A casa da Associação Sol está preparada para receber onze crianças, mas os pedidos de todo o país multiplicaram-se e, por isso, neste momento, acolhe 22, sendo que o Estado só dá apoio a onze, disse à TSF a directora, Inês Gonçalves.
A associação vive em grande parte de donativos, mas as contribuições têm quebrado com a crise, enquanto os gastos não se podem diminuir, alertou a directora. «Tudo o que outra qualquer criança tem direito elas também têm», explicou.
A casa Sol recebe pedidos de admissão de crianças por parte do Estado, mas a contrapartida nunca chegou a ser actualizada.
Inês Gonçalves contou que tem pedido ao Estado o aumento do apoio monetário, já que são os serviços estatais que pedem a entrada das crianças.
Perante a lotação e a falta de verbas, a associação vê-se obrigada a recusar vários casos problemáticos, como o de duas crianças seropositivas que foram violadas e que estão a viver na rua.
O caso não é novo, mas nunca deixou de ser acompanhado pelas entidades competentes, garantiu à TSF o presidente do Instituto de Segurança Social.
Segundo Edmundo Martinho, nos últimos dois anos o instituto a que preside tem trabalhado em conjunto com a Associação Sol para resolver o problema com novas instalações.
No entanto, e dada a demora, a Segurança Social só tem feito a contribuição prevista no protocolo inicial, ou seja, para onze crianças.
Edmundo Martinho elogiou o esforço da associação e adiantou que há abertura para uma actualização das verbas, com «efeito retroactivo», já nas «próximas semanas».
A Sol é a única associação que trabalha com crianças infectadas ou afectadas pelo vírus da Sida.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1619401
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