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14/06/2010

OCDE confirma recorde de desemprego em Portugal


A taxa de desemprego estabilizou nos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), mas em Portugal continua a subir e a bater recordes, atingindo 595 mil portugueses: em Abril, a taxa chegou aos 10,8%, segundo dados divulgados por aquela organização, confirmando a estimativa emitida no início do mês pelo Eurostat.
De acordo com os dados da OCDE, desde Novembro do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal subiu de 10,1% para 10,8 em Abril (10,2 em Dezembro, 10,4 em Janeiro e Fevereiro e 10,6 em Maio). A média do desemprego no primeiro trimestre deste ano foi de 10,5%, contra 10,2 nos últimos dois trimestres de 2009.
Em Abril, ficaram sem trabalho mais 76 mil pessoas. Nunca desde Janeiro de 1983, altura em que começam os dados publicados no site do Eurostat (gabinete de estatística das União Europeia), Portugal atingiu um valor tão elevado do número e da taxa de desempregados. Desde Maio do ano passado que a taxa tem estado constantemente acima do valor mais elevado do anterior pico de desemprego registado neste historial: 9,3% verificados entre Novembro de 1985 e Março de 1986.
Uma recolha de dados no site do Eurostat dá-nos resultados mensais do desemprego em Portugal desde Janeiro de 1983. Nunca foi registada uma taxa tão elevada como as dos últimos meses. O máximo registado antes do pico actual verificou-se entre Novembro de 1985 e Março de 1986, com 9,3%, valor que Portugal já ultrapassa desde Maio do ano passado.
Comparando Abril deste ano com Maio de 2009, há mais 76 mil pessoas desempregadas em Portugal, Desde essa altura, a taxa registou dois períodos de subidas mais acentuadas: um na primavera/verão de 2009 (de 9,4 para 10,2%) e outro no primeiro trimestre deste ano (de 10,2 para 10,8%).
Na OCDE, o desemprego mantém-se “a um nível perto do mais elevado do pós-II Guerra Mundial”: 8,7%. Portugal figura entre os países desta organização em que o problema é vais visível. Grupo que inclui a Espanha (19,7%), República Eslovaca (14,1%), Irlanda (13,2%), Hungria (10,4%) e França (10,1%). Coreia do Sul (3,7%) e Holanda (4,1%) estão na situação mais favorável. - Comunicado da OCDE

http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1592828

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