De acordo com o sócio-gerente da empresa de Figueiró dos Vinhos, António Alves, «a empresa já não está a laborar. Algumas funcionárias acabaram há cerca de uma semana as últimas encomendas».
O despedimento colectivo foi justificado com a crise, mas sobretudo com a concorrência de mercados como a China, Marrocos, Índia e Paquistão, países com mão-de-obra mais barata e para onde se deslocam os pedidos de encomendas.
António Alves garantiu que os pagamentos aos trabalhadores, a esmagadora maioria mulheres, estão em ordem, «não se registando nenhum atraso», adiantando que quinta-feira está prevista uma reunião em Figueiró dos Vinhos para acordar o valor das indemnizações.
O Sindicato dos Têxteis e Vestuário do Centro garante que os trabalhadores da Crialme Donna foram surpreendidos com esta decisão.
O presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Rui Silva, afirmou que o encerramento da unidade fabril «é francamente mau para toda a região», mas tem esperança no surgimento de um novo investidor.
Rui Silva garantiu também que a sua autarquia vai apoiar os trabalhadores da Crialme Donna.
Em Março, a empresa de produção de roupa clássica para mulheres, que dava trabalho a 155 mulheres, anunciou a entrada em "lay off". Quatro meses depois, em Julho, a Crialme Donna iniciou a dispensa de metade dos trabalhadores.
TSF - 14.10.09
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