirem na praça de São João de Latrão.
Os números avançados são dos 'media', uma vez que central sindical recusou entrar numa "guerra de números", limitando-se a informar que foram mobilizados 2.100 autocarros e 13 comboios especiais, meios que poderiam transportar 110 mil a 120 mil pessoas.
Entre os manifestantes contavam-se milhares de estudantes, em protesto contra uma reforma do ensino universitário e, como os outros, de medidas de protecção do emprego.
"Depois desta manifestação, o governo deve dar resposta ao que lhe pedimos e, sobretudo, começar a ter políticas contra a crise, que até agora não teve", disse aos jornalistas a nova secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso.
A CGIL, que a 25 de Junho passado convocou uma greve geral de 24 horas em protesto contra o plano de austeridade do governo, pede a Berlusconi e às instituições italianas que implementem uma nova agenda política com o trabalho, o futuro dos jovens e a defesa dos direitos dos trabalhadores como temas prioritários.
Camusso exigiu ao primeiro-ministro italiano que "deixe de fingir que é uma vítima do mundo" e de "lançar alarme" à população e que demonstre que tem iniciativas concretas contra a crise.
A taxa de desemprego em Itália é de cerca de oito por cento, mas a percentagem de jovens desempregados é superior à média europeia, situando-se em Setembro nos 26 por cento na faixa etária dos 15-24 anos.
Os jovens contestam também a proposta de lei da reforma do ensino universitário, que é votada terça-feira no parlamento, por contemplar grandes cortes no financiamento das universidades, que vão implicar nomeadamente a não renovação dos contratos com milhares de investigadores.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1721883

Irlandeses manifestam-se contra plano de cortes orçamentais

Irlandeses manifestam-se contra plano de cortes orçamentais
"A Irlanda não está à venda, não ao FMI" foi um dos gritos de ordem entoados pelos manifestantes
 
Cerca de 50 mil irlandeses manifestaram-se hoje, sábado, em Dublin, contra o plano de cortes orçamentais apresentado pelo Governo como condição essencial para obter a ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. 

O cortejo de 50 mil pessoas, segundo uma estimativa da polícia feita cerca das 13 horas, partiu do cais do rio Liffey para o General Post Office, local simbólico do centro da capital irlandesa, onde em 1916 foi lida a declaração de independência.
"Os cortes orçamentais não são necessários. Salvamos os bancos, não salvamos a Irlanda. Os bancos é que deviam sofrer, devíamos deixá-los cair", considerou Marian Hamilton, uma irlandesa de 57 anos, que receia ver reduzido o seu subsídio por deficiência.
Marian levou para a manifestação o neto de sete anos, que disse estar à sua guarda desde que o seu filho emigrou para a Austrália à procura de trabalho.
Mark Finley, funcionário da câmara municipal de Dublin de 28 anos, defendeu que "é preciso mudar de governo", enviar "uma mensagem clara" ao primeiro-ministro Brian Cowen. "Os meus rendimentos baixaram vários milhares de euros em dois anos, já não me chegam para viver", disse.
Os manifestantes desfilaram entoando as palavras de ordem "Nós somos o povo, nós temos os votos" e brandindo cartazes onde se lia "Há um caminho mais justo" ou "A Irlanda não está à venda, não ao FMI".
O plano de cortes é, para Jack O'Connor, presidente do principal sindicato irlandês, o Siptu, "uma declaração de guerra contra os trabalhadores menos bem pagos".
As medidas de austeridade anunciadas quarta-feira preveem uma redução orçamental de 15 mil milhões de euros até 2014. Os impostos vão subir, o subsídio de desemprego e o abono de família vão ser reduzidos, assim como as pensões e o salário mínimo, e mais de 25 mil funcionários públicos serão despedidos.
O plano visa reduzir o défice irlandês, actualmente de 32 por cento do PIB, para três por cento.
A imprensa irlandesa de hoje noticia que o empréstimo EU-FMI à Irlanda -- que deverá atingir os 85 mil milhões de euros -- deverá ter uma taxa de juro de 6,7 por cento, mais alta que os 5,2 por cento da taxa cobrada pelo empréstimo de 100 mil milhões feito à Grécia em Maio. 

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1721944

The Three Epochs of Oil

Eyal Dvir (Boston College) and Kenneth S. Rogoff (Harvard)

We …nd strong evidence for changes in real oil price persistence and volatility across three well de…ned periods since 1861. We argue that historically, the real price of oil has tended to be highly persistent and volatile whenever rapid industrialization has coincided with uncertainty regarding access to supply. We extend the commodity storage model to incorporate both transitory and permanent demand shocks. When demand is subject to persistent growth shocks and supply is restricted, the role of storage is shown to be speculative, instead of its classic mitigating role. This is consistent with price persistence and volatility co-moving, as observed. - THE THREE EPOCHS OF OIL

http://mrzine.monthlyreview.org/

Currency War and US Imperialism: Interview with Samir Amin

Pambazuka News
 
There has been much publicity about the so-called "currency war" arising from the discussions at the recent G20 meeting.  Can you explain what is meant by currency war?
The discourse, the rhetoric, on the currency war is very superficial and even misleading.  As everybody knows, what is being said is that the Chinese yuan is undervalued and that is bad for the global equilibrium.  It is as if China is mainly and exclusively responsible for what is bad in the system.  Everyone keeps saying that the yuan is undervalued.  Now this is not the real problem.  The real problem is the imbalance between the power of the US -- that is of the US dollar -- and the non-power of the other so-called partners (and therefore are really non-partners) in the integrated global monetary and financial system and market as it presently exists.
The real question is that imbalance.  That is obvious when you hear the US establishment speaking.  They say, and they repeat it, with arrogance: the dollar is our money and your problem.  That is, the US keeps in its own hands the tools for managing its own currency according to its own needs and targets, good or bad.  That is indeed what the US Federal Reserve does, which is its central bank -- state -- ruled by the treasury.  The US Federal Reserve has the tools in hand for running its monetary policy as it considers it should be, with no regard to anyone else.
So, the Federal Reserve fixes the rate of interest; it is not the banking system that does that.  Whether they fix it high or low in order to serve their targets, whether this is effective or not, they have this right, and they keep hold of that right.  And they keep also the right of the Federal Reserve to buy treasury bonds that is to cover, eventually, a budget deficit of the US by inflation, by printing money.
These are the normal rights of a sovereign state, and they keep those rights.  Whatever they decide freely and independently has of course effects upon the other partners.  It can be damaging, in many cases, on the others.  But they don't care.  They say, well this is our money.  If you have difficulties with it, this is your problem and you should deal with your own problems.
If this principle is acceptable for the US, then it has to be acceptable for all other countries.  There is a basic and fundamental principle of international law which is equal sovereignty of states.  That is, if the US keeps for itself those rights, then the same holds for other countries.  And that is exactly what China is doing.  China behaves exactly like the US, it has kept hold of the tools to manage its monetary policy according to its own targets and needs.  It is the central bank of China, which is state-controlled, that decides the rate of interest in China and that decides also -- which it is allowed by law to do -- to buy Chinese treasury bonds that is to cover by inflation an eventual deficit of the Chinese state budget.
There is no deficit at the moment, but the point is that they keep that right.  China is not doing anything different from the US.  It is doing exactly the same.  It has kept all its sovereign rights, just as the US has also kept its sovereign rights.
So the Chinese would be absolutely right to say to the Americans: If the dollar is your currency and our problem, equally the yuan is our currency and your problem!  So, you (the US) have to solve your problem, rather than put the blame on us.
Additionally the problems of the US are not the result of China's doing, they are the result of the failures of the US in many areas related to the governance of corporations, education and R and D, financial management etc.  And therefore there is no reason why China should accept the dictates of Washington, and frankly it is not accepting them.  But the propaganda continues incessantly -- it is China, it is China, it is China.
What is very curious in the present state of affairs is that, unfortunately, no other country than China retains those rights.  No other major partner (of the G20) has fully retained those rights, although some of the emerging countries such as India and Brazil have done something to that effect.  Instead, they have generally accepted the dictates of the US.
Indeed, "Euroland" has castrated itself by the Maastricht and Lisbon agreements.  It has adopted for itself curious rules for the running of its so-called European Central Bank -- which in effect is not a central bank (since there is no European state which has the responsibility to run it).  It is not allowed to lend to the states, whereas the US Federal Reserve and Treasury is indeed allowed to lend to the state, just as the Chinese central bank is allowed to lend to the state.
The reason for that unbelievable attitude, again, is that there is no European state and that the Union does not trust the European national states.  The decision not to lend to the states therefore proceeds from the curious belief that the exclusive role of the Central Bank is to prevent at any cost any dose of inflation!  The rule of 'no inflation' has been made an absolute principle -- which is absolutely silly.
Prodi, the former chair of the European Union, said this was idiotic.  And indeed it is.  Similarly, the European Central Bank does not decide on the interest rate.  It leaves it to the so-called "market."  Effectively this means leaving it to the major banks, which are the European as well as American and even Japanese banks operating in Europe.  Thus the European Central Bank has in effect castrated itself.  So, the Europeans are not in a position to tell the Chinese that it is their fault.  It was not the Chinese who set the rules of the European Central Bank!  If the rules are silly, idiotic, that is the fault of the Europeans.
As for the other partners, that is Great Britain and Japan, they have accepted, and continue to accept, to align themselves behind the US and to leave to the US the management of the global integrated monetary and financial system.  In other words, they have accepted the fundamental imbalance in favor of the US.  This is also their problem: if they have decided to follow the dictates of the US, why should they complain that China does not!  The Europeans and Japanese have the right to manage their own currency just as the US and China do.  But they have made a political decision to align themselves with the US.  Therefore any consequences of this choice of theirs is not the responsibility of China.
It is important to understand that this is the central problem.  The problem is the global integrated monetary and financial system, ruled as it is by the dollar, that is ruled by the exclusive prerogative of the US Treasury and Federal Reserve, of the US state.  This is not acceptable.  That is the problem.  The problem is not the exchange rate of the yuan or the rupee or any other currency.  Absolutely not.
What are the dangers for Africa of the current influx of capital?
The dangers are enormous.  What we see is the plunder of our resources, just as we saw with the financial crisis of Asia in 1997-8 and as we now see it in the current financial crisis.
Our response to this challenge should be effective, and to that effect we have to reestablish national control of the financial flows, just as the Chinese are doing -- they are controlling the flows of finance to China.  So, depending on what we think is important in order to meet our needs, we may accept foreign direct investment (perhaps with reservations and conditions on which it is up to each country to decide) -- but we must reject speculative financial flows.  There is no reason why we should accept in Senegal, in Indonesia, in Kenya that foreign banks are allowed to throw in money, finance a financial bubble, plunder our resources, and then run away.  We should reestablish exchange control of capital flows.  That is the only answer to the challenge.
Many people say that Chavez in Venezuela has been able to negotiate and drive certain reforms because he has a strategic natural resource -- namely oil.  But, in Africa, we too have huge natural resources.  So why is it that we have not been able to do what Venezuela has?
The difference is essentially political.  The progressive social forces in Latin America have been able to grow and they have grown large.  They have developed programs which are essentially nationalist -- and I consider that as positive -- along with progressive social content.  This has led to political changes of a variety of types.  That political change has created favorable conditions for another pattern of management of their natural resources such as oil.
The problem in Africa is that the struggle of the peoples for social progress associated with the reinforcement of national independence, which was the program of the movements for national liberation, has been discontinued and that consequently our ruling classes have turned comprador.  These ruling classes are benefiting from the system as it is, while social movements remain fragmented and exclusively on defensive positions.  They have democratic and socially legitimate demands, but they have to integrate in their programs national policies, political alternatives which take care of the need to control capital flows.
At the forthcoming World Social Forum in Dakar in February 2011, the World Forum for Alternatives will be actively engaged to connect with the social movements with a view to having them include into their programs political targets.  In that frame the issues related to the management of macro policies, the issue of management of the national and regional financial systems, will be raised.  We will also be raising the issue of the military as well as other international issues which are obviously related.

http://mrzine.monthlyreview.org/2010/amin261110.html

Human Resources: Social Engineering in the 20th Century



http://metanoia-films.org/hr_watchonline.php

Protéger l’expertise transparente et indépendante pour préserver la santé publique et l’environnement

René BALME

A l’appel de la Fondation Sciences Citoyennes (FSC) et de nombreuses organisations1, plus de 400 personnes se sont rassemblées aujourd’hui à midi Place du Chatelet à Paris pour soutenir Gilles-Eric Séralini, chercheur en biologie moléculaire, à l’occasion du procès en difamation qu’il a intenté contre Marc Fellous, Président de l’Association Française des Biotechnologies Végétales (AFBV). L’audience s’est déroulée cet après-midi au tribunal de Grande Instance du Palais de Justice de Paris (jugement à suivre).
Entre 2007 et 2009, GE Séralini, professeur à l’Université de Caen, spécialisé dans les efets des pesticides et des OGM sur la santé et président du Conseil Scientifque du CRIIGEN (Comité de Recherche et d’Information Indépendantes sur le Génie Génétique), publie une série de contreexpertises remettant en question l’innocuité de trois maïs OGM de Monsanto. Dès lors, il fait l’objet d’une campagne de dénigrement extrêmement violente de la part d’une frange de la communauté scientifque. L’AFBV, groupe de pression pro-OGM dont 60% des membres sont liés directement à l’industrie des biotechnologies, parrainée par des scientifques connus dont Axel Kahn et Claude Allègre, se montre particulièrement active.
Ce procès ne constitue pas simplement la réponse à ses détracteurs d’un scientifque dont l’honneur et l’intégrité sont attaquées. Il symbolise l’inquiétude d’un nombre croissant de chercheurs qui voient un des principes fondamentaux de la recherche, la controverse, remis en cause par certains de leurs pairs ; ces derniers utilisant le discrédit mensonger au lieu de la démonstration scientifque pour tenter d’invalider les résultats d’études qu’ils contestent. Une pétition a déjà recueilli 12 001 signatures dont 860 de scientifques (français et étrangers) pour dénoncer cette dérive et réclamer une loi de protection des lanceurs d’alerte.
Dans une conférence de presse2 qui s’est tenue ce matin à Paris à laquelle ont participé également Corinne Lepage et les lanceurs d’alerte Christian Vélot et Pierre Meneton, Gille-Eric Séralini a déclaré : « Je suis atterré de constater que ceux qui limitent le plus les recherches en santé publique sont ceux qui sont très liés à l’industrie des biotechnologies. » A l’occasion de la réunion publique qui a suivi, de nombreuses personnalités scientifques et politiques ont réafrmé la nécessité d’une expertise transparente et indépendante. Ils ont conclu que le progrès scientifque et la modernité ne doivent pas servir de prétexte à des intérêts lucratifs à court terme pour imposer des technologies qui pourraient constituer les plus grands scandales sanitaires et environnementaux du 21ème siècle.

P.S.
1 Réseau Européen de chercheurs engagés pour une responsabilité sociale et environnementale (ENSSER), Confédération Paysanne, Nature et Progrès, Réseau Environnement Santé, Greenpeace, WWF, Attac, Combat Monsanto, MDRGF, OGM Dangers, Eau et Rivières de Bretagne, Bioconsom’Acteurs, Appel de la Jeunesse, Centre d’Information sur l’Environnement et d’Action pour la Santé et le soutien CAP 21, PG et Europe Ecologie/Les Verts.
2 Dossier de presse sur http://sciencescitoyennes.org/spip....
Contacts : Christian Vélot : 06 70 34 78 45 & Frédérique Hilary : 02 31 56 56 84

http://www.oulala.net/Portail/spip.php?article4831

Exército sem dinheiro para comida

Graça Rosendo e Helena Pereira

O Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, decidiu congelar todas as despesas de bens e serviços dos três ramos das Forças Armadas para o mês de Dezembro. O despacho, do passado dia 18, apanhou de surpresa as várias unidades militares e os responsáveis financeiros nos ramos.
Isto porque, na prática, ficaram a saber dos cortes através do Sistema Integrado de Gestão. Algumas rubricas estavam a zero e outras «apenas com alguns euros que nem chegam para pagar a conta da luz e da água em Dezembro», como explicou ao SOL fonte militar.
Em causa, estão todas as despesas correntes para a manutenção dos quartéis, desde papel a combustíveis. Cada vez que é preciso comprar algum destes bens, os ramos fazem um pedido de libertação de crédito. Mas a torneira aparentemente fechou.
Orçamento esgotado
Na origem da decisão radical de Santos Silva está a contenção para 2010 e a suborçamentação dos ramos, ou seja, nesta altura do ano o orçamento já foi esgotado e isso está a pôr em causa o próprio pagamento de salários. O que acontece quase todos os anos é os ramos gastarem a verba total e depois, à última hora, pedirem mais dinheiro para pagar os salários de Dezembro porque sabem que, na prática, o Governo acaba sempre por garantir o pagamento dos ordenados. Desta vez, contudo, o ministro não parece estar pelos ajustes.
De facto, o Ministério da Defesa está em negociações com o Ministério das Finanças para garantir um reforço das verbas e pagar os salários de Dezembro (os ordenados de Novembro e o subsídio de Natal já foram processados sem problemas). Mas não o está a fazer sem custos para os ramos, e daí a decisão inédita de cortar as despesas correntes, como forma de aviso aos ramos para que não se repita a suborçamentação deste ano.
«Isto é absolutamente incrível», comentou ao SOL o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), António Lima Coelho.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=5408

La regulación engañosa de los hedge funds

Jean Claude Paye

El sociólogo, Jean Claude Paye, autor de ’El final del Estado de derecho’ analiza la propuesta de directiva Alternative Investment Fund Manager ratificada el día 11 por el Parlamento Europeo, que establece un "pasaporte" para la comerzialización de hedge funds (fondos especulativos) en la UE.

El nuevo proyecto de directiva de la Unión Europea sobre los fondos especulativos (hedge funds) nos es presentado como un avance en materia de regulación de los mismos, y por ende, como una medida de protección frente a sus efectos desestabilizadores sobre el sistema financiero. Esa visión está en completo desacuerdo con los hechos. Esa directiva simplemente simula ejercer control sobre los hedge funds y no genera vigilancia alguna en el ámbito comunitario. No hace más que reforzar el nivel nacional de acreditación de dichos fondos, permitiendo a los organismos con sede en un Estado miembro tener acceso, sin autorización de cada Estado miembro, al conjunto de los territorios nacionales que componen la UE. Al contrario que el efecto anunciado, el texto refuerza a la nación dominante desde el punto de vista financiero, y por consiguiente la posición de la City londinense, que gestiona la mayoría de los hedge funds europeos.
También se presenta la directiva como inscrita en la lucha contra los paraísos fiscales, mientras que, en realidad, a través de la City, les abre la puerta de la Unión Europea sin control alguno por parte de los Estados miembros, con excepción de las condescendientes autoridades inglesas.
Tras haber sido aprobada el 26 de octubre, la propuesta de directiva Alternative Investment Fund Manager (AIFM) fue ratificada por el Parlamento Europeo el 11 de noviembre. El texto fija formalmente un marco europeo para los hedge funds que establece un “pasaporte” que permite la comercialización de los fondos en toda la UE, sin tener que obtener autorización en cada país. Así pues, los gestores europeos podrán comercializar libremente sus fondos a partir de 2013. En 2015 se concederá el pasaporte a organismos llamados “offshore”. Quedará reservado a aquellos que dependan de Estados firmantes de acuerdos de cooperación en materia de cooperación fiscal y lucha contra el blanqueo de fondos.
La cuestión del "pasaporte" era el tema central de las negociaciones sobre la directiva AIFM entabladas hace un año y medio entre la Comisión Europea, el Consejo y el Parlamento Europeo. El conflicto opuso formalmente al Reino Unido, reticente a cualquier forma de regulación de estos fondos especulativos, frente a Francia y el Parlamento de la UE.
Aunque el pasaporte otorgue acceso al conjunto del territorio europeo, dependerá exclusivamente de las autoridades de supervisión nacionales. El pasaporte europeo lo concederá la Autoridad de supervisión del país de origen, una vez que ésta haya sido autorizada por la futura Autoridad de regulación comunitaria de los mercados financieros (ESMA). Ésta estará operativa a principios de 2011. La ESMA gestionará además el registro de los gestores de fondos autorizados para operar en la Unión, y el de las solicitudes denegadas. Dispondrá de la facultad de arbitraje en caso de conflicto entre autoridades nacionales sobre la naturaleza y las garantías que ofrezca un fondo.
Como cualquier emplazamiento financiero situado en un Estado miembro, la City de Londres, donde están domiciliados el 70-80% de los fondos especulativos, dependerá únicamente de la estructura británica de control. De este modo, en lugar de asegurar un marco regulador europeo, la directiva propicia la competencia entre los Estados miembros. Nada impedirá a los gestores escoger su país de registro en función del grado de complacencia con ellos de las autoridades nacionales.
Ahora los gestores de fondos tienen la obligación de definir un techo de endeudamiento máximo. Dicha información se transmite a las autoridades nacionales del país europeo en que esté registrado el gestor. Pero ningún aspecto de la directiva obliga a éste a actuar cuando ese techo es excesivo. Y la ESMA, regulador europeo de los mercados financieros, tampoco tendrá poder para constreñir a la autoridad nacional a que lo haga.
La directiva no se otorga medios para controlar realmente el nivel de endeudamiento. Y sin embargo éste es el origen del riesgo sistémico inducido por los hedge funds. Efectivamente, tienen muy poco capital propio y lo toman prestado masivamente a los bancos. De ello resulta una capacidad de acción multiplicada sobre los mercados, que no guarda proporción con sus capitales.
Una disposición del acuerdo se está presentando como un medio para luchar contra los paraísos fiscales. Los fondos especulativos situados en países que no garantizan un intercambio efectivo de información, especialmente fiscal, no podrán ser comercializados en la Unión Europea. Este aspecto es muy importante, cuando es sabido que el 80% de los fondos especulativos están situados en esos centros offshore.
No obstante, a consecuencia de las presiones de Londres, el texto final limita el campo de acción de la directiva a la comercialización denominada “activa”. Esto significa, en la práctica, que nada impedirá a un inversor europeo, un banco, una compañía de seguros o un organismo de inversión colectiva comprar partidas de fondos situados fuera de la Unión Europea que no hayan obtenido el pasaporte europeo por motivo de no respetar los criterios de la directiva. Así pues, la disposición da acceso al territorio europeo a los capitales situados en paraísos fiscales relacionados con la City, como los territorios anglonormandos y las islas Caimán o, por ejemplo, los que gestionan directamente los Estados Unidos, como Delaware.
Se trata de una violación del espíritu de la legislación, pues en ese caso, no se transmitirá información alguna a los reguladores, que no podrán evaluar la exposición al riesgo de los “inversores” europeos. Pero sobre todo se trata de un abandono más de los países miembros de la UE a las todopoderosas finanzas anglosajonas. Desde luego la posibilidad formal, para un Estado miembro de la UE, de presentar recurso ante la ESMA en caso de diferencias con la autoridad nacional de un tercer país, no podrá modificar la relación de fuerzas.
Esa directiva europea se inscribe así en la jerarquización de los mercados financieros revelada por el G20 de abril de 2009 sobre “la lucha contra el fraude fiscal”, es decir, en la legitimación del control anglosajón sobre las finanzas internacionales.

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=117499

¿Qué pasa en Irlanda y en los otros PIGS, incluida España?

Vicenç Navarro

Para entender la crisis financiera y económica de la Unión Europea, tenemos que entender tal crisis no sólo como un fenómeno económico y financiero, sino también como un fenómeno político. En realidad, esto último determina lo primero. Veamos por ejemplo la situación de Portugal, Irlanda, Grecia y España, referidos en un tono insultante en la literatura económica anglosajona como los PIGS, que quiere decir, en inglés, los “cerdos”. Tales países, Portugal, Irlanda, Grecia y España (Spain en inglés) han estado gobernados, durante la mayoría del periodo desde el final de la II Guerra Mundial hasta finales de los años setenta por dictaduras fascistas o fascistoides (España y Portugal) y por regimenes autoritarios profundamente conservadores (Grecia e Irlanda). Las dictaduras españolas y portuguesas terminaron en 1978 y 1974 respectivamente. La griega terminó en 1974. En Irlanda fue en los años setenta cuando comenzó a abrirse un sistema profundamente conservador de ideología católica extrema, que en cierta manera perdura todavía hoy.

Este contexto político explica que el Estado heredado por las democracias (que se inicia en estos países a partir de los años setenta y ochenta), fuese un Estado represivo, poco redistributivo y escasamente social. Todos estos países tenían en los años setenta, por ejemplo, el número de policías por diez mil habitantes más elevado del grupo de países que pasarían a ser más tarde la Unión Europea, mientras que el porcentaje de la población adulta trabajando en su Estado del bienestar era y continúa siendo el más bajo de aquella comunidad. Estos países eran y siguen siendo también los países con mayores desigualdades en la Unión Europea de los Quince.

Esta es la herencia de aquellos países que más tarde pasaron a ser conocidos como los PIGS. Ni que decir tiene que mucho ha cambiado en ellos desde entonces, y muy en particular en los periodos de gobiernos socialdemócratas. Pero el hecho es que hoy continúan compartiendo varias características, resultado de su pasado común, que les han marcado definitivamente. Todos ellos tienen, por ejemplo, la carga fiscal más baja de la UE-15, y ello como consecuencia del enorme poder que todavía tienen en estos países sus clases dominantes (esa categoría que incluye la banca, la gran patronal y las rentas superiores). Mientras que el promedio del porcentaje de impuestos sobre el PIB en la UE-15 era al principio de la crisis (2007) 41,1%, en Irlanda era un 31,1%, Grecia era un 34,2%, España era un 34,0% y Portugal un 36,5%, todos ellos, pues, con una carga fiscal menor que el promedio de la UE-15. En realidad, tenían la carga fiscal más baja de esta comunidad. Esta baja carga fiscal se aplicaba tanto a impuestos directos como a impuestos indirectos. Tanto unos como otros eran los más bajos de la UE-15. Además de los más bajos eran también los más regresivos. Es decir, dependían, y continúan dependiendo, excesivamente de impuestos sobre las rentas del trabajo.

Estos bajos ingresos del Estado significan unos gastos públicos como porcentaje del PIB muy bajos. Mientras que el promedio de la UE-15 el gasto público es del 46% del PIB, Irlanda es 36,8%, España 39,2%, Portugal 43,8% y sólo Grecia está al mismo nivel que la UE-15. El gasto público en protección social es el más bajo de la UE-15 en todos estos países. De nuevo, mientras que el promedio de la UE-15 es 27%, Irlanda es 18,9%, Grecia 24,4%, España 21% y Portugal 24,8%. Un tanto semejante ocurre con el empleo público. Mientras que el porcentaje de la población adulta que trabaja en el sector público es, en el promedio de la UE-15 sólo el 15%, en Irlanda es un 12%, en Grecia un 14%, en España 9% y en Portugal sólo un 7%. El sector público y su Estado del bienestar están poco desarrollados en todos los ámbitos.

Otra característica de tales países (los PIGS) es el escaso efecto redistribuidor del Estado. Todos ellos tienen una elevada pobreza, tanto antes como después de la intervención del Estado del bienestar. Puesto que pobreza se define como el 50% de la mediana, ello quiere decir que el Estado redistribuidor es muy limitado.

En resumen, un análisis de la situación fiscal y social de esos países muestra unos bajos impuestos (resultado sobre todo de la baja aportación de las rentas superiores y rentas de capital que alcanza su extremo en el caso de Irlanda, donde el impuesto sociedades es sólo un 12%); una gran regresividad fiscal; un sector público poco desarrollado; un Estado del bienestar poco desarrollado y un Estado poco redistributivo. Todos estos son síntomas de lo que solía llamarse “poder de clase”, es decir, del enorme poder de las clases dominantes. Una consecuencia de ello es que las desigualdades sociales son mayores que en el promedio de la UE-15. Así, el indicador de desigualdades, el coeficiente de Gini, es mayor en todos estos países que en el promedio de la UE-15 (a mayor número, mayor la desigualdad). Mientras que el promedio de la UE-15 era 0,28 en 2007, en España era 0,31, en Irlanda era 0,31, en Grecia era 0,34 y en Portugal era 0,36.
Las desigualdades sociales y su impacto en la crisis
Las causas mayores de estas enormes desigualdades eran la escasa actividad redistributiva del Estado y la prominencia de las rentas del capital sobre las rentas del trabajo, consecuencia del enorme dominio de las derechas en la vida política d e aquellos países. En todos estos países los sindicatos son débiles y las izquierdas también. Éstas, así como también los sindicatos, están divididas según distintas tradiciones políticas. La unidad de las fuerzas conservadoras y liberales contrasta con la gran diversidad y atomización de las izquierdas, con pluralidad sindical que debilita a las fuerzas progresistas. La situación política en estos países es la opuesta al norte de Europa –los países escandinavos-, donde las izquierdas son fuertes y las derechas, en cambio, están divididas en muchos partidos. Ello determina que los mal llamados PITS, tengan todos ellos Estados poco redistributivos con una gran concentración de las rentas del capital a costa del mundo del trabajo. Por cierto, esto ha ido ocurriendo en toda la UE-15 (ver mi artículo “Cómo está evolucionando la situación social de la Unión Europea” en www.navarro.org), pero muy en especial en estos países (mal llamados PIGS). El promedio de descenso de las rentas del trabajo sobre la renta total ha sido en los PIGS un descenso del 70% en el año 1992, a un 61% en el año 2007. Es más, debido a la concentración de las rentas del trabajo en las rentas superiores (consecuencia de que los sectores superiores ingresan rentas muy superiores a las rentas medias), la reducción de los salarios en los PIGS ha sido incluso más acentuada, siendo los porcentajes en el año 2007 mucho más bajos (52%) que en 1992 (66%). Estas son las causas de la crisis.
¿Cómo aparece la crisis en estos países en el 2007?
Las causas de la crisis fueron acumulándose durante los años anteriores al 2007. La reducción de la masa salarial creó el problema del endeudamiento de las familias, que se había resuelto temporalmente a base de conseguir crédito, el cual fue creciendo, generando una expansión del sector financiero. Este sector financiero conseguía el dinero de las bancas alemanas y francesas, en el caso de Grecia y España, y también de las bancas británicas, en el caso de Irlanda. Esa fue la génesis de la deuda privada. Esta deuda podía sostenerse porque el aval era la vivienda, cuyo precio iba subiendo. Cuando el precio de la vivienda, sin embargo, colapsó debido al colapso de la burbuja inmobiliaria, se creó un problema gravísimo que afectó enormemente a la demanda y al crecimiento económico. Por otra parte, el enorme crecimiento de las rentas del capital y la escasa rentabilidad de la economía productiva condujo a grandes inversiones especulativas en el sector financiero. En Irlanda y en España el maridaje banca-inmobiliaria-industria de la construcción fue el motor del mal llamado “milagro español e irlandés”. Este milagro se iba consiguiendo a base de un enorme endeudamiento.
Además de lo anterior, la baja carga impositiva y escasos ingresos del Estado determinaron que el Estado tuviera que endeudarse para poder financiar el limitado Estado del bienestar. Es más, la sistemática bajada de impuestos, sobre todo de las rentas superiores, también contribuyó a aumentar el déficit estructural del Estado, que se acentuó cuando, con la crisis y la recesión, los ingresos al Estado disminuyeron. Esto llevó a que se dispararan los déficits en aquellos países, de manera que en el año 2009, Irlanda tenía un déficit del 14%, Grecia 15%, España 11% y Portugal 9%.
Estos déficits fueron aumentando la deuda pública que, sumada a la deuda privada, hizo que la deuda total alcanzara unas dimensiones extraordinarias, que alcanzó su máximo exponente en Irlanda (más del 700% del PIB). La mayoría de esta deuda impagable, la tenían los bancos alemanes, británicos y franceses, creando así una crisis bancaria de enormes proporciones, que ha afectado a la disponibilidad del crédito. Este problema de falta de crédito, junto con la escasa demanda, es la causa de la Gran Recesión, que podría convertirse, en caso de que no cambiaran las políticas de tales Estados, en una Gran Depresión, que afectaría también al resto de la Unión Europea, y naturalmente, al euro.
Todos estos datos muestran que el crecimiento económico en aquellos países PIGS tenía pies de barro. El escaso desarrollo del Estado, tanto en su función redistribuidora como social, obstaculizó enormemente el desarrollo económico del país. Y la crisis bancaria muestra que el euro también tiene pies de barro. En estos momentos, la estrategia del establishment europeo (Consejo Europeo, donde gobiernan las derechas, la Comisión Europea, donde también dominan las derechas, y el Banco Central Europeo, el Vaticano de la ortodoxia liberal), es salir de la crisis a base del aumento de la competitividad basada en bajadas de salarios, a fin de aumentar las exportaciones, lo cual es difícil en una situación en que la economía europea está en una profunda recesión. Todas las medidas que se están promoviendo (la reforma laboral, la reducción del gasto público, la reforma de las pensiones y otras), tiene como objetivo debilitar a los sindicatos y al mundo del trabajo para facilitar ese aumento de lo que llaman competitividad.
Salidas a la crisis: la via irlandesa neoliberal
De la misma manera que la causa de la crisis ha sido política, la salida de la crisis también dependerá de factores políticos. No se puede salir de la crisis sin una redefinición de las relaciones de poder entre el capital y el trabajo. En ese aspecto, las medidas que se están tomando son las medidas que el capital (hegemonizado por el capital financiero) está imponiendo para salir de la crisis en sus términos, lo cual será imposible. Estamos viendo en Irlanda, el alumno aventajado de la ortodoxia neoliberal, que durante el periodo 2007-2010 siguió dócilmente las políticas neoliberales promovidas por el Fondo Monetario Internacional y por la Unión Europea (que consistió en reducir durante el periodo 2007-2010 el gasto de las prestaciones sociales un 10%, bajar los sueldos de los empleados públicos un 20%, bajar el salario mínimo y una mayor desregulación del mercado de trabajo. Tales medidas, como era predecible, empeoraron la situación, pues redujeron la demanda de una manera muy significativa. La renta per cápita de Irlanda ha disminuido un 20% durante los tres años de crisis, y el PIB se ha reducido un 11%, la mayor reducción en la UE-15. La acentuación de la crisis ha determinado una presión incluso mayor para que se hagan mayores recortes sociales, que quedan por determinar según el discurso del Primer Ministro del gobierno irlandés.
Otra alternativa es posible
Es obvio que la crisis no se resolverá a no ser que se incremente la demanda y que se facilite el acceso al crédito. El primero no ocurrirá, mientras no existan políticas públicas expansivas de gasto público, orientadas a la creación de empleo. El mayor problema humano, social y económico, no sólo en los PIGS, sino en toda la Unión Europea, es el desempleo. Se necesita cambiar de orientación y en lugar de enfatizar el modelo alemán basado en las exportaciones (Schröder y Merkel) se debería acentuar el modelo de estímulo de la demanda a través del incremento del consumo doméstico, aumentando el gasto publico y los salarios, tanto en Alemania como en el resto de la Eurozona, tal como propuso Oskar Lafontaine en su día.
Por otra parte se necesitan inversiones en nuevas áreas sociales y económicas, entendiendo el Estado del bienestar no como un consumo, sino como una inversión para crear empleo. Estas inversiones facilitarían la entrada de la mujer en el mercado de trabajo. Si el porcentaje de mujeres en el mercado de trabajo en toda la Unión Europea fuera el mismo que el que existe en Suecia, el número de trabajadores nuevos sería mayor que el que resultaría de la integración de Turquía en la Unión Europea.
La otra condición es resolver el problema de crédito, el cual requiere que la banca sea considerada entidad de utilidad pública (como lo fue en muchos países, en que la provisión del crédito fue considerada una función social). Ello implicaría en muchos sectores la reaparición de la banca pública. En España, concretamente, sería necesaria la transformación de las cajas de ahorro en bancas públicas, tal como han propuesto Attac y el Catedrático de Economía Juan Torres.
Y por otra parte, el Banco Central Europeo debería convertirse en un banco central, ya que no lo es ahora, y como tal debería garantizar la provisión de crédito a los Estados, comprando deuda pública y revirtiendo los intereses a los Estados. Ello sería equivalente a proveer liquidez a los Estados. Que no se haga esto se debe a que el mundo del capital (hegemonizado por capital financiero) tiene excesivo poder y el mundo de trabajo tiene muy poco. La única solución es la agitación social, tal como muy bien ha dicho el premio Nóbel de Economía Joseph Stiglitz, que animó al mundo sindical europeo a seguir los pasos del sindicalismo francés. Hoy existen a lo largo de todo el territorio europeo protestas del mundo del trabajo rebelándose contra tales políticas neoliberales. Piden, con razón, que se establezcan otras políticas alternativas y casi opuestas, señalando que otra Unión Europea es posible. Y los países PIGS pueden añadir su voz a este proceso para transformar la UE. Para ello es necesario recurrir a una redefinición de las izquierdas, motivo de un artículo próximo. 

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=117481

Taxas extras custam 40 euros por mês

Taxas nas facturas da água, luz, gás e comunicações nem sempre são claras, alerta a Deco.
Sabe quanta água, electricidade, gás e telefone consome por mês? Provavelmente não: mesmo que saiba de cor o valor da factura final, não é fácil perceber quanto diz respeito ao que consumiu e quanto vai para as taxas fixas. Algumas custam alguns cêntimos mas tudo somado uma família de quatro pode pagar uma média de 40 euros por mês, além do que realmente consome.
Há quotas de serviço ou termos fixos, taxas de saneamento, taxas adicionais, direitos de passagem e de uso do subsolo e ainda custos relativos ao uso das redes - parcelas mais ou menos perdidas nas facturas dos serviços públicos essenciais, comunicações incluídas.
A factura da água é a que tem mais parcelas. "Existe uma componente variável, que é o consumo, e uma fixa, de acesso ao serviço. Esta segunda tem designações diferentes em todo o País: às vezes é quota de serviço, outras quota de disponibilidade", explica a jurista Ana Cristina Tapadinha, da Deco. A associação de defesa do consumidor reclama por isso a uniformização e clarificação das designações nas facturas, que variam pelo País fora. "Através das reclamações e pedidos de informação que temos percebemos que é preciso tornar mais claro para o consumidor aquilo que está a pagar".
Na factura da água aparece ainda a taxa de recursos hídricos, definida por lei para compensar a utilização dos recursos de água do País. E quase todas as autarquias cobram ainda os serviços de saneamento, recolha do lixo e limpeza das ruas. Nas telecomunicações alguns consumidores pagam o aluguer da linha e encontram ainda uma taxa de direitos de passagem - um máximo de 0,25% sobre o consumo efectuado.
Com a electricidade e o gás, os portugueses pagam ainda a contribuição audiovisual e a taxa de utilização do subsolo, respectivamente. Mas cobram-lhes também os custos relativos ao uso das redes e de "interesse económico geral", sem que se consiga perceber qual é o seu peso no valor final - o que motivou uma campanha da Deco.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1721685

Banco Alimentar: Bater recorde para matar a fome a quase 300 mil

Hoje e amanhã 30 mil voluntários vão estar a recolher os alimentos que fazem mais falta nos armazéns das instituições.
O objectivo é bater o recorde da recolha do ano passado: mais de 2498 toneladas de alimentos para pôr na mesa de quem precisa. E olhando para o aumento dos que precisam da ajuda dos bancos alimentares para não passar fome - quase 300 mil famílias, mais 40 mil do que no início do ano - percebe-se a importância desta campanha, diz a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet.
Afinal, há quase 610 mil desempregados, o valor mais alto desde que há registo - mais de um terço já não tem acesso ao subsídio. E as novas regras de acesso às prestações sociais deixaram mais de cinco mil famílias sem o rendimento social de inserção nos últimos meses. Por isso, um número também recorde 30 mil voluntários - mais dois mil do que na última recolha - vai hoje e amanhã ocupar as entradas de supermercados para recolher os alimentos que fazem mais falta nos armazéns do Banco Alimentar. A campanha de recolha nos supermercados representa apenas 20% de todos os produtos doados à instituição - ou seja 20% de 23 mil toneladas - , já que a maior parte vem directamente das empresas, que doam os excedentes de produção.
"Mas estes alimentos são muito importantes porque pedimos aqueles produtos em que não há excedentes de produção e que não nos chegam de outra maneira - azeite, óleo, salsichas e atum, cereais de pequeno almoço, por exemplo", explica Isabel Jonet. Ou seja, são as campanhas nos supermercados em Maio e Novembro que permitem ao Banco dar, através das 1800 instituições de Solidariedade Social com que trabalha, dar cabazes minimamente equilibrados. Afinal, não podem fazer o que não têm, lembra a responsável.
São também estas campanhas, salienta, que põem o País a falar de um problema que por ignorância ou vergonha acaba escondido: a fome. "É inadmissível que ainda haja famílias que não têm o que comer".
É preciso falar disso", diz. Um estudo recente feito pela Universidade Católica em parceria com os Bancos Alimentares e a Entrajuda, com 15 mil inquiridos, revela que um em cada quatro pobres não come pelo menos um dia por semana. A maioria são reformados e vivem com menos de 250 euros por mês.
"Tem sido sempre possível recolher mais por várias razões e uma delas é porque temos aumentado os pontos de recolha. Mas tenho uma expectativa boa para este fim-de-semana porque os portugueses são muito solidários e quando são interpelados respondem", diz Isabel Jonet.
Para quem tem medo que os alimentos não vão parar à mesa de quem precisa Isabel Jonet faz um convite. "Venham até ao Banco Alimentar e se quiserem podem seguir aquele produto que doaram, desde o momento em que dão, até ao destino final".
Os alimentos doados são transportados pelos voluntários e distribuídos pelas instituições. Algumas usam o que recebem para fornecer cabazes, outras refeições confeccionadas. Uma coisa é certa, os pedidos de ajuda têm aumentado. As zonas do País com maior número de pessoas apoiadas são o Porto (com 73 137 a receber apoio alimentar), Lisboa, (72 155) e Setúbal (33 600).
Se não puder ir às compras este fim-de-semana, ou se não encontrar uma equipa do Banco Alimentar, pode contribuir comprando vales que representam alguns produtos básicos até dia 5 de Dezembro. "Não é preciso darem muito, é preciso darem muitos", apela Isabel Jonet. 

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1721656

120 mil portugueses ganham menos do que o salário mínimo

O número de pessoas do Norte e Centro que ganha mais de três mil euros por mês reduziu-se 17% e 44%, respectivamente, no terceiro trimestre deste ano face a 2009. Há 120 600 portugueses a ganhar menos de 310 euros e 23 700 são remunerados acima dos três mil euros líquidos.
A média nacional em matéria de evolução dos escalões de rendimento entre o terceiro trimestre deste ano e o homólogo de 2009 não encontra paralelo com o que se passa em algumas regiões do país. Em termos globais, o número de trabalhadores por conta de outrem do sector privado que ganhava no final de Setembro um salário superior a três mil euros aumentou 6,3%, de 22 300 passaram a 23 700. Esta subida foi acompanhada por um recuo do número de pessoas com salário líquido abaixo de 310 euros (menos do que o salário mínimo nacional líquido, 423 euros): são agora 120 600, mas eram mais quatro mil há um ano.
No entanto, os trabalhadores que ganham acima de três mil euros e aqueles que estão abrangidos pelo escalão abaixo dos 310 euros mensais líquidos não se encontram igualmente distribuídos pelo país. Bem pelo contrário. No Norte, os dados do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a tendência foi exactamente a inversa das médias nacionais: há menos pessoas a ganhar um valor superior a três mil euros e é mais numeroso o grupo dos que em Setembro declaravam ganhar menos de 310 euros.
Dos 3,84 milhões de trabalhadores dos sector privado contabilizados em Setembro pelo INE, 1,3 milhões estão na região Norte. Destes, há agora 45,8 mil que ganham menos de 310 euros (38% do total neste escalão), mas em 2009 eram 40,9 mil - uma subida de cinco mil. No Centro, este escalão de rendimentos diminuiu de 29,5 mil para 27,5 mil, no Alentejo cresceu de 6800 para 7900 e no Algarve aumentou de 2600 para 3300. Lisboa é a única região onde se regista um recuo muito significativo do número de trabalhadores com um rendimento mensal inferior a 310 euros (o salário mínimo é de 475 euros brutos), passando de 35 mil para 25 mil.
Nos escalões de rendimento mais elevados, a situação é a oposta: Lisboa tem agora, passado um ano, mais 3500 pessoas a declarar que ganham acima de três mil euros/mês, totalizando 13 500 casos, enquanto no Norte e Centro o número diminuiu de 7500 para 6200 e de 2700 para 1500 situações, respectivamente. Com o Alentejo e o Algarve quase inalterados, acaba por ser a situação de Lisboa a contribuir sozinha para a subida contabilizada na média nacional.
O INE compõe, deste modo, um retrato fiel da tendência de distribuição dos salários em Portugal, mas não apresenta números absolutos para todos os portugueses, uma vez que se trata de um inquérito, ainda assim tão fiável quanto os números do emprego.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1721377

26/11/2010

U.S., U.N. & cholera out of Haiti!


For more than a week, mass protests against the U.N.’s occupation have broken out throughout Haiti, especially in Cap-Haïtien on its northern coast and Port-au-Prince, the country’s capital. Protests have also taken place in southern cities like Cayes and in the center of the country in Gonaïve.
What fueled these protests, which involved burning barricades, trenches, trees and rock piles placed across National Route 1 and city streets, as well as militant marches, were the raging cholera epidemic and the widespread belief among the people that U.N. troops have introduced the disease into their country. By Nov. 20, more than 1,100 Haitians had died of cholera, and nearly 20,000 were hospitalized.
However, it was clear from the protesters’ slogans, such as “Down with American imperialism! U.N. and cholera out of Haiti!” that there is an understanding that while the troops on the ground wear blue helmets embossed with ‘U.N.,’ it is the U.S. which calls the shots. (French TV5 news, Nov. 18).
The U.N.’s official role in Haiti has been to ensure stability, which is why its 12,000-member armed force, the Minustah, is officially called the U.N. Stabilization Mission in Haiti.
Minustah has been the main military force in Haiti since June 2004, when it took over from a coalition of U.S., French and Canadian imperialist troops that occupied Haiti two months earlier. This was after the second coup against democratically elected President Jean-Bertrand Aristide, when U.S. Special Forces kidnapped him to the Central African Republic. (See “Haiti: A Slave Revolution.”)
When the U.N. command structure was crushed by its headquarters’ collapse during the January earthquake, the U.S. rushed in more than 20,000 troops and seized control of Haiti’s air- and seaports. This kept many emergency supplies for aid organizations from arriving quickly and made a coordinated relief operation harder. Most land-based U.S. troops were withdrawn by mid-March.
When Hurricane Tomas threatened Haiti in early November, the Pentagon moved in the helicopter carrier Iwo Jima with “emergency supplies” and a brigade of Marines. Since Tomas spared Haiti from a major catastrophe, the country was spared another U.S. invasion. Both the act of sending the Iwo Jima and the U.S.’s so-called “humanitarian” troop invasion in January make it clear that the U.S. not only directs the work of Minustah, but is prepared to back it up militarily at the drop of a hat.
Thousands just came out in Cap-Haïtien, the country’s second-largest city. They threw rocks and blocked streets. After riot police fired on demonstrators, police stations at Barrière Bouteille and Pont Neuf were burned. A World Food Program warehouse in the city’s southeastern section was liberated.
Stanley Jean-Mary, a reporter for France 24 news service who is also a leftist and a community leader in Cap-Haïtien, writes, “For two years, we have had to deal with an irresponsible government, which was not prepared. After the earthquake, it gave up. Then there was Hurricane Tomas, followed by the cholera epidemic. The situation was falling apart but the government did not come to the aid of the people.
“When my neighbors learned that three people infected with cholera died overnight, we had a spontaneous mobilization to bring the whole neighborhood into the movement. A few blocks from here, another demonstration ended in a confrontation with the riot squad. A police station was burned and Minustah began firing tear gas. We defended ourselves by throwing rocks and building barricades.”
He continues, “We organized a mass meeting to discuss the significance of our independence gained Nov. 18, 1802, in the current context. Because Haiti is still occupied by foreign powers and by the U.N., which they direct.” (observers.france24.com, Nov. 19)
Minustah claimed that six of its soldiers were injured and that armed protesters fired on troops in Quartier Morin, on the outskirts of Cap-Haïtien. Two Haitians were killed, one protester and a passerby. Also, 19 people were injured in Cap-Haïtien. Fifteen people were shot at with bullets.
“We’d rather die from bullets than be decimated by the cholera epidemic,” Cap-Haïtien protesters shouted, while throwing rocks at the Minustah base. (AlterPresse, Nov. 15)
French TV5 on Nov. 18 and videos posted on AlterPresse, a Haitian Internet site, showed groups of 200 to 400 youth confronting Minustah in Port-au-Prince, using the tarp-camp on the Champs des Mars as a base. The Minustah were very aggressive, breaking out and tear gassing crowds of protesters. The youth running and dodging didn’t appear willing to leave the streets, except under major pressure.
The videos showed parents grabbing their children when tear gas was shot into their tents, running and dodging through the warren of tents in front of the collapsed National Palace and then ducking their heads in buckets of water to wash the tear gas out of their eyes and hair.
One demonstrator told TV5, “Down with U.S. imperialism! U.N. and its cholera out of Haiti.” Another demonstrator angrily said that foreigners want to impose neocolonial slavery on Haiti, turning back the clock before 1804 — the year Haiti proclaimed itself the first Black republic in the Western Hemisphere after a glorious and hard-fought struggle against Napoleon’s army.
At a recent forum in Harlem, Ray Laforest, a Haitian-American labor organizer and longtime political activist, called for all progressive forces to support the growing national uprising against the U.N./U.S. occupation of Haiti. This event, held at St. Mary’s Church, was sponsored by the Black is Back Coalition and the Harlem Tenants’ Council.

http://www.workers.org/2010/world/haiti_1202/

Fertagus quer 3 por cento de aumento nas tarifas

« Le discours néo-libéral a envahi la vie publique jusqu’à former une vulgate. »

François Denord

Contrairement à une idée reçue, le néo-libéralisme français ne vient pas tout droit de Grande Bretagne ou des Etats-Unis ?
On associe souvent le néo-libéralisme au gouvernement Thatcher ou à la présidence Reagan. En réalité, les origines de cette idéologie politique sont bien plus anciennes et largement européennes. Le néo-libéralisme constitue initialement une réponse à la crise économique des années 1930 et une réfutation des doctrines qui donnent alors le ton : le socialisme et le corporatisme.
L’histoire du néo-libéralisme débute avec la tenue à Paris du Colloque Walter Lippmann en août 1938. Des économistes, des hauts fonctionnaires, des patrons et des intellectuels participent à cette réunion internationale organisée en l’honneur d’un influent journaliste américain. Certains sont devenus célèbres comme Raymond Aron, Jacques Rueff ou l’économiste autrichien Friedrich Hayek, futur prix Nobel d’économie.
Leur objectif était double. Mettre sur pied un mouvement international contre l’économie planifiée et promouvoir un libéralisme nouveau qui puisse servir de base à un programme de gouvernement. Côté mouvement international, le Colloque Lippmann a notamment suscité la création après la Seconde Guerre mondiale de la Société du Mont-Pèlerin, une organisation qui depuis 1947 réunit tous les deux ans des universitaires, des hommes politiques et des représentants patronaux.
C’est la maison mère de nombreux think tanks contemporains. Côté libéralisme rénové, le Colloque Lippmann a engendré une définition du néo-libéralisme comme politique économique. Il ne s’agit pas de défendre le libéralisme classique, mais de construire un Etat libéral.
Le néo-libéralisme a ainsi été conçu pour préserver l’ordre libéral tout en admettant qu’un certain nombre d’interventions de l’Etat sont légitimes. Il doit d’abord se désengager du secteur productif et faire sauter les verrous réglementaires, législatifs ou corporatifs qui entravent la libre concurrence. Le néo-libéralisme comporte ensuite un versant plus pragmatique.
Il entend créer un cadre légal favorable au marché, suppléer l’initiative privée là où elle s’avère défaillante, inciter à la concentration industrielle ou, au contraire, la freiner. Et parallèlement à ces grands chantiers, il confie à l’Etat le soin d’adapter le droit aux évolutions économiques, de sanctionner les fraudes et, malgré tout, de venir en aide aux plus démunis. Sans ce filet social, les progrès du néo-libéralisme auraient été impensables dans un pays comme la France.
Quel est le néo-libéralisme de Louis Rougier qui a contribué à la structuration du néo-libéralisme en France et sur le plan international ?
Qu’il s’agisse de philosophie, de politique ou d’économie, Louis Rougier est un auteur aujourd’hui tombé dans l’oubli. L’histoire ne retient en général que son rôle d’intermédiaire, en partie autoproclamé, entre le régime de Vichy et la Grande-Bretagne, et des ouvrages comme Mission secrète à Londres, dont l’un des objectifs, outre le plaidoyer pro domo, est d’accréditer la thèse d’un double jeu du maréchal Pétain
Louis Rougier fut pourtant l’organisateur du Colloque Walter Lippmann. C’était un philosophe relativement marginal dans le paysage académique français de l’entre-deux-guerres : il rejetait le rationalisme qui formait à l’époque la tendance dominante chez les philosophes universitaires, mais il n’adhérait pas pour autant à une démarche métaphysique ou spiritualiste.
Il se voyait volontiers comme un franc tireur. Sur certains plans, il était très avant-gardiste : il se passionnait pour les sciences, pour la logique et pour les travaux du Cercle de Vienne. En même temps, il avait des sentiments mêlés vis-à-vis de la démocratie : sans être royaliste ou fasciste, il croyait dans la nécessité d’un gouvernement des élites, bien distinctes des masses qu’il avait en horreur.
Louis Rougier disposait de peu de soutiens auprès des philosophes français. En revanche, il a su s’attirer la sympathie d’économistes et de certains cercles patronaux. Il était certes spécialiste de philosophie scientifique mais il avait également travaillé sur le lien unissant Réforme et esprit du capitalisme et, en s’intéressant aux mystiques religieuses, en était venu à la politique puis à l’économie.
Louis Rougier avait également une stature internationale. Il avait effectué des missions à l’étranger pour le compte du gouvernement français et donné des conférences à l’Institut universitaire des hautes études internationales de Genève, lieu où enseignent à l’époque Wilhelm Röpke, Ludwig von Mises et bien des ténors du libéralisme.
Pour expliquer son néo-libéralisme, Louis Rougier avait souvent recours à une métaphore automobile : « Etre néo-libéral, ce n’est pas, comme le "manchestérien", laisser les voitures circuler dans tous les sens, suivant leur bon plaisir, d’où résulteraient des encombrements et des accidents incessants ; ce n’est pas, comme le "planiste", fixer à chaque voiture son heure de sortie et son itinéraire ; c’est imposer un Code de la route tout en admettant qu’il n’est pas forcément le même au temps des transports accélérés qu’au temps des diligences ».
Cette métaphore présuppose l’insertion de l’ordre marchand dans des structures institutionnelles (le marché n’est pas quelque chose de naturel). Elle définit le type d’intervention qui correspond à une politique économique libérale : l’Etat fixe le cadre juridique au sein duquel la concurrence se déploie et l’adapte en fonction des transformations économiques et sociales. Elle indique enfin la nature de l’Etat néo-libéral : c’est un régulateur de conflits, abstentionniste dans la sphère de la production et des échanges, mais prêt à sanctionner les écarts de conduite par le droit et la justice.
Quelle a été la position des tenants du néo-libéralisme sous l’occupation allemande ?
Peu avant la guerre, les néo-libéraux français ont connu leurs premier succès politiques : le gouvernement Daladier était ainsi revenu sur plusieurs mesures phares du Front populaire. Ils s’étaient même dotés d’une organisation : le Centre international d’études pour la rénovation du libéralisme. Elle disparaît dès 1940, après ne s’être réunie que quatre ou cinq fois. Son secrétaire général, Louis Rougier, connaît une singulière destinée.
Il tente vainement d’obtenir un accord secret entre Vichy et Londres puis rejoint les États-Unis en décembre 1940. Par son refus de reconnaître la légitimité de la France combattante, son nationalisme et sa dénonciation véhémente du blocus anglais contre la France, il se coupe de la plupart des intellectuels français en exil. Epuré à la Libération, il est mis à la retraite d’office de l’Education nationale en 1948.
Les partisans du néo-libéralisme ont pris durant la Seconde Guerre mondiale des orientations différentes et souvent antagonistes : certains sont entrés dans la Résistance intérieure ou ont rejoint Londres, d’autres ont soutenu le régime de Vichy, voire y ont joué un rôle de premier plan. Une minorité ne s’est pas engagée ou a dû s’exiler.
On compte ainsi parmi les tenants du néo-libéralisme des années 1930 aussi bien le ministre de la Justice du maréchal Pétain (Joseph Barthélémy), que l’un des « sages » du Comité général d’études de la Résistance (René Courtin), aussi bien des partisans de la Révolution nationale (l’économiste Louis Baudin, par exemple), que des engagés volontaires dans les forces alliées (Etienne Mantoux, mort au combat). L’adhésion au régime de Vichy a néanmoins prévalu. L’anticommunisme, l’élitisme et le pacifisme y sont pour beaucoup.
La Seconde Guerre mondiale a ainsi divisé les partisans du néo-libéralisme, parfois de manière irréversible. Cela ne signifie pas que leurs idées aient disparu. Aussi bien à Vichy que dans la France libre ou dans la Résistance, d’anciens du Centre international d’études pour la rénovation du libéralisme et de nouveaux convertis rappellent le point de vue néo-libéral. La Libération exerce deux effets contradictoires sur l’histoire de cette doctrine. Elle scelle sa défaite institutionnelle, mais par les reclassements qu’elle provoque lui permet de trouver un nouvel essor.
Peut-on parler d’un tournant néo-libéral sous la IVème République ?
Entre 1944 et 1946, la France se transforme en un gigantesque laboratoire économique et social. On expérimente de nouvelles institutions, repense les modes de production, introduit la sécurité sociale, jette les bases de la planification. Ces deux années ont nourri bien des mythes, à commencer par celui d’une France durablement étatiste et socialisante. Les néo-libéraux partaient effectivement avec de sérieux handicaps. La création de nouveaux dispositifs d’intervention sur l’économie offrait à des hauts fonctionnaires la possibilité de concrétiser leur aspiration à une économie rationalisée.
Accusé de tous les maux, y compris de s’être enrichi sous l’Occupation, le patronat n’avait pas voix au chapitre. Quant aux économistes, ils n’exerçaient que peu d’influence sur les réformes en cours. Pourtant, dès 1947 les rapports de forces se modifient. Alors que la France a opté pour des structures dirigistes, les libéraux reviennent au pouvoir au nom de la recherche de l’expansion dans la stabilité et de la lutte contre l’Union soviétique.
Leur aura intellectuelle ne sera que tardivement reconnue. Socialisme, marxisme et catholicisme social donnent plus que jamais le ton dans la vie intellectuelle de l’après-guerre. Comme leurs homologues étrangers, les intellectuels libéraux français se replient alors dans des organisations transnationales telle la Société du Mont-Pèlerin, créée pour favoriser le dialogue entre partisans de l’économie de marché.
Les pouvoirs publics se heurtent à l’impossibilité politique de réformer en profondeur l’Etat Providence, une conquête de la Libération, aboutissement d’années de revendications et d’essais institutionnels. La recherche de l’équilibre budgétaire, la lutte contre l’inflation, les tentatives de libéralisation des prix caractérisent ainsi la politique économique et sociale de la fin des années 1940. Du point de vue d’un doctrinaire, les mesures adoptées sont évidemment bien timorées.
Une forme de néo-libéralisme inspire néanmoins Henri Queuille, Edgar Faure ou Antoine Pinay, des modérés qui, par l’interventionnisme étatique, cherchent à recréer les conditions de la concurrence. Le tournant libéral de la IVe République n’est pas uniquement l’œuvre du centre-droit de l’échiquier politique. Même la politique économique du gouvernement Mendès France présente des analogies avec la doctrine exposée lors du Colloque Lippmann.
La France des années 1940-1950 est ainsi marquée par une disjonction entre des gouvernements qui tentent de rétablir le libre jeu du marché, mais sont victimes d’une instabilité politique chronique, et des structures économiques dirigistes qui elles perdurent. Cette contradiction sera progressivement levée par l’avènement de la Ve République et surtout l’inscription de la France dans le Marché commun. A partir de 1957, la construction européenne a servi de justification et de moteur à la libéralisation de l’économie française.
En quoi les années 1980 lèvent-elles les derniers obstacles idéologiques du néo-libéralisme qui devient un véritable mode de gouvernement en France ?
Les années Giscard (1974-1981) ont d’abord joué un rôle essentiel. Pour la première fois depuis les débuts de la Ve République le pouvoir politique revenait à un Président et à un Premier ministre dont le néo-libéralisme constituait l’horizon intellectuel. Le gouvernement s’est essayé à privilégier une perspective de long terme davantage préoccupée de stabilité monétaire que de lutte contre le chômage.
La libération progressive des prix, la recherche de l’équilibre financier dans les entreprises publiques, les mesures en faveur de l’épargne des ménages, l’aide à l’accession à la propriété individuelle sont autant de symboles de cette orientation politique.
Le tandem Giscard-Barre a cependant connu un échec économique retentissant. L’arrivée au pouvoir d’un gouvernement socialiste en 1981 pousse la droite à se reconstruire autour d’un projet politique marqué par le rejet du socialisme et de l’expérience Barre, présentée comme trop timorée. Le néo-libéralisme devient ainsi constitutif de son identité idéologique.
La conjoncture internationale s’y prêtait : déclin de l’Union soviétique, d’une part, et avènement du reaganisme et du thatchérisme, d’autre part. A cela s’ajoute un effet de mode intellectuelle : le libéralisme rapprochait des universitaires conservateurs, de nouveaux entrants dans l’univers académique et d’anciens militants de gauche, hostiles à l’union du Parti socialiste avec les communistes.
Rejetée dans l’opposition, la droite fait peau neuve en se débarrassant de ses « complexes » intellectuels vis-à-vis de la gauche. Une fois revenue au pouvoir, il lui faudra dénationaliser, déréglementer, désétatiser. A partir de 1983, la gauche socialiste abandonne toute stratégie de rupture avec le capitalisme. Le processus s’accélère : le libéralisme devient la référence idéologique dominante.
Si les partis de gouvernement ont une infinie variété de mesures à proposer, elles ne sortent plus d’un cadre bien circonscrit, celui de l’économie de marché, que tout au plus certains veulent « sociale ». Nous vivons encore largement dans ce contexte intellectuel. L’idée que l’on puisse socialiser certaines activités ou encadrer les prix se voit taxée d’archaïsme. Le discours néo-libéral a envahi la vie publique jusqu’à former une vulgate. Le chemin parcouru depuis la Libération est saisissant : à l’époque, le libéralisme passait pour une idéologie surannée.

http://oumma.com/Francois-Denord-Le-discours-neo
Related Posts with Thumbnails