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14/07/2010

Desempregados de longa duração aumentaram 38,4%

O número de desempregados de longa duração em Portugal assinalou um acréscimo de 38,4%. Já o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,6% em Junho, face a Maio, e aumentou 12,7% face ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com a informação mensal publicada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de Junho, encontravam-se inscritos nos Centros de Emprego do Continente e das Regiões Autónomas 551.868 desempregados, mais 62.048 indivíduos do que um ano antes.

Em Junho existiam menos 8.883 indivíduos desempregados do que em Maio.

O desemprego registado manteve assim, de acordo com o IEFP, uma "tendência decrescente", com desaceleração do crescimento do desemprego pelo oitavo mês consecutivo.

Segundo o IEFP, o desemprego subiu em ambos os géneros face a Junho de 2009, em particular nos homens, onde o número de desempregados subiu 13,5 por cento, enquanto nas mulheres o valor avançou 12 por cento.

Por grupo etário, o aumento do desemprego ocorreu tanto nos jovens como nos adultos (menores de 25 anos), com subidas de 2 por cento e 14,2 por cento, respectivamente.

Mais 38,5% de desempregados de longa duração

Quanto ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, os inscritos há menos de um ano apenas subiram 0,4 por cento, enquanto que os desempregados de longa duração assinalaram um acréscimo de 38,4 por cento (para 218.917 pessoas).

A procura de um novo emprego - que justificou em Junho o registo de 93,1 por cento dos desempregados - aumentou 12,3 por cento face ao mês homólogo de 2009, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 17,2 por cento.

De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas os aumentos percentuais mais elevados verificaram-se ao nível do ensino secundário e do 3º ciclo do ensino básico, com subidas de 21,6 e 14,9 por cento, respectivamente.

Os inscritos no IEFP em situação de indisponibilidade temporária, ou seja, que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de saúde, aumentou 25,2 por cento em Junho, face ao mesmo mês de 2009, para 17.195 pessoas.

O número de desempregados inscritos como "ocupados" (a frequentarem programas especiais de emprego), por sua vez, caiu 2,1 por cento para 26.226 indivíduos.

O "fim de trabalho não permanente", continua a ser o principal motivo de inscrição dos desempregados, com 18.215 inscritos ao longo do mês de Junho, seguido do motivo "despedido", com 7.900 inscritos.

http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1618211

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