De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em 2009, relativo aos rendimentos de 2008, a taxa de risco de pobreza caiu 0,6 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior, com o risco de pobreza nos idosos a evoluir de forma mais favorável: de 22,3 por cento em 2007 para 20,1 em 2008.
Já as famílias com crianças dependentes mantiveram o risco observado em 2007: 20,6 por cento.
O maior risco de pobreza verificou-se em agregados constituídos por dois adultos com três ou mais crianças a cargo (42,8 por cento), mais de dez pontos percentuais acima dos 32 por cento registados em 2007.
O risco de pobreza agravou-se também para a população desempregada (de 34,6 por cento para 37 por cento), mas diminuiu no caso dos reformados, passando de 20,1 para 17,4 por cento.
O impacto das transferências sociais, excluindo pensões, na redução do risco de pobreza foi de 6,5 pontos percentuais, acima dos seis pontos percentuais registados em 2007.
Se fossem contabilizados apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 41,5 por cento dos portugueses estariam em risco de pobreza, um valor idêntico ao de 2007.
A desigualdade manteve-se praticamente idêntica, com os 20 por cento da população com maiores rendimentos a ganharem seis vezes mais do que os 20 por cento mais pobres (6,1 no ano anterior).
Mas se fossem considerados apenas 10 por cento da população com maiores rendimentos face aos 10 por cento com menos rendimentos, o rácio subiria para 10,3 (10,0 no ano anterior), segundo o INE.
O número de pessoas que vivem em situação de privação material aumentou de 22,4, em 2007, para 23,0 por cento, em 2008. Em 2006, esse valor era de 20 por cento
Este novo indicador considera que se encontram em privação material as pessoas em que se verificam pelo menos três das seguintes dificuldades: pagamento de despesas inesperadas, pagamento de uma semana de férias fora de casas, atraso no pagamento de rendas e outras prestações, incapacidade de fazer uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias, incapacidade de aquecer a casa e falta de máquina de lavar roupa, televisão, telefone ou automóvel por dificuldades económicas.
A taxa de sobrecarga das famílias com despesas de habitação subiu de 7,4 para 8,2 por cento.
http://www.destak.pt/artigo/69979
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