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14/06/2009

Fusões e falências na banca espanhola

Crédito malparado vai chegar a 8%; Madrid anuncia fundo de reestruturação de 90 mil milhões.

Fusões, sobretudo de caixas de aforro, aumentos de capital ou, em desespero, intervenções do Estado - o Verão promete ser escaldante para o sistema bancário espanhol, onde o crédito malparado deverá duplicar, alcançando 8% dos activos, devido ao rebentar da bolha do imobiliário e ao agravamento do desemprego. "Só vão sobreviver as instituições mais fortes ou as que foram mais cautelosas na gestão do risco", adverte o Financial Times. A situação é particularmente preocupante entre as cajas de ahorro, "politizadas, que financiam projectos locais de interesse discutível e têm uma elevada exposição do 'tijolo', devido à concessão de empréstimos a promotores e a particulares". Já há alguns sinais de que o mercado vai entrar em ebulição: a Caja Castilla La Mancha teve de ser resgatada pelo Governo, a Caja España e a Caja Duero assinaram um acordo para a sua fusão e a Cajasur e a Caja Murcia já iniciaram conversações. Mas como o pior ainda está para vir, Madrid anunciou já a criação de um fundo de 90 mil milhões de euros para reforçar os recursos próprios da banca. Só não se sabe ainda em que moldes.

D.N. - 14.06.09

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