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17/06/2009

Trabalhadores da Real Cerâmica reclamam 160 mil euros de salários em atraso

Os 84 trabalhadores da Real Cerâmica, situada em Antanhol, Coimbra, reunidos hoje em plenário, decidiram reclamar junto da administração da empresa cerca de 160 mil euros de salários em atraso, disse fonte sindical.

"Os trabalhadores vão reclamar os salários em atraso à administração", diz António Moreira, coordenador da união de Sindicatos de Coimbra.

No plenário ficou decidido que os operários da Real Cerâmica - fábrica que parou a laboração em Dezembro, devido à falta de encomendas - vão deslocar-se na próxima semana às instalações da empresa para reclamar o montante dos vencimentos em dívida.

O protesto está agendado para o início da manhã de 24 de Junho e, de seguida, os trabalhadores deslocam-se ao Governo Civil e Câmara Municipal de Coimbra.

O sindicalista contesta o "silêncio" da administração da Real Cerâmica que, em Maio, admitiu avançar com um pedido de insolvência da empresa.

"Afinal não apareceram parceiros, nem clientes nem encomendas, nem o pedido de insolvência entrou", explica António Moreira.

A 22 de Maio, igualmente durante um plenário, os trabalhadores da Real Cerâmica decidiram reclamar os créditos assim que o pedido de insolvência da empresa desse entrada em tribunal. Na mesma altura, e embora manifestasse esperança no aparecimento de um investidor interessado, a estrutura sindical reconhecia essa dificuldade, por experiências similares.

A Real Cerâmica parou a laboração em Dezembro, devido à falta de encomendas, tendo os trabalhadores suspendido os contratos em resposta aos atrasos no pagamento dos salários de Outubro, Novembro e subsídio de Natal.

Criada há 31 anos, a empresa produz cerâmica decorativa e cerâmica de século, exportando mais de 95% dos produtos.

oje.pt - 16.06.09

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