A maior fabricante automóvel dos EUA anunciou hoje que tenciona cortar 47 mil postos de trabalho em todo o mundo para garantir a sua sobrevivência.
A General Motors (GM) está a tentar obter 16,6 mil milhões de dólares (13,1 mil milhões de euros) em novos empréstimos, mais do dobro da ajuda que recebeu até agora do Estado, tendo anunciado que necessita de dinheiro já no mês que vem, caso contrário poderá não conseguir chegar ao fim de Março.
Segundo a empresa, são necessários créditos de mais 9,1 mil milhões de dólares para garantir que consegue concluir a sua reestruturação, que inclui a supressão de 47 mil postos de trabalho, embora esta soma possa aumentar para 16,6 mil milhões de dólares. Desde Dezembro, a GM recebeu 13,4 mil milhões em empréstimos estatais.
Ontem, a sua rival Chrysler, que também recebeu dinheiro do Estado em Dezembro, anunciou que está a tentar obter um novo crédito de cinco mil milhões de dólares e que irá despedir mais três mil colaboradores.
Ambas as fabricantes automóveis cumpriram na terça-feira a data-limite que havia sido estabelecida pelo Governo norte-americano para apresentarem planos de reestruturação do seu negócio, caso contrário teriam de devolver os 17,4 mil milhões de dólares que receberam até agora em empréstimos por parte do Estado. Agora, as duas empresas têm que demonstrar até ao próximo dia 31 de Março que podem tornar-se rentáveis, caso queiram manter o dinheiro recebido.
Na sessão de ontem em Wall Street, as acções da GM perderam 13% para os 2,18 dólares.
Diário Económico - Pedro Duarte - 18.02.09
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