As tarifas eléctricas em 2010 deverão aumentar 2,9 por cento para os clientes finais, no Continente, para todas as categorias de consumidores, o que acontecerá pela primeira vez, segundo a proposta apresentada ontem pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, a subida será, respectivamente, de 2,7 e de 2,8 por cento.
No comunicado, a ERSE não justifica a adopção da inédita actualização única para domésticos, pequenas e médias empresas, indústria e grandes consumidores industriais, embora a medida tenda a gerar alguma reanimação do consumo eléctrico. A estimativa de quebra de consumo em 2009 é de três por cento. Com esta actualização, o défice tarifário é reduzido em 6,3 por cento, passando de 2019 milhões de euros para 1890 milhões de euros em 2010, sendo amortizados 129,2 milhões de euros. Os dados da ERSE indicam ainda que a manutenção do défice tarifário, montante que corresponde aos custos tarifários que em vez de terem sido aplicados foram diferidos para os anos seguintes, obrigará ao pagamento de 52,5 milhões de euros de juros, que serão, por sua vez, incluídos na tarifa de 2010. Para quem costuma pagar em média 39 euros de factura mensal de electricidade, o que acontece sobretudo ao grupo dos 5,3 milhões de consumidores domésticos, incluídos no grupo da baixa tensão normal, com contadores até 20,7 kVA, o impacto deste aumento corresponderá a mais 1,07 euros por mês, ou seja, “pouco mais de um euro”, sublinha a ERSE. Para uma factura média mensal de 25 euros, a actualização será de 1,01 euros por mês.
Público.pt - 15.10.09
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