O secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, afirmou hoje, no Barreiro, que se assiste ao «maior roubo organizado da história da humanidade», considerando que «o dinheiro de todos foi mobilizado para colmatar as dívidas dos privados»
«Estes bloqueios em que estamos, a que se chama crise merecem reflexão. Vivemos o maior roubo organizado da história da humanidade. Durante décadas, os privados acumularam riqueza de forma desmedida, mas também acumularam dívidas», afirmou.
«O que se expressou de há dois anos para trás foi uma identificação dessas dívidas e para colmatar as dívidas privadas foi mobilizado o dinheiro de nós todos. A segunda fase da operação foi transferir essas dívidas para os orçamentos do Estado», acrescentou.
Carvalho da Silva, que esteve no Barreiro numa visita ao concelho e numa reunião sobre o desenvolvimento a convite da autarquia, considerou que o governo «elimina o direito de subsídio de desemprego direito de protecção social» para depois «apresentarem propostas precárias e dizerem que é melhor do que não ter nada».
O sindicalista defendeu que são necessárias «grandes roturas e mudanças», apelando à participação dos mais jovens.
«A participação vai ser decisiva e os mais jovens vão ser a pedra de toque da mudança», defendeu.
O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto (PCP), explicou que os problemas centrais do concelho são o emprego, o desenvolvimento económico e a criação de riqueza, que nesta altura são «a prioridade das prioridades».
«O Barreiro perdeu 18 mil habitantes em 20 anos, o fecho de empresas foi significativo e os jovens abandonaram o concelho. Temos que combater a crise e devolver a esperança, sustentada na capacidade de fazer propostas concretas», disse.
Na ocasião o vereador do Urbanismo, Rui Lopo, apresentou o Plano Prévio de Urbanização da Quimiparque, considerando que será uma reconversão urbanística, que vai focar «o emprego moderno, qualificado, que trace o futuro do Barreiro neste século».
Rui Paixão, da União de Sindicatos de Setúbal, afirmou que o projecto do Barreiro é «contra a corrente dominante», pois aposta no investimento e na criação de riqueza.
«O Governo só tem olhos para o corte na despesa publicam nos salários e direitos dos trabalhadores. O principal problema dos sindicatos é resolver o problema do emprego, pois não há solução da crise sem a solução do emprego», afirmou.
O sindicalista referiu que em Abril do corrente ano eram mais de 45 mil os desempregados no distrito, o que corresponde a cerca de 12 por cento da população activa e que no Barreiro o número de desempregados era de 4571, mais 454 que no ano anterior, o que significa um aumento superior a um desempregado por dia.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=176122
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