A crise chegou ao emprego na segunda metade do ano passado. Foram destruídos postos de trabalho, o desemprego aumentou e há cada vez mais pessoas a desistir de procurar uma nova ocupação.
Os números anuais ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda são positivos - a taxa de desemprego de 7,6% surpreendeu pela positiva, numa altura em que a crise económica já se começava a sentir -, mas no final de 2008 verificou-se um agravamento da situação, perspectivando um aumento do desemprego em 2009.
Durante o último semestre do ano passado desapareceram mais de 51 mil postos de trabalho, mas nem todos os trabalhadores afectados foram dados como desempregados. A população activa diminuiu e a inactiva aumentou, o que significa que muitos desempregados deixaram de procurar um lugar ao sol no mercado de emprego.
Só nos últimos três meses de 2008, quando se destruíram 20 mil postos de trabalho, perto de 16 mil pessoas terão passado à situação de inactividade e apenas quatro mil estavam contabilizadas como desempregadas e tinham feito diligências para encontrar uma nova oportunidade de trabalho. Os dados ontem divulgados revelam ainda que o número de inactivos desencorajados também teve um aumento significativo.
Jornal de Negócios - Raquel Martins e Helena Garrido - 18.02.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
18/02/2009
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