O insucesso escolar, tanto em Portugal como em Espanha, alcança os seus valores máximos no ano inicial de cada ciclo de escolaridade, abrangendo uma faixa muito significativa de crianças e adolescentes. No presente artigo ensaia-se uma explicação deste fenómeno, com base num projecto de doutoramento dedicado à temática da transição entre etapas da educação básica, no qual se desenvolveu uma pesquisa qualitativa em cinco escolas de Lisboa e outras tantas de Madrid, complementada por uma exploração quantitativa, assente na análise sistemática de relatórios internacionais, estatísticas nacionais, documentos oficiais e peças jornalísticas. Depois de explicitar os processos metodológicos de (1) construção do objecto de estudo e de (2) recolha e análise dos dados, o artigo procura mostrar como a transição entre ciclos de ensino se estabelece como: (3) um processo de individualização, implicando riscos acrescidos de exclusão; (4) uma arena de conflito simbólico entre categorias profissionais sobre os próprios meios e fins da educação, gerador de hiatos de responsabilidade sistémica; e (5) uma plataforma privilegiada de observação dos sistemas educativos e de comparação internacional. - pdf em português
ABRANTES, Pedro. Perder-se e encontrar-se à entrada da escola: Transições e desigualdades na educação básica. Sociologia. [online]. maio 2009, no.60 [citado 22 Agosto 2010], p.33-52. Disponível na World Wide Web:
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