A UGT e a CGTP deram ontem um sinal de que a unidade sindical que não acontecia há 22 anos está forte e é para ficar. E deixaram o aviso ao Governo sobre qual será o próximo foco de contestação: o acordo do salário mínimo nacional é para cumprir, ou seja, terá de atingir os 500 euros em 2011.
A meio da tarde de ontem, os dois líderes das centrais sindicais portuguesas deram uma conferência de imprensa conjunta onde sublinharam os resultados inéditos da greve, com o secretário-geral da UGT a salientar que estão agora criadas "condições para um trabalho sindical de unidade" para o futuro. Também Carvalho da Silva, em entrevista ao Diário Económico no início da semana, já tinha sublinhado a importância de as duas centrais se manterem unidas, o que não acontecia desde a greve geral de 1988. Os dois líderes sindicais, pela voz de Proença, deixaram o aviso: "Há acordos de concertação social que têm de ser cumpridos e queremos ver o que acontece com o salário mínimo nacional". Também Carvalho da Silva insistiu que os resultados da greve de ontem vão obrigar os sindicatos "a serem mais exigentes com matérias imperiosas, como é o caso do salário mínimo".
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