À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

26/11/2010

Próximas lutas

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional convocou dois períodos de greve para Dezembro (de 10 a 13 e de 15 a 19). Desta forma, os guardas prisionais, que aderiram à greve geral de quarta-feira, lutam pela aprovação de um novo estatuto, contra a redução de vencimento prevista para 2011, no âmbito das medidas de austeridade do Governo, pela progressão de escalões profissionais, que será congelada, e pelo pagamento de subsídios.
Segundo Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), este protesto foi marcado porque se «esgotaram todos os caminhos de negociação com o Ministério da Justiça». «Os guardas prisionais sentem-se completamente discriminados em relação às forças de segurança, tuteladas pelo Ministério da Administração Interna. Já foram garantidas as progressões para a PSP e aprovado o novo estatuto. Nós trabalhamos de dia e de noite, não recebemos subsídios de turno nem nocturno, trabalhamos cerca de 250 horas por mês. Há mais de 50 horas mensais que não são remuneradas», disse, em declarações à Lusa.
No primeiro dia da Cimeira da NATO, 19 de Novembro, o SNCGP colocou à frente do Ministério da Justiça, em Lisboa, durante uma vigília que contou com várias dezenas de guardas prisionais, dois cartazes com as frases «Basta de sacrifícios» e «SOS help us».

Protestos por todo o País

Por seu lado, os carteiros do centro de distribuição (CDP) das Caldas da Rainha e Óbidos juntaram mais dois dias de greve à paralisação de quarta-feira, um protesto contra os novos horários impostos pelos CTT (das 6.30 para as 8 horas), que estão a causar atrasos na distribuição do correio. Os carteiros alegam que a aplicação dos novos horários, em vigor há mais de duas semanas, se traduzem numa redução de cerca de 720 euros por ano, na deterioração do serviço prestado ao cliente e numa pior imagem da empresa.
Para o dia 3 de Janeiro de 2011, os oficiais de registo e notariado vão iniciar uma greve de zelo, em protesto contra o aumento exponencial do trabalho extraordinário não remunerado e os cortes no vencimento. Esta luta, convocada pela Associação Sindical dos Oficiais de Registo e Notariado, poderá paralisar alguns serviços, como o registo informático de imóveis e registo da constituição de sociedades.

http://www.avante.pt/pt/1930/emfoco/111500/

Sem comentários:

Related Posts with Thumbnails