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15/07/2010

Luta sem férias

Uma grande jornada de luta, a 29 de Setembro, e uma grande assembleia de dirigentes e activistas, no dia do 40.º aniversário da CGTP-IN, destacam-se no calendário da central, no quadro de uma acção atenta, estruturada e contínua.

O Conselho Nacional da CGTP-IN decidiu anteontem realizar, no dia 29 de Setembro, uma grande jornada de luta, com greves e paralisações, em moldes a definir pelos trabalhadores nos seus sectores e num forte espírito de unidade na acção, que terminará com duas grandes concentrações, na parte da tarde, em Lisboa e no Porto. Esta jornada tem objectivos próprios - pelo emprego, salários, serviços públicos; contra o desemprego e as injustiças -, mas está plenamente integrada no «dia europeu de acção» convocado pela Confederação Europeia de Sindicatos, como se refere nas conclusões apresentadas em conferência de imprensa, pelo secretário-geral da central, na terça-feira à tarde.

A grande assembleia de dirigentes e activistas sindicais, no dia 1 de Outubro, insere-se no programa de comemorações do 40.º aniversário da CGTP-IN e nela a Intersindical Nacional pretende que se faça a afirmação do seu projecto sindical, assumir os compromissos necessários para lhe dar continuidade e afirmar os compromissos de acção e luta sindicais nos tempos próximos.

Todas as formas

A situação dos trabalhadores e do País e as perspectivas da sua evolução exigem da CGTP-IN que esteja sempre em aberto a hipótese de utilização de todas as formas de luta possíveis. O Conselho Nacional adianta que estas serão utilizadas para rentabilizar e potenciar a capacidade de intervenção e luta das trabalhadoras e dos trabalhadores portugueses, tendo presentes as suas condições e disponibilidades objectivas, a capacidade e determinação dos dirigentes e activistas sindicais para o desenvolvimento do seu trabalho, a avaliação da situação económica e social do País e do contexto político em cada momento.

O órgão dirigente da Inter decidiu realizar, de forma estruturada e contínua, uma acção atenta de denúncia das injustiças, dando corpo e expressão aos justos protestos dos trabalhadores e do povo, de combate ao amorfismo e às inevitabilidades, de afirmação de solidariedade em defesa dos direitos dos desempregados e de camadas da população que são empurradas para a pobreza ou espoliadas de direitos fundamentais. O CN assinala que esta acção terá de se prolongar por muito tempo e exige acções sindicais e de luta de carácter muito diferenciado.

Desde já, e incluindo o período de férias, a central vai intensificar o trabalho de informação, esclarecimento, acompanhamento e mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores. Logo a partir do final de Agosto, será desenvolvido um intenso e organizado trabalho sindical nas empresas e serviços, concretizando uma acção sindical de resposta aos problemas concretos e de concretização dos processos reivindicativos em curso - trabalho sustentado num grande esforço de unidade na acção entre todos os trabalhadores e com as organizações sindicais disponíveis para convergir neste processo.

A Inter procurará influenciar a agenda política nacional, através da afirmação dos conteúdos das suas propostas - nomeadamente, quanto ao relançamento de actividades produtivas e à reindustrialização do País, ao aumento das receitas do Estado e ao corte em despesas desnecessárias e nos gastos que alimentam compadrios e corrupção - e por via da acção sindical desenvolvida. Um objectivo já indicado é evitar que o clima de dupla pré-campanha eleitoral provoque a secundarização dos problemas dos trabalhadores e do povo.

http://www.avante.pt/pt/1911/trabalhadores/109649/

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