Militares da GNR manifestam-se hoje em Lisboa contra "a degradação" das condições de serviço e o "não cumprimento" de promessas do Governo, como negociação do estatuto profissional, num protesto liderado pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG).
Além da APG, a manifestação, que começa nos Restauradores e termina na Assembleia da República, conta também com a presença de guardas florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, Associação Nacional dos Sargentos da Guarda e Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), neste último caso em "solidariedade" com os militares da GNR.
O protesto foi convocado inicialmente pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações das Forças e Serviços de Segurança, que tinha previsto a presença de todas as suas estruturas - Associação dos Profissionais da Guarda, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima e Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
No entanto, apenas as duas primeiras organizações decidiram avançar com uma participação efectiva, depois de as restantes terem já iniciado negociações dos estatutos profissionais com as respectivas tutelas.
"Os únicos que ainda não receberam o projecto do estatuto profissional foi a APG", disse o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, José Manageiro.
Atraso "incompreensível" na revogação do estatuto profissional, falta de um horário de trabalho de referência, promoções em atraso e perda de direitos na saúde são os principais motivos alegados pela APG para participar na manifestação.
José Manageiro disse ainda que "o horário de escravatura da GNR" vai impedir muitos militares de participarem no protesto, que pretende ser "o espelho do descontentamento" da Guarda Nacional Republicana.
A APG é a associação mais representativa da GNR, com 16 mil associados, num universo de cerca de 25 mil guardas.
Público.pt - 31.03.09
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