Uma delegação dos trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal foi hoje recebida no ministério da Economia, depois de se concentrarem pela manhã no Largo Camões e terem seguido para o ministério, onde 20 trabalhadores participaram numa vigília pelo emprego.
"Acabámos de ser recebidos no ministério da Economia e exigimos que o Governo dê uma resposta à preocupação dos trabalhadores a fim de evitar os despedimentos", disse à agência Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros, Rui Braga.
Segundo o dirigente sindical, "a situação quanto ao emprego dos trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal alterou-se de forma dramática".
Na terça-feira, a Saint-Gobain Glass Portugal informou que vai prolongar a paragem do forno da fábrica de Santa Iria de Azóia e que irá avançar com um plano de reestruturação que "prevê a racionalização de 50 postos de trabalho", embora tendo dito que vai manter as actividades comerciais e logísticas da empresa.
Cerca de meia centena de trabalhadores reuniram-se, então, em plenário junto à entrada da empresa, em Santa Iria de Azóia, Loures, depois de terem sido confrontados com o anúncio da redução de cerca de dois terços dos postos de trabalho.
"Já tínhamos alertado o Ministério da Economia para dar conta da situação que se vivia na empresa, mas nunca fomos recebidos pela tutela", acrescentou.
Rui Braga referiu ainda os trabalhadores vão "exigir esclarecimentos" sobre o futuro dos seus empregos e saber a posição que o Governo vai assumir em relação à multinacional francesa.
Há seis meses que os trabalhadores estão em "lay-off", suspensão temporária dos contratos de trabalho, período que deveria terminar no final de Outubro.
O dirigente sindical disse ainda que, depois da reunião no ministério da Economia, os trabalhadores deslocar-se-ão para a sede da CGTP, onde ao princípio da tarde vão reunir-se em plenário para decidir as formas de luta que irão tomar.
Os trabalhadores da Saint-Gobain Glass temem não voltar à laboração após o período de seis meses de suspensão temporária dos contratos de trabalho (´lay-off´), que deveria terminar no final de Outubro.
Os receios dos trabalhadores prendem-se com o facto de o forno que assegura a produção de chapa de vidro continuar sem ser reparado, o que inviabilizaria a retoma da produção e, consequentemente, o fim do ´lay-off´, a 31 de Outubro.
D.N. - 14.10.09
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