Mais de 50 funcionários da Facol estão em greve há 15 dias. Reclamam salários em atraso desde Novembro de 2008. Por isso, decidiram avançar com uma manifestação que até vai passar pela residência dos próprios patrões.
Muitos trabalham na fábrica de Lourosa, em Santa Maria da Feira, há mais de 30 anos e admitem que a unidade está «com problemas há mais de dois anos, período no qual já recorreu a várias suspensões temporárias do horário de trabalho (lay-off)».
A Facol já terá avançado com um processo de insolvência, que levou a fábrica a dispensar os trabalhadores, mas «sem perda de remuneração e direitos», diz a Lusa.
Os trabalhadores não confiam. Dizem que a «desculpa» dos patrões é a do costume: «não há dinheiro». Mas sabem, também, «que se trata de uma família com posses, que vive muito bem». Por isso, sublinham, «vamos reclamar à porta de onde eles vivem».
Alírio Martins, do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, disse que a marcha dos trabalhadores da Facol arrancou às 08h30, nas instalações da fábrica, mas vai incluir uma manifestação junto à residência dos proprietários da empresa e ainda uma passagem pela Junta de Freguesia e pelo Centro de Saúde de Lourosa.
Em causa estão «problemas de partilhas entre os irmãos [que são accionistas da Facol]», dizem os trabalhadores, afastando assim a ideia de que a culpa é da crise.
Recorde-se que a greve dos trabalhadores começou no passado dia 4 de Junho. Em causa está o pagamento dos salários de Novembro e Dezembro de 2008, os subsídios de férias e de Natal (também do ano passado), e dos ordenados de Janeiro, Fevereiro, Abril e Maio de 2009.
TVI24 - 16.06.09
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