Reparei que as pessoas (...) que deveriam estar no centro (dos debates do G20) estão todas na rua e mantidas à distância pela polícia: penso que é a imagem acabada da exclusão", afirmou Pillay, num encontro com a imprensa, em Genebra.

Pillay lamentou que a cimeira reúna apenas "20 Estados, quando se trata de um assunto no qual todos os países deveriam estar envolvidos uma vez que a crise mundial afecta todas as nações e deverá atingir principalmente, e de forma mais grave, os países em vias de desenvolvimento, e as pessoas pobres".

"Na qualidade de Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, diria que a política financeira não deveria apoiar os bancos mas os seres humanos, cujas preocupações deveriam estar no centro" dos debates, adiantou.

Segundo a responsável, a cimeira do G20 "deveria centrar-se de imediato nas preocupações dos trabalhadores e na população rural pobre".

O G20 foi criado em 1999 como resposta às crises russa e asiática e reúne os principais países industrializados e emergentes.
SIC Notícias - 02.04.09