Não há uma explicação oficial, o problema vai ser investigado, mas tudo indica que é a diferença entre o número de rastreios que justifica o facto de no sul do país, quem vive em Lisboa ou Vale do Tejo, ter mais hipóteses de sobreviver a um cancro do que se habitar numa outra região.
A conclusão vai ser apresentada, esta manhã, nas jornadas do Registo Oncológico do Sul.
O cancro da próstata é um dos tumores com grandes diferenças regionais nas taxas de sobrevivência.
Em 2001 a doença foi diagnosticada a mais de 4.000 homens na região Sul do país. Cinco anos depois, 85 por cento dos doentes de Lisboa e Vale do Tejo continuavam vivos. No Alentejo e Madeira, a percentagem desce para 70 por cento.
As maiores hipóteses de sobrevivência na região de Lisboa repetem-se noutros tipos de cancro com diferenças significativas. A directora do Registo Oncológico Regional do Sul, Ana Miranda, diz que é preciso estudar o fenómeno.
A culpa, tudo indica, será da falta de rastreio. Os doentes chegam tarde ao hospital. A Directora do Registo Oncológico Regional afirma que nada aponta para falhas nos tratamentos.
O Registo Oncológico Regional do Sul promete estudar o fenómeno para perceber e apresentar soluções que resolvam as desigualdades regionais na sobrevivência ao cancro.
Nas jornadas que decorrem esta quarta-feira, em Lisboa, a presidente do registo oncológico do sul do país, Ana Miranda, vai revelar ainda que Portugal é um dos países europeus onde surgem mais tumores em crianças.
Ana Miranda considera a situação preocupante e reconhece que não estava à espera deste dado.
Esta conclusão é muito recente e por este motivo não existe ainda uma explicação para o facto de Portugal ser um dos países europeus onde há mais casos de cancro entre as crianças.
TSF - 18.02.09
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