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26/08/2010

Papelaria Fernandes fecha 12 lojas e dispensa 100 colaboradores

A Papelaria Fernandes encerrou 12 lojas e dispensou cerca de 100 colaboradores, mas mantém abertas as duas lojas «mais emblemáticas» de Lisboa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Papelaria Fernandes anunciou que «concluiu e assinou acordos de resolução contratual com todas as sociedades gestoras dos centros comerciais onde subsistiam lojas abertas e rescindiu outros arrendamentos comerciais, tendo encerrado, nas duas últimas semanas, 12 dos 14 estabelecimentos restantes e dispensado cerca de 100 colaboradores».

A empresa explicou ainda que «a quase total escassez de liquidez superveniente tornou insustentável a abertura da maioria das lojas ainda em actividade, dado não ser mais possível cumprir as responsabilidades decorrentes das respectivas rendas e alugueres, assim como manter em dia as remunerações da maioria dos trabalhadores remanescentes e suportar os outros custos de funcionamento».

No entanto, a administração do grupo definiu «um plano financeiro de contingência» para «manter abertas as duas lojas mais emblemáticas da insígnia Papelaria Fernandes, a do Largo do Rato e a da Rua do Ouro, em Lisboa».

Com esta decisão, a administração pretende que «a assembleia de credores, cuja convocação pelo Tribunal de Comércio se aguarda, viabilize a aprovação dos ajustamentos adequados e pertinentes ao plano de insolvência aprovado pelos credores e judicialmente homologado e que possibilitem o rearranque e subsequente desenvolvimento do negócio, nos moldes previstos nesse plano, a partir destas duas lojas».

A Papelaria Fernandes esclarece ainda que «todas estas medidas foram decididas e implementadas em total concertação com o administrador da insolvência».

A declaração de insolvência da Papelaria Fernandes foi apresentada em Abril de 2009.

De acordo com os resultados apresentados pela empresa no mês passado, em 2009, as receitas da Papelaria Fernandes diminuíram 64 por cento, para 4,6 milhões de euros, face ao conseguido em 2008.

O prejuízo no final de 2009 era de 17 milhões de euros, estando os capitais próprios negativos em 52,8 milhões de euros. As dívidas alcançaram os 64 milhões de euros, sendo o BCP um dos principais credores da empresa.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1648338

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