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12/09/2011

Líder da CGTP alerta para aumento do trabalho precário

O líder da CGTP, Carvalho da Silva afirmou que as políticas laborais que estão a ser adoptadas podem originar que, num espaço "muito curto", mais de 50% dos portugueses venham a ter um vínculo de trabalho precário.
"Isto é um desastre, é uma desestruturação e um retrocesso social e civilizacional violentíssimo", afirmou o dirigente sindical na abertura do Fórum Novas Ideias para a Esquerda, promovido pelo Bloco de Esquerda, que arrancou sexta-feira à noite, em Coimbra, para debater a situação de crise profunda e as alternativas de esquerda.
Para Carvalho da Silva, "as medidas que estão a ser adoptadas no plano laboral provocam - pode ser até ao fim da legislatura, se ela se mantiver, ou até antes - que mais de 50% dos portugueses tenham contrato formalmente precário".
Para evitar esta situação, o sindicalista considerou que é preciso "travar batalhas com êxito" nos próximos tempos e "construir alianças".
O líder da CGTP frisou ainda que o texto apresentado sobre o fundo de protecção no trabalho "é um texto miserável, é uma manipulação muito grande, e um instrumento de uma linha que está definida, que é eliminar, num prazo muito curto, aquilo que até hoje tínhamos de protecção contra o despedimento sem justa causa".
O dirigente sindical apontou ainda quatro temas cuja discussão permite "fazer muito trabalho convergente" na esquerda: "A reconstrução do lugar do trabalho na economia e na sociedade, o papel do Estado social, um combate ideológico fortíssimo, desmontando a manipulação de conceitos que o liberalismo tem imposto e olhar para as grandes mudanças da sociedade".
A sessão de abertura do Fórum Novas Ideias para a Esquerda, intitulada "Os caminhos da esquerda em Portugal", teve também como oradores convidados o ex-dirigente do BE Fernando Rosas, o antigo líder parlamentar do partido José Manuel Pureza e Alfredo Barroso, que criticaram igualmente o "ataque" do Governo ao Estado Social.
Até domingo, o debate far-se-á em torno de "um conjunto de pólos de problemas" e de temas de debate, entre os quais o corte na despesa pública, "Democracia e novos movimentos sociais" ou "pobreza, assistencialismo e estado social".
O encerramento da iniciativa no domingo estará a cargo do líder do BE, Francisco Louçã.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1987042&page=-1

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