A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) acusou hoje o Governo de pretender acabar com o Estado social, exemplificando com o fim das isenções no pagamento das taxas moderadoras na Saúde aos desempregados com rendimentos superiores ao salário mínimo.
"A universalidade dos direitos está a ser reduzida de forma brutal, com o Governo a fazer uma divisão entre os pobres e os que são muito pobres", considerou a dirigente da CGTP Maria do Carmo Tavares. A responsável reagia à publicação do diploma que determina que os desempregados com rendimentos superiores a 485 euros, o valor do salário mínimo nacional, deixem de usufruir de isenção no pagamento das taxas moderadoras da saúde.
"O objectivo desta e de outras medidas é retirar todos os direitos sociais às pessoas", acusou ainda Maria do Carmo Tavares, classificando a política social do Governo socialista como "reprovável" e "cada vez mais caritativa".
A dirigente da CGTP condenou ainda o facto de o Executivo prosseguir a política de cortes, sem que sejam resolvidas "as verdadeiras causas dos problemas". "Ainda assim continua a explorar, cada vez mais, a pobreza das pessoas", acrescentou.
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