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16/10/2009

Trabalhadores da Saint-Gobain Glass em vigília contra fim da actividade produtiva e despedimentos

Os trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal, em Santa Iria da Azóia, em Loures, vão fazer esta tarde uma vigília em frente às instalações da fábrica numa tentativa de travar o fim da actividade produtiva e a redução de postos de trabalho.

Com esta vigília, os trabalhadores tentam contrariar a intenção da administração da Saint-Gobain de acabar com a actividade produtiva em Portugal e tornar a empresa num entreposto comercial do vidro importado de outras fábricas do grupo, nomeadamente, de Espanha.

À TSF, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros, Rui Braga, mostrou o sentimento de frustação e revolta que os funcionários estão a sentir.

«Se recordamos as declarações do director-geral a 3 de Fevereiro, em que disse que o que estava em causa era a manutenção da empresa e a continuidade da produção, e que os [postos de trabalho] nunca foram postos em causa. Não é com agrado que os trabalhadores agora recebem esta notícia», disser.

Esta terça-feira, a empresa divulgou um comunicado em que referia que vai prolongar a paragem do forno da fábrica de Santa Iria de Azóia e que irá proceder a um plano de reestruturação da mesma, que «prevê a racionalização de 50 postos de trabalho», mas assegura que as actividades comerciais e logísticas da empresa serão mantidas.

Dos 125 trabalhadores efectivos da Saint-Gobain Glass Portugal, 35 já aceitaram a rescisão dos contratos e 40 vão continuar na empresa para assegurar as tarefas que não estão relacionadas com a produção de chapa de vidro.

Restam 50 trabalhadores que, caso não aceitam rescindir o contrato de imediato, a empresa tentará encontrar uma solução nos próximos dois meses noutras fábricas do grupo.

A vigília vai decorrer entre as 18:30 e as 21:00, precisou Rui Braga.

TSF - 16.10.09

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