Os principais sindicatos da PSP vão fazer segunda-feira uma vigília junto à Presidência da República para denunciarem os “erros na política de segurança” e demonstrarem o descontentamento ao projecto de estatuto profissional, foi hoje anunciado.
Numa iniciativa do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), a vigília conta, para já, com a adesão da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) e Sindicato Unificado da Polícia (SUP), estruturas que hoje estiveram reunidas para prepararem a iniciativa.
O presidente da SINAPOL, Armando Ferreira, disse à agência Lusa que na ocasião os sindicatos vão entregar na Presidência da República uma missiva, na qual vão denunciar “todo o mal que nos últimos quatro anos os polícias estiveram sujeitos”, além dos “erros na política do Governo de José Sócrates para a área da segurança”.
Os sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) contestam também o projecto de novo estatuto profissional apresentado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e acusam o Governo de “falta de abertura” para negociar o documento.
Enquanto o MAI garante que o processo negocial com os sindicatos “ainda não está encerrado” e que o projecto está em apreciação por parte do Governo, os sindicatos dizem que a última reunião foi em Abril.
Além da “reabertura” do processo negocial, os sindicatos exigem igualmente que a actividade policial deixe de ser equiparada aos funcionários públicos, desbloqueamento das carreiras e dos escalões, alargamento dos serviços de saúde aos familiares e limite da aposentação aos 36 anos de serviço.
Armando Ferreira adiantou que na missiva vão também manifestar a preocupação com as agressões aos polícias e com as alterações ao Código de Processo Penal.
Se depois da vigília, que se realiza entre as 17h30 e as 20h00 de segunda-feira, o processo negocial com o MAI não for retomado, as jornadas de luta por parte dos polícias vão continuar, ameaçou o presidente do SINAPOL.
Armando Ferreira sublinhou que está já previsto uma demonstração semanal de descontentamento em todos os pontos do país.
“Em todos os locais por onde vão passar o primeiro-ministro e representantes do MAI, os polícias vão estar com faixas e cartazes para chamar a atenção para a situação dos polícias”, disse
Público.pt - 18.06.09
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