"Os trabalhadores vão reclamar os salários em atraso à administração", diz António Moreira, coordenador da união de Sindicatos de Coimbra.
No plenário ficou decidido que os operários da Real Cerâmica - fábrica que parou a laboração em Dezembro, devido à falta de encomendas - vão deslocar-se na próxima semana às instalações da empresa para reclamar o montante dos vencimentos em dívida.
O protesto está agendado para o início da manhã de 24 de Junho e, de seguida, os trabalhadores deslocam-se ao Governo Civil e Câmara Municipal de Coimbra.
O sindicalista contesta o "silêncio" da administração da Real Cerâmica que, em Maio, admitiu avançar com um pedido de insolvência da empresa.
"Afinal não apareceram parceiros, nem clientes nem encomendas, nem o pedido de insolvência entrou", explica António Moreira.
A 22 de Maio, igualmente durante um plenário, os trabalhadores da Real Cerâmica decidiram reclamar os créditos assim que o pedido de insolvência da empresa desse entrada em tribunal. Na mesma altura, e embora manifestasse esperança no aparecimento de um investidor interessado, a estrutura sindical reconhecia essa dificuldade, por experiências similares.
A Real Cerâmica parou a laboração em Dezembro, devido à falta de encomendas, tendo os trabalhadores suspendido os contratos em resposta aos atrasos no pagamento dos salários de Outubro, Novembro e subsídio de Natal.
Criada há 31 anos, a empresa produz cerâmica decorativa e cerâmica de século, exportando mais de 95% dos produtos.
oje.pt - 16.06.09
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