A CGTP promove hoje um "Dia Nacional de Protesto e Luta", contra o aumento do desemprego e precariedade e os cortes nas políticas sociais e salários, que deverá ficar marcado por manifestações em todos os distritos, greves e plenários.
"Vamos ter manifestações por todo o país, de grande dimensão, começando às 10:00 com duas grandes movimentações: uma em Viana do Castelo e outra em Setúbal e depois na parte da tarde em Lisboa e noutros distritos", disse Manuel Carvalho da Silva.
"A nossa preocupação é continuar numa linha que coloque na sociedade três grandes preocupações: uma é a denúncia da injustiça e da incoerência das políticas que têm sido seguidas, a segunda é manifestar perante isso o protesto e a indignação das pessoas, combater o amorfismo e a indiferença e evitar que sectores da sociedade caiam numa situação de ruptura e também de radicalismo", disse o líder sindical.
"Em terceiro lugar vamos avançar com propostas alternativas, forçando a sociedade à discussão de caminhos futuros. Vamos ter muitos milhares de trabalhadores por todo o país", completou Carvalho da Silva.
Questionado sobre se as manifestações de hoje vão motivar o poder político a sentar-se mais vezes à mesa de negociações com os sindicatos, Carvalho da Silva disse que são os cidadãos que moldam as políticas.
"Por muito que o poder político diga que não olha para a movimentação das pessoas, e dos trabalhadores em particular, hoje como no passado o que determina o futuro da sociedade é a mobilização dos cidadãos, homens e mulheres", disse o secretário-geral da CGTP.
"Quanto mais mobilização dos trabalhadores houver mais dinâmicas de atenção se gerarão na sociedade portuguesa e portanto mais perspectivas de mudança. É por isso que nós lutamos", completou.
De Bragança a Faro, todas as capitais de distrito serão palco de manifestações ou concentrações, assim como as regiões autónomas, à excepção de Castelo Branco, cuja concentração acontece na Covilhã.
Para Lisboa, a Intersindical convocou uma manifestação que terminará junto à residência oficial do primeiro-ministro e que será precedida por concentrações dos Trabalhadores da Administração Local e de Lisboa.
Apesar de muitas das federações sindicais da CGTP terem emitido pré-avisos de greve, totais ou parciais, nalguns casos os pré-avisos destinam-se a salvaguardar a participação dos trabalhadores nas manifestações e concentrações.
O dia de protesto foi marcado após a realização de "uma grande manifestação" nacional a 29 de Maio porque a CGTP considera que as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo não são inevitáveis, "são opções políticas profundamente erradas".
http://www.destak.pt/artigo/69327
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