Desirèe Luíse
Os trabalhadores da mineradora Vale no Canadá entraram no quarto mês de greve, nesta terça-feira (13). Aproximadamente 3,5 mil operários estão parados. Eles são contra alterações nos direitos trabalhistas. Após comprar mais de 75% da mineradora de níquel Inco em 2006, a Vale anunciou, neste ano, o desejo de mudar o sistema canadense de participação nos lucros.
Atualmente, os trabalhadores recebem um bônus dependendo do preço do níquel no mercado. No novo plano, a Vale quer estabelecer um teto e congelar os salários durante os próximos três anos, o que indignou os funcionários.
Os operários também discordam dos planos da Vale de terceirizar parte da produção da empresa. Questionam ainda a demissão de 250 trabalhadores e o direito ao seniority – aumento de benefícios proporcionais ao tempo de trabalho.
Assim, no dia 13 de julho, os operários de duas unidades da Vale-Inco resolveram entrar em greve. Em agosto, a unidade da baía de Voisev juntou-se às de Sudbury e Port Calborne. Outras unidades aderiram posteriormente.
Operários ligados ao sindicato United Steel Worker (USW 6500) fizeram, no domingo (11), uma manifestação no porto alemão de Brunsbüttel. Eles protestaram contra a chegada de um navio da Vale vindo do Canadá, que continha carregamento de cobre.
A Vale já anunciou que pretende cortar 900 postos de trabalho no mundo, sendo quase a metade deles no Canadá.
Brasil de Fato - 14.10.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
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