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17/06/2009

Portugueses acreditam que sector privado é o mais corrupto do país

O Barómetro Internacional sobre corrupção revela este ano um dado novo: o sector privado é apontado como o ramo mais corrupto por metade dos países inquiridos. Robin Hodess, directora da pesquisa da Transparency International disse ao i que a descrença no sector privado "é consequência da crise financeira que a maioria dos países está a atravessar". Em Portugal, 33% dos inquiridos partilha da opinião de que o sector privado é o mais corrupto. A investigadora acredita que a falta de transparência das empresas e os casos de corrupção noticiados são factores essencais para esta tomada de posição.

O estudo revela também que a confiança dos portugueses nas políticas do Governo para combater a corrupção não chega aos 30%. Para reverter esta realidade, Hodess aconselha a cooperação entre nações para "regular os mercados internacionais e promover a transparência das instituições".

O responsável pelo estudo, Cobus de Swardt, considera que "nunca estivemos tão preparados para lutar contra a corrupção como agora, altura em que conhecemos as suas desastrosas consequências". Em declarações ao i, o fiscalista Saldanha Sanches acredita que a corrupção "não mata a economia de um país, mas a abala as suas intituições".

No estudo foram analisadas as várias formas de corrupção. O suborno, uma das mais comuns, revela dados surpreendentes: uma em cada dez pessoas assume que já subornou alguém no último ano. Mas, por outro lado, 50% dos inquiridos mostra-se disposto a pagar mais para comprar a companhias "livres de corrupção". Marta Cerqueira
Ionline.pt - 17.06.09

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