O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, considerou hoje possível que Portugal inverta a situação económica que atravessa se o Governo alterar as políticas económicas e sociais em vigor, valorizando mais o factor trabalho e a criação de emprego.
"Se houver alteração das actuais políticas económicas e sociais, é possível dar resposta à situação económica que o país atravessa", disse Manuel Carvalho da Silva em conferência de imprensa.
"Mas se o Governo não alterar as políticas é de facto preocupante a perspectiva de agravamento da situação económica", acrescentou Carvalho da Silva.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou hoje as previsões para as principais economias mundiais, prevendo que a actividade das economias da zona euro recue 4,1 por cento este ano e a taxa de desemprego chegue aos 10,1 em 2010.
O relatório da OCDE prevê também que a dívida pública portuguesa pode atingir 85,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), depois de em 2008 ter ficado nos 70,7 por cento.
A CGTP tem vindo a defender nos últimos tempos a necessidade de mudança de políticas para assegurar o desenvolvimento do país, aliás, a "mudança de rumo" foi o lema da mega manifestação que a central sindical realizou em Lisboa a 13 de Março.
"É imperioso que haja uma mudança de rumo", disse o sindicalista aos jornalistas, defendendo a necessidade de serem apresentadas propostas dirigidas ao investimento.
Carvalho da Silva defendeu ainda a necessidade de não se desvalorizar o emprego e de se criar emprego em áreas cruciais para o desenvolvimento do país.
"Com a valorização do factor trabalho e do emprego é possível resolver muitos dos problemas do país", afirmou o sindicalista.
RTP - 31.03.09
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