Um ano depois de a Delphi, em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, ter fechado as portas, a quase totalidade dos antigos operários da fábrica continua no desemprego e sem perspectivas de arranjar um novo posto de trabalho.
“A maioria dos meus colegas [cerca de 98 por cento] continua a receber o fundo de desemprego e não têm nenhuma perspectiva de arranjar um novo trabalho”, explicou à agência Lusa o antigo porta-voz dos trabalhadores, Francisco Godinho.
Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (SINQUIFA), Francisco Godinho confessou que a situação começa a ser “dramática” para todos os antigos operários.
“Esta situação que vivemos começa a ser um bocado dura psicologicamente. Nós todos sentimo-nos como uns inúteis da sociedade, há dias mesmo muito difíceis”, lamentou.
Biscates e estudo
Aos 48 anos, Francisco Godinho recordou com alguma saudade os 26 anos que passou a trabalhar na Delphi e descreveu que, actualmente, passa uma parte do tempo a fazer “alguns biscates”, ao passo que uma franja dos seus antigos colegas tem aproveitado este último ano para estudar e tirar cursos.
“Alguns dos meus colegas optaram ao longo deste último ano para tirar um curso ou terminar o décimo segundo ano”, disse.
De acordo com o antigo porta-voz dos trabalhadores, durante o último ano, uma empresa portuguesa ligada ao sector automóvel comprou as instalações da Delphi em Ponte de Sor e também alguma maquinaria existente na fábrica.
Mas, segundo Francisco Godinho, até ao momento “ainda não surgiu nenhuma novidade” quanto ao futuro daquele espaço. “Se a empresa é semelhante à Delphi, temos sempre em perspectiva conseguir um novo posto de trabalho”, declarou.
Enquanto não surge uma luz ao fundo do túnel, o antigo operário mostra-se “preocupado” com o futuro dos seus ex-colegas, nomeadamente quando o fundo de desemprego terminar.
“A maioria das pessoas ainda não esgotou o fundo de desemprego [para a maioria termina em Janeiro]. Quando esse subsídio terminar, talvez haja alguns colegas que tenham que entregar as casas onde vivem”, alertou.
A Delphi esteve sediada em Ponte de Sor durante 29 anos e era considerada a maior unidade fabril do distrito de Portalegre, empregando 2,5 por cento da população do concelho.
A empresa, que fechou as suas portas no dia 31 de Dezembro de 2009, produzia apoios, volantes e airbags para vários modelos automóveis.
A Delphi/Guarda encerra as portas amanhã, lançando para o desemprego 321 trabalhadores, que se juntam a 601 dispensados entre 31 de Dezembro de 2009 e finais de Maio deste ano.
Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (SINQUIFA), Francisco Godinho confessou que a situação começa a ser “dramática” para todos os antigos operários.
“Esta situação que vivemos começa a ser um bocado dura psicologicamente. Nós todos sentimo-nos como uns inúteis da sociedade, há dias mesmo muito difíceis”, lamentou.
Biscates e estudo
Aos 48 anos, Francisco Godinho recordou com alguma saudade os 26 anos que passou a trabalhar na Delphi e descreveu que, actualmente, passa uma parte do tempo a fazer “alguns biscates”, ao passo que uma franja dos seus antigos colegas tem aproveitado este último ano para estudar e tirar cursos.
“Alguns dos meus colegas optaram ao longo deste último ano para tirar um curso ou terminar o décimo segundo ano”, disse.
De acordo com o antigo porta-voz dos trabalhadores, durante o último ano, uma empresa portuguesa ligada ao sector automóvel comprou as instalações da Delphi em Ponte de Sor e também alguma maquinaria existente na fábrica.
Mas, segundo Francisco Godinho, até ao momento “ainda não surgiu nenhuma novidade” quanto ao futuro daquele espaço. “Se a empresa é semelhante à Delphi, temos sempre em perspectiva conseguir um novo posto de trabalho”, declarou.
Enquanto não surge uma luz ao fundo do túnel, o antigo operário mostra-se “preocupado” com o futuro dos seus ex-colegas, nomeadamente quando o fundo de desemprego terminar.
“A maioria das pessoas ainda não esgotou o fundo de desemprego [para a maioria termina em Janeiro]. Quando esse subsídio terminar, talvez haja alguns colegas que tenham que entregar as casas onde vivem”, alertou.
A Delphi esteve sediada em Ponte de Sor durante 29 anos e era considerada a maior unidade fabril do distrito de Portalegre, empregando 2,5 por cento da população do concelho.
A empresa, que fechou as suas portas no dia 31 de Dezembro de 2009, produzia apoios, volantes e airbags para vários modelos automóveis.
A Delphi/Guarda encerra as portas amanhã, lançando para o desemprego 321 trabalhadores, que se juntam a 601 dispensados entre 31 de Dezembro de 2009 e finais de Maio deste ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário