Em 2008, quando os efeitos da crise internacional ainda não se tinham abatido sobre o país, quase metade dos portugueses já considerava provável que dali a um ano não iria ter dinheiro para as necessidades do lar. Cerca de um terço, quando olhava para esse futuro imediato, julgava que poderia ficar sem emprego. Há dois anos, um terço dos portugueses também dava como provável que não iria receber serviços de saúde se ficasse doente.
Com tudo o que já aconteceu depois, estes serão alguns dos indicadores que provavelmente dispararão nos novos inquéritos do European Social Survey a lançar dentro de dois anos. Apresentados ontem, estes resultados são já um prenúncio, embora, segundo o sociólogo Filipe Carreira da Silva, constituam sobretudo "um reflexo da década anterior, já marcada pela manutenção das desigualdades e por um desemprego crescente", mas ainda longe da situação a que agora se chegou.
Com tudo o que já aconteceu depois, estes serão alguns dos indicadores que provavelmente dispararão nos novos inquéritos do European Social Survey a lançar dentro de dois anos. Apresentados ontem, estes resultados são já um prenúncio, embora, segundo o sociólogo Filipe Carreira da Silva, constituam sobretudo "um reflexo da década anterior, já marcada pela manutenção das desigualdades e por um desemprego crescente", mas ainda longe da situação a que agora se chegou.
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