Na corticeira Facol, em Lourosa, os 50 trabalhadores cumprem, desde dia 4, um período de greve por tempo indeterminado, com concentração permanente à porta da empresa, para exigirem o pagamento dos salários em atraso desde Novembro do ano passado até agora, e dos subsídios de férias e de Natal de 2008. Há oito meses sem receber, os operários decidiram esta luta depois de a administração ter falhados os compromissos que tinha assumido durante a anterior greve. |
Luta nos bingos
Uma concentração de trabalhadores do bingo do Belenenses estava prevista para anteontem, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, para exigir o pagamento dos salários de Maio e que lhes fossem dadas garantias quanto ao pagamento dos salários deste mês. No bingo do Estrela da Amadora, cansados de receberem as remunerações a prestações, os trabalhadores decidiram empreender um conjunto de acções, tendo-se a primeira concretizado no sábado, com a distribuição de um documento aos clientes, onde se alerta para as dificuldades financeiras do clube que estão a comprometer cerca de 50 postos de trabalho, revelou um grupo de trabalhadores que se concentrou diante daquele bingo, no dia 6. No Casino da Figueira da Foz, a administração decidiu despedir 20 trabalhadores, revelou, num comunicado de dia 3, o Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria do Centro, que acusou a entidade patronal de se aproveitar da crise para proceder a «uma limpeza». |
INAPAL
A greve dos trabalhadores da INAPAL, em Palmela, iniciada segunda-feira e que se prolongará até dia 10, registou uma adesão de 90 por cento, no primeiro dia, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas, Sinquifa/CGTP-IN. Os trabalhadores reclamam actualizações salariais justas e melhores condições de saúde, higiene e segurança no trabalho, motivo que os levou a apelar à intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho. |
Consulados
A greve nos consulados e nas missões diplomáticas, de dia 4, «foi um sucesso», anunciou o Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas, que revelou uma adesão acima dos 80 por cento, num universo de cerca de 1600 trabalhadores. A greve deveu-se aos atrasos de meio ano nas actualizações salariais, e foi um protesto contra a situação de «off-shore laboral» em que se encontra o seu estatuto profissional. Com a nova legislação para a Função Pública, estes trabalhadores perdem o vínculo público e deixam de ser regulados pelo direito laboral e social português, através de uma reforma que é, para o sindicato, «um regresso ao passado». |
Portugália
A greve de dez dias, iniciada, dia 4, pelos pilotos da Portugália, e que se prolongará até dia 13, obrigou ao cancelamento de vários voos nos primeiros dias, revelou, dia 5, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil. Estes pilotos já cumpriram, este ano, uma greve de seis dias, com o igual propósito de exigir um regulamento que garanta a segurança efectiva dos voos e respeite os períodos de descanso dos pilotos. |
Precariedade
Milhares de contratados a prazo no Ministério da Saúde estão na iminência do despedimento, no fim deste mês, sem que a tutela dê resposta ao problema, acusou, num comunicado de dia 3, a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, que exigiu a integração imediata destes trabalhadores nos quadros.
Com recibos verdes desde 2004 estão os 13 trabalhadores do Instituto Português de Acreditação, que também reivindicaram, no plenário do dia 4, a passagem à efectividade por via da abertura de um concurso, revelou o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores. Nas delegações distritais da Autoridade para as Condições de Trabalho, em Castelo Branco, há igualmente trabalhadores a recibos verdes, «contrariando a legislação em vigor», revelou o sindicato.
Avante - 12.06.09
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