A greve iniciada segunda-feira no consulado português em Toronto teve a adesão de 18 dos 19 trabalhadores (incluindo sete que, estando em férias, declararam expressamente suspendê-las para aderir à luta), reclamando uma revisão salarial justa, que compense as perdas de poder de compra sofridas com a desvalorização do euro. A este protesto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros respondeu, não com a reclamada negociação das compensações, mas com o envio de cerca de uma dezena de funcionários de Lisboa para Toronto.
O Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCDE) anunciou que vai apresentar queixa-crime contra o MNE e salientou, num comunicado citado anteontem pela agência Lusa, que os custos desta manobra ilegal quase chegariam para promover a actualização salarial prevista na lei. Sindicato e trabalhadores decidiram terça-feira suspender a greve, apresentando novo pré-aviso para a próxima semana (dias 13 a 16).
Em Nova Deli, na Índia, os funcionários do consulado português entraram também em greve na segunda-feira, por duas semanas. Um dos fortes motivos do protesto - que teve adesão total - é, aqui, a discriminação salarial de que são vítimas os trabalhadores indianos, que chegam a ganhar menos 1500 euros do que os portugueses, nas mesmas funções e níveis de desempenho.
Ambas as lutas são também contra a imposição de alterações nos horários de trabalho, sem negociação com os trabalhadores.
http://www.avante.pt/pt/1910/trabalhadores/109556/
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