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16/07/2010

Presidente da Cáritas diz que dados da pobreza não reflectem realidade

Num comentário aos dados que falam numa diminuição do risco de pobreza, o presidente da Cáritas disse que estão desactualizados, porque no último ano e meio a situação agravou-se.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o risco de pobreza diminuiu entre 2007 e 2008 de 18,5 para 17,9 por cento, mas aumentou no caso dos desempregados.

O presidente da Cáritas avisou que «as taxas de pobreza e de risco de pobreza são maiores», por causa dos níveis do desemprego, que atingem os valores mais altos dos últimos tempos.

«Todos os indicadores que temos, não só a nível da Cátitas, mas ao nível de outras organizações», dão conta de que em 2009 e 2010 o número de «pessoas em risco ou mesmo em situação de pobreza» se agudizou, devido à «crise global», que está a «atingir de forma muito dramática» Portugal, acrescentou.

Eugénio Fonseca sugeriu que sejam analisados antes os dados estatísticos dos serviços da Segurança Social, em vez de se esperar pelos números do INE, já que os primeiros, acrescentou, estão mais próximos da realidade.

O padre José Manuel Almeida, secretário da Pastoral Social da Confederação Episcopal Portuguesa, falou num risco de crise de humanidade social, chamando a atenção para o «aumento significativo de pessoas que procuram apoio nas instituições ligadas a Igreja».

O padre acrescentou que a «ligeira diminuição» da pobreza em 2007 «possibilitou que o agravamento que entretanto se verificou pudesse ser mais contido».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1619330

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