Estima-se que em 2030 57% da riqueza mundial será gerada em países que não fazem actualmente parte da OCDE. Enquanto em 2000 60% da economia mundial estava concentrada nos países da organização, em 2010 esse valor irá diminuir para 51% e em 2030 para 40%.
De acordo com as sínteses disponíveis do relatório, o número de pessoas a viver com menos de um dólar por dia diminuiu ¼ (500 milhões de indivíduos) desde 1990, tendência que se deveu essencialmente ao desenvolvimento da China: 90% da diminuição de pessoas a viver numa situação de pobreza extrema desde 1990 ocorreu nesse país.
Embora, em termos gerais, a redução da pobreza não seja nos demais países em desenvolvimento tão clara como na China, o crescimento económico verificado em alguns deles tem possibilitado aos poderes públicos investir em despesas de protecção social. Angel Gúrria, Secretário-Geral da OCDE, destaca o caso do Brasil, país no qual 18 milhões de agregados domésticos e 74 milhões de indivíduos (39% da população)beneficiam de transferências de rendimento por parte do Estado.
Na apresentação do estudo em causa, Gúrria destacou igualmente a desigualdade social crescente verificada nos países mais desenvolvidos, a importância da densificação das relações comerciais entre os “países do hemisfério sul” para o seu desenvolvimento económico e o efeito positivo que o crescimento das economias dos gigantes asiáticos (China e Índia) surtiu na minoração dos efeitos da crise que se abateu (sobretudo) sobre os países mais desenvolvidos.
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