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16/06/2010

Desemprego: Taxa apontada pela OCDE sobe, mas número de inscritos nos centros de emprego desce

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 1,8 por cento em maio, em relação ao mês anterior, enquanto os últimos dados da OCDE apontam para uma taxa de desemprego de 10,8 em Abril.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Portugal tinha em Março 10,6 por cento da população ativa no desemprego, o valor mais elevado dos últimos 20 anos.
No mês passado o desemprego voltou a subir em Portugal tornando-se no quarto país da OCDE com a taxa de desemprego mais elevada, sendo apenas ultrapassado pela Espanha (19,7 por cento), Eslováquia (14,1 por cento) e Irlanda (13,2 por cento).
No início do mês, a primeira estimativa do Eurostat para a taxa de desemprego em Portugal em abril também aponta para um novo máximo de 10,8 por cento.
Este valor surpreendeu o Governo, na ocasião, levando o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Valter Lemos, a contrapor este valor com a tendência de queda observada em abril no número de inscritos nos centros de emprego.
Os dados do IEFP relativos ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego em abril referiam uma descida de 0,2 por cento nos desempregados registados o que levou o secretário de estado a considerar que esta tendência se iria acentuar e que a taxa estimada pelo Eurostat iria ser revista em baixa.
No mês de maio, a descida foi de 1,8 por cento, o que é geralmente associado às atividades sazonais ligadas quer à Agricultura, quer ao Turismo. A descida nos números do desemprego deve, por isso, acentuar-se em Junho.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego observada no primeiro trimestre fixou-se nos 10,6 por cento.
Os dados do IEFP referem-se ao número de desempregados que em cada mês estão inscritos nos centros de emprego para obter subsídio de desemprego ou para encontrar um posto de trabalho.
Os "desempregados desencorajados", ou seja, os desempregados que não estão inscritos nos centros de emprego, não estão incluídos neste registo.
O Governo estima que Portugal chegue ao final do ano com uma taxa de desemprego de 9,8 por cento, projetando que a recuperação do mercado laboral se dê com mais intensidade no segundo semestre.

http://www.destak.pt/artigo/67014

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