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06/05/2009

Teatro Académico Gil Vicente - Salários em atraso podem paralisar Teatro

Os assistentes de sala do Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, ameaçam paralisar, por tempo indefinido, se os salários em atraso não forem pagos até 15 de Maio. Alguns, dizem, não recebem há seis meses.

A intenção foi conhecida ontem, mediante nota aos jornalistas, assinada pelo colectivo que assegura a realização dos espectáculos na maior sala de Coimbra. "Esta decisão não é a primeira demonstração de insatisfação, mas é a primeira vez que todos os assistentes de sala do TAGV paralisarão a sua actividade", informa o comunicado.

Os colaboradores afirmam ter enviado uma carta à Direcção do teatro, na última quinta-feira, a apontar um prazo para a regularização da situação: o dia 15. "Caso contrário, deixarão de trabalhar até que se verifique um pagamento efectivo", avisam.

Um assistente de sala, que pediu o anonimato, explicou que está sem receber há uns meses, mas existe "gente em situação muito pior", que, inclusive, "está fora do Teatro, a estagiar, e precisa do dinheiro". "Já tinha ouvido falar dos atrasos, mas precisava de um emprego muito flexível e foi o que encontrei", conta a mesma fonte, estudante, como quase todos os colaboradores. "Não é um trabalho complicado, mas, como é óbvio, precisa de ser pago".

O JN tentou ouvir a directora do TAGV, Isabel Vargues, bem como o director-adjunto, Francisco Paz, sem êxito.

A existência de salários em atraso já tinha sido denunciada, pelo JN, em Março. Na altura, um ex-colaborador, a fazer um estágio não remunerado em Lisboa, garantia ter mais de 2000 euros a receber do TAGV.

J.N. - 06.05.09

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