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14/06/2010

Falta de enfermeiros pára ambulâncias em Moura e Elvas

Sindicato diz que  a situação é caótica  e acusa INEM e ministério de se preocuparem mais com a contenção de gastos
A falta de enfermeiros vai obrigar as ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV) a ficarem paradas em Moura e Elvas pelo menos até ao fim do mês. A situação ameaça alastrar-se a outras zonas do País, como alertou ao DN Pedro Frias, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
"Temos tido várias reuniões com o Ministério da Saúde e com o conselho directivo do INEM, mas parece que estão mais interessados na contenção de gastos do que na saúde dos portugueses", realçou Pedro Frias.
Até ao final do mês, em Moura - só existem dois enfermeiros -, em 12 dias a SIV não estará operacional durante vários turnos a partir de terça-feira, enquanto em Elvas - estão escalados apenas três - os dias 23 e 25 serão os afectados.
Para o funcionamento de cada SIV deveriam existir cinco enfermeiros. "Isso não acontece com nenhuma destas ambulâncias em Portugal", garantiu Pedro Frias.
A situação ameaça tornar-se ainda mais caótica quando os enfermeiros que são requisitados procurarem antes a estabilidade dos locais onde estão empregados, abandonando a incerteza das SIV, pois o INEM não os torna efectivos, segundo alertou o dirigente sindical.
No caso de Odemira, "os dois enfermeiros chegam a assegurar turnos de 24 horas seguidas cada um". "Há falta de recursos humanos. Tem sido uma gestão incompetente por parte do INEM. Não contrata enfermeiros e não coloca os que lá estão a efectivos", salientou. Acrescentou ainda que o concurso aberto em Dezembro acabou por não avançar.
"Não podemos esquecer-nos de que as SIV foram a forma encontrada de colmatar o encerramento de vários serviços de atendimento permanente (SAP)", frisou.
Outra situação que o SEP está a alertar é para a escassez de enfermeiros no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa. Os enfermeiros subcontratados, a recibo verde, "não recebem desde o início do ano" e Pedro Frias assegurou que sem receber há quase seis meses "estes profissionais recusam continuar a trabalhar, a fazer estas horas a mais".
Como consequência, o atendimento no CODU vai ficar sem enfermeiros durante oito dias (não consecutivos) até ao final do mês, durante alguns turnos, como já aconteceu no dia 8 e no sábado (entre as 16.00 e as 00.00).

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1592687&seccao=Sul

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